The Heart Never Lies escrita por Vanessa


Capítulo 13
E o feitiço vira contra o feiticeiro.


Notas iniciais do capítulo

Eu falei q talvez voltaria antes do ano acabar UAHUSAS cá estou eu de novo, o//
Lembram do desafio? Então, aqui vocês saberão qual é o tal desafio, UAHSUAS
É isso, boa leitura.



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Abri os olhos devagar e fitei o rosto a minha frente. Era Ryan. Ele tinha uma expressão confusa no roso e ao mesmo tempo divertida. Nós estávamos próximos, bem próximos. Dava para sentir a respiração dele se misturar com a minha, eu estava ficando embriagada já. Não iria deixar isso acontecer, mesmo eu querendo.

– John... - Ryan me olhou nos olhos. Um arrepio passou pelo meu corpo, não só pela proximidade em que estávamos, mas também por seus braços que estava em volta de meu corpo. Me senti menor ainda em seus braços. Ok, chega! Eu tô perdendo os sentidos com ele perto demais.

– Ryan... - Minha voz falhou e por um momento eu esqueci de engrossa-la. Fechei os olhos e respirei fundo. Eu estou ficando louca. - P-pode m-m-e soltar – Gaguejei. Ryan com todo carinho me colocou no chão. Por um lado era bom não estar tão próxima dele, assim eu não perdia meus sentidos, mas, por outro lado eu estava decepcionada. Queria estar eu seus braços novamente.

A vergonha e o nervosismo era nítido em cada um de nós. Ryan encarava o chão e tinha uma das mãos no rosto, parecia extremamente alarmado. Não é pra menos. Já eu estava simplesmente de olhos arregalados tentando entender o que acabou de acontecer. Eu não acredito que pulei no colo de Ryan. Que vontade de pular de novo. Menos Eliza, por favor. O que eu faria agora? Agiria como se nada tivesse acontecido? Mas aconteceu. É, nada demais. Mentira, eu simplesmente queria toca-lo novamente, o sentir perto novamente. O que está acontecendo comigo? Eu nunca fui de ficar assim, muito menos pensando essas coisas. Acho que segurei o mijo demais, deve ter afetado algo. Resolvi quebrar aquele silêncio constrangedor.

– Ryan! Cadê a cobra? - Me lembrei da danada que causou isso tudo. Maldita!

– Hã? É... Não tem cobra nenhuma, John – Mas o quê? Esse filho da mãe armou tudo isso? Pra me assustar ou para me pegar no colo e se aproveitar de mim? Eu vou bater nesse garoto!

– Como não? Você gritou dizendo que tinha cobra... Não acredito que fez isso pra me assustar! Eu tenho medo de cobra imbecil! - Parti pra cima dele, mas ele se esquivou e começou a rir.

– Medo? Eu bem que percebi isso, você pulou em cima de mim, parecendo até uma bichona – Bichona não.

– Bichona é você! - Dei o dedo do meio.

– E a proposito, você é leve como uma pena, precisa engordar mais, além de crescer – Além de fazer isso tudo ainda vem tirar uma com a minha cara? Mereço.

– Olha, vamos terminar logo isso aqui, quero voltar logo. Além do mais já aconteceu coisas estranhas demais por hoje – Segui em frente. Ryan veio logo depois.

Voltei para a barraca, chega de loucura por hoje. Ryan estava com uma expressão estranha no rosto, eu falei que ele é bipolar. Nem liguei, peguei meu celular na bolsa e sai da vista de Ryan. Eu precisava falar com alguém, e esse alguém é o verdadeiro John.

Enquanto o celular chamava, eu pensava no que havia acontecido. Em um simples dia grandes emoções aconteceram. Tá, não foram grandes. Mas eu acho que se ficássemos mais um segundo naquela mata poderia rolar algo pior. Tipo, cabeças. Ou algo mais profundo. E eu realmente não quero que isso aconteça.

– Ei pirralha – John atende o telefone gritando, parece até que sou surda.

– Oi maninho

– Tudo certo por aí? - Não, nunca esteve e nunca vi estar.

– Não. John, aconteceu uma coisa bem estranha... - Deixei a fala morrer.

– O quê?

– Eu estou em um acampamento, no meio do mato, é claro. E bom, eu e Ryan... a gente... nós... - Eu não sabia ao certo o que aconteceu, então eu não tinha ideia de como contar para John.

– Vocês...? Se beijaram? - O desespero era nítido em sua voz. Mas mesmo assim, ouvi sua risada.

– O quê? - Me assustei – Mas é claro que... não. Quer dizer... É, não! A gente não se beijou. Mas quase – Sussurrei a última parte.

– Quase? - Mais uma vez ele berrou no telefone.

– É, a gente estava em um passeio para conhecer a mata e ele me assustou e eu pulei no colo dele. O resto você já pode imaginar. - Suspirei.

– Sim, posso imaginar. Maninha, você está simplesmente acabando comigo! Eu imagino a fama que eu tenho aí – É bom que possa imaginar mesmo.

– Não ligue para isso. Mas John, eu não liguei para isso – Minha voz ficou séria.

– E foi porque então? Pra dizer que está com saudades? Eu também estou – Ele gargalhou. Trouxa. Ri também.

– Também, mas não é isso. John... - Fitei o nada – E se eu contasse a verdade para, sei lá, algumas pessoas? Tipo, as mais próximas? Eu não aguento mais esconder isso de todos, está me sufocando – Respirei fundo.

– Eliza, precisa segurar mais um pouco, não pode fazer isso. Sabe que pode colocar em risco tua matrícula – Dane-se ela.

– Tá, eu sei. E se eu pedir para o diretor?

– Eu acho que ele vai dizer o mesmo, querida.

– Não me chame de querida, parece a mamãe – Fiz careta. John riu.

– Ok pirralha. Olha, eu sei que você quer contar para esse tal de Ryan, tá na cara isso, mas você não vai! - Que tom autoritário é esse?

– Mas olha só, ciúmes. - Gargalhei dele.

– Tu toma vergonha nessa sua cara – Ele engrossou a voz. - Olha, faça o que achar melhor para você. Se quer contar, conte. Prepare todos antes, é uma notícia bombástica. Eu tenho que desligar. Se cuida, um beijo.

– Outro – Desliguei. Bom, se ele falou que eu posso contar, então, talvez seja isso que eu faça. Ou não. E o medo de ser rejeitada? Falando assim até parece que eu vou contar um segredo para meus pais e eles vão me jogar fora depois. Credo.

Pensando nisso voltei para o acampamento, ou melhor, para o alojamento. Estava escurecendo já, o que só aumentava meu medo. Sim, eu tenho medo de dormir no meio do mato. Nesse momento eu só queria ser Eliza para poder dormir nos braços de Ryan. Ok, eu não vou nem repetir que eu estou ficando louca e que isso está me afetando.

Avistei Ryan perto de nossa barraca e ao seu lado, estava a loira aguada da escola. Cameron. Ninguém merece. Eles estavam no maior papo ano animado. Não duvido nada que ele falou que comeria ela qualquer dia desses. E porque diabos isso tá me incomodando tanto? Eu ein. Ryan me olhou e em seus olhos tinha um pedido de socorro. Provavelmente eu teria que inventar uma desculpa para o livrar dela, e eu tenho a desculpa perfeita. Um ótimo troco para o que ele fez hoje comigo.

Caminhei calmamente até eles com um sorriso no canto da boca. É hoje. Cheguei perto dos dois e direcionei meu olhar a Ryan.

– Ryan, querido, porque está conversando com ela? - Ryan me encarou incrédulo e balançou a cabeça em sinal de negação.

– Eu estava falando de você, meu anjo. - Ryan sorriu de lado. Ele com certeza vai entrar na brincadeira.

– E falando o que? - Encarei a loira que nos observava com atenção.

– Lembra do desafio que te propus ontem? - Ah, claro, o desafio.

– Lembro... - Estreitei os olhos.

– Então, aqui está ele – Ele apontou para Cameron. O quê? Não entendi.

– Hã? Aqui? Onde? - Olhei para os lados.

– Cameron é o seu desafio. Te desafio e beijar ela, aqui e agora. - Ryan sorriu diabólico. É O QUE HOMEM? BEIJAR A CAMERON? AQUI? NA FRENTE DE TODO MUNDO? MAS QUE DIABO DE DESAFIO É ESSE?

E mais uma vez, eu me lasquei. Sempre levo a pior.


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Notas finais do capítulo

AUHSUAHSUA quero ver u.u
Leitoras fantasmas, apareçam, por favor. Seria um ótimo presente de ano novo conhecer vocês D:
Um obg a tds q comentaram e é isso. Até sei lá quando.
1bj



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