13 de setembro de 2007; Residência dos Cullen – Forks, Washington; 21:36 PM

Lizzie Swan estava fazendo dezenove anos de vida. Loira de belíssimos olhos verdes e feições de anjo, a jovem terminava de se arrumar no quarto da melhor amiga, Alice Cullen, uma baixinha de cabelos pretos espetados e belíssimos olhos castanhos como os da mãe, Esme.  Sua melhor amiga era irmã mais velha de seu noivo.

 

- Você está divina, Lizzie! – a pequena Alice adentrava seu quarto, já arrumada para a festa que a mesma organizara para a amiga.

- Obrigada Alice, você também está! – a loirinha dizia abraçando a amiga.

 

Lizzie estava com um vestido vermelho, relativamente curto, com sapatos peep toe preto e de saltos mortais; já sua melhor amiga, usava um vestido verde colado no busto e depois soltinho, com sandálias pretas. A porta do quarto fora aberta e nela adentrava uma loira muito linda, com seu vestido azul e sandálias peep toe preta também. Ela sorria e logo se aproximou da amiga loira e lhe abraçou.

 

- Você está maravilhosa, Liz! – disse Rosalie.

- Obrigada Rose e você está bem mais! – elas riram.

- Assim eu fico com ciúmes! – Alice falara e fizera um beicinho como uma criança.

- Oh! Venha cá baixinha! – disse Lizzie rindo e chamando a amiga.

 

As três se abraçaram e riram depois. Rose era a mais velha das três, era da idade de Emmett, o mais velho dos Cullen, ela era namorada dele desde a escola, mas quando pequenos viviam brigando, ela tem um irmão mais novo, Jasper, namorado de Alice, ambos têm a mesma idade. Alice é a do meio dos Cullen. E Edward, noivo de Lizzie, era o caçula dos Cullen.

A pequena Swan comemorava seus dezenove anos numa festa programada e arrumada por Alice, ninguém segurava aquela baixinha. Ela estava estudando moda na universidade de Nova Iorque, há um ano. Emmett fazia direito com Rose na universidade de Yale, já há dois anos; e Jasper fazia engenharia civil na NYU há um ano também, acompanhando a amada no mesmo curso. Edward e Lizzie eram os mais novos calouros de medicina em Harvard.

Charlie Swan era o mais orgulhoso dos pais ali presentes, sua pequena loirinha estava crescida e linda. Charlie era médico, assim como o melhor amigo Carlisle Cullen, ele era neurocirurgião e Carlisle era oncologista. Ambos muito amigos desde a escola, quando estudavam em Forks. Mas, o Dr. Swan lembrou-se que outra filha também fazia aniversário hoje. Bella. Como estaria a sua caçula por dois minutos?

Foi despertado de suas memórias com sua filha lhe abraçando, cheia de carinho. Ele retribuiu o abraço e sentiu falta de quando a mesma era pequena, e ele a carregava em seu colo.

 

- Papai! – dizia a menina.

- Meu amor, como está linda. – disse um pai totalmente bobo.

- Obrigada Dr. Swan. – disse divertida.

- De nada, futura Dra. Swan. – ele disse no mesmo tom.

 

Eles riram e logo chegara um rapaz de cabelos cor de bronze e olhos verdes esmeraldas perto dos dois.

 

- Olá, boa noite Charlie e Liz. – deu um aperto de mão no sogro e um beijo na testa da noiva – Posso roubá-la Charlie? – perguntara divertido.

- Você já a roubou, Edward! – disse rindo.

- Pai! – ralhou Lizzie.

- Mas não é verdade, Liz? – o pai a olhou sorrindo e a garota revirara os olhos.

- Já volto pai. – disse Liz dando um beijo na bochecha do pai e saindo com Edward.

 

Charlie suspirara. Pelo menos a filha já encontrara alguém que lhe trazia confiança, pois conhecia o menino desde bebê, afinal era o padrinho dele. O que lhe preocupava era com a outra gêmea, pois não tinha a presença paterna para impor sobre os namorados e ele conhecia muito bem a ex-esposa.

 

- Eles crescem rápido, não é Charlie? – Carlisle o indagava.

- Demais, amigo, demais. – disse Charlie.

- Falou com Renée? – ele perguntara.

- Não, ela ainda não me mandou nenhuma carta e já não falo com ela a algumas semanas. – disse.

- Oh, Esme tentara falar com ela para saber como está Bella. – ele disse.

- Infelizmente só conheço minha filha por fotos. – disse Charlie, visivelmente frustrado. 

- Talvez, se vocês não tivessem feito o acordo estúpido. – o amigo falou.

- Se eu pudesse voltar atrás, Carl, eu não tinha aceitado. – falou Charlie olhando para o amigo – E talvez, as duas pudessem estar aqui hoje e se conheceriam, senti a vida toda que Lizzie precisava de alguém. – desabafara.

- Ainda dá tempo Charlie, conte a Lizzie, fale com Renée, duvido que ela não queira ver a filha. – disse Carlisle.

- Não dá, acho que Lizzie não me perdoaria, muito menos Bella. – ele disse bufando.

- Lizzie é um amor de pessoa, quem ela ama mais no mundo que você, cara? – perguntou Carlisle, olhando para a afilhada que estava com Alice e Rose, rindo.

- Tens razão, mas tenho que pensar mais sobre isso. – disse Charlie por fim.

- Pensar mais? Já se passaram dezoito anos, amigo, dezoito. – e se afastara do amigo.

 

Charlie ficara apreensivo, realmente, já se passaram dezoito anos desde que fizera aquele acordo estúpido com a justiça, no momento da raiva ele aceitara, julgando que seria bom para si, mas não pensara que prejudicaria suas filhas e a si mesmo. Suspira cansado e derrotado, ele realmente tinha que contar para a sua pequena Lizzie, toda a verdade.

 

13 de setembro de 2007; Residência dos Dwyer – Phoenix, Arizona; 21:36 PM

Bella descia a escadaria de sua casa, devidamente arrumada e muito entediada. Não entendia o porquê de sua mãe organizar uma festa que ela nem queria. Tudo bem que ela sentia a falta de sua mãe, e que a mesma pagou uma passagem caríssima para ela voltar a Phoenix para sua festa de aniversário. Mas, ela preferia mil vezes estar em Oxford, em seu dormitório, ou num pub qualquer com as novas amizades. Mas, vai entender as mães.

 

- Você está perfeita, meu amor! – disse Renée assim que Bella pôs os pés no chão.

- Obrigada mãe. – a jovem sorriu forçada.

- Venha meu amor, temos que ir para o salão de festas. – dizia Renée a conduzindo para o carro.

 

Renée estava que não se agüentava de felicidade, conseguira convencer a filha a fazer uma festa de aniversário para ela, não importava o quanto gastasse, mas que já bastava que a pequena Bella estivesse de acordo que ela daria o mundo para seu sonho se realizasse, já que a filha não quis uma festa de debutante quando fizera os dezesseis anos. 

Chegaram ao salão de festas, muito bem decorado e muito arrumado. Os amigos, parentes e afins de Bella já estavam praticamente todos lá, a receberam com uma chuva de palmas, a jovem Swan não sabia onde enfiava a cara, ela não queria aquilo nem quando fez dezesseis anos, imagina agora com dezenove? Pelo menos não tinha toda aquela frescura que uma tradicional festa de debutante tinha. 

Falou com suas amigas e amigos, seus parentes do lado materno, pois o paterno nunca vira algum e finalmente fora falar com seu ex-atual-namorado, Oliver Benjamim Shawn, herdeiro do hospital da cidade. Ele também estudava em Oxford e para melhorar a situação, eram da mesma classe, se já não bastasse em Phoenix, que dirá na Inglaterra.

 

- Hei Bells. – disse Oliver.

- Oi Oliver. – dizia a garota sorrindo largamente e dando um selinho no namorado.

- Está linda. – disse o garoto olhando a namorada da cabeça os pés.

- Pára! – disse Bella envergonhada e o namorado lhe roubou um beijo.

 

Eles tinham terminado uma vez por brigas bobas de ambas as partes, mas assim que se encontraram em Oxford, há alguns dias atrás, viram que ainda tinham algo um pelo outro e resolveram tentar.

Bella não tinha esquecido a história do telefonema de algumas semanas atrás, tinha ficado confusa, mas se distraíra do assunto com a viajem pra Inglaterra e a volta do namoro com Oliver, mas ele ainda a perturbava e principalmente os seus sonhos.

Renée observava a filha dançando com o namorado na pista de dança, ela estava finalmente se divertindo, sabia que isso iria acontecer. Ao ver Bella, automaticamente se lembrara de Lizzie, pelo que falara com Esme, eles estavam programando uma festa para sua pequena loirinha. Sentiu seus olhos lacrimejarem ao sentir a imensa saudade que tinha de sua bebê, pois somente a amamentara e carregara os oito meses na barriga.

Não percebera, mas sua filha dos cabelos castanhos se aproximara dela, Bella estranhara ver sua mãe limpando as lágrimas, pois a mesma estava tão feliz por estar aqui.

 

- O que houve mãe? – Bella indagara.

- Nada anjo. – disse com a voz entrecortada.

- Como nada Sra. Dwyer? – Bella colocou as mãos na cintura – Você estava chorando que eu vi mamãe, não minta. – encarou os belos olhos verdes da mãe.

- Só a alegria de ver você crescida, Bella. Ver que pelo menos em alguma coisa eu acertei e consegui fazer. – Renée disse com mais lágrimas nos olhos.

- Mãe! Não precisa chorar por isso, sempre serei sua garotinha, certo? – Bella disse divertida.

- Eu sei disso, amor. – disse Renée soluçando agora.

 

Ela sabia que mesmo Bella sendo impaciente e explosiva, a sua caçula por dois minutos tinha um coração de ouro, ela tinha feito um ótimo trabalho em relação a sua Bella. Renée abraçara sua filha e ficaram assim por alguns minutos, depois Bella se soltara e dera um beijo na bochecha da mãe.

 

- Eu amo você, ok? Não chore por isso, eu estarei sempre aqui. – disse Bella sorrindo e se afastando da mãe.

 

Renée sorriu para a pequena, tinha uma vontade imensa de contar a Bella toda a verdade e dizer a Charlie para mandar tudo para o quinto dos infernos, e ver sua Lizzie, saber como ela é, o que ela gosta, quais são seus sonhos. Somente sabia que ela estava noiva, iria casar... Sua pequena, já noiva e futura mãe de família. Agora mais ainda que tinha vontade de estar perto de sua filha. Se pudesse voltar atrás, não tinha feito esse acordo maluco.

 

14 de setembro de 2007; Residência dos Cullen – Forks, Washington; 00:01 PM

Todos os convidados de Lizzie Swan já estavam em volta da mesa do bolo dela, na mansão dos Cullen, já que o Dr. e a Sra. Cullen eram os padrinhos dela e o filho caçula deles era o seu noivo. Lizzie estava com o pai ao seu lado direito e o noivo do lado esquerdo, ela sentia a falta de sua mãe, ainda mais agora que sabia que ela ainda existia e que sabia dela.

Cantaram os “parabéns” de forma calorosa e animada para a jovem Swan loirinha. Ela sorria para todos os amigos e familiares. Mas, a falta da mãe era visível, ainda pensava em falar com o pai que já sabia de tudo, só que tinha algo que a impedia.

 

- Faça um pedido Liz! – disse Alice animada, assim que terminaram a cantoria.

 

Lizzie se aproximara do bolo e olhara para aquela vela acesa.

“Que eu conheça minha mãe e minha irmã.” Pedia em pensamento com toda a vontade que tinha, assoprara a vela de olhos fechados e abrira logo em seguida, não soube se fora porque se levantara rápido demais, pois tinha se abaixado um pouco, mas sentiu uma tontura, se Edward não tivesse a segurado tinha caído.

 

- O que foi, amor? – ele perguntara.

- Nada, só uma vertigem. – ela disse.

- Você está branca, Liz. – disse Edward, visivelmente preocupado.

- Eu sou branca, Edward. – ela revirara os olhos.

 

Sentiu-se enjoada e uma dor de cabeça repentina, mas respirara fundo e o enjôo aliviara, cortou o bolo e ela dera o primeiro pedaço para o pai que ficara altamente feliz. Ela ignorara a dor e continuara na festa.

 

14 de setembro de 2007; Salão de Festas Olympc – Phoenix, Arizona; 00:01 PM

Bella já havia dançado e pulado com as amigas, e com o namorado. Já estava na hora chata de cortar o bolo, em sua opinião. Trouxeram o bolo decorado com flores cor-de-rosa, com toda a certeza era obra de sua mãe. Não que ela não gostasse, mas era frescura demais para o seu gosto. Ignorara por conhecer o quanto sua mãe era maluca e logo fora puxado a musiquinha que todos conheciam.

 

- Faça um pedido Bella! – disse sua mãe empolgada.

- Mãe, isso é coisa de criança. – protestara a aniversariante.

- Não me interessa, apenas faça! – ordenou sorrindo.

 

 Bella revirara os olhos e olhara para a velha. Entediada, pediu apenas que algum dia pudesse conhecer seu pai, não importava quando, nem onde, simplesmente o conhecesse. Assoprara a velha e quando voltara para o lugar, sentira uma dor no peito, muito forte. Como se estivesse sido apunhalada, respirara com dificuldade, mas do mesmo jeito que ela viera, ela passara.

 

- O que foi amor? – Oliver perguntara, já que estava ao lado dela.

- Uma pontada muito forte no coração. – Bella dissera com um fio de voz.

 

Ela ignorara o mal estar e cortara o bolo, dera o primeiro pedaço para a mãe e depois se sentara em uma mesa, encostou a cabeça no ombro do namorado e ficara assim. Não tinha motivos, só se sentia mal, não sabia o que era.

 

- O que houve Bella? – perguntou a mãe se aproximando.

- Não sei, estou me sentindo estranha, como se algo ruim fosse acontecer.

Renée estranhou e olhou para Oliver que a olhava confuso, depois fez o que qualquer mãe faz. 

- Não diga isso, meu anjo, está tudo bem, ok? – e dera um beijo na testa da filha.

 

Sua mãe pode ter dito que não, mas ela sentia que algo de ruim aconteceria. Só não sabia o que, com quem, onde, quando ou algo do tipo. Simplesmente se aconchegara nos braços do namorado, tentando esvair o sentimento ruim que sentia.

 

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N/A: Esse capítulo foi basicamente pra mostrar pra vocês um pouco do sofrimento dos pais em relação às garotas, oks? Gostaram amores? Perceberam algo? *cílios*

 

Beijos,

Tamy Black.