Final Fantasy X: My Story escrita por Pedro Haas


Capítulo 6
Ataque


Notas iniciais do capítulo

ultimo por hj, proximo semana que vem o/



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Depois de alguns dias de viagem, Tidus já estava completamente agitado e ansioso. Correndo pela embarcação procurando algo pra fazer, inutilmente.

Pulou em cima do observador enquanto ele estava com o binóculo, o fazendo desiquilibrar.

– Cara! Se quiser o binoculo é só dizer! – Disse isso enquanto entregou o binóculo para ele.

– Desculpe – Deu uma risada.

Olhou pelo binóculo e enxergou a ilha de Kilika. Depois se virou para o barco e, primeiro, focou em Wakka, depois em Lulu, de cima a baixo, demorando um pouco como se estivesse avaliando seu corpo. Ela o flagrou fazendo isso, olhando diretamente pra ele. Ao fundo, viu Yuna e Kimahri andando. Tirou o binoculo e sorriu, e logo depois o pôs de volta, focando bem no rosto dela... Observando seu sorriso. Ela o viu e acenou para ele, deixou o binoculo cair e acenou de volta.

Andou até ela para conversar, mas foi impedido por Lulu.

– Eu não se de onde veio – estava seria como sempre – nem quem você é, mas se atrapalhar a peregrinação, eu não pegarei leve.

Wakka caminhou até eles.

– Lulu, não seja tão fria. Tidus, agora que eu parei pra pensar, nem te contei direito aonde a gente tá indo. Primeiro para a ilha de Kilika, e então trocaremos os barcos e vamos para Luca – ele explicou – antes de partirmos, Yuna vai rezar no templo de lá, vou estar de guarda. A gente vai tá rezando pela vitória dos Aurochs também, então, venha conosco, certo?

– Bom plano – disse Lulu, sarcástica.

– Hey, é realmente um bom plano – ele protestou virando o rosto direto para Tidus.

– Não olhe para mim! – Wakka cruzou os braços e virou-se, fazendo Tidus se distanciar deles.

Tidus resolveu então explorar mais o barco. Visitou e observou cada parte do lugar, se maravilhando com o nível de detalhes daqueles da vila, da sala de maquinas abastecida por Chocobos, aves amarelas do tamanho de humanos, que correm quase que sem parar, em rodas que produzem força para toda a embarcação. Gostou de tudo, todas as coisas novas que estava vendo, e coisas que ainda estava por ver...

Voltou para perto de Wakka, onde viu que Yuna estava rodeada pelos tripulantes do barco. Ele passou perto deles, ouvindo parte da conversa.

– Pode ter certeza, ela é a invocadora.

– Ouvi dizer que ela é a filha do Lorde Braska

– Você não sabia?!

– Filha... Do Lorde Braska? – Tidus pensou.

– Se alguém pode derrotar Sin, esse alguém com certeza é a filha do Lorde Braska.

Tidus não conseguiria falar com ela agora, então foi pedir informações com Wakka.

– Lorde Braska é alguém tão importante assim?

– Claro que sim! Você viu a estatua gigante dele no templo, certo? – ele ficou surpreso por Tidus não ter pensado nisso sozinho – Braska derrotou Sin 10 anos atrás. Yuna é a herdeira do grande legado dele.

– Entendo, é difícil quando seu pai é famoso.

– Sim, ela tem dificuldade, às vezes. Ah sim, você já falou com ela? Ela tem algumas perguntas a fazer.

– Não, irei agora.

Ele foi até Yuna, agora sozinha, na proa do bardo, olhando para o mar. De cabeça levantada e com um ar de determinação. Caminhou lentamente até ela, da qual se virou quando o viu chegar. Deu um sorriso e voltou-se ao mar, fazendo Tidus ir até o seu lado.

– O Vento... Está ótimo – ela disse.

Eles se entreolharam por um instante, e caíram na gargalhada.

– Você... Você joga Blitzball não é mesmo? De Zanarkand... – ela perguntou interessada.

– Ouviu isso do Wakka? – Tidus retrucou – bem, ele não acredita em mim – se recostou olhando para cima, e Yuna deu alguns passos pra trás, para olhar nos olhos dele.

– Mas, eu acredito em você. Eu ouvi... Em Zanarkand... Lá tem um grande estádio, que se iluminava durante a noite – ela olhou para o céu – Grandes torneios foram disputados lá, e os estádios sempre ficavam lotados.

– Como você ficou sabendo?! – ele ficou surpreso.

– Um homem chamado Jetch me contou... – Tidus ficou boquiaberto – Ele era um dos guardiões do meu pai.

Ele se virou para o mar, com as mãos no rosto.

– Meu pai... Ele se chamava Jetch!

– Incrível! – ela ficou animada – Sabe, nosso encontro com certeza é uma benção de Yevon! Com certeza!

– O mesmo nome, mas não pode ser ele.

– Porque não?

– Meu pai, morreu na costa de Zanarkand, há 10 anos – respondeu ele, frio.

– Oh... Sinto muito.

– Ele saiu para o mar para treinar, e nunca mais voltou... E ninguém nunca mais o viu desde então.

– Esse me parece, o dia em que Jetch chegou a Spira.

– Serio?

– Digo a verdade! Eu o conheci há 10 anos e 3 meses atrás! – ela tentou animar aquela situação – Lembro perfeitamente, por que foi no mesmo dia em que meu pai saiu em sua peregrinação... As datas combinam, não?

– Sim mas... – aquilo não entrava em sua cabeça – Como ele veio parar aqui...?

– Bem, você está aqui, não é mesmo? – Ela sorriu.

Ele também.

Mas o ato não durou muito tempo, e de repente, o barco começou a se balançar, como se tivesse batido em alguma pedra, alguma coisa que o fizesse parar bruscamente. Yuna escorregou em direção ao mar, mas Tidus a pegou antes que pudesse acontecer qualquer coisa. Segurou-se numa corda presa a vela bem firme e esperou para que o barco se estabilizasse, enquanto Yuna, assustada, segurava a mão dele com toda a força que tinha.

Tidus olhou em volta, as pessoas estavam desesperadas para se segurarem, e alguns tripulantes caíram ao mar, ouvia-se gritos também, por toda a parte. O mar estava muito agitado, subitamente, e ondas gigantes encobriam parte da embarcação, que se balançava pra cima e pra baixo, pro lado e pro outro, dando muito trabalho aos marinheiros mais experientes que tentavam controlar a situação. Tidus se esforçava para manter Yuna ao seu alcance, a puxou quando o barco brevemente se estabilizou, fazendo ela se segurar na mesma corda que ele.

Eles se entreolharam novamente, mas agora, assustados.

Acabou que, quando finalmente Tidus a soltou, o barco se balançou novamente fazendo ela se desequilibrar novamente, caindo para o lado oposto da qual o rapaz estava. Segurou-se desesperada num arpão na borda da embarcação, mas não se apoiou, deixando seu corpo então a mercê da situação. Kimahri apareceu, heroicamente, e a segurou, levando-a para perto dos outros, junto de Tidus que também já havia se estabilizado.

E então o causador de tudo aquilo apareceu, um monstro marinho gigante, Sin.

– Sin! – um dos marinheiros gritou – Estamos perdidos! É o Sin!

Todos viram, então, o monstro rodear o barco até ficar a frente dele. O marinheiros correu para o arpão, e estava querendo atirar. Má ideia.

– O que pensa que está fazendo!? – gritou Wakka para ele – Se atirarmos com o arpão vamos ser puxados pra baixo d’agua junto dele!

– Sin está indo para Kilika também, temos que distrai-lo! – um respondeu.

– Minha família está lá... Perdoe-me, Lady Yuna – disse o outro.

– Espere! – Tarde demais, logo quando o outro terminou sua frase, disparou com o arpão diretamente para a carapaça do monstro, com isso a embarcação deu um solavanco e prendeu-se ao Sin.

Aparentemente, ele percebera, desacelerando-se, deixando o barco a ponto de virar. Mas com a ação dos marinheiros isso conseguiu ser evitado. Como essa tentativa não foi um êxito, o monstro então soltou partes pequenas de sua pele, como no ataque a Zanarkand, fazendo o grupo de guardiões se prepararem para a batalha contra os insetos de Sin.

Tidus sacou sua espada e partiu para cima dos pequenos insetos com agilidade, esquivava-se de seus ataques com certa exatidão, o que deixara os guardiões impressionados.

– Vamos ajudá-lo! – Kimahri exclamou já com sua alabarda em mãos.

Então, os guardiões em geral juntaram-se a Tidus. Wakka com sua bola especial, Kimahri com sua alabarda mortal e Lulu dando suporte com suas magias ofensivas. Depois de limparem o proa, Tidus desceu junto a Wakka para o deck principal, onde os insetos já invadiam, destruindo tudo pelo caminho. Limparam então o Deck com certa dificuldade, depois de alguns minutos, estavam já suados e cansados, mas ouviu-se o grito de Yuna de algum lugar, Tidus logo percebeu que viera da proa.

Subiram rapidamente e viram um dos insetos agarrado à Lady Yuna, que estava aos berros, o que fez Tidus se precipitar um pouco. Levantou sua espada e partira para cima do inseto, mas parara, quando Kimahri, com sua alabarda, se pusera no caminho de Tidus e retirara o monstro com habilidade.

– Não seja tão emotivo, rapaz – ele disse, jogando o inseto para o alto e o partindo ao meio em pleno ar.

– Temos que atacar o arpão que nos prende ao Sin – Lulu tomou a palavra, calma como sempre – só assim poderemos nos salvar de sermos afundados.

– Ela tem razão – Wakka falou agora abraçado a Yuna, que estava quieta, tentando esconder o medo – Vamos atacar a distancia, eu e Lulu podemos dar conta disso. Kimahri, leve Yuna a um lugar seguro, e você – Ele se virou para Tidus – nos ajude cuidando do resto dos monstros.

Tidus assentiu com a cabeça, e correu para outro lugar em que precisavam de sua ajuda.

Pouco a pouco, o problema dos insetos já estava sendo acabado, e a tripulação logo fora para a sala do maquinário, onde, aparentemente, era o único lugar não invadido até o momento. Acabando o seu trabalho, Tidus voltou rapidamente à proa, onde todos estavam.

Wakka e Lulu atacavam incessantemente o arpão para que ele soltasse, mas de alguma forma, Sin não o deixava sair, era como se a casca de Sin a tivesse fortificado.

– Não quer cair! – Wakka gritou de um jeito quase desesperador.

Ele pulou bem alto dando um giro no ar segurando a sua bola de Blitzball especial, e com toda força que conseguira reunir, a jogou no arpão. Tidus identificou aquele movimento sendo um dos mais usados no Blitzball. A bola cortou o ar e em pouquíssimo tempo atravessou a distancia de mais ou menos 100 metros até o corpo do temido monstro marinho, não puderam ver o resultado, com o mesmo efeito, a bola voltou à mão de seu dono. Com o seu retorno, viera um grito de Sin, a bola aparentemente o feriu. O grito abalara a embarcação, mas mesmo com isso, o arpão não se soltou.

– o que faremos agora? – Lulu perguntou, com dificuldades para manter a calma.

– conseguiu algo ai, Kimahri? – perguntou Wakka.

Kimahri, neste momento da discussão, estava golpeando a arma que disparara o arpão, mas como a própria flecha no corpo de Sin, a arma não aparentava ceder.

– Nada.

Ao ouvir a voz de Kimahri, Tidus fora ajuda-lo. Mesmo com dois, não fora possível.

– Você ouviu aquele grito...? – Wakka perguntou para Lulu.

– Parece que... Nós o ferimos...

Era uma conclusão imprescindível, nunca ninguém ferira o corpo de Sin, nem mesmo os Al-Bhed e suas Machinas.

– Tidus! – o homem ruivo gritou – Eu tive uma ideia – O rapaz se aproximou para ouvir – Vamos feri-lo de uma vez por todas.

Wakka sorriu e Tidus logo entendeu o que ele planejava.


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Notas finais do capítulo

avaliem o/



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