New Beginning for Love -HIATUS INDETERMINADO escrita por allurye


Capítulo 21
Capítulo - 21 Back from the dead


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura !.!



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Caroline

Acordei com uma forte dor latejante na cabeça. A última coisa que conseguia me lembrara era de Katherine. Me levantei, ainda com as mãos na cabeça, estava sozinha num lugar escuro. Uma fresta de luz indicava a saída e me dirige até lá. Procurando por meu celular. Stefan, tinha que ligar para ele.

 Andei de um lado para o outro procurando sinal, mas não tinha área naquele lugar. Então apresei o passo. Tentei raciocinar e me lembrar o que tinha acontecido. Ouvi passos vindo em minha direção e agucei os ouvidos tentando descobrir quem era, mas algo dentro de mim me mandava correr para longe. Quando virei me para correr, um rapaz loiro estava parado na minha frente

— Olá — cumprimentou-me sorrindo — Está perdida?

— Não! — dei um passo para trás recuando, o rosto dele não me era estranho

— Calma, eu não vou te fazer mau Caroline.

— Como sabe meu nome?

— Digamos que temos conhecidos em comum, alias tem um conhecido em potencial. Stefan o nome dele. É seu namorado, não é?

— Sim, ele é — Recuei mais uns passos, mas ele insistia a quebrara distancia. Estava com uma capa vermelha, algo que me lembrava a uma seita — Quem é você?

— Dylan — ele estendeu a mão, olhei para sua mão deixando claro que não apegaria. Ele deu apenas um aceno com a cabeça — A saída é por ali —  indicou apontando para o norte.

Não lhe disse obrigado, apenas apertei o passo para sair dali. Mas não era a saída, era um local fechado. Arborizado, árvores grandes, num espaço pequeno. Dez pessoas com roupas semelhantes a dele estavam em círculos, cantando numa língua estranha. Não fazia ideia do que era, mas senti um calafrio. Dei meia volta dali, mas não consegui ir para longe. Dylan estava atrás de mim, com o sorriso no rosto

— Você mentiu.

— Oh, sim. Perdoe-me. Acho que expliquei errado — Dylan estendeu as mãos pegando meu rosto. Preparei-me para atacá-lo, mirei em sua jugular, mas seu rosto permaneceu calmo, ele tocou em minha testa

— Calminha Caroline, não vai doer muito - ele avisou e de repente parecia que as forças tinham sido se esvaído de mim. Senti uma dor tão forte na cabeça como se mil agulhas estivessem espetando meu cérebro ao mesmo tempo. Meu corpo amoleceu e teria caído no chão se ele não tivesse me segurado. Ele carregou-me estilo noiva para centro do grupo deitou-me em pedra retangular. Tentei gritar e pedir ajuda, mas minha voz não saia, meu corpo não se movia. Era uma sensação horrível e desesperadora. Dylan se inclinou até mim, afastando uma mecha de cabelo que ocutava meus olhos e com sorriso de pesar sussurrou

— Não é nada pessoal — depois disso eles começaram a cantarolar alto e meu mundo tornou-se negro.

 

 

Stefan

De repetente senti uma agonia estranha. Julguei ser apenas pelo desespero de não ter encontrado Lily. Depois de procurá-la em toda parte minhas esperanças estavam no chão. Tinha dúvidas de que ela ainda estaria no mesmo país. Respirei fundo tentando tomar coragem de ligar para Caroline, precisava contar-lhe que não consegui achar Lily.

Mas acima de tudo, precisava ouvir sua voz. Precisava ouvi-la para conseguir continuar. Liguei para ela, mas ela não atendeu. Talvez ela estivesse me odiando agora me culpando por não salvar Lily. Ela estaria agora olhando para o celular não querendo atender-me. Senti o aperto no peito piorar, a pressão nela crescendo e oprimindo tudo dentro de mim. O som do riso delas ressoando na minha cabeça. Fechei os olhos com imagem das duas rindo na sala de estar enquanto ele as admirava no sofá agradecendo aos céus pela sua sorte.

(...)

— Agora, a senhorita vai tomar banho — Caroline anunciou e Lily fez uma careta de descontentamento 

—  Eu não quero agora! — ela teimou — Canta outra musica, ai eu vou — ela barganhou fazendo seu melhor olhinhos de cachorro. Caroline semicerrou os olhos e fez sua melhor cara de seria, mas ela não conseguia dizer não a Lily. 

— Só mais uma e você vai tomar um belo banho quente, cheio de espuma e ficar bem cheirosinha, okay?

— Okay! — Lily riu radiante correndo até mim. Esperando ansiosa que Caroline começasse a cantar. Ela encostou a cabeça em meu peito.

— Tudo bem, que musica eu canto agora?

— Ele escolhe — Lily apontou pra mim e seus olhinhos azuis cresceram mais brilhantes com expectativa. 

— Quitão, La Vie En Rose — sugeri — Si quiser eu posso cantar com você

— Não! — Lily gritou — Por favor, não

— Oh!  Então quer dizer que a mocinha aqui não quer me ouvir cantar? — inquiri  fingindo estar ofendido. Lily mordiscou os lábios como Caroline costumava fazer, ela estendeu a mãozinha apertando meu ombro tentando me consolar, aproveitei desse movimento e a puxei fazendo-lhe cocegas. Ela implorou para que eu parasse entre risos, seus risos enchendo a casa de alegria. Caroline uniu-se a mim fazendo-lhe cócegas. parei cantarolando a musica desafinado arrancando risos de ambas. Caroline agarrou meu rosto e beijou-me suavemente

— Stefan, eu te amo... Muito! Mas por favor, pare!

— Eu paro — prometi — Contando que prometa cantar para mim todos os dias?

— Prometo! — ela bicou-me nos lábios e pegou o controle remoto. Abracei Lily, escutando sua voz de anjo cantarolar com sorriso enfeitando seus belo rosto. Beijei  o topo da cabeça de Lily que assim como eu olhava hipnotizada para Caroline que parecia um anjo cantarolando..

"Des yeux qui font baisser les miens

Un rire qui se perd sur sa bouche

Voila le portrait sans retouche

De l'homme auquel, j'appartiens

Quand il me prend dans ses bras

Il me parle tout bas

Je vois la vie en rose"

(...)

 

— Stefan — Jeremy tocou meu ombro me despertando abruptamente para realidade — Você está bem?

— Não — respondi sinceramente — Não sei mais por onde procurar.

Me encostei na parede fechando os olhos, pensando nos possíveis lugares. Mas já tinha ido a todos. Era como se ela tivesse desaparecido. Tanto ela quanto Augustine.

— Vamos voltar então. Talvez eles tenham alguma novidade.

Dirigi até lá. Apertei o volante com força quando estacionei em frente a casa de Caroline. Toda minha força parecia ter se esvaído de mim. Não tinha coragem de entrar e encará-la nos olhos. Jeremy saiu batendo a porta, com a minha demora ele parou em frente a porta. Sai, reunindo cada fiapo de coragem que ainda me restava. Damon e Elena estavam lá. Quando olhei para Elena vi seus olhos castanhos se estreitarem, sabia que tinha acontecido algo.

— Encontraram ela? —– Jeremy perguntou olhando para os lados, Bonnie abaixou a cabeça com pesar

— Não, Jer nenhuma notícia

— Caroline — chamei olhando para os cantos, caminhei ate seu quarto mais não a encontrei — Cadê a Caroline?

— Está no banheiro — Bonnie respondeu distraída

— Não, não esta. Cadê ela? — Elena e Damon se entreolharam apreensivos. E aquele aperto que senti instantes antes parecia crescer se expandir em meu peito. Um temor ao pensar onde Caroline estava — Onde ela está?

Elena me encarou surpresa com meu tom urgente.

— Ah meu deus — Bonnie murmurou — Ela deve ter ido procurá-la por conta própria

— Como deixaram ela sair, como não notaram? — gritei, passando as mãos pelos cabelos. Peguei o celular — Mais uma vez caixa postal. Droga!

— Calma, Stefan. Ela deve está bem, deve estar por perto — Elena remediou tocando meu ombro, tentando me confortar, mas seu gesto só me causou mais raiva, mais inquietação

— Calma? Está me pedindo calma? — gritei impaciente. Elena se encolheu com meu tom, com a fúria que cuspia as palavras.

— Ei maninho, não desconte seus problemas na Elena. – Damon se aproximou sorrindo nervosamente.

— Cala boca Damon! Nem tudo e sobre ela. Tenho coisas mais importantes nesse momento. Pessoas mais importantes do que medir cada palavra que digo a Elena.

Damon inflou o peito se aproximando de mim

— Não é culpa dela, você não ter escutado. Eu disse a você para deixar aquela pirralha, avisei que ela era problema. Não sei porque do drama Stefan, a essa hora ela deve estar morta.

Não controlei minha raiva parti para cima de Damon. Jeremy e Elena lutaram para nos separar. Eu estava prestes a quebrar o pescoço de Damon quando ouvi o barulho da porta. Caroline entrou olhando para a cena surpresa. Naquele momento, não lembrei de nada. Apenas corri em direção a ela e abracei. Beijei seus lábios e demoradamente sua testa olhando para ela, examinando se ela estava bem. Seus olhos tinham um brilho estranho. Esperava uma reação diferente. Que ela me empurrasse, ou gritasse em vez disso ela me abraçou de volta.

— Caroline — tomei seu rosto nas mãos olhando a nos olhos — Onde estava? — ela não respondeu-me de pronto, deu um sorriso nervoso e se afastou suspirando

— Tinha que procurá-la Stefan, tinha que sair daqui — explicou voltando seus olhos para os demais na sala – Encontram ela? — franzi a testa enquanto olhava seus olhos azuis. Seu tom de voz estava estranho. Talvez fosse ansiedade. Mas não detectei o mesmo desespero em sua voz, parecia que algo estava... Faltando.

— Procuramos em todos os lugares, mas …

—Não acharam — completou. Seus olhos se encheram de lágrimas ela abaixou a cabeça e caminhou em direção ao quarto

— Caroline —  tentei detê-la, mas ela se esquivou

— Me deixa sozinha, por favor — pediu com olhar fixo no chão. Senti um peso no peito, um impulso de ampará-la. Mas Bonnie me freou

— Stefan, ela precisa de um tempo. Vai ficar tudo bem.

Eu olhei em direção a porta. A imagem nítida de Caroline sorrindo enquanto cantarolava para Lily surgiu, ainda podia escutar sua voz doce cantarolando. Mas agora seu belo sorriso ia desaparecendo. Parecia agora haver um borrão cobrindo tudo, apagando o som de sua voz ao dizer "Eu te amo". Senti a dor aguda no peito voltando com força. Enquanto orava aos céus para encontrar Lily, para que aquela não fosse a ultima vez que ouviria que ela o amava. Ele sentiu um calafrio percorrendo seu corpo vendo a imagem dela indo para longe dele se repetindo... Seu mundo estava caindo aos pedaços, Lily podia nunca mais voltar e ele sentia dentro de seu ser que ele estava começando a perder Caroline também.

 

Elena

Stefan cruzou a porta desesperado. Nunca tinha visto ele tão abatido. Nunca tinha visto tanta raiva ou desprezo quando falava comigo. Quando ouvi o desespero em sua voz, senti vontade de correr até ele e ampará-lo. Como tantas vezes ele fez comigo, porém quando o toquei senti seu corpo se retrair, quando seus olhos cruzaram com meus senti desprezo, raiva.

Tentei pensar que era apenas pela situação. Mas quando gritou com Damon por ter saído em minha defesa, senti uma dor aguda no peito. Logo em seguida eles brigaram, Stefan estava a ponto de quebrar o pescoço do irmão tamanho era seu descontrole. Fiquei paralisada, sem saber qual dos dois proteger.

Quando Caroline entrou pela porta, ela olhou para cena sem expressar reação alguma. Stefan de repente correu até ela… É a beijou. Senti o desespero a sofridão em sua palavra, aquele mesmo tom e olhar que antes ele me olhava. Olhei para cima, tentando desviar minha mente daquilo. Da cena que se repetia em minha imaginação, já há algum tempo. Então, não fora imaginação...Eles estavam juntos. É pelo olhar de adoração de Stefan entendi que ele a amava e mesmo não sendo aquela hora e o lugar, senti raiva.

Uma lágrima escapou teimosa, desviei os olhos para chão, quando notei os olhos de Damon sobre mim. Eu deveria estar feliz? Deveria felicitá-los por estarei junto? Não! Aquilo era impossível, era insuportável se quer imaginar vê-los juntos.

Elena — Bonnie me chamou. Ergui a cabeça secando a lágrima. Damon olhou para mim, não consegui dizer nada.

Nada que justificasse estar agora chorando por seu irmão, está com aquele sentimento dentro de mim. Um tipo de ciúme que nem parecia ser possível de se ter, sentia como se algo tivesse sido arrancado de mim. Me sentia exposta, frágil. Tinha perdido Stefan e não fazia ideia de como agir, ou de como encarar meu namorado... Que pelo olhar tinha entendido tudo. As vezes eu realmente odiava Damon me  conhecer tão bem.

 

Katherine

Não conseguia para de me admirar no espelho. Era estranho estar em outro corpo. Mesmo assim sentir-me tão à vontade. Passei a mãos pelos cabelos ondulados. Loira pela primeira. Em quinhentos anos nunca tive vontade de mudar, não daquela maneira. Mas não era tão ruim, Caroline não era tão bela quanto eu... Ou melhor, quanto meu antigo eu era. Porém eu tinha que admitir que para  os parâmetros de beleza ela, tinha sido afortunada.  Tinha uma pele impecável, olhos azuis penetrantes e tão azuis quanto o céu anil ao amanhecer. Sorri satisfeita arregalando os olhos em frente ao espelho. Sempre quis ter olhos azuis. E os meus eram impecáveis e implacáveis. O sorriso também era belo, não tinha o mesmo tom de  malicia que os meus tinham, mas dava para gasto. Caroline serviria muito bem aos meus propósitos que era apenas permanecer viva, mas ganhar o coração e corpinho gostoso de Stefan era um belo bônus. Isso sem contar ter Klaus Mikaelson em torno do seu dedo mindinho. Era incrível a sensação de ser desejada novamente.

Ouvi uma batida na porta revirei os olhos em irritação, me preparando para chorar e estragar meu belo rosto com uma expressão chorosa e desesperada. 

— Care — Bonnie chamou, enfiando a cabeça para dentro. Ela forçou um sorriso triste e entrou em companhia de Elena. Meus olhos se fixaram em Elena, era estranho não me ver no mesmo corpo.

— Eu quero ficar sozinha — pedi. Virei o rosto olhando para janela, era uma droga fingir tristeza quando estava soltando rojões por ainda estar viva. Bonnie se aproximou com aquele olhar de pena e compreensão que me fez querer rolar os olhos em impaciência. Como aquelas pessoas conseguiam ser tão irritantes e patéticas

— Eu sei Care, mas não posso deixá-la sozinha —  forcei um sorriso — Eu quero que saiba que estamos aqui para o que precisar. E que vamos encontrar a Lily a qualquer custo.

Meus olhos se voltaram para Elena que lançava um olhar estranho, diferente dos demais. Não era pena ou preocupação. Eu conhecia bem aquele olhar, ela estava com raiva. Será possível que ela sabia? Manei a cabeça rindo da ideia. Ninguém sabia. Então por que ela estava com raiva da amiga, num momento tão triste e desolador?

— Obrigada Bonnie — murmurei com a voz embargada. Elena e Bonnie estavam prontas para sair

— Elena — chamei. Ela se virou pra mim com uma expressão indecifrável no rosto — Muito obrigada... por vir aqui e me apoiar hoje. Mesmo depois de tudo que aconteceu entre nos.

Me levantei indo em direção a uma Elena surpresa e a abracei, senti seu corpo rígido, retraído ao meu toque. Ela estava com raiva ou ate mesmo ódio de mim.

— É bom saber que sempre posso contar com você.

Elena forçou um sorriso que sabia ser falso. Quando ela fechou a porta atrás de si, me joguei na cama rindo. Estava prestes a explodir em gargalhadas, mas me contive para não atrair atenção indesejada. Mas quando lembrava do olhar de ódio de Elena era impossível não rir. Elena Gilbert estava com inveja de mim. Se ela pudesse arrancar minha cabeça, ela o faria. Ela estava morrendo de inveja. Pela primeira vez eu tinha tudo que ela desejava. Gargalhei alto e cobri a boca, sentindo minha barriga doer e meus olhos lacrimejarem.

Elena Gilbert me invejando... Eu estava mesmo no paraíso.

 

Joey

Fui tomada por uma coragem que nem pensei que possuía. Tudo o que conseguia pensar era em tirar Lily dali. Tinha que salvá-la. Uma semana, depois ela ainda permanecia trancada na sala de Grayson. O que não era comum, já que ele preferia mantê-la o mais longe possível dele. Ele não me permitia chegar perto dela. O que me deixou surpresa quando me destrancaram dizendo que ela queria me ver. Lily estava sentada na poltrona vermelha, seus pés pendiam no ar se balançando. Olhei ao redor procurando por Grayson

— Ele não esta — disse ela sem mover-se da poltrona, estava escuro as únicas luzes ali, eram vindas da janela. Devido a isso não podia ver muito bem seu rosto.

— Lily — corri até ela pegando em seus braços — Anda vamos fugir daqui. Tentei puxá-la, mas ela não se moveu, mesmo naquela penumbra podia ver que estava sorrindo — Lily, anda — ordenei.

— Não!

— Não? Como assim não? Anda, temos que aproveitar que ele não esta, poderemos escapar — expliquei mas ela teimou mais uma vez. Com a recusa da menina me ajoelhei pegando em ambos os braços dela  — Lily, nos podemos fugir para bem longe e  recomeçar…

— Eu estou recomeçando — ela cortou, sua voz era ainda suave como a de uma criança de oito anos, mas a frieza contidas nela, não era da minha filha — Eu demorarei muito tempo nesse corpo. Se por acaso ele não suportar então sua filha ficara livre.

Me afastei incrédula com nó na garganta que me impedia de reagir, ela se levantou. Estava vestida com vestido rendado, que era um pouco maior do que ela e a luz prateada da lua  a fazia soar muito mais fantasmagórica

— Quem é você? Que fez com minha filha?

— Digamos que você teve a pequena Lily com destino certo. Ela foi planejada não foi? — Lily andou até a lareira e pegou uma das espadas que estavam penduradas de enfeite, com uma facilidade assustadora, as enfiou na lareira apagada. Ela olhou fixamente para madeira que pegou fogo me assustando como inferno.

— Eu vou arrancar você, seja lá que tipo de monstros você seja — ameacei me levantando — Você vai sair da Lily, agora!

—  Me ofende a chamar-me de monstro. Somos parentes diretas e não só nessa vida. Deveria ter mais respeito, sabia?

Lily andou ate mim com espada na mão e para meu desespero ela apertou espada quente na mão, senti o cheiro da carne dela queimar, insistivamente corri ate ela rasgando a blusa para ampará-la. Ela estendeu o braço parecendo divertir-se com o meu desespero

— Por que fez isso?

—  Eu não estou sentido dor alguma — ela deu ombros —Mas já a sua filhinha — ela maneou a cabeça com pesar — Ela sim está sofrendo. Ela está gritando e chorando agora... Eu posso ouvi-la nitidamente.. Tsk, Tsk. Pobre criança.

— Deixa ela em paz — gritei — O que quer de mim? Me diz eu faço qualquer coisa, mas tem que deixar ela em paz – implorei, ela acariciou meu rosto, com a mão boa.

— Quer mesmo salvar sua filha Josefine? — assenti com a cabeça, ela fixou os olhos em mim pegando em minha cabeça —Então faça exatamente o que eu mandar e sua menininha... Ficara salva.

 

 

Jeremy

Uma semana tinha se passado desde que Lily foi levada de nós. Não encontramos nenhum vestígio dela em lugar algum. Para piorara mau conseguia dormir. Mau conseguia permanecer acordado. E quando estava tudo que conseguia pensar era o coração de Elena, Damon, Stefan e Caroline.

O impulso de matá-los parecia crescer fora do meu controle. Não tinha contado para ninguém além de Stefan que estava a beira de entrar em colapso. E ficava esperando ansioso pelo momento que ele explodiria e voltaria a ser o estripador. E por mais chocante que possa parecer, eu o entendia. E ansiava por isso. Desejava que ele perdesse o controle para que eu também perdesse.

Para que eu o matasse.

Entrei para chuveiro, água gelada estava sendo um santo remédio. Sai do banho, Bonnie estava me ligando novamente. Mas não estava com cabeça. Adormeci na poltrona. E de novo estava naquela floresta.

Estava parado no meio da floresta. Sempre ouvia um riso ressoando ao longe, mas dessa vez não ouvi. Em vez disso escutei um choro, sai correndo na direção do som, um vulto vestido de branco correu para dentro da gruta. E lá estava ela sentada numa das pedras abraçando o joelho dessa vez chorando.

— Não adianta tentar me enganar, não caiu mais nisso — ia lhe dar as costas

— Jeremy — ela chamou erguendo a cabeça, seu pequeno rosto molhado por lágrimas — Jeremy, por favor, me ajuda.

Ela se levantou devagar e veio até mim, recuei o que deixou surpresa. Então ela começou a chorar, dessa vez ainda mais alto. Olhei para sua mão e notei que estava sangrando parecendo infecionada como tivesse sido queimada. Peguei sua mão, ela grunhiu de dor. Me lembrei dos outros sonhos, isso nunca tinha acontecido. Lily… Ou melhor Lilith, sempre estava bem ágil, rindo com brilho demoníaco nos olhos

— Sua mão, o que aconteceu com ela? — e la retirou a mão

— Ela queimou, queimou. Está doendo tando — ela se queixou chorando.

—Lily? — me abaixei ficando em sua altura — É você mesmo? — ela assentiu com as lagrimas rolando por seu rosto. Aliviado eu a abracei — Onde você está?

—Não sei. Ele me prendeu, disse que eu ia descansar agora. Que ia dormir para sempre. Mas eu não durmo. Vejo tudo o que ela faz — ela soluçou — Ela má, Jeremy.

A peguei no colo e sai pela floresta, e de novo estava anoite. Ela apontou para um lado

— É para lá.

Olhei em volta reconhecendo o lugar ele me era  familiar, já tinha estado lá. Há exato dez anos. Uma casa que a vista era abandonada. A casa de campo do meu avó. Tinha esquecido aquele lugar. Bloqueado pois foi o último lugar que meu pai me levara, nos pescamos no lago. E nadamos naquela mesma gruta

— Lily é aqui que você está? — Lily ergueu a cabeça assentindo apertou mais os braços em volta de meu pescoço — Lily, preciso que se lembre, me diga qual é nome do homem. Qual nome do seu pai?

— Grayson.

Acordei no mesmo instante suado e atordoado por nunca ter notado. Lily era minha irma, desde que a vi me lembrou alguém, e esse tempo todo era meu pai. Ele podia estar vivo?

Mas porque ele forjaria a própria morte. Porque prenderia a própria filha. Meu deus, aquilo era demais, não podia ser verdade. Me levantei pegando a chave do carro, não liguei para ninguém precisava saber a verdade e só tinha um jeito para isso.

 

Stefan

Voltei para casa depois de caçar pela tarde inteira, mesmo alimentado. Ainda sentia sede, aquele impulso incontrolável, quando via qualquer pessoa na rua. Fechei os olhos focando a minha mente na única coisa que me mantinha são Caroline. Outra semana procurando por Lily, não conseguia ficar perto dela porque sempre que olhava em seus olhos o remoço me invadia.

Ela dormia na cama abraçada ao urso que eu havia dado a Lily, ela estava sendo forte. Mais forte do que pensei. Ela tentava me fazer ficar perto dela, mas quando nos beijamos. Mesmo amando-a com a minha vida, uma sensação entranha surgia no peito. Não que deseja-se vê-la chorar, mas sentia um arrepio.

Uma culpa, por beijá-la como se tivesse traindo a própria com ela mesma, ou podia ser somente uma impressão. Culpa por querer beijar e amar a minha namorada, quando devia chorar e correndo por todos os cantos atrás de Lily. Porque não havia se quer um dia, ou minutos que não acordasse me lembrando de seu sorriso ou tom de azul de seus olhinhos.

Aquilo me destruía a cada dia. Eu quebrei a promessa de protegê-la. Falhei em mante-la segura longe de todos aqueles monstros. Avistei Caroline na varanda, vislumbrei um sorriso em seu rosto antes mesmo de me ver. Me aproximei beijando sua testa, ela franziu a testa para o gesto. Eu ia entrar direito mais ela me deteve me abraçando.

— Care, eu preciso de um banho, descansar

—Eu preciso de você Stefan — ela murmurou com lágrimas nos olhos. Não me contive abracei. A tomei em meus braços a beijei, seus beijos eram intensos quase desesperado. Resisti a ela que se afastou franzindo a testa, mas ela não deu-se por vencida. Agarrou meu rosto e beijou-me novamente, passando a língua por meu lábios pedindo passagem que impotente dei. A peguei no colo a levando para dentro. Ela praticamente arrancou minha roupa. Ficou por cima de mim e tirou a blusa. Mesmo ardendo em desejo, alguma coisa me impedia, não conseguia.

Não Caroline, não posso  afastei ela gentilmente, deixando-a desconcertada, detectei um pouco de raiva por minha rejeição. Fiquei analisando sua expressão, seus gestos. De repente ela ergueu a cabeça e notou que eu a olhava, ela abaixou a cabeça. Começou a chorar depois de um minuto, ela soluçava alto. Seu corpo todo tremia enquanto ela abraçava si mesma. Me aproximei dela abraçando-a, ela tentou me afastar

Me solta, vai embora.

Mas não obedeci. Apertei ainda mais em meus braços e beijei. Nos amamos, depois disso. Mas depois enquanto ela dormia em meus braços, quando olhei para ela ressonando em cima do meu peito, senti-me estranho. Parecia estranho, até mesmo surreal fazer amor no meio daquilo tudo, não parecia ser ela. Acariciei seus cabelos, fechei os olhos lembrando-me da nossa primeira noite.

Da sensação de calor e ternura. Quando ficamos abraçados sem dizer nada. Fechei os olhos tentando esquecer aquela sensação. Estava abraçado a mulher que amava, aquela sensação era apenas culpa e dor de não saber sobre Lily. Não tinha nada de errado com Caroline, tudo que estava fora do lugar era eu que não conseguia sentir-me aquecido com calor do corpo da mulher que amava. O único a sentir-me oco enquanto escutava o ressonar dela. Me odiei um pouco mais por isso, me desprendi dela virando para lado. Pela primeira vez em muito tempo querendo ficar distante dela.

 

Jeremy

Limpei o suor da minha testa. Joguei a pá para o lado depois de abrir o caixão. Estava vazio, não tinha ossos, como deveria ter, meu pai estava vivo esse tempo todo. Não fiquei ali para chorar. Não sentia felicidade, alegria nada disso. Não sentia nada a não ser vazio seguindo por ódio.

Acho que o mataria eu mesmo se o vise, o mataria por deixar eu e Elena sozinhos, por nos deixar passar por tudo aquilo sozinhos. Ódio por ele ter traído nossa mãe, por ter tido uma criança. Por estar agora torturando prendendo a minha irmã naquele exato momento. Limpei a terra das minhas mão em minha calça e corri para o carro, dando partida e indo o mais rápido que pode para Fairfax.

E lá estava a mesma casa dos meus sonhos. A lembrança de meu pai saindo com a varra de pesca na mão era nítido. A casa estava trancada, arrombei dando chute na porta. Os moveis todos no mesmo lugar, mas cercado de teia de aranha e uma camada grossa de poeira. Andei pela casa, não havia sinal dela. Me sentei na poltrona, em que tantas vezes meu avó se sentara, as lembranças todas vindo a minha cabeça.

Lembrei da mão machucada e das cicatrizes nos braços de Lily. Chutei aquela porta, quebrei os vasos quebrei tudo, que vinha pela frente me ajoelhei chorando no meio de tudo quando vi um alçapão. Estava abaixo do tapete carmesim todos aqueles anos. Entrei e não era um porão, tinha corredor enorme. E então percebi que ali, era a verdadeira cede da Augustine.

Assim que abri a porta luzes começaram a piscar, um vampiro saiu de dentro eu lutei para matá-lo entramos numa cela peguei a estaca que levava na causa, enfiei em seu peito. Ele cairá morto no chão, arranquei a estaca do seu peito e limpei o sangue em minha calça.

Mas não havia apenas um vampiro, uma dezena saia em direção a mim, corri pelo corredor, mas fiquei encurralado. Consegui matar três deles, mas perdi a estaca no coração de um deles, era de certo meu fim, mas alguém os matou rapidamente e por trás. Quando ergui a cabeça. Meu pai estava em pé diante de mim, sorrindo. Me estendeu a mão e franziu a testa por não aceitar. Ele me levantou e me abraçou

Filho — ele  abraçou-me com mais força. Fiquei sem ação, mas quando voltei a mim o empurrei. Ele não apareceu surpreso com isso. Sorriu olhando para minha roupa manchada de sangue Como você cresceu e pelo visto seguiu a negócio da família é um caçador afirmou ele com sorriso orgulhoso que me fez querer socá-lo


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Notas finais do capítulo

Como quase ninguém tá lendo essa bagaça, ou lê e não tem o menor interesse de se manifestar, sem data para próximo. XOXO



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