New Beginning for Love -HIATUS INDETERMINADO escrita por allurye


Capítulo 13
Capítulo 13 -   Be careful heart, that and a dead end.




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Caroline

Fiquei admirando Stefan sorrir brincando com Lily. Jeremy pediu uma pizza e todos eles ficaram assistindo Shrek, no final do filme Lily adormeceu. Stefan a pegou no colo e a levou para meu quarto, logo em seguida Jeremy foi embora apressado, lembrando-se que esqueceu-se de Bonnie. Fiquei sentada no sofá assistindo a reprise de Friends até que Stefan voltasse. Ele sentou-se ao meu lado e em silêncio ficamos. De vez enquanto sentia os olhos dele sobre mim e quando virava a cabeça para encará-lo ele desviava os olhos, com fantasma de sorriso.

Resolvi ir dormir quando ele se voltou para mim com intenção de conversar, ele pareceu desapontando com isso e quase voltei e para trás e lhe fiz companhia, mas precisa colocar uma distância segura. Aquele dia no parque levantou perguntas demais, coisas que ela preferia ignorar. Acordei muito tarde naquele dia, olhou para o lado Lily já não estava ali. Por um momento um terror a invadiu, um medo dela ter desaparecido ou sido pega. Correu pela casa a procura dela e encontrou Stefan e Lily do lado de fora da casa. Respirou aliviada ao vê-la brincando com seu ursinho.

— Bom dia bela adormecida — Stefan a cumprimentou com sorriso.

— Bom dia.

— O que foi, por que essa cara? — Stefan se levantou indo até ela.

— E bobagem — respondi e ele arqueou a sobrancelha me encorajando a continuar — Fiquei assutada quando não encontrei a Lily.

— Ela está bem, Caroline. — disse sorrindo com seu tom tranquilizador, que sempre funcionava. Ele estendeu a mão e acariciou meu rosto

— Olha só para ela — admirei Lily brincando sozinha no quintão — Ela parece uma menininha normal agora.

— Mas ela é normal.

— Eu sei, Stefan. Eu quis dizer que é assim que a vida dela deveria ter sido. Brincadeiras, risos… Entende? — ele assentiu. E circundou o braço envolta do meu ombro, beijando minha têmpora, encostei a cabeça em seu peito. Tentando ignorar as borboletas alçando voo dentro de mim com seus dedos fazendo círculos em meu braço. De repente Lily se levantou e me assustei quando ela fez menção de correr em direção a rua.

— Oi, Lily — Jeremy apareceu no portal pegando Lily correu para ele alegremente

— Jeremy, você não deveria estar com a sua namorada?

— Primeiro, boa tarde Caroline. Segundo ela está fazendo estudando.

— Ótimo. É você? Que eu me lembre você ainda está no último ano.

— Caso não saiba, eu morri no ano passado e depois voltei a vida… Minha presença na escola meio que causa muito conflito ainda.

— Se estiver precisando de alguma ajuda pode contar comigo — Stefan disse sorrindo para Lily que olhava para boneca que Jeremy havia dado

— Não, valeu. Mas está tudo bem.

— É mas se continuar assim, você vai repetir o ano.

— Caroline, quando foi que trocou de identidade com a minha irmã? Alias, hoje eu não tenho aula é sábado.

— Sábado?

— Sim, sábado — repetiu confuso.

— Ai que droga…

Sai correndo para o quarto, tinha esquecido completamente que tinha combinado de me encontrar com Aron, abriu o armário procurando algo decente para se vestir. Desisti de achar algo bonito e vesti um vestido velho que não usava há algum tempo.

— Por que da pressa… — Stefan parou de falar no meio da frase olhando-me de cima baixo. Fiz o mesmo que ele me perguntando si estava muito ruim

—Está muito ruim?

— Não! Está bom… Muito bom — ele balbuciou olhando-me estranho. Se tivesse mais tempo o obrigaria dizer o que tinha de errado com ele, mas estava muito atrasada para isso no momento. Sai tropeçando enquanto calçava a sandália. Lily parou de brincar quando me viu.

— Você está tão bonita — Lily sorriu para mim. Me agachei e agarrei seu rostinho cobrindo-a de beijos.

— Obrigada, meu amor.

— Vocês dois vão sair? Porque eu posso ficar com a Lily.

— Não — neguei com cabeça — Quer dizer, você vai sair?

— Eu também… tenho um compromisso agora tarde.

— Têm?

— Sim, eu tenho – Stefan repetiu estranhamente sério observando Caroline se olhando num espelho no corredor, colocando brincos na orelha.

— Então, já que o senhor se ofereceu — baguncei o cabelo de Jeremy ao passar por ele.

— Ei, não bagunça meu cabelo — resmungou ajeitando ele com uma careta

— Foi mau — lhe dei língua e peguei minha bolsa no cabide — Pronto! Agora vou indo. Se comportem, eu não vou demorar muito.

Abaixei e beijei a testa de Lily e soprei um beijo por cima do ombro e corri para Grill torcendo que Aron não tivesse desistindo.

 

Stefan

Observei Caroline correr animada num vestido curto de renda branco. Arrumando-se em frente ao espelho, colocando o melhor de seus perfumes. Ele tentou desviar os olhos e se concentrar em Lily, mas seus olhos gravitavam até ela. Vendo espalhar o batom nós lábios e sorri satisfeita para seu reflexo no espelho.

Ele teve que conter curiosidade de perguntar a onde ela estava indo. Ou melhor com quem. Mas lembrou-se do trato o impedia, alias ele não tinha esse direito de saber ou perguntar. Caroline podia sair e se divertir sem ele e tentou ignorar o nó que formou-se em sua garganta quando ela soprou-lhe um beijo e saiu sorridente e apressada para encontrar alguém. Fiquei um tempo sentado no sofá perdido e pensamentos, ou melhor me perguntando para onde ela estava indo. Quando notei um sorrisinho no canto dos lábios de Jeremy

— Não Lily, ele não estão — escutou Jeremy e Lily sussurrando.

— Do que estão falando?

— Pergunta para ele Lily — Jeremy mandou tentando ficar sério

— Pode perguntar Lily, o que foi?

— Vocês estão brigados?

— Quem.... Eu e a Caroline? Não! Por que está preocupada com isso?

— Porque ela saiu muito bonita e você não foi com ela… Por que não foi com ela?

Fiquei meio atônito com a pergunta direta de Lily, Jeremy explodiu em gargalhadas o que não ajudou muito na confusão de Lily. Joguei uma almofada em seu rosto e ele tentou ficar sério mais voltou a rir

— Dá pra parar de rir?

— Desculpe, mas tem que admitir que a situação é hilária.

— Hilaria? — inquiri mal-humorado — De onde ela tira essas coisas.?

— A pergunta é? Como você não pensa “Essas coisas”?

— Você está mais pirralho do que me lembrava, quantos anos têm mesmo, doze?

— Não, mas, com certeza sou mais esperto que você. — se inclinou até mim e sussurrou — E agora confessa vai, não está nem um pouco curioso, sobre o encontro da Caroline?

— Não! A vida e dela, ela tem direito de sair com quem quiser — expliquei, agora irritado.

— Claro — Jeremy fez um gesto de desistência, mas quando me virei ele voltou a rir

— Chega! — Stefan se levantou — Você olha a Lily por umas horinhas?

— Claro — Jeremy ficou sério, quando Stefan estava saindo ouviu Jeremy sussurrar um — Lerdo. Enquanto balançava a cabeça.

Fui para Grill depois de dar voltas pela cidade tentando ignorar as insinuações de Jeremy, mas arrependi de ir até lá quando escultei uma risada conhecida. Era Caroline, jogando sinuca com Aron.…

Fiquei com impulso de ir até lá e afastá-lo dela. Afinal, ele podia ser transformado, mas se foi não parecia. Talvez tivesse acontecido com ele o mesmo que Damon. Caroline e Aron conversavam entrosados o tempo inteiro. E por mais que não quisesse admitir, estava incomodado com a cena, meu estômago se revira de agonia. Principalmente quando ela sorria para ele, quando deixava que ele a guiasse na sinuca. Ele revirou os olhos para eles, tendo plena certeza que ele não precisava estar tão perto dela para ensiná-la

Ciume é algo corrosivo Stefan, você deveria saber.

— Katherine – me assustei com Katherine sussurrando ao pé do meu ouvido, ela sorriu maliciosamente olhando para Caroline e Aron e sentou-se ao meu lado na mesa — Eu queria falar com você.

— Sério — ela arqueou a sobrancelha em descrença — Porque parece que veio mesmo é espionar a Barbie.

— Katherine, eu sinto muito pelo que fizéssemos, aquilo foi um....

Erro completou — Não precisava se dar ao trabalho de vir atrás de mim para dizer isso. Você deixou bem implícito quando gritou para que eu fosse emborra.

Katherine saiu apressada pela porta, corri até ela e segurei seu braço.

— Me diz uma coisa Stefan, você pensava na Elena enquanto me beijava?

— Não, Katherine. Você pode não acreditar em mim, mais Elena nem passou pela minha cabeça. Eu só tinha você em mente, ninguém mais.

Katherine se inclinou até mim e roçou seus lábios, nos meus. Ele sentiu o desejo o consumindo, com ela pressionada dele, com seus lábios macies tão próximos. Mas ele afastou-se dela, deixando com lábios franzidos em bico. Ele não podia fazer isso, insistir num erro como aquele era burrice demais até para ele.

— Não.

— Não? — Katherine colocou as mãos em volta do meu forçando-o a virar-se para ela, ela beijou-lhe o pescoço com urgência

— Para Katherine – segurei seu pulsos

— Por que, Stefan? — inquiriu ela beijando-me nos lábios — Eu sei que me deseja, que quer isso tanto quanto eu. Porque fugir….

Ela beijou-me novamente e correspondi o beijo por um segundo ou dois mais não consegui prosseguir. Afastei ela gentilmente

— Não posso fazer isso — sussurrei, ainda próximo de sua boca. Ela lançou-me um olhar suplicante e tentou novamente mais segurei seu pulso negando com a cabeça. De repente o olhar frustrado mudou, um brilho raivoso surgiu em seus olhos

— E por ela não é?

— Eu já disse que não sinto mais nada por Elena…

— Quem disse que estou falando da Elena? —

— Está ficando louca!

— Eu vi Stefan, o modo como você olha para ela.

— Não sei do que está falando. Eu a olho como amiga, da mesma maneira que olhava para Lexi

—Pare de mentir para si mesmo! Eu observei você e Lexi por anos e você nunca olhou para ela daquele jeito.... Eu vejo como olha e fala dela… Ela é Elena da vez.

— Você está errada…

— Stefan, eu passei muitos anos atrás de você, observando você. Você teve várias paixões. Carrie, Rebeca… Elena.

— Esta enganada Katherine, eu vejo a Caroline como amiga, ela é como a Lexi para mim

— Não. Stefan não é – teimou – Sabe porque voltei daquela vez. Mesmo você não acreditando. Quando eu vi que você amava a Elena, eu não consegui me afastar. Eu não podia suportar que você amasse alguém mais do que me amou… Eu cheguei a pensar que agora…

Ele estava prestes a gritar para que ela se calasse. Mas notou que ela chorava silenciosamente, seu rosto molhado pelas lágrimas. Num impulso idiota e masoquista estendi a mão e agarrei seu rosto, enxugando suas lágrimas. Katherine. Ela tentou afastar-se dele e abriu a boca para gritar mais acusações… Então ele beijou e deixou-se se perder na sensação de seus lábios contra os dele. Ele beijou-a com tudo que ele tinha, ignorando suas insinuações e todo resto. Podia ser errado, mas ele não conseguiu desgrudar sua boca da dela, temendo o que ela diria seguir, temendo que ela estivesse certa em casa palavra.


Matt

Estendi um copo d’água para Nádia que pegou ainda trêmula. Eles ficaram em silêncio. Matt pensou em ir embora talvez, ela quisesse ficar só

— Obrigada

— Pelo que?

— Por ter me ouvido — Nádia sorriu — Depois que perdi, meu namorado. Não tenho tido com quem conversar.

— Ah, seu namorado… Aquele que você matou e enfiou dentro de mim.

— Eh, eu sinto muito pelo que fizéssemos com você.

— Não tem problema, se você tivesse pedido… Eu ia mesmo dizer não — Nádia sorriu — Afinal qual é o lance de vocês com trocas de corpo.

Eles” eu estou feliz com meu – Nádia sorriu – Mas eles são viajantes, um tipo diferente e mais antigo de bruxos

— Me deixe adivinhar, que tem habilidade em colocar a alma no corpo alheio.

— Basicamente isso.

— Você sabe fazer isso?

— Mais ou menos, meu namorado sabia muito mais do que eu…

Antes que ela termina-se um estalo me veio a mente.

— Claro. E isso não é?

—Isso o que?

— Que planeja para ajudar sua mãe — Matt observou os olhos de Nádia se estreitarem — Não é certo usar o corpo de alguém assim. Acredite em mim, eu sei bem disso.

—Olha, eu estou tentando ajudá-la…

— Acha mesmo que se fizer isso, ela ficara grata e de repente se aproximara de você, e deixara de ser a uma vadia…

— Não. Mas ela é minha mãe. É se fosse a sua mãe? Não faria tudo o que pudesse para salvá-la. Mesmo sabendo que nunca ouviria se quer um obrigado? – inquiriu fitando o copo com olhar tristonho, me calei pensativo — Como eu pensei, você também faria o mesmo.


Aron

Fazia muito tempo desde que tive um encontro. Não pensei em tê-lo por muito tempo. Eu tinha um tipo de maldição: Quem quer que fosse que se aproximasse de mim morria. Mas Caroline basicamente estava tão morta quanto eu. O que ajudava muito em não manter minha promessa de solidão eterna. Eu me lembro de ter ouvido Jesse falando sobre ela, eu revirava os olhos já de saco cheio de ouvir suas declarações apaixonadas.

Primeiro porque eram chatas, segundo porque o invejava por não poder sentir o mesmo por ninguém. Poderia ser traição já que agora eu estava admirado o sorriso dela, já que meu quase amigo era apaixonado por ela. Mas ele estava morto agora, o que eu poderia fazer? Correr e me afastar da única pessoa que me fazia sorrir e esquecer que eu era um monstro.

— Estou te entediando?

— Claro que não.

— Você parece estar tão longe — Caroline virou o copo se apoiando no balcão

— Desculpe, eu tenho feito isso por anos, não sei como desativar o modo automático.

— Sei como é — Caroline sorriu compreensiva, mais riu do meu olhar desconfiado — Na verdade não. Mas queria ser assim.

— Queria, mas por que? É uma droga.

— Se ligar com tudo e com todos também é.

— Problemas de relacionamento?

— Não, problemas com tudo.

— Você não parece ser do tipo problemática.

— Já fui, hoje sou do tipo azarada

— Isso é bom

— Bom, ser azarada?

— Não, mas isso nos torna muito parecidos. Eu só o tipo de cara que é o azar personificado em pessoa.

— Então e melhor eu me afastar, azar com azar dá …

— Sorte..

Não tinha muita experiência em flerte, mais desde que me tornei um vampiro minha personalidade, estava mudada. Olhando para Caroline, esquecia das minhas regras estúpidas.

— Eu tenho que ir

— Ah, eu sabia. Estou te entediando…

— Não. Eu me diverti muito tentando jogar sinuca com você. Mas eu tenho uma pessoa em casa que não dorme enquanto eu não chegar.

— Entendo — disse desapontado.

— Não é um namorado se o que está pensando. E digamos uma filha.

— Filha… Eu não sabia que era mãe.

— É eu também — Caroline sorriu ao ver minha expressão confusa — Ela não é minha filha, não de verdade. Mas é como se fosse.

— É dá para ver

— Como assim?– inquiri confuso, olhando seus olhos brilharem quando falou dela.

— O estranho que não me imagino mais sem ela.

— Queria conhecê-la um dia. O rosto dela se iluminou de novo

— Em breve vai — Caroline sorriu antes de se aproximar de meu rosto e beijar meu rosto. — Boa noite.

Fiquei paralisado por um minuto, com a mão no rosto olhando, olhando a sumir de vista.

— Eu nunca pensei que te veria apaixonado

— Wen — Aron se levantou nervoso — O que você quer?

— Nada. Só queria saber se estava bem.

— Depois de me transformar em um monstro — Aron riu nervoso — Muito engraçado essa sua maneira de se importar

— Aron me desculpe, pelo que ouve. Eu quis protegê-lo. Mais falhei. Porem agora você pode fazer isso por si mesmo.

— Então eu devo te agradecer, por que tudo isso foi um plano para me ajudar

— Não — Wen abaixou a cabeça entristecido — Não, a última coisa que queria era que você fosse atingido no meio disso tudo. Eu queria vingança e acabei de colocando no meio.

— Vingança, vingança pelo que?

— Pelo que aconteceu a nossa família Aron eles foram assassinados

— Foi uma fatalidade, nada mais.

— Não Aron no fundo você também sabe.

— Eu não quero ouvir mais nada. Aron saiu correndo porta fora mas o Wen o seguiu

— Me deixe em paz — Aron levantou Wen pelo pescoço

— Aron me esculte, por favor — Wen tentou disseram

— Eu posso matá-lo agora, eu quero matá-lo agora.

— Eu sou a última pessoa que lhe restou Aron

— Não é única. Aron o soltou e olhou para Wen com as mãos no pescoço tentando recuperar o ar, viu um sorriso se formar no rosto vermelho de Wen

— Caroline — Wen riu — Eu a observo a um tempo. Ela não vai escolher você.

— Do que está falando?

— Dela e o Salvatore.

— Ele e amigo dela.

— Pois é são amigos, ela não abriria mão dele por você Aron

— O que ela e ele tem a ver com tudo isso.

— Tudo. Foi ele Aron, o irmão de Stefan que matou sua família. Ele sempre deixou um vivo. Para vê-lo ter filhos, formar uma família par depois matá-lo.

Aron balançou a cabeça. Não podia ser verdade. Sentiu tudo girando.

— Não.

— É verdade, foi por isso que o peguei, foi por isso.

— Então de vez de matá-lo você me transformou em um monstro como ele… Porque fez isso comigo.

— Para que você se vingasse, com suas próprias mãos Aron, é você pode fazer isso é mais forte do que ele agora — Wen se aproximou dele — Minha única dúvida é como você conseguiu se controlar com a Caroline?

— Eu… Não sei.

Damon

Fiquei em frente a janela de Elena olhando-a escrever em seu diário sentada em sua cama. O que Stefan lhe disse ecoava em sua cabeça.“O seu único obstáculo no momento é você mesmo”. Seu irmão tinha razão. Ele amava Elena e talvez ela ainda amasse Stefan ou sempre iria amá-lo. Porem não podia desistir dela, ou melhor não conseguia. Talvez ela apenas estivesse confusa sobre o que sentia. Talvez fosse apenas pose, ver o irmão seguindo em frente quando ela achava que ele sempre estaria na porta ao lado esperando por ela. Ele deveria odiá-la por isso, mas não podia, porque ele sabia no que estava se escrevendo.

— Bonnie é você? — Elena se levantou, fechou o diário e o colocou em seu criado-mudo. Ela saiu do dormitório e olhou envolta chamando por Bonnie. Aproveitei-me quando ela olhava para direita e entrei em seu quarto

— Não. Sou eu.

— Damon…O que está fazendo aqui? — inquiriu ela parecendo desanimada

— Eu espera uma reação melhor, ou só o contrário dessa.

— O que esperava, que eu pulasse em você?

— Mais ou menos isso – zombei sorrindo maliciosamente, me aproximei de Elena acariciando seu cabelo, ficou contente ao constatar que ela se arrepiara com seu toque, como sempre fazia.

— Por que veio Damon?

— Porque – peguei o rosto de Elena com ambas as mãos inconstando a testa com a dela sussurrou – Porque senti sua, falta.... Porque te amo.

— Damon – Elena sibilou fechando os olhos. Não esperei que ela respondesse, não queria realmente ouvir o que ela tinha a dizer. Agarrei sua cintura e aprofundei o beijo ferozmente porém Elena o surpreendeu o afastando

— O que foi? — Damon a puxou novamente encostando os lábios nos dela

— Pensa que pode vir me beijar e....

A calei beijando-a novamente, segurei sua cintura guiando-a até a cama. Elena não disse mais nada seus olhos ardiam em desejo assim como os dele. Enquanto Elena o ajudava a tirar sua camisa e ficava por cima beijando o por inteiro. Fechei os não reprimendo um gemido enquanto ela mordiscava meu pescoço, quando voltei a abrir os olhos Katherine e Elena se fundiram em uma só pessoa, em um piscar de olhos uma se transformava na outra. Parei subitamente quando pensei em Katherine

— O que foi? — Elena franziu a testa confusa. Ele puxou-a pela nuca e beijou

— Nada, não foi nada. Sorriu voltando a beijá-la. Pelo menos ele desejou que não fosse mesmo nada.

(…)

Olhei para o lado Katherine estava dormindo profundamente ao seu lado. Não sabia exatamente que horas eram, mais o dia já havia amanhecido. Me levantei com cuidado, vestindo-se. Olhei para Katherine nua sobe a cama, com apenas o lençol a cobrindo. Era inevitável que o passado surgisse a mente. Katherine foi a primeira mulher que ele amou, lembrou-se da noite em que dormiram juntos, logo depois ela se alimentou dele e o compeliu a esquecer tudo sobre ela. Ele abotoou a camisa e sentiu uma mão tocarem seu corpo por trás

— Bom dia Stefan — me virei e encarei Katherine que estava radiante, senti um peso no enorme por não sentir o mesmo.

— Bom dia — forcei um sorriso, Katherine se inclinou até mim para beijar-me quando ela notou o próprio reflexo no espelho voltou correndo para cama se amarrando a um lençol correndo para o banheiro — O que ouve?

— Nada, continua se vestindo ai

— Katherine…

— Stefan fica ai — ela ordenou e ele não pode reprimir um sorriso vendo Katherine tentando se arrumar o máximo possível, ele se sentou na cama esperando a sair. — Droga!!

— Está tudo bem?

— Sim, melhor impossível — Katherine saiu ainda enrolada no lençol. — Você não estava indo embora?

— Está me expulsando?

— Não! Só perguntei — me aproximei dela tirando uma mecha que ocultava seus olhos, mas ela o deteve segurando minha mão — Não me olhe eu estou horrível.

— Não pra mim – beijei sua testa a deixando surpresa – Eu tenho que ir.

— Tem mesmo? — inquiriu choramingando

— Sim eu tenho. O Jeremy deve estar querendo me matar, eu disse que não demoraria. Tenho que ficar com Lily

— Qual é seu lance com essa criança? — Eu já fui rejeitada muitas vezes, mas nunca ouvi uma desculpa como essa.

— Não é desculpa, eu tenho que cuidar dela. Ela minha responsabilidade

— E da Barbie também — ela lembrou e suspirei enquanto calçava o sapato. Lembrei-me de suas acusações, das brigas intermináveis e do belo sorriso dela, sorriso esse que ela estava partilhando com Aron. Ele tentou ignorar a torção no intestino que aquela imagem causava

— É mas a Caroline, cuida dela por mais tempo que eu.

— Nunca tinha, percebido isso antes. Você sempre quis isso não é?

— Isso o que?

— Uma família, eu te tirei essa chance, e agora a Barbie esta te dando essa chance. Então é por isso…

— Por isso o que Katherine? O que quer dizer — inquiri impaciente.

— Eu tirei a chance de você se casar e ter filhos Stefan, mesmo se estivesse com… — ela fez uma carreta — A Elena, não poderia ter uma família. Nunca me dei conta que você sonhava com isso.

— Sim, eu sonhei muitas vezes, se quer saber. E sim você me tirou muitas coisas.

— Me…

— Não. Pedir desculpa depois de cem anos e hipocrisia e clichê pelo fato de você ser humana agora, e saber que vai morrer não ajuda nada. Quer o meu perdão — Katherine abaixou a cabeça, escondendo as lágrimas que se formavam — Você já tem há muito tempo. Mais esquecer… Acho que nunca vou conseguir.

— Você nunca vai me ver como vê a Elena não é?


Não consegui respondê-la. Um nó se formou em minha garganta, Katherine balançou a cabeça chorando segurei sua mão quando ela se levantou pra ir. Katherine parou o encarando o abracei e senti algumas lágrimas molharem sua camisa. Sabia que era insano, que aquilo era uma loucura e não daria certo. Mas não conseguiu dizer em voz alta. Não tive coragem de dizer a Katherine que aquela relação que tínhamos nunca seria real. Não entre eles. Apertei mais o corpo dela contra o dele, querendo poder apagar o passado. Mas sabia que não podia.


Caroline

Acordei cedo naquele dia até mesmo minha mãe se surpreendeu com meu bom humor, mesmo sabendo que Stefan não tinha dormindo em casa, isso não conseguiu me irritar. Talvez ele estivesse certo aquela situação com a Lily era complicada de mais, uma situação confusa. Talvez eu tenha mesmo confundido o que sentia por ele. Eu ainda o amava, mais era como amigo.

Mesmo assim, a curiosidade de saber com quem ela havia passado a noite me dava angustia. É se ele estivesse com Elena, afinal ela e Damon terminaram. Aquilo fez seu estômago se revirar somente em pensar na odisseia que viria por ai, ver Elena chutá-lo em breve pelo Damon novamente.

Porque se tinha uma coisa que ela tinha certeza agora e que Elena nunca seria completamente feliz com apenas um deles, ela queria os dois. Mas e se não fosse a Elena. Se fosse com a Katherine que ele passara a noite. Caroline balançou a cabeça tentando afastar aquele pensamento.

— Caroline, Caroline

— Oi mãe, o que foi — inquiriu impaciente.

— O que foi digo eu. Estava fora do ar — Liz bebeu o café e arqueou a sombra celha sorrindo, como se soubesse de algo.

— O que foi, porque esse olhar — Caroline tentou imitá-la, o que fez Liz rir

— Nada.

— Nada, nada? Ah mãe faça me o favor — tomei o café de sua mão

— Care me devolve o café é uma ordem!

— Okay Xerife Forbes, antes me diga o que é que pensou — Caroline estendeu o café para o alto.

— Eu sei o porquê de estar assim tão longe.

— Ah sabe? Então me diz o que eu estou pensando — entreguei o café.

— Não é o que está pensando, é sim em quem está pensando.

— Hummm, usando poderes de mãe, que interessante. Continue mãe — desdenhei rindo

— Caroline, você saiu de mim eu te conheço como a palma da minha mão

— Engraçado, deveria ter usado os seus dons telepáticos comigo mais cedo — retruquei não conseguindo conter a amargura, Liz ignorou o comentário bebendo o café — Mas então mãe me diga em quem estou pensando?

— Tem seis letras, belos olhos verdes e cabelo cor de caramelo.

— Okay é um jogo de adivinhação agora?

— Eu vejo como se olham, não tem como não notar filha.

— Eu olho para ele como olho para todo mundo, não tem nada de diferente nisso. Por que todos estão repetindo isso? — indaguei nervosa

— Filha — Liz se aproximou colocando a mão em seu ombro — Eu já tive sua idade, eu já me apaixonei muitas vezes, mais só amei duas.

— Duas?

— Sim, é a primeira não foi seu pai —

— Me conta, quem era.

— Não vai ficar irritada…

— Mamãe, o papai é gay. E claro que não vou e você realmente acha que eu pensava que o papai era o único? Pode me contar. Ele era bonito?

— Tudo bem — Liz sentou-se na cadeira, olhou para o chão sorrindo — O nome dele era Dean. Era meu melhor amigo.

Revirou os olhos com sorrisinho dela

— Ah não!

— Deixa eu continuar — reprendendo-a — Ele era meu melhor amigo. Desde que eramos crianças. Nos crescemos juntos, sabíamos tudo sobre o outro. Eu estavam junto quando ele deu seu primeiro beijo na garota mais popular da escola, eu estava ao lado dele, quando ele é ela foram coroados o rei e a rainha do baile — sorri com simpatia compreendendo muito bem minha mãe — Eu estava lá quando ele descobriu que ela o traia… Eu estava lá, ao lado dele nos momentos mais difíceis e os melhores também. Depois que seu irmão Thomas foi assassinado na porta de casa. Ele e eu decidimos que seriamos policiais, que lutariamos contra o mau. Foi num dia como esse, na formatura da escola. Que eu me declarei. Para minha supressa ele correspondia. Me amava como eu o amava.

— Então o que aconteceu, porque mesmo eu não sou filha desse tão de Dean?

— Porque, ele morreu. Ele tinha dezoito anos. Quando chegou feliz me contando que tinha entrado para o exército — pousei a mão no ombro dela tentando confortá-la – Foi um ano depois que eu recebi a notícia na noite de ano novo, que ele tinha morrido em combate. Na carta dizia que ele lutou bravamente pelo seu país. Como se isso fosse alguma coisa.


Notei as lágrimas rolando pelo rosto de sua mãe, senti um aperto. Agora descobri o motivo dele sempre preferir trabalhar naquele dia, ou do porque sempre fora melancólica. E quando ela finalmente amou alguém de novo, ele era gay. Senti uma imensa pena de sua mãe, e pensou que ela herdara a mesma sorte.

— Por isso Caroline, quando vejo como olha para ele, eu sei que…

— Não mãe, esta enganada. Eu não sinto isso por ele… Quer dizer, e um tipo de amor sim mas não do tipo romântico

— Bem isso é uma pena, porque os melhores casamentos são aqueles que casamos com amigos.

— Com exceção dos amigos gays — Liz riu e a abracei. E enquanto o fazia decidi que nunca sofreria a mesma coisa. Porque Stefan já estava morto, ou melhor porque ela não gostava dele, não desse jeito.

 


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Notas finais do capítulo

XOXO



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