Algum tempo depois eu ouço o elevador novamente, e dessa vez era Ryan, Espo, Mel e Heloisa que saiam dele, eles levaram Heloisa para a sala de interrogatório e Mel para outra sala não tão formal. Fui até onde ela estava.

– Hey Becks – ela sorriu ao me ver. – Rick.

Elas deveriam estar na aula, pois Mel estava com o collant.

– Oi Mel – sorri e apontei a cadeira para ela sentar.

– Olá, Melanie – Castle a cumprimentou.

– Voltamos a estaca zero no caso da Isabella – eu comecei – vamos ter que rever todos os pontos, e precisaremos do seu álibi.

– Oh, tudo bem, eu estava na nossa casa aqui de NY, com um cara, posso passar o contato dele para vocês, os vizinhos podem confirmar – ela sorriu pegando o celular.

– Seria ótimo – eu falei, não era confortável ter que interrogar sua amiga de infância sobre um assassinato, e quanto antes tirasse qualquer duvida de que não tinha sido ela, melhor.

– Aqui – ela me mostrou o numero dele e eu anotei.

– Okay, Mel, obrigada, vamos falar com ele, você terá que ficar aqui até confirmarmos, certo?

– Tudo bem – ela disse sorrindo.

Eu sai da sala sendo seguida por Castle.

– Aqui está o contato do álibi da Mel – dei o pedaço de papel para o Ryan.

– Okay, vou verificar, junto com o da Heloisa.

Eu assenti e fui para a minha mesa.

– Vamos rever esses álibis enquanto o Ryan checa aqueles – falei para o Castle, que começou a reler o relatório dos álibis.

Depois de um tempo Ryan chegou falando que o álibi das duas batiam, então eu fui até a Melanie, mas pedi para que o Castle ficasse ali, ele prontamente concordou.

– Hey – falei abrindo a porta – liberada, o garoto confirmou o álibi.

Ela corou um pouco e sorriu.

– Oh, agora ela fica coradinha, mas para ficar de brincadeirinha ontem não tinha a minima vergonha, heim.

– Claro, você era o centro das atenções, não eu - falou rindo - espero que não tenhha ficado muito brava sabe, era uma brincadeira. Mas, pense sobre a possibilidade...

– Você esta falando igual a Lanie - revirei os olhos.

– Veja só, se duas pessoas falam a mesma coisa, é de se parar para pensar - ela piscou.

Fiz uma careta para ela. Droga, essas duas vão me deixar maluca. Resolvi voltar ao assunto original.

– Desculpe por esse transtorno, temos que confirmar todos os lados da...

– Katie - foi a vez dela de revirar os olhos - ta tudo certo, é o seu trabalho - ela disse se levantando – alias, fiquei lendo alguns papeis sobre os funcionário da 12ª, e meus parabéns, você é excepcional – ela me abraçou e sussurrou – a Tia Johanna ficaria orgulhosa de você, eu estou orgulhosa de você.

– Obrigada Mel – eu falei sorrindo.

– Bom, eu tenho que voltar a ensaiar, a Helena pega pesado com a gente – ela sorriu pegando sua bolsa – com o que eu puder ajudar, é só me chamar, e não só sobre o caso – ela piscou para mim.

– Tudo bem – eu acenei enquanto ela saia.

– Tudo certo com a sua amiga? – Castle entrou na sala logo em seguida.

– Sim, Melanie é uma pessoa incrível.

– Assim como você – ele disse olhando fixamente para mim, eu apenas sorri.

– Vamos, temos um assassino para pegar – falei passando por ele.

A manha toda passou e não conseguimos mais nenhuma pista, nadinha. Pedimos um almoço e ficamos por ali mesmo. Estávamos os quatro sentados comendo e repassando o caso, pela milésima vez, vendo se algo fazia sentido.

– Uma bailarina morre em uma festa de hallowen... – Ryan começou novamente.

– Foi envenenada, provavelmente o assassino colocou o veneno na bebida dela – Castle continuou.

– Então o assassino tinha que estar na festa, mas interrogamos todos e nenhum pareceu ter motivo para isso... – falei.

– A não ser – Castle se ajeitou na cadeira – que ela não era o alvo...

Eu me virei para ele e sorri, havia entendido aonde ele queria chegar, e realmente faz sentido.

– Isso explicaria a falta de pistas, porque o assassino não está diretamente ligado a ela – concordei.

– Alguem deve ter confundido os copos na hora de por o veneno, precisamos ver quem estava perto dela na ultima vez em que ela pegou um drinque – Castle sorriu.

– Temos que conversar com os amigos novamente – eu e Castle falamos juntos.

Eu olhei para ele e sorri.

– Vocês sabem que são fofos fazendo isso? – Ryan interveio.

Eu desviei o meu olhar do de Castle e voltei a comer.

Logo depois de terminarmos chamamos os amigos de Isabella até a delegacia, levamos todos os três para uma sala e entramos os quatro.

– Descobriram algo? – Alice, uma garota ruiva perguntou.

– Acreditamos que sim, mas vocês precisam nos ajudar.

– Faremos qualquer coisa – o garoto, Bryan, falou.

– Precisamos que vocês tentem se lembrar quando foi a ultima vez que foram pegar um drinque antes da Isabella morrer, e quem estava perto de vocês – falei.

– Hum – Alice franziu o cenho – tinha muita gente e nós já estávamos um pouco alterado por conta de bebida, mas acho que foi uns cinco minutos antes da Bella cair no chão... Não consigo me lembrar de ninguém ali do lado, quero dizer, assim que ela caiu foi uma confusão enorme e uma multidão se formou rapido demais e todos estavam fantasiados.

– Eu também não consigo me lembrar de muita coisa – Bryan disse – lembro de estarmos os quatro ali, e mais algumas pessoas que não conhecíamos, não somos daqui sabe então fica difícil...

– Mas a Carmen é – eu falei olhando para a garota que não tinha dito nada até o momento.

Ela assentiu e continuou calada, Bryan a envolveu nos braços e sussurrou algo no ouvido dela.

– Ela era como uma irma para mim, dói falar na morte dela – ela começou a chorar – foi uma confusão quando a Bella caiu, alguns tentaram ajudar, outros só ficavam atrapalhando, mas eu realmente não prestei atenção no que estava acontecendo ao nosso redor antes, eu estava conversando com eles, pude ver vislumbres, ainda mais que estava escuro e tinham luzes coloridas brilhando, não ajuda o fato de estarem todos fantasiados – ela suspirou e limpou as lagrimas – acho que vi alguém vestido de bruxa e outro de zumbi ali por perto, mas tinham muitos zumbis e bruxas, isso não vai ajudar, vocês não tem mais nada? – ela perguntou exasperada.

– É complicado Carmen, achamos que a morte dela pode ter sido uma fatalidade – Castle falou.

– Perguntem ao barman – Alice disse – ele provavelmente deve lembrar, não?

– E quanto as câmeras? – Bryan falou.

– Não estavam funcionando – Esposito revirou os olhos, ele havia ficado realmente bravo quando falaram que as câmeras estavam estragadas, e a boate estava pagando por isso.

– Nesse caso, acredito que o barman seja uma boa – Bryan falou. – nós não nos lembramos de nada, desculpe.

– Okay, obrigada por virem, nós vamos pegar quem fez isso – eu falei.

Os três assentiram e nós nos retiramos da sala.

– Ryan, tente chamar o barman – falei.

– Já estou indo.

Mas quando Ryan ia saindo uma perita veio até nós.

– Acho que encontrei algo que vocês queriam ver.

Nós quatro nos encaramos e seguimos ela até a sala de analise.

– Eu estava revendo os pertences da vitima, e como não havíamos encontrado nada, comecei a procurar na roupa, haviam varias digitais, mas uma me chamou a atenção – ela trouxe o vestido da Isabella – eu encontrei essa digital em dois locais da roupa, uma na parte de dentro da saia, e outra na cintura. Encontrei também a mesma digital na parte de dentro da bolsa dela.

– Como não encontraram isso antes? E porque essas digitais chamaram sua atenção? – perguntei

– Estávamos focados em outras coisas, eu resolvi rever com mais cuidado, porque fiquei intrigada por não ter achado nada. E então, depois que descobri que as digitais eram iguais, coloquei no banco de dados – ela foi até o computador e abriu o banco de dados, e na nossa frente processou a digital, quando a busca estava completa, ela saiu da frente do computador e disse – foi por isso que elas me chamaram a atenção.