Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte


Capítulo 31
"Precisamos conversar"


Notas iniciais do capítulo

Dois no mesmo dia, compensando a ausência ;)
Beijos para Maah Black Malfoy, obrigada pelo comentário! Boa leitura!



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O Prof. Slughorn estava de ótimo humor naquela manhã. Assobiava alguma canção animada, com os pés marcando o ritmo, enquanto conjurava os caldeirões das bancadas. Hermione, aproveitando essa distração, resolveu procurar Draco.

Correndo os olhos por toda a masmorra, finalmente, encontrou os cabelos extremamente loiros dele em meio à multidão de alunos que entrava. A garota se dirigiu até uma mesa um pouco mais para o fundo, exatamente ao lado da que Draco tinha sentado. Ele deu uma piscadela para ela, que sorriu e se sentou.

Harry e Ron entraram na sala, e se sentaram na mesa bem em frente dos dois. Antes de se sentar e olhar para o professor, Harry deu uma olhada inquisidora em Hermione.

–- Ora, muito bem, ora, muito bem... – disse Slughorn, animadamente. – Hoje vamos preparar a Poção do Acônito, que também é conhecida como Poção Mata Cão. Esta poção é uma recente descoberta mágica, feita no século XX, feita para amenizar os malefícios aos homens mordidos por lobisomem. Alguém sabe o seu efeito? – ele encarou a sala, e sorriu. – Mrs. Granger?

–- A poção não evita que, em noites de lua cheia, o homem evite a sua transformação em lobo, porém, deixa-o consciente e evita que este morda outra pessoa e cause algum dano a alguém.

–- Excelente! 10 pontos para a Grifinória! – disse ele, orgulhoso. – Ora muito bem, seu preparo é muito difícil, alguns ótimos preparadores de poções não conseguem fazê-la. Então prestem bem atenção nos ingredientes e no processo. Está tudo no livro de vocês. – apontou para o Estudo avançado no preparo de poções. – Quero que formem pares. Podem começar.

Hermione pensou em olhar para o lado, mas Pansy Parkinson foi mais rápida. A garota agarrou o colarinho de Draco, forçando-o a olhar para ela. Com um ar presunçoso, deu um sorrisinho sarcástico, e se virou. Hermione, bufando, resolveu juntar-se com Neville.

–- Alô Mione. Está bem?

–- Ah, estou indo... – respondeu, cabisbaixa. – E você?

–- Melhor. Tenho boas notícias...

–- Boas notícias... não. Não me diga que...

–- Sim. Eu e Luna estamos juntos. – Neville disse, sorrindo.

–- Neville, isso é maravilhoso! Eu não disse que ela também gostava de você?

–- Sim, e eu te agradeço muito. Você abriu meus olhos!

Hermione sorriu, encabulada.

–- Ora, imagine... Estou muito feliz por vocês!

–- Obrigado! Mas enfim... Estou te achando muito triste ultimamente. Hoje de manhã você estava tão feliz, e de repente... Aconteceu alguma coisa entre vocês? – ele indicou com a cabeça a mesa da frente.

–- Bom, pode-se dizer que sim. Eles não compreendem algumas das minhas escolhas, e querem interferir nelas. E isso eu não admito. Sabe como é...

Neville jogou o Acônito Lapelo no caldeirão.

–- Entendo. Bem, espero que se resolvam logo...

–- Eu também, eu também... – disse, momentaneamente triste, mas logo em seguida, recuperando seu vigor anterior. – Passe-me o Acônito Licoctono, eu cuido pra você.

–- Ah sim, obrigado. – Neville disse, passando a planta, e concentrando-se no livro. Enquanto isso, Hermione rasgou um pedaço de pergaminho, e escreveu com a pena.

“Precisamos conversar. Na Patrulha, está bem? Amo você. H.G”

Dobrando-o cuidadosamente, depositou-o na mesa de Draco, sem que ninguém visse, e voltou sua atenção à planta em sua frente. Segundos depois, Draco devolveu o bilhete.

“Precisamos realmente conversar. Na patrulha? Não pode ser agora depois do almoço? Temos um tempo vago. Amo você também. D.M”

“Certo, então. Me espere no corujal. H.G”

Draco lendo o bilhete, sorriu e concordou. Hermione estremeceu de leve, mas sorriu de volta. Nunca cogitou a ideia de trocar bilhetinhos na aula, muito menos com Draco Malfoy, e menos ainda dizendo que o amava. Apesar de estar se contradizendo, não se sentiu nem um pouco incomodada com isso.

Ajudando Neville a terminar a poção, ganhou elogios de Slughorn, e mais um convite para o Clube do Slug. Meio sem jeito, ela dispensou-os, e foi correndo almoçar. Quase engolindo a comida toda de uma vez, Hermione levantou-se e foi direto para o corujal, sem sequer olhar para trás.

Chegando lá, esperou alguns minutos até ver Draco caminhando até ela.

–- Oi! – ele disse, dando um beijo rápido. – Pois bem, quem fala primeiro?

–- Fale você.

–- Bom, ok. – Draco deu de ombros. – A coisa é que Pansy vai nos infernizar ainda mais. Ela está decidida a descobrir o que nós temos. E você conhece a peça, sabe que ela é capaz de qualquer coisa para saber.

Hermione praguejou.

–- Certo. Isso é uma merda, e vai atrapalhar tudo, mas acho que o que eu tenho a dizer é um pouco pior.

–- O que pode ser pior que a Pansy? – Draco perguntou, nervoso.

–- Não é só a Pansy. Harry, Ron e Gina também estão fazendo a mesma coisa há décadas. E hoje eles me encheram tanto o saco, e falaram tanta bobagem que eu... eu perdi a cabeça, e assumi. Eu disse que sim, você é meu namorado, e eles não tem nada a ver com isso. E agora nós meio que brigamos. Eles não conseguem entender. E eu acho que dessa vez... – Hermione fungou. – acho que perdi meus amigos pra valer.

Draco enxugou uma lágrima solitária que escorria pela bochecha de Hermione, e acariciou seu rosto.

–- Se fossem mesmo seus amigos, iam, mesmo que a contragosto, aceitar e apoiar qualquer que seja a sua decisão, que no caso, é ficar comigo.

–- Eu sei, mas... Tente se colocar no lugar deles. De todos eles. Até pouco tempo atrás nós não nos suportávamos, aparentemente. Como você reagiria se soubesse que sua amiga está namorando o seu inimigo de eras? Acho que foi um trauma. Sem falar que eles estão preocupados. Acham que você é um Comensal...

Draco engoliu em seco, mas não deixou transparecer seu desconforto.

–- Não importa, Mione. É a sua felicidade em questão. Eles não podem decidir por você. Isso é extremamente infantil da parte deles.

–- Você tem razão... – Hermione abraçou-o. – Não vou recuar. Eles vão ter que aceitar, querendo ou não.

–- Assim que se fala. – Draco disse, e a beijou. – Eu te amo, ok?

Hermione sorriu.

–- Eu também. Mas preciso voltar para a Sala Comunal, tem um monte de tarefa pra fazer!

Draco resmungou.

–- Pare de ser tão certinha, a tarefa pode esperar.

–- Não pode não. Não pense que vai me transformar em uma delinquente que nem você. Ainda não entendo como virou monitor...

–- Eu sou um aluno exemplar, dá licença. – Draco disse, e Hermione riu.

–- Exemplar, claro. Agora com licença, aluno prodígio, que eu tenho mais o que fazer.

–- Espera. – Draco a puxou pelo braço, e a beijou novamente. Um beijo que pareceu durar anos para Hermione, e o qual ela não queria parar nunca mais. Mas era preciso. Então, delicadamente, Hermione empurrou-o, deu um selinho rápido e saiu correndo para sua Sala Comunal.

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Harry e Ron se encontraram com Gina na mesa, durante o almoço. Os três confabularam um pouco sobre a situação atual, mas Ron interrompeu-os.

–- Gina, tem uma coisa que o Harry precisa dizer. Não é, Harry? – Ron forçou, e Harry suspirou.

Gina escondeu as mãos com o intuito de fazê-las parar de tremer, obviamente, sem sucesso.

–- Ok, ok... – o moreno levantou as mãos, num sinal de rendição. – Além de nós três, tem uma outra pessoa que está participando disso conosco...

A ruiva soltou um muxoxo quase imperceptível.

–- E quem seria?

Harry respirou fundo.

–- É a Pansy.

–- O QUE? – Gina arregalou os olhos, e logo em seguida, apertou-os em uma carranca. – Você só pode estar brincando... E não tem a menor graça!

–- Não é brincadeira. Pansy vai conosco porque tem uma coisa toda com o Malfoy, e merece saber a verdade também.

–- Nananinanão. Ela que se dane, não merece saber de coisa alguma! Além disso, tenho certeza de que, se ajudasse em alguma coisa, ia ser por inveja, porque ela nunca conseguiu ter o Malfoy.

–- Não, Gina, ela não é assim. Não mais.

–- E como você pode saber?

–- Porque nós somos amigos.

Gina soltou uma risada sarcástica.

–- Amigos? Você e a Parkinson. Amigos? – ela disse, com o ciúme exalando de suas palavras.

–- Sim. Tudo começou com uma trégua. Um dia que ela me descobriu espionando, mas ao invés de me dedurar, se juntou a mim. E passando um tempo, nós fomos nos tornando amigos. Era ela que me ajudava, desde então.

A ruiva não movia um músculo.

–- Como você consegue ser tão hipócrita, Harry? – ela cuspiu as palavras. – Reclamando da Mione ter uma relação com o inimigo, mas você está fazendo a mesma coisa! Qual é o próximo passo? Pedi-la em namoro também, para fazer encontro de casais? – disse, sarcasticamente.

–- Não tem nada a ver! A Mione está se envolvendo com um Comensal da Morte, Gina! São circunstâncias completamente diferentes.

–- Ah, claro. Super diferentes...

Harry a fitou, irritado.

–- Você não a conhece como eu conheço. Posso te garantir que ela não é como o Malfoy.

–- Fico imaginando o que mais dela você deve conhecer... – disse ela, ressentida. – Escuta aqui: se você levar essa vaca com você, pode esquecer a minha ajuda. E garanto que você ia precisar.

–- Pare de ser infantil... É por uma causa maior! – Harry tentou.

–- Infantil? Não é infantilidade a questão, Harry. A questão é que eu não sou obrigada a tolerar a presença daquela vadia, enchendo o saco e dando em cima de você! Então sinto muito, você vai ter que escolher. Ou ela, ou eu. – Gina disse, levantando-se bruscamente da mesa, mas Harry segurou sua mão.

–- Gina... Por favor. Pela Mione. Por mim... eu preciso de você... – Harry disse, e pigarreou. – D-digo, nós precisamos de você.

A ruiva corou intensamente, sustentando o olhar penetrante de Harry. Por fim, bufou, e revirou os olhos.

–- Tá legal. Mas não espera que eu confraternize com ela, e que saiamos para tomar um chazinho juntas, ok? Eu continuo odiando a garota, e estou fazendo isso por uma causa exclusivamente profissional.

–- Profissional. Claro. – Ron ironizou, e Gina o encarou ferozmente.

Harry levantou-se e a abraçou, dando um beijo estalado na bochecha da ruiva.

–- Obrigado Gina! Obrigado.

–- Hum... d-de nada. – ela disse, dando um sorrisinho encabulado. – Na Sala Comunal, antes da Patrulha?

–- Sim. De lá, vamos para a Sala Precisa encontrar Pansy.

Gina soltou um muxoxo, mas concordou com a cabeça.

–- A gente se vê! – Harry disse, animado.

–- A gente se vê. – Gina respondeu, e saiu correndo do refeitório.

Ron fitou Harry, rindo.

–- O que foi?

–- Gina nem consegue disfarçar... Enfim, parece que você domou a fera, pelo menos por enquanto. Mas não quero nem ver o que vai dar hoje a noite...

Harry revirou os olhos, mas sorriu.

–- Vai dar tudo certo, Ron. Confie em mim.


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Notas finais do capítulo

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