Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte


Capítulo 25
Suco de abóbora suspeito


Notas iniciais do capítulo

Dois no mesmo dia! Até que as ideias voltaram bem! Um beijo para Juviia Loxaar DIWA, Triz Chase, DudaDudix e Júlia Pinheiro, obrigada pelos reviews :3
Sem muitas delongas, aqui está o cap. Boa leitura :)



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Hermione correu sem rumo pelos corredores do castelo, se sentindo a maior idiota do planeta. Tinha pensado sobre seus sentimentos, e até tinha decidido assumi-los de uma vez. A pressão externa, e o desconforto de reprimir algo tão forte estavam acabando com ela. Sua visão estava embaçada, e só percebeu que trombou em Ninfadora Tonks quando foi para o chão. O choque foi forte, e uma dor aguda preencheu toda a sua testa.

–- Hey, olha por onde anda... Hermione? – ela começou a ralhar, mas logo parou quando viu de quem se tratava. Franziu a testa, enquanto massageava o ombro.

–- A-ah... alô, Tonks. O que faz aqui?

–- Acabei de voltar da sala do Dumbledore, e... Você está chorando?

–- Eu... – Hermione tentou inventar uma desculpa, mas não conseguiu. Ficou em silêncio, até sentir algo escorrer por seu rosto.

–- Caramba, seu rosto tá sangrando! Vem cá.

Tonks a guiou para um canto mais isolado, onde pudesse cuidar do ferimento, e permitir que ela chorasse em paz, e sem interrupções.

–- Episkey. – Tonks apontou a varinha para a testa de Hermione, e o ferimento se fechou. Ainda assim, sua testa continuou doendo. – Desculpe, foi uma trombada e tanto.

–- É... Desculpe também, eu não te vi.

–- Também, estava correndo e chorando que nem uma louca! O que foi que te deu?

–- Nada. Eu não estava chorando, só...

Tonks fez uma cara de incredulidade.

–- O que meu priminho querido fez?

Hermione franziu a testa, e se arrependeu. Houve uma pontada, e ficou zonza.

–- Como?

Tonks riu.

–- Você só fica nesse estado por dois motivos: quando Draco faz alguma coisa para você, ou quando você tira notas abaixo de “Ótimo” nos N.I.E.Ms, que ainda não foram. Então eu presumo que seja a primeira opção.

Hermione soltou uma risada fraca.

–- É. Acertou.

Tonks deu de ombros, rindo.

–- Ele é mesmo meio retardado. Que foi que ele fez?

–- Ele é um idiota. – Hermione começou sem rodeios, sem perceber o sorriso divertido que passou pelos olhos de Tonks. – Ele é incorrigível, ele é complicado, e não ouve uma palavra do que eu digo!

–- Bem, isso é típico da maioria dos homens.

–- Ele é rude – Hermione continuou seu discurso. –, arrogante, cruel, frio...

–- Ainda é bastante comum.

–- ...E as vezes ele me deixa tão irritada, que eu poderia estrangulá-lo, ou estuporá-lo para o próximo continente! – Hermione disse, socando a parede. – Ele me provoca, me xinga, me... – beija, sua mente completou. Ela corou com o pensamento.

Tonks respirou pausadamente para abafar uma risada, e estudou o rosto da garota com um sorriso sábio.

–- Mas...?

Hermione engoliu em seco, e sentiu as lágrimas arranharem as costas dos seus olhos.

–- Mas ele é lindo. – sussurrou, infeliz. – Completamente errado, estúpido e horrível, mas há algo que é simplesmente lindo para mim. As vezes parece que ele se importa, parece que realmente existe uma pessoa dentro dessa pose de bad boy que ele insiste em mostrar. – um sorriso de escárnio brotou em seus lábios, mas logo se foi. – Eu realmente não consigo explicar.

–- Bem, eu consigo. O nome pra isso é amor. E eu sinceramente acho que você devia assumir isso.

–- Ah, claro, eu vou lá interromper o beijo que ele está dando na Greengrass ou seja lá quem diabos for para dizer que eu o amo. Com certeza. – Hermione retorquiu.

–- Ele pode estar beijando outra agora, mas eu te garanto, é você que ele ama.

–- E como você tem tanta certeza?

Tonks suspirou, com um sorrisinho.

–- Eu tenho certeza absoluta, porque eu ouvi isso dele.

Hermione arregalou os olhos.

–- Pensei que vocês não fossem próximos...

–- Não somos, nem um pouco! – Tonks riu. – Mas infelizmente, meio que fazemos parte da mesma família. E nas festas, sabe como é. Na verdade, ele não me disse. Eu ouvi.

Hermione enxugou as lágrimas.

–- E-e... o que ele disse?

Tonks abriu um leve sorriso.

–- Eu sempre desconfiei, pra ser sincera. Todo aquele ódio reprimido. Ele não falava sobre outra coisa... – ela riu pelo nariz. – Draco nunca admitiu ter sentimentos por você. É claro que não, principalmente você, de quem ele tanto tinha raiva. Exceto à sua mãe. Um dia eu os ouvi. Narcisa não aprovava é claro, mas tudo o que ela queria era que ele fosse feliz.

Hermione corou ligeiramente.

–- Ele não te odeia, realmente. Só tem medo. – Tonks completou.

–- Eu não sei. Eu também tenho medo, oras. Ele é extremamente mulherengo, que é que eu posso esperar de uma pessoa assim? Não vou expor meus sentimentos ao inimigo. Aposto como ele ainda vai zoar da minha cara.

Tonks sorriu, como se soubesse de algo que Hermione não sabia. Apanhou as mãos da garota, e as segurou, fitando-a intensamente.

–- Se tem uma coisa que eu aprendi é que amar é dar a alguém o poder de destruí-lo, e confiar que esse alguém não o fará. O amor é ir além das forças, ainda que machuque, como agora. Libere os sentimentos. Garanto que não vai se arrepender!

–- M-mas... Eu não posso. Eu não quero me dar de corpo e alma em uma coisa que não tem futuro. Ah, o amor é um negócio horroroso! Vai partir meu coração e me deixar na pior. Eu não quero isso pra mim, Tonks. Não de novo.

–- A marca da Grifinória não é a coragem? Prove que é um deles. Seja corajosa. O amor também é achar dentro de si uma coragem que nem sabia existir.

Hermione encarou a garota de cabelos castanho-arroxeados (que antes costumavam ficar em cores berrantes). Seu rosto, embora com a aparência cansada, ainda parecia muito jovial, e Hermione nunca poderia imaginar que ela poderia ser tão sábia.

–- Mas e se der errado?

–- Se der errado? Bom... Se der errado, você vai sair de cabeça erguida, do mesmo jeito que entrou. Você é mais forte do que imagina, Mione. Tudo dará certo, mesmo se der tudo errado.

Hermione a abraçou abruptamente, e a metamorfa riu, afagando os cabelos da menina.

–- Obrigada, Tonks. De verdade.

–- Disponha... – ela sorriu, e olhou em seu relógio de pulso. – Oh, já são dez pras dez. Preciso ir.

–- Dez pras dez? Oh, Merlin, tenho dez minutos para a patrulha! – Hermione se levantou. – Até mais, Tonks!

–- A gente se vê, Mione. – ela disse, rindo.

Hermione correu o mais rápido que conseguiu para o dormitório das meninas, onde (graças a Merlin), já estava tudo arrumado. Tomando um banho rápido, garantiu estar no mínimo apresentável. Quando estava colocando seu distintivo, Gina entrou no dormitório. Ela arregalou os olhos.

–- S-sua... SUA LOUCA! Eu te caçei por esse castelo inteiro! Onde você estava? Como você está?

–- Eu estou bem. Melhor agora. – Hermione deu um sorrisinho.

–- Mas... o Malfoy...

–- Relaxe, Gina. Eu vou resolver isso de uma vez por todas.

–- Espera, resolver o que?

–- Gina, eu tô atrasada! Por Merlin! Depois conversamos! – Hermione deu um beijo estalado na bochecha de Gina e saiu correndo.

A ruiva franziu o cenho.

–- Mione, você vai assim? Mione! – Gina gritou, mas a morena já estava longe àquela altura.

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A última coisa que Draco se lembrou foi de ter tomado seu suco de abóbora no refeitório. Quando acordou, deu de cara com Hermione o encarando com a expressão severa. Não fazia ideia de como tinha chegado lá, e sua cabeça latejava como nunca.

–- O que aconteceu? – perguntou, meio grogue.

–- O que deu em você para sair tomando qualquer coisa que lhe dêem? – Hermione ralhou.

–- Uh... Perdão? – Draco franziu a testa, e sua cabeça latejou mais uma vez.

–- Poção do amor, foi o que aconteceu. Você estava andando sem rumo pelos corredores, murmurando coisas sem sentido sobre uma tal de “Ast” – Hermione fez aspas com as mãos.

–- Sobre quem?

–- Ast. Provavelmente a garota a qual você estava se atracando agorinha há pouco.

–- Hermione, o que é que você está dizendo? Eu não estava me “atracando” com ninguém.

Draco a chamara pelo nome, e não por “Granger”, ou apelidos maldosos. Ele não pareceu perceber, então Hermione ficou em silêncio.

–- Claro que estava! Eu vi!

Draco bateu a mão na testa, vendo como sua tarefa de assumir os sentimentos ficaria mil vezes mais difícil. Se arrependeu do ato, pois a dor em sua cabeça só aumentou.

–- Pelas barbas de Merlin... Eu não consigo me lembrar de nada disso.

–- Eu te disse, estava sob efeito de uma poção do amor bem forte. Pelo menos aprendemos o antídoto dela na última aula. Eu preparei um, e te trouxe para cá. E aqui está você.

Draco se deu conta de que estava deitado no colo dela. Uma sensação estranha correu por seu corpo. Sem jeito, fez menção de levantar, mas uma tontura o dominou.

–- Shh, fique quieto. Você ainda vai ficar meio tonto por alguns minutos, mas já vai passar. E não se preocupe com a situação constrangedora. Eu o farei esquecer.

–- Não.

Hermione arqueou as sobrancelhas, tentando não corar.

–- Não o que?

–- Não me faça esquecer. Não quero esquecer.

–- Certo, você ainda está meio tonto com tudo isso. Não está falando coisa com coisa.

Os dois ficaram em silêncio por um tempo.

–- Hermione?

A garota corou.

–- Que é?

–- Obrigado.

Um fantasma de sorriso passou pelo rosto de Hermione.

–- Não se acostume. Espero que tenha aprendido.

Draco riu pelo nariz, e se sentou. Um pouco menos zonzo, a encarou.

–- Será que dá pra você parar de dar sermão? Eu acabei de recuperar a consciência.

–- De nada.

–- Já agradeci.

–- Eu sei. Estranho... Draco Malfoy agradecendo?

–- Quem vê pensa que eu sou mal-educado.

Hermione revirou os olhos.

–- E você sabe quem é essa garota? A tal da “Ast”...

Draco sorriu.

–- Isso é ciúmes?

–- O-ora, claro que não! S-só... Curiosidade.

–- Claro... – o sorriso dele era hipnotizante – Vejamos. Ast... Já sei. Astoria.

–- Astoria Greengrass?

–- É a única pessoa com “ast” no nome que eu conheça.

Hermione deu de ombros.

–- Ela te deu algo para beber?

Draco franziu a testa e mordeu o lábio inferior. Hermione reparou como ele era sexy, mas descartou o pensamento quando ele virou seus olhos cinzentos para ela.

–- Hoje, no jantar. Ela me serviu um copo de suco de abóbora.

Hermione assobiou.

–- Cuidado da próxima vez. Fique esperto com copos ou bebidas suspeitas.

–- Pode deixar, mamãe.

Hermione bufou.

–- Largue de ser mal-agradecido! Eu nem deveria estar te ajudando.

–- Então por que está?

Hermione corou, e levantou-se, ligeiramente ofendida.

–- Hey, desculpe. Não quis ser rude.

Hermione o fitou.

–- Agradecendo e pedindo desculpas na mesma noite? Tem certeza que bebeu só o suco de abóbora?

–- Se eu sou rude, você reclama. Se não sou, reclama também! Qual é!

Hermione cruzou os braços.

–- Certo, desculpe. Acha que se sente bem para a patrulha?

–- Como não estar bem para implicar com os alunos rebeldes? E não me venha com todo aquele discurso de novo. Vamos. Me sinto como novo.

Hermione deu uma risadinha sem jeito, e o acompanhou até o lugar da patrulha. No caminho, Draco sentiu que tinha uma coisa muito importante para dizer a ela, mas não conseguia juntar as palavras. Ainda estava meio estranho por causa da poção. Sua mente estava enevoada.

–- Eu amo...

Hermione se virou para ele.

–- O que disse?

Draco balançou a cabeça, com o cenho franzido.

–- Nada. Esqueça


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Notas finais do capítulo

Gente, eu AMO a Tonks, e vocês? O que acharam? Reviews!



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