Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte


Capítulo 20
A trégua


Notas iniciais do capítulo

Hello sweeties! Mais um capítulo! Um beijo para Ana Riddle Malfoy e para Isa, pelos reviews. Boa leitura :)



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Depois de um longo dia, com muitas tarefas, as aulas daquela quinta-feira finalmente acabaram. Após o jantar, que ocorrera estranhamente calmo, Gina e Hermione cruzaram no corredor, e a ruiva estava quase entrando em pânico. Na véspera das audições para o time de Quadribol, Gina não conseguia ficar calma.

–- Mione é amanhã. Amanhã!

–- Calma, garota! É só um teste. – Hermione disse, impaciente – Tenho certeza de que você vai arrasar.

–- “Só um teste”? É o teste. E se eu não passar, Mione? Ai, que vergonha que vai ser. Todo mundo vai achar que eu só fui lá pra...

–- Para com isso, você vai passar. – Hermione a interrompeu. – Harry não tem como não te aprovar, ele já viu você jogar várias vezes, e não pôde deixar de notar como você é talentosa!

Gina deu de ombros, encarando os pés, enquanto Hermione falava a senha para o retrato da Mulher Gorda.

–- Ele podia notar outras coisas também. – Hermione disse, e a ruiva corou tão intensamente, que Hermione teve que morder a língua para não rir.

–- Não sei do que você tá falando.

–- Vem com essa... Todo mundo sabe do seu eterno crush pelo Harry, desde que você pôs os olhos nele. E olha que já faz um bom tempo...

–- Hermione! – as bochechas da garota estavam tão rubras quanto seus cabelos. – Pare com isso! Já é ruim o suficiente o teste ser aberto ao público, mas o fato de o cara que eu gosto desde antes de Hogwarts estar lá como capitão do time me deixa em pânico! Por isso eu não vou conseguir!

Hermione não conseguiu morder sua risada de volta.

–- Escuta, isso não tem graça, ok? – Gina passou a mão pelos cabelos, timidamente. – Depois não reclama se eu ficar te zoando com o “Draquinho”.

Hermione revirou os olhos.

–- Por favor, não fale dele.

–- E o que foi aquilo na hora do café? Você deixou bem claro que não sente só ódio por ele.

–- Sim. Além de ódio, eu sinto repulsa, aversão...

Gina a encarou, com as sobrancelhas arqueadas.

–- Claro. Se você sentisse todo esse nojo realmente, não se deixaria encantar por ele.

–- Eu não me deixei encantar! – Hermione disse, pausadamente. – É exatamente o que eu estou tentando não fazer.

Gina riu.

–- Tentando. Mas sem sucesso.

Hermione corou, revirando os olhos.

–- Vou arrumar minhas coisas para a patrulha. E tentar não socar a cara dele durante as duas horas que terei o desprazer da companhia dele.

–- Tentar não ser beijada, tentar não retribuir, tentar não admitir que o ama de uma vez... – Gina disse, cantarolando.

–- Ginevra!

Gina bufou, com uma carranca enorme.

–- Não sei se você está com algum problema de audição, ou talvez de memória... Mas eu já falei que é Gina!

Hermione riu, satisfeita.

–- Eu vou te chamar de Ginevra até você parar com esses comentários maldosos. Eu já disse que não sinto mais nada por ele.

–- Aham... – Gina soltou um grunhido irônico.

–- Ginev...

–- Nem começa! Anda logo com as coisas pra eu arrumar você.

Hermione subiu as escadas para o dormitório, apressada, enquanto Gina esperava, sorrindo, em uma das poltronas da Sala Comunal.

_____________________________________________________

Harry passara o dia planejando como faria para descobrir melhor sobre Hermione e Draco Malfoy, que andavam em uma relação pra lá de suspeita.

Sempre que perguntava algo a ela, tentando forçá-la a se pronunciar sobre o assunto, ela falava sobre outra coisa, e negava, com veemência, ter qualquer tipo de sentimento senão ódio pelo sonserino.

Era inútil tentar qualquer coisa, uma vez em que Hermione era infinitamente mais inteligente do que ele.

Usando um pergaminho velho, repassava os passos de seu plano. Pegaria a Capa da Invisibilidade, o Mapa do Maroto, e seguiria os dois. Não havia outra forma, já que ela não assumiria nada, e ele... não se daria ao trabalho de se dirigir à Malfoy a não ser para insultá-lo. Além disso, ele não falaria uma coisa tão íntima para seu “arqui-inimigo”.

Estava tão absorto em seus pensamentos, que só se deu conta de que tinha trombado em Pansy Parkinson quando ela deu um gritinho histérico. O pergaminho foi para o chão.

–- Olha por onde anda, Potter! – ela disse, raivosa, quando notou o pedaço de pergaminho rabiscado no chão. – O que é isso?

–- Não te interessa, Parkinson. – ele disse, fazendo o feitiço de convocação, mas a garota fora mais rápida.

Ela fez uma cara de espanto.

–- Mas que merda é essa? E por que tem o nome do Draco aqui? O que O Eleito anda aprontando, huh?

Harry bufou.

–- Já falei que não te interessa!

–- Fala logo, garoto!

Harry percebeu que não sairia dali enquanto não desse explicações. E, refletindo por alguns segundos, Pansy não seria tão idiota a ponto de contar a Malfoy algo que ela também queria saber.

–- Ok. Eu sei que você também notou que tem alguma coisa estranha com a Mione e o Malfoy.

Pansy bufou, assentindo.

–- Essa sangue-ruim não desgruda dele...

–- Não a chame de sangue-ruim! – Harry vociferou, e a garota semicerrou os olhos. – E cale essa boca, eu ainda não terminei.

Bufando, a contragosto, Pansy se calou. Harry limpou a garganta.

–- Eu estou querendo fazer isso há dias. Espioná-los. Me esconder, e olhá-los na ronda. Ver como agem quando supostamente, não há ninguém olhando.

Pansy aquiesceu-se.

–- É, parece que pode dar certo. Mas como vamos nos esconder? E se formos descobertos.

Harry arqueou as sobrancelhas.

–- “Nós” quem, Parkinson? Quem disse que você vai?

–- Escuta aqui, Potter... – ela disse, apontando o dedo no peito do garoto. – Sei de nossas rixas, e tal, mas você simplesmente não pode me deixar de fora disso, porque também me diz respeito!

Harry bufou, impaciente.

–- Tá, tá, tudo bem. Mas você vai me prometer que não vai abrir a boca sobre isso pra ninguém, estamos entendidos?

–- Você não manda em mim, Potter. – Pansy disse, desafiadoramente. – Mas quanto a isso, fique tranquilo. Eu não ia permitir que falassem por aí que eu estou andando pelos corredores a noite com o Potter.

–- Ótimo, não quero ser visto com você também. Mas só por essa noite, eu proponho uma trégua. Desconsidere que sou eu aqui com você, e apenas foque na “missão”. Você aceita, então? – Harry perguntou, estendendo a mão.

Pansy o encarou, com desprezo, mas, com relutância, apertou a mão do moreno. Os dois se largaram, e limparam as mãos, como se acabassem de tocar em algo realmente nojento.

–- Ah, e também não comente sobre os meios os quais espionaremos. Promete?

–- O que quis dizer com isso? – Pansy perguntou, desconfiada. Obviamente não seria nenhum tipo de Arte das Trevas, afinal, Potter tinha uma verdadeira repulsa por elas.

–- Promete ou não? – ele perguntou de novo, com certa impaciência.

–- Porra, Potter, prometo! – ela disse, irritada.

No entanto, Harry não parecia convencido.

–- Como posso confiar em você?

–- Não vou falar nada, juro por Salazar. Agora podemos ir, ou você vai ficar fazendo mais perguntas?

Harry franziu o cenho, mas assentiu, considerando que a promessa da garota fosse no mínimo, legítima. Com certa relutância em mostrar tal relíquia para aquela menina estúpida, que ainda por cima era sonserina e amiga de Malfoy, Harry tirou a capa da bolsa que carregava.

–- Venha. Entre. – ele disse, bufando, enquanto sinalizava a capa prateada em suas mãos.

Pansy o fitou, com incredulidade.

–- Você realmente espera que eu divida o micro-espaço dessa capa com você? – ela perguntou, com nojo na voz.

–- Obviamente. Parkinson, eu não estou feliz com isso, e eu não pedi para você se intrometer nos meus assuntos, mas já que você está aqui, pode fazer o favor de entrar na merda da capa e calar a boca?

Pansy o fez, possessa, e teve que abafar um grito ao notar o que a capa fazia.

–- I-isso, isso é...

–- Sim, é uma Capa da Invisibilidade. Anda logo!

Os dois demoraram um bom tempo para sincronizar seus passos, não fazer barulho, e tentarem se encostar o mínimo possível. Se a situação não fosse tão trágica, seria no mínimo, engraçada.

Pansy estava afobada, o que atrapalhava um pouco.

–- Parkinson, você está ferrando toda a minha capa! Ande mais devagar!

A garota o ignorou, e continuou a andar com passos rápidos, e Harry quase teve que correr para alcançá-la. Irritado, ele agarrou o braço dela, e a Pansy o encarou, com fúria.

A proximidade fez com que os dois parassem, e se encarassem ferozmente. Pansy desviou o olhar primeiro. O verde do olhar intenso de Harry chegava a ser, ao mesmo tempo em que perturbador, um pouco sexy. A garota imediatamente agitou o pensamento para fora da mente.

–- Você está surda, Parkinson? – ele disse, possesso. – Se você estragar essa capa, nós estamos ferrados!

–- Potter, você é muito lerdo, por Merlin! Deus sabe o que estamos perdendo daquela patrulha enquanto você anda que nem uma lesma!

–- Se você quer ser ouvida, vá em frente. Mas deixe a capa.

–- Mas o que...

Harry sorriu, o que a deixou desconcertada.

–- Minha capa, minhas regras.

Pansy bufou, e se virou de novo. Sua saia prendeu de leve no cinto de Harry, que arquejou, e se afastou.

–- Eu... acho melhor eu ir na frente... – ele disse, e mesmo no escuro, Pansy percebeu que ele estava corado.

Os dois continuaram andando, e sem que a garota percebesse, Harry lançou um abaffiato onde estavam. Ia ser desagradável um ataque de ciúmes dentro da capa. Além de arruinar todo o plano, o deixaria surdo por uma semana.

Irritado, o moreno tomou a frente, e guiou a irritante e afobada (porém bonita) Pansy Parkinson para o local da patrulha.


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Notas finais do capítulo

Certo, esse capítulo teve um pouco de Pansy x Harry. Preferem "O Eleito" com a Gina ou com a Parkinson? Reviews!