Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte


Capítulo 19
"Você não pode ceder!"


Notas iniciais do capítulo

Hello sweeties! Sorry pela demora, foi meio corrido arranjar tempo para atualizar a fic. Mas enfim, aqui está mais um capítulo. Um beijo para DudaDudix, pelo review. Boa leitura :)



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Draco andou até sua mesa tranquilamente, ignorando completamente os olhares dos amigos de Granger. Ao sentar-se na mesa, deu uma risadinha. A cara atônita de Granger o fez rir. E depois diz que não está perdidamente apaixonada, pensou.

— Mas o que foi aquilo? – Pansy sussurrou, dando um soco na mesa, que tremeu ligeiramente. Algumas pessoas a olharam estranho.

— Hey. – Draco disse, levantando as mãos em rendição. – Eu estava só brincando!

—Brincando?! – Pansy disse, aumentando o tom de voz. – Draco, o modo como você estava “brincando” com a Granger não parece nem um pouco com a forma como nós costumamos fazer.

Draco serviu-se de leite, sem encará-la.

–- Não me diga que você está interessado naquela... naquela... zinha! – Pansy disse, encarando-o ferozmente.

–- Interessado? Em que eu estaria interessado?

–- Não se faça de idiota! O que você viu na Granger? – a menina perguntou, em tom choroso. – Logo ela!

–- Eu não estou nem um pouco interessado na Her... – Draco pigarreou. – na Granger.

Pansy o encarou com censura, semicerrando os olhos.

–- Você ia chamá-la pelo nome?!

Draco sentiu as bochechas esquentarem.

–- Será que tem como você não ficar berrando infâmias sobre mim no meio do refeitório?

–- Ótimo! – ela disse, puxando-o para fora do refeitório. Assim que se afastaram o suficiente, Pansy o empurrou contra uma parede. Sua expressão era assassina.

–- Hoje vai ser um longo dia, Pan... Eu preciso comer, sabe? – Draco disse, tentando ser o mais carinhoso o possível. Qualquer passo em falso poderia arruinar tudo.

–- Você não vai a lugar algum enquanto não me explicar o que está acontecendo!

–- Mas não tem nada acontecendo! – ele disse, exasperado.

–- Eu vi! Vi como você olhou para ela! Não foi com desdém, nem com raiva... foi com... – ela o encarou, decepcionada. – Amor.

–- Amor? Está louca?

–- Não. Estou tudo, menos louca. Eu não sou cega, Draco. É a segunda vez que você deixa a Granger dominar você. E você olhou para ela com amor! – Pansy disse, com lágrimas nos olhos. – A sangue-ruim, Grifinória, ridícula da Granger. O que ela tem que eu não tenho?

–- Pansy, calma. – ele segurou os ombros dela. – Eu não estou deixando ninguém me dominar, porque eu não posso ser dominado, lembra? Sou Draco Malfoy! E eu não apaixonado pela Granger, por Merlin!

–- Você realmente me acha tão idiota assim?

–- Eu juro que não estou!

–- Então por que não faz nada além de sorrir quando ela flerta com você? E por que retribui o flerte? Por que faz isso comigo?

–- Pan, olha aqui. – Draco segurou o rosto da garota delicadamente. Sua mente trabalhava rápido, inventando desculpas para se safar do ataque de fúria de Pansy. – Eu só faço aquilo porque eu e a Granger temos uma aposta.

–- Aposta? – o tom de voz de Pansy mudou. Ela franziu a testa.

–- Sim. A Granger é completamente apaixonada por mim, só não admite. – Draco revirou os olhos, com um sorriso maldoso. – Portanto, eu tenho certeza de que, se eu a provocar até ela não aguentar mais, ela vai acabar admitindo. E aí... – Draco disse, e Pansy fez uma careta.

–- E aí poderemos “comemorar” um novo casalzinho?

–- Óbvio que não! Pansy, veja a oportunidade! Assim que Granger disser que me ama de uma vez, eu vou desprezá-la. Na frente de Hogwarts toda! Imagine, será um prato cheio. Ela vai ser zoada até o fim de seus dias!

Pansy riu, de seu jeito escandaloso tradicional. Logo depois, deu um soco no braço de Draco.

–- Sabia que você é um ótimo ator? – ela mordeu o lábio inferior e sorriu. – Por um momento eu pensei que fosse mesmo verdade. Que você realmente estivesse gostando daquela...

Draco a calou com o dedo.

–- Não vamos mais falar sobre isso, certo?

–- Só mais uma coisa antes de encerrarmos esse assunto, definitivamente: por que não me contou?

Draco deu de ombros.

–- Queria deixar o melhor para o final.

Pansy riu, e suspirou, aliviada.

–- Eu já ia te mandar para o St. Mungus para fazer companhia ao Dumby.

Draco riu, um pouco mais aliviado. Pelo menos dessa vez, Pansy não implicaria com a “relação” dele com Granger. Os dois iam caminhando de volta, sem nem sequer imaginar que Gina e Luna estavam escondidas no corredor seguinte.

_____________________________________________________

–- Só existe um lugar onde Hermione pode estar nesse momento. A biblioteca. – Gina bufou. – Eu não faço ideia como vocês conseguem se “distrair” com livros!

–- São uma boa diversão, sim. Sei lá. Não sei como não gosta. – Luna dizia, com um sorrisinho, enquanto era puxada por Gina.

–- Me dão sono. – Gina deu de ombros. – Mas não vamos fugir do assunto. Você ouviu o que aquele bastardo disse? E eu achando que ele estava apaixonado!

Luna franziu ligeiramente a testa.

–- E está. Mas ele tem um jeito estranho de demonstrar amor.

–- Luna, quando aquilo – Gina apontou simbolicamente. – for amor... Sério, não dá. Como a Parkinson disse, ele é realmente um ótimo ator.

–- Gina, pensa! – Luna disse, e a ruiva a soltou e a encarou, assustada. – Só se coloque no lugar dele. Se você estivesse apaixonada por alguém da Sonserina, iria admitir?

Gina negou com a cabeça, com expressão incrédula.

–- É óbvio que não! Seria humilhante, não?

As duas chegaram na porta da biblioteca, mas não entraram de pronto.

–- Pois bem. – continuou Luna – Vê o que os dois estão passando, certo? Eu acho que a gente não devia se meter.

–- Luna, mas e se for verdade? E se ele só estiver brincando com os sentimentos dela, enquanto ela fica mexida só com um olhar dele? Você viu no refeitório!

Luna refletiu por alguns segundos.

–- Temos que alertá-la. Eu não vou deixá-la sofrer em vão, sendo que podemos impedir isso.

–- Certo. Mas vá com calma, ok?

Gina assentiu, mas não sabia se controlaria sua língua.

As duas entraram, enfim, na biblioteca, mas Hermione não estava.

–- Ué... Mione?

A garota saiu de trás de uma das estantes, e despejou uma pilha de livros em cima da mesa.

–- Por que saiu do refeitório? – Luna perguntou.

–- Ah, você sabe, eu não estava muito disposta a ver a ceninha da Lilá bem ao meu lado. Não se preocupe, eu pedi a elfos domésticos que trouxessem um pouco de comida para mim, enquanto eu adianto os deveres para a próxima semana.

–- Mione. – Gina a chamou, empurrando os livros para o lado. – Malfoy quer te humilhar na frente de toda a Hogwarts se admitir que o ama. Ou seja. Você vai ter que intensificar as provocações.

Luna bateu a alma na mão na testa. Belo jeito de entrar no assunto, pensou.

–- Como é que é? – Hermione arregalou os olhos.

–- Mione. É o seguinte. – Luna começou a dizer. – Eu e Gina estávamos indo atrás de você, quando vimos o Draco e a Pansy conversando. A Gina quis ouvir, você sabe como ela é xereta.

A ruiva revirou os olhos.

–- Se eu não fosse xereta, nem saberíamos disso. Então, de nada.

Hermione bufou.

–- Não é nada que eu já não soubesse. Por isso, Luna, eu não vou admitir coisa alguma. Minha cota de zoações já está estourada.

–- Mione, você não pode ceder! Não pode!

–- Gina, calma, ok? Eu estou no controle por enquanto.

Gina deu uma risada sarcástica.

–- Como? Cedendo toda vez em que ele vem te beijar?

–- Ginevra!

–- É GINA! – a ruiva gritou, e algumas pessoas que estavam lá a fitaram.

–- Tanto faz! – Hermione disse, irritada. – Obrigada por avisarem e tal, mas eu não me importo com isso. Isso já era de se esperar. É o Malfoy, gente!

–- Mas ele está sim diferente, Mione. Em que circunstâncias o Malfoy de sempre te beijaria, ou seria gentil com você?

–-Nas circunstâncias de me engambelar e depois sair zoando por ai. – Hermione resmungou. – Agora é Transfiguração. Tenho que ir.

–- Por que essa pressa toda? Porque ele estará lá? Transfiguração é Grifinória e Sonserina, caso não se lembre.

Hermione ruborizou.

–- Eu me lembro muitíssimo bem. Agora se me dá licença, eu tenho mesmo que...

–- Vai realmente sair sem a tarefa? McGonagall ficaria meio brava...

–- Oh Merlin! – Hermione pegou os pergaminhos, envergonhada. – Onde estou com a cabeça...?

Era uma pergunta retórica, porque as três meninas sabiam exatamente onde Hermione estava com a cabeça.

–- Vejo vocês depois então. – a garota disse, enquanto saía apressada.

Hermione saiu correndo para a sala de McGonagall, onde Harry já estava sentado em uma das mesas. Malfoy estava em uma das mesas, e deu um sorriso de meia-boca. A garota virou o rosto. Não trocaria uma sequer palavra com a fuinha, apenas se estritamente necessário.

Irritada, sentou-se junto a Harry.

–- Oi.

–- Alô, Mione. – ele disse, e havia um tom de desconfiança em sua voz. – Está tudo bem?

Hermione sabia que não ia gostar do rumo que a conversa iria tomar, mas disfarçou seu desconforto.

–- Sim. – ela pigarreou. – Por que não estaria?

–- Me diga você... – Harry insinuou. – Depois do que houve no refeitório, você ainda insiste em negar que há algo entre você e Malfoy?

Hermione corou e olhou para trás. O loiro continuava a encarando. Virando o rosto mais uma vez, disse, aos sussurros:

–- E não há. Eu já disse um milhão de vezes, Harry, que insistência!

Harry grunhiu, dando de ombros. Ainda não tinha descoberto nada relevante sobre a relação entre Malfoy e Hermione, de uma distância segura, mas não obteve resultados. E já que Hermione não falaria por bem, ele teria que descobrir sozinho.


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Notas finais do capítulo

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