Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte
Notas iniciais do capítulo
Hello sweeties! Sorry pela demora, foi meio corrido arranjar tempo para atualizar a fic. Mas enfim, aqui está mais um capítulo. Um beijo para DudaDudix, pelo review. Boa leitura :)
Draco andou até sua mesa tranquilamente, ignorando completamente os olhares dos amigos de Granger. Ao sentar-se na mesa, deu uma risadinha. A cara atônita de Granger o fez rir. E depois diz que não está perdidamente apaixonada, pensou.
— Mas o que foi aquilo? – Pansy sussurrou, dando um soco na mesa, que tremeu ligeiramente. Algumas pessoas a olharam estranho.
— Hey. – Draco disse, levantando as mãos em rendição. – Eu estava só brincando!
—Brincando?! – Pansy disse, aumentando o tom de voz. – Draco, o modo como você estava “brincando” com a Granger não parece nem um pouco com a forma como nós costumamos fazer.
Draco serviu-se de leite, sem encará-la.
–- Não me diga que você está interessado naquela... naquela... zinha! – Pansy disse, encarando-o ferozmente.
–- Interessado? Em que eu estaria interessado?
–- Não se faça de idiota! O que você viu na Granger? – a menina perguntou, em tom choroso. – Logo ela!
–- Eu não estou nem um pouco interessado na Her... – Draco pigarreou. – na Granger.
Pansy o encarou com censura, semicerrando os olhos.
–- Você ia chamá-la pelo nome?!
Draco sentiu as bochechas esquentarem.
–- Será que tem como você não ficar berrando infâmias sobre mim no meio do refeitório?
–- Ótimo! – ela disse, puxando-o para fora do refeitório. Assim que se afastaram o suficiente, Pansy o empurrou contra uma parede. Sua expressão era assassina.
–- Hoje vai ser um longo dia, Pan... Eu preciso comer, sabe? – Draco disse, tentando ser o mais carinhoso o possível. Qualquer passo em falso poderia arruinar tudo.
–- Você não vai a lugar algum enquanto não me explicar o que está acontecendo!
–- Mas não tem nada acontecendo! – ele disse, exasperado.
–- Eu vi! Vi como você olhou para ela! Não foi com desdém, nem com raiva... foi com... – ela o encarou, decepcionada. – Amor.
–- Amor? Está louca?
–- Não. Estou tudo, menos louca. Eu não sou cega, Draco. É a segunda vez que você deixa a Granger dominar você. E você olhou para ela com amor! – Pansy disse, com lágrimas nos olhos. – A sangue-ruim, Grifinória, ridícula da Granger. O que ela tem que eu não tenho?
–- Pansy, calma. – ele segurou os ombros dela. – Eu não estou deixando ninguém me dominar, porque eu não posso ser dominado, lembra? Sou Draco Malfoy! E eu não apaixonado pela Granger, por Merlin!
–- Você realmente me acha tão idiota assim?
–- Eu juro que não estou!
–- Então por que não faz nada além de sorrir quando ela flerta com você? E por que retribui o flerte? Por que faz isso comigo?
–- Pan, olha aqui. – Draco segurou o rosto da garota delicadamente. Sua mente trabalhava rápido, inventando desculpas para se safar do ataque de fúria de Pansy. – Eu só faço aquilo porque eu e a Granger temos uma aposta.
–- Aposta? – o tom de voz de Pansy mudou. Ela franziu a testa.
–- Sim. A Granger é completamente apaixonada por mim, só não admite. – Draco revirou os olhos, com um sorriso maldoso. – Portanto, eu tenho certeza de que, se eu a provocar até ela não aguentar mais, ela vai acabar admitindo. E aí... – Draco disse, e Pansy fez uma careta.
–- E aí poderemos “comemorar” um novo casalzinho?
–- Óbvio que não! Pansy, veja a oportunidade! Assim que Granger disser que me ama de uma vez, eu vou desprezá-la. Na frente de Hogwarts toda! Imagine, será um prato cheio. Ela vai ser zoada até o fim de seus dias!
Pansy riu, de seu jeito escandaloso tradicional. Logo depois, deu um soco no braço de Draco.
–- Sabia que você é um ótimo ator? – ela mordeu o lábio inferior e sorriu. – Por um momento eu pensei que fosse mesmo verdade. Que você realmente estivesse gostando daquela...
Draco a calou com o dedo.
–- Não vamos mais falar sobre isso, certo?
–- Só mais uma coisa antes de encerrarmos esse assunto, definitivamente: por que não me contou?
Draco deu de ombros.
–- Queria deixar o melhor para o final.
Pansy riu, e suspirou, aliviada.
–- Eu já ia te mandar para o St. Mungus para fazer companhia ao Dumby.
Draco riu, um pouco mais aliviado. Pelo menos dessa vez, Pansy não implicaria com a “relação” dele com Granger. Os dois iam caminhando de volta, sem nem sequer imaginar que Gina e Luna estavam escondidas no corredor seguinte.
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–- Só existe um lugar onde Hermione pode estar nesse momento. A biblioteca. – Gina bufou. – Eu não faço ideia como vocês conseguem se “distrair” com livros!
–- São uma boa diversão, sim. Sei lá. Não sei como não gosta. – Luna dizia, com um sorrisinho, enquanto era puxada por Gina.
–- Me dão sono. – Gina deu de ombros. – Mas não vamos fugir do assunto. Você ouviu o que aquele bastardo disse? E eu achando que ele estava apaixonado!
Luna franziu ligeiramente a testa.
–- E está. Mas ele tem um jeito estranho de demonstrar amor.
–- Luna, quando aquilo – Gina apontou simbolicamente. – for amor... Sério, não dá. Como a Parkinson disse, ele é realmente um ótimo ator.
–- Gina, pensa! – Luna disse, e a ruiva a soltou e a encarou, assustada. – Só se coloque no lugar dele. Se você estivesse apaixonada por alguém da Sonserina, iria admitir?
Gina negou com a cabeça, com expressão incrédula.
–- É óbvio que não! Seria humilhante, não?
As duas chegaram na porta da biblioteca, mas não entraram de pronto.
–- Pois bem. – continuou Luna – Vê o que os dois estão passando, certo? Eu acho que a gente não devia se meter.
–- Luna, mas e se for verdade? E se ele só estiver brincando com os sentimentos dela, enquanto ela fica mexida só com um olhar dele? Você viu no refeitório!
Luna refletiu por alguns segundos.
–- Temos que alertá-la. Eu não vou deixá-la sofrer em vão, sendo que podemos impedir isso.
–- Certo. Mas vá com calma, ok?
Gina assentiu, mas não sabia se controlaria sua língua.
As duas entraram, enfim, na biblioteca, mas Hermione não estava.
–- Ué... Mione?
A garota saiu de trás de uma das estantes, e despejou uma pilha de livros em cima da mesa.
–- Por que saiu do refeitório? – Luna perguntou.
–- Ah, você sabe, eu não estava muito disposta a ver a ceninha da Lilá bem ao meu lado. Não se preocupe, eu pedi a elfos domésticos que trouxessem um pouco de comida para mim, enquanto eu adianto os deveres para a próxima semana.
–- Mione. – Gina a chamou, empurrando os livros para o lado. – Malfoy quer te humilhar na frente de toda a Hogwarts se admitir que o ama. Ou seja. Você vai ter que intensificar as provocações.
Luna bateu a alma na mão na testa. Belo jeito de entrar no assunto, pensou.
–- Como é que é? – Hermione arregalou os olhos.
–- Mione. É o seguinte. – Luna começou a dizer. – Eu e Gina estávamos indo atrás de você, quando vimos o Draco e a Pansy conversando. A Gina quis ouvir, você sabe como ela é xereta.
A ruiva revirou os olhos.
–- Se eu não fosse xereta, nem saberíamos disso. Então, de nada.
Hermione bufou.
–- Não é nada que eu já não soubesse. Por isso, Luna, eu não vou admitir coisa alguma. Minha cota de zoações já está estourada.
–- Mione, você não pode ceder! Não pode!
–- Gina, calma, ok? Eu estou no controle por enquanto.
Gina deu uma risada sarcástica.
–- Como? Cedendo toda vez em que ele vem te beijar?
–- Ginevra!
–- É GINA! – a ruiva gritou, e algumas pessoas que estavam lá a fitaram.
–- Tanto faz! – Hermione disse, irritada. – Obrigada por avisarem e tal, mas eu não me importo com isso. Isso já era de se esperar. É o Malfoy, gente!
–- Mas ele está sim diferente, Mione. Em que circunstâncias o Malfoy de sempre te beijaria, ou seria gentil com você?
–-Nas circunstâncias de me engambelar e depois sair zoando por ai. – Hermione resmungou. – Agora é Transfiguração. Tenho que ir.
–- Por que essa pressa toda? Porque ele estará lá? Transfiguração é Grifinória e Sonserina, caso não se lembre.
Hermione ruborizou.
–- Eu me lembro muitíssimo bem. Agora se me dá licença, eu tenho mesmo que...
–- Vai realmente sair sem a tarefa? McGonagall ficaria meio brava...
–- Oh Merlin! – Hermione pegou os pergaminhos, envergonhada. – Onde estou com a cabeça...?
Era uma pergunta retórica, porque as três meninas sabiam exatamente onde Hermione estava com a cabeça.
–- Vejo vocês depois então. – a garota disse, enquanto saía apressada.
Hermione saiu correndo para a sala de McGonagall, onde Harry já estava sentado em uma das mesas. Malfoy estava em uma das mesas, e deu um sorriso de meia-boca. A garota virou o rosto. Não trocaria uma sequer palavra com a fuinha, apenas se estritamente necessário.
Irritada, sentou-se junto a Harry.
–- Oi.
–- Alô, Mione. – ele disse, e havia um tom de desconfiança em sua voz. – Está tudo bem?
Hermione sabia que não ia gostar do rumo que a conversa iria tomar, mas disfarçou seu desconforto.
–- Sim. – ela pigarreou. – Por que não estaria?
–- Me diga você... – Harry insinuou. – Depois do que houve no refeitório, você ainda insiste em negar que há algo entre você e Malfoy?
Hermione corou e olhou para trás. O loiro continuava a encarando. Virando o rosto mais uma vez, disse, aos sussurros:
–- E não há. Eu já disse um milhão de vezes, Harry, que insistência!
Harry grunhiu, dando de ombros. Ainda não tinha descoberto nada relevante sobre a relação entre Malfoy e Hermione, de uma distância segura, mas não obteve resultados. E já que Hermione não falaria por bem, ele teria que descobrir sozinho.
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