De repente a porta foi derrubada e levada ao chão com força, e vários membros do conselho espiritual apareceram me deixando pasma e horrorizada ao mesmo tempo. O membro chefe se manifestou primeiro.

– Vou fazer uma pergunta, e quero uma resposta imediata. Onde esta Luna Fay?

Eu e Damian ficamos pensativos sobre que resposta dar, olhamos um para o outro e olhamos ao membro chefe novamente, Damian abriu a boca e depois a fechou. “idiota” pensei comigo.

– Luna está com Edlyn, elas foram para a floresta para tentar adaptar a cura mais rapidamente, Luna esta morrendo, e vocês sabem disso.

– Nós achamos, achamos quatro bruxos com elementos diferentes com o mesmo número, eles continuarão com a adaptação da cura, depois de cinqüenta anos procurando, finalmente achamos, e eles estão adaptando a cura nesse exato momento, o que quer dizer que você esta mentindo, está mentindo para o conselho – Ele suspirou – Então serei mais prático a perguntar novamente, onde está Luna Fay? E se mentir novamente, eu levarei você para a torre, onde usamos os feiticeiros inúteis em experiências.

– Ela foi pra Terra – Se manifestou Damian – visitá-lo.

– Damian! – Gritei – Como ousa?

– Eles iriam te levar Ariadne, veja quem você esta desafiando, é o conselho espiritual! – Falou bravo.

– Pelo menos ele tem consciência, agora irei dar uma voltinha pela Terra, tem um humano que precisa ser morto – Falou se retirando, e os outros membros lhe seguindo, o avô de Luna e a avó de Edlyn também estavam lá, mas com um olhar de dó, pena.

– Viu o que você fez sua anta! – Falei brava depois deles já estarem longe – Seu idiota, você entregou a Luna de mão beijada, você é um retardado, que vontade que estou de te matar, sua praga.

– Quantas qualidades – Se manifestou.

– Não brinque comigo, Damian! – Falei lhe dando as costas – Temos que arranjar um jeito de avisar Luna, cadê seu celular?

– Está guardado! – Falou – Não vou te emprestar, o conselho saberá que – o interrompi.

– Cala a boca, e me dê o celular, faz idéia do que você fez, e além do mais a Luna é uma feiticeira Universal ela pode estar fraca, mas ela consegue matar um bruxo, e estou torcendo pra ser você, se não me entregar esse celular agora! – Falei exaltada. Ele pensou um pouco, mas finalmente buscou o celular em seu bolso e me entregou.

– Feliz? – Perguntou com desdém.

– Como um passarinho – Respondi.

Peguei o celular e disquei o numero que levava ao celular de Edlyn.

– Oi Amor, esta tudo bem? – Perguntou do outro lado da linha. Minha vontade era de vomitar naquele momento, mas era Luna que estava em perigo com Tyler junto á ela.

– Cadê a Luna? – Perguntei.

– Ah, é você, esta com Tyler, eles estão conversando faz um tempo. Não podemos interrompê-los.

– Cala a boca Edlyn, e passa o celular pra Luna, a não ser que você queira que algo mais forte como o conselho queira interrompê-los – Falei.

– Quem avisou o conselho? – Perguntou assustada.

– Te dou um real se você adivinhar que foi teu namorado! – Falei batendo palminhas.

– Avisa que vou mata-lô! - Falou Edlyn brava. Ouvi seus passos fortes do outro lado da linha – É a Ariadne, estamos com problemas.

POV LUNA

Peguei o celular já imaginando o que tinha acontecido.

– Como descobriram? -Perguntei.

– Além do retardado do Damian avisar, eles falaram que não precisa mais de você para adaptar a cura, está indo matar Tyler - Falou.

– Eu não vou deixar, precisamos fazer alguma coisa, agora – Avisei Ariadne – Vou levá-lo ao submundo e irei transformá-lo em algo quando o conselho aparecer.

– Você está louca, se você trazê-lo pra cá, matarão os dois! – Falou Ariadne.

– Eu já estou morrendo, só preciso proteger á ele – Falei. Certa de minha decisão – Eu o amo.

Desliguei o celular, parei por um tempo pensando no que deveria fazer, senti uma tontura enorme e meu nariz começou a sangrar. Fui em direção a Tyler que ainda estava deitado para ir embora para sua casa.

– Mudanças de planos – Falei puxando-o, Edlyn veio logo atrás de nós. Caminhamos até o banheiro feminino – Entra vai.

– Não sou gay, nem travesti – Falou nos encarando.

– Não é hora para gracinhas Tyler – Resmunguei.

– Ou você entra ou morre, qual você escolhe? – Falou Edlyn

– Ameaçador – Falou entrando no banheiro – Ok, pra que me trouxeram para o banheiro?

Edlyn pegou suas roupas e jogou nele, verifiquei se tinha mais alguém no banheiro, mas estavam todos vazios, usei meu elemento vento e tranquei a porta por dentro.

– Se vista! – Falei.

– Pra que? – Perguntou – Não recebi alta.

– Você disse pra eu tentar, estou tentando te proteger sem mantê-lo afastado, então vá logo e se vista – Falei – Precisamos te tirar daqui, vá logo.

– Tudo bem amor – Falou. Olhei pra Edlyn e ela me olhou.

– Não te dei intimidades Tyler – Falei quando ele apareceu pronto na minha frente.

– “Amor”, não pode? – perguntou.

– Nem amor e nem nada relacionado à isso – Se manifestou Edlyn – O ultimo que a chamou assim, não durou nem mais um mês, acho que você deveria andar na linha.

– Vocês terminaram? Esta terminando comigo? – Perguntou olhando pra mim.

– Não terminamos, ele morreu. E não estou terminando contigo, porque não estamos namorando – Falei. Abri minha bolsa e retirei de lá a chave do portal, concentrei-me um pouco e finalmente ele apareceu. Abri-o - Vamos?

– Minha casa não fica nessa direção – Falou Tyler.

– Mas a minha sim, você tem que falar com minha mãe se você quer algo mais sério – Falei ironicamente.

– Sério? – Falou.

– Não, agora vai logo Tyler, sem brincadeiras. – Edlyn o empurrou e ele atravessou, passamos logo depois. E logo havíamos chegados, quando olho Tyler ele esta com a boca aberta e depois nos olha.

– Que lugar é esse? – Pergunta. Olho para ele e sorrio.

– Este é o submundo – Falou Edlyn.

– Tyler, bem-vindo à minha casa – Falei.