Alison discava rapidamente os números, precisava entrar em contato com Gabriel, imediatamente. –A estava dentro da casa e a vida dela estava por um fio.

– Para onde você vai, Ali? – A loira não acreditava que aquela pessoa estava em sua frente. – Eu acabei de chegar.

– Sentiu minha falta?

– Nem imagina o quanto esperei por esse encontro.

Eles sorriram. Um sorriso de felicidade ou ironia? Qual as chances de –A ser alguém que Alison queria mesmo encontrar?

...

– Eu tenho que ir, Em. – Logan disse tirando o celular que estava segurando no ouvido. – Mike está prestes a ter um ataque de nervos...

– Ciúmes?

– Sim. – O moreno sorriu. – Ciúmes de você. Acredita?

– Logie, eu estou começando a achar que Mike não é o cara certo para você. – Emily o puxou de volta para a cama onde eles estavam organizando a festa. – Qual o problema com a Rebekah? Eu já percebi a forma que olha para ela.

– Que forma?

– Era como Alison me olhava. – A nadadora disse tentando não parecer rude. – Como se ela fosse apenas mais uma peça no tabuleiro de xadrez.

– O que? – Ele levantou-se rapidamente. – É uma piada? Pare de comparar as pessoas, Emily. Está sempre dizendo que eu tenho muitas coisas que te lembram Ali.

– Não estou comparando, só...

– Quer saber? – O garoto pálido pegou sua mochila que estava encima de uma cadeira. – Espero que se divirta planejando o resto da festa sozinha.

– Não vai me ajudar a encontrar, Alison?

– Eu prefiro ajudar Duncan, ele não julga as minhas escolhas e quer encontrá-la tanto quanto você, talvez até mais.

Logan bateu a porta do quarto de Emily e foi embora sem ao menos dá uma chance para ela explicar a sua opinião.

...

– E então? – Alison perguntou. – O que quer? Vai me matar de uma vez por todas?

– Talvez. – Mais um sorriso brotou no rosto da pessoa misteriosa. – Quer que tudo aconteça rápido?

– O que você pode me oferecer?

– Posso fazer de forma rápida. – Alison viu a seringa na mão com uma luva preta. – Ou pode sentir minhas mãos no seu pescoço, estrangulando você, vendo sua vida ir embora aos poucos.

– Que tal ouvir minha opinião sobre isso? – A loira sentou-se no sofá e pegou uma revista de celebridades. – Britney está tão fabulosa em Vegas, não é mesmo?

– Pare de jogar.

– Alguém do –A Team falando em parar com jogos? – Ela colocou a revista lentamente encima da mesa. – Que tal me acompanhar em um chá? Não aceito um não como resposta,

...

Sra. Marin estava tomando uma taça de vinho quando viu sua filha andando para um lado e para o outro como se estivesse procurando algo.

– Para onde você vai Hanna? – Ashley gritou ao ver a filha pegar as chaves do carro. – Vai chover.

– Eu sei, mãe. – Hanna foi pega. – Sei que vai dizer não se eu pedir, por isso mesmo eu vou sem sua permissão.

– O que?

– Estou indo para Ravenswood encontrar Caleb. – A loira tentou não parecer nervosa. – Eu preciso colocar tudo em pratos limpos.

– Posso dirigir para você.

– Acho melhor ir sozinha. – As duas se entreolharam. – Preciso pensar em que vou dizer.

– Hanna, não quero que dirija, é muito perigoso.

– Ok! – Ela falou em um tom mais alto. – Entendi, vou de ônibus.

– Não é isso...

– Não ligo... – Hanna pegou a bolsa e jogou a chave na bancada. – Prefiro ir de ônibus, preciso mesmo ler uma coisa.

A loira subiu as escadas, colocou o diário de Alison que pegou no covil e ignorou os sermões de sua mãe.

...

– Açúcar em cubos ou prefere o convencional? – A loira deu um largo e forçado sorriso. –Podemos brincar de esconde-esconde...

–A sem entender a piada olhou de forma curiosa, mas em questão de segundos não conseguia ver mais nada. E sentia um incomodo horrível nos olhos.

Alison correu para o andar de cima, não adiantaria desperdiçar sua única chance de escapar das mãos dele, a loira escondeu-se em um dos quartos.

– Ali, Ali Oxen-free.– A voz grossa cantarolou de forma infantil. – Whoever finds her, gets to keep her.– A pessoa misteriosa forçou uma das portas. – Jogar açúcar em meus olhos não foi muito esperto da sua parte.

...

Spencer e Toby andavam lado a lado, os dois estavam seguindo Mona. Era como a mais alta pensava, nenhum dos dois tinha abandonado o barco depois do incêndio da casa do lago. Mona estava apenas de teatrinho, assim como o Toby.

– Quanto tempo nós temos que andar até chegar ao chefe?

– Não muito. – Mona sussurrou. – Os apressados comem cru.

– Você é a única que conhece ele?

– Por que não fica igual o seu namorado, Spencer?

– Porque tenho perguntas e quero respostas. – Ela disse seria. – Se você sabe as respostas devia responder, afinal somos do mesmo time.

– Não tenho tanta certeza.

– Se não tivesse não teria me deixado entrar. E nem estaria me levando até ele, ou ela.

– De fato... – O celular de Mona tocou, era uma mensagem. – Chefe não pode mais participar das suas boas vindas. Teve um imprevisto.

...

Alison encontrou-se presa em um dilema, morrer nas mãos de alguem do –A Team, ou correr o risco de sobreviver, mas ficar debilitada o bastante para não conseguir fugir. Podendo assim voltar para as mãos de um de seus perseguidores.

Pular daquela janela poderia acabar de vez com o jogo de gato e rato que ela protagonizou durante todo esse tempo. Mas valeria mesmo a pena?

– Estou prestes a te pegar, Alison. – A loira ouviu a voz ficando cada vez mais alta, sinal que ele estava perto. – Brincar disso só me deixou com mais vontade de matar você da forma dolorosa. Eu te dei opções, mas você dificultou tudo.

...

– Não estou agüentando mais, Ezra. – Aria estava chorando no ombro de seu namorado que tinha acabado de chegar a sua casa. – Estou farta de toda essa mentira, não quero mais esconder de ninguém que estamos juntos.

– E o que podemos fazer? – Ezra beijou o topo de sua cabeça. – Também não quero mais esconder isso que sinto por você.

– Minhas amigas e minha família já sabem... – Ela não parava de chorar. – Então acho que deveríamos viver como um casal.

– Quer que eu largue o emprego novamente?

– Você faria isso?

– Tudo por você. – O moreno sorriu forçadamente. – Está falando serio ou é só uma crise?

– Não tenho certeza. Preciso pensar nisso tudo.

– Se quiser eu posso te levar a um lugar ótimo para pensar... – Os dois se entreolharam, a pequena Aria estava com os olhos vermelhos. – Aceita?

– Sim.

Depois de alguns minutos dirigindo Ezra parou na frente de uma cabana. Era grande, bonita e aconchegante.

– Esse pode ser o nosso lugar. – Ele abriu a porta para Aria. – Aqui podemos ser um verdadeiro casal, quero que sempre que precise de mim venha aqui, estaremos juntos.

– Seria como se estivéssemos casados?

– Com certeza. – O moreno sorriu. – Esse é o nosso cantinho.

– Eu te amo, Ezra.

– Devo dizer que amo a minha futura esposa?

– Você a ama?

– Com todas as forças que tenho. E ainda um pouco mais.

– Então diga. – Aria riu abobalhada. – Talvez ganhe um beijo dela.

– Eu te amo.

– Diga de novo. – Ela não parava de rir, nem parecia à menina de uma hora atrás que estava chorando como um bebe. – Talvez consiga mais que só um beijo.

– Primeiro o beijo.

– Não.

– Eu te amo, Aria Montgomery. – Ele gritou. – Futuramente, Aria Fitzgerald.

...

Alison não estava conseguindo abrir a janela, estava emperrada, mas ela não perderia essa oportunidade. A voz da pessoa misteriosa estava cada vez mais próxima, ela afastou-se e contou mentalmente até três.

“Um, dois, três...” ela correu e bateu seu corpo magro e delicado contra a janela de vidro que se quebrou em mil pedaços.

Apesar da altura, Alison continuou consciente, com pedaços de vidros no cabelo, e estava muito machucada. Tudo o que precisava agora era sair o mais rápido possível daquele lugar.