A Love Unraveled escrita por Penumbra


Capítulo 88
Capítulo 88 – Why do I do This?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo e aposto que vão gostar ¬¬ Ou não ¬¬ Enfim demorei um pouco, mas tai! Bjks e Boa Leitura Cupcakes!!



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Capítulo 88 – Why do I do This?

P.O.V. Castiel

“Após eles todos irem embora eu finalmente entrei no quarto onde Mel estava, em minha mão estava um copo de café. Entrei e vi que ela dormia como um anjo, seu rosto mostrava serenidade.”

“Sente-me ao seu lado, numa poltrona, bebericando um pouco do meu café. Passaram-se algumas horas e eu já estava no meu quarto copo de café, ela se revirou e eu então me espreguicei um pouco cansado.”

–... C- Castiel... – ela disse se espreguiçando e abrindo os olhos, agora me olhava da cama fixamente.

–... Tudo bem? – perguntei e ela assentiu bocejando, seu olhar me penetrava de um jeito que me fascinava, começava a rever aquele brilho nos seus olhos.

–... P- Por que está aqui? – ela perguntou e eu fitei o celular, o colocando em cima duma mesa de canto, sim eu mexia no meu celular, minha mãe soubera de algum modo à notícia e ela estava muito aflita.

– Eu disse que voltaria, não? – sorri fraco e ela sorriu de volta.

–... Mas por que está acordado? – perguntou ela virando-se para o lado esquerdo, onde eu estava, provavelmente para uma iniciativa de conversa.

–... Confesso que adoro ver você dormir... – disse olhando para a porta, ela acompanhou meu olhar, ela mantinha aquele sorriso maroto no rosto.

–... Eu estou falando sério... – disse ela se sentando na cama e me encarando de maneira provocante.

– Queria me certificar que você estava bem... E eu não queria deixar você aqui... Sozinha... – disse e ela sorriu olhando para baixo. -... Você contou as garotas, como tudo aconteceu?

– Podemos fingir que isso não aconteceu... – disse ela me olhando de relance, eu ligeiramente assenti.

–... Tudo bem, mas você sabe que não pode fingir que isso nunca aconteceu... – disse e ela assentiu.

– Eu sei... Foi só a maneira mais fácil que eu encontrei até agora para eu não perder a cabeça... – disse ela e eu me aproximei, sentando no pé de sua cama.

– Você deveria voltar a dormir... – disse e ela negou.

– Eu quero resolver isso logo! – disse ela e eu me virei para olha-la.

– Mas justo agora... Temos todo tempo do mundo...

– É justamente sobre isso que precisamos conversar... – disse ela com os olhos vermelhos.

– Não entendi... – disse me erguendo e ficando de pé. – O que é assim tão urgente que precisa ser dito agora...? – perguntei e ela mordeu o lábio antes de falar.

–... Não fica chateado...

– Eu vou ficar chateado se você não me disser o que está havendo... – disse sério. – Vamos Mel, desembucha!

–... Talvez devêssemos dar um tempo...

– Espera ai, o quê? Por quê? Nós acabamos de voltar, não... Por que está dizendo isso? – perguntei intrigado.

–... Eu... Nós precisamos de um tempo, depois do que aconteceu eu não sei se vou poder te fazer feliz como antes...

– Mel... Vamos com calma... Nós estávamos nos entendendo... Vamos conversar antes de tomar uma decisão tão precipitada...

– Eu não quero pensar... Nem conversar... – disse ela. – Quanto mais penso, mais acho que é o certo a se fazer...

– Você tem certeza que é isso mesmo que você quer? – perguntei me aproximando dela. – Eu sempre faço o que está ao meu alcance, mas se você me pede uma coisa dessas... Sem cabimentos...

– Você precisa ver que é para o seu bem...

– Não... – disse e ela me olhou. – Está fazendo isso para se livrar de mim, para sentir menos remorso...

– O quê? Não, de modo algum...

–... Então por que está me pedindo isso...? – disse e ela me fitou.

– Porque eu não te quero mais! – disse ela séria olhando para mim e eu fiquei surpreso.

– Como não me quer...? – perguntei fechando o punho com força.

– Eu na o quero ter que repetir... – ela disse e eu suspirei.

– Isso não tem nada haver com Armin e a sua visita, tem? – perguntei e ela me fitou.

– Não importa... Acho melhor você sair... – disse ela e eu me aproximei, deixando minhas mãos impedi-las de sair daquela posição, encarei-a e ela me olhava de relance com aqueles olhos fundos.

– Mel, por favor, não faz isso... – disse e percebi que ela fechara o olho de agonia. – Parece que tem nojo de mim...

–... Não é isso... – disse ela e me olhando finalmente.

– Então não aja friamente comigo, não pode me apagar da sua vida como uma mancha...

– Acredite, eu estou te fazendo um favor... – disse ela e eu abaixei a cabeça, suspirando.

– Você vai se arrepender disso... – disse arfando e a encarando sério. – Achei que confiasse em mim...

– E eu confio, mas isso é uma coisa que eu devo resolver sozinha... – disse ela e eu neguei.

– Não, você está errada! – disse. – Você precisa de mim... Do mesmo jeito que eu preciso de você... Pelo menos espere antes de tomar uma decisão dessas...

– Me desculpe, Castiel... Mas eu já decidi... – disse ela e eu a olhei com um olhar enfurecido.

– Não está sendo justa... - disse me afastando com raiva. -... Eu te fiz alguma coisa? - perguntei novamente me aproximando dela.

– É claro que não... - disse ela. - É justamente o contrário...

–... Castiel, para, por favor! - disse ela. - Não quero tornar isso mais difícil... Eu só estou pedindo um tempo...

– Não faz diferença... Eu sei como isso vai terminar, e dessa vez não vai ser por culpa de alguém de fora...

–... Você já acabou? - perguntou e eu assenti.

– Eu só quero que saiba que não vou deixar de te amar por isso... E tão pouco vou deixar de vim ver você...

– E se eu não quiser ver você...?

– Isso não faz diferença para mim... - disse.

– Você é um idiota... O que preciso fazer para você acreditar... Para entender que não quero mais você? - perguntou ela e eu me aproximei do seu rosto.

– Diz... Diz agora, assim, que não me ama mais... - disse e ela mordiscou a boca, olhando para meus lábios. - Basta me dizer...

–... Eu...

– Me diz... - disse olhando-a fixamente.

"Ela abaixou a cabeça e eu sorri satisfeito, ergui seu queixo e ela me olhou relutante, seus olhos tombavam para os lados, me aproximei de seus lábios e ela afastou o rosto, voltei-me tentando fazer com que ela cedesse."

"Puxei-a contra mim e nossos corpos se colaram, sua respiração estava ofegante e não tinha um só momento que seus olhos tentavam desviar-se dos meus, mas eu os reerguia. O silêncio dela era meu conforto..."

"Finalmente roubei um beijo dela e então num movimento ela se afastou, mas eu a puxei de volta para mim, colando de imediato nossos lábios. Ela tentou se desfazer, mas foi em vão, aos poucos seus braços que me socavam foi resistindo, meus beijos selvagens estavam já domando-a."

"Primeiro acontecia uma guerra entre nossas línguas, então nossos lábios começaram a entrar em sintonia, nossos beijos passaram a ficar mais calmos, começamos a valorizar aquele beijo, com muito prazer."

"Minhas mãos percorreram sua cintura e eu a fiz encostar na parede, nós arfamos, buscando ar... Me juntei á ela novamente, dando leves beijos em sua clavícula e depois descendo até abaixo de seu pescoço."

"Ela jogou seus braços sobre meu pescoço e selou novamente nossos lábios, desci novamente meus beijos e ela se contorceu. Mas de repente ela se soltou de mim e me empurrou."

–... Se você faz tanta questão de ouvir tudo bem! - disse ela. - Eu não te amo mais! - falou pausadamente arfando e com algumas lágrimas no rosto.

–... Depois do que aconteceu acha que vou acreditar em suas palavras... - disse sério a olhando e ela me fitou.

– Eu cansei de tentar te dizer... - disse ela.

– Que ótimo, então desistiu dessa ideia absurda? - disse e ela me fitou. - Esqueça isso... - segurei sua mão.

–... Não torne isso mais difícil... - disse ela soltando-se de mim.

– Por que complica as coisas? - perguntei intrigado. - Quer saber eu não vou ficar aqui implorando para você voltar atrás com a sua decisão... Cansei de ser seu capacho... Eu cansei Mel... - disse saindo dali.

P.O.V. Melissa

"Castiel se retirou e eu sentei na cama, desabando entre uma lágrima e outra, eu não queria fazer o que fiz, mas Josh me obrigara, eu não podia arriscar."

~ FlashBack On ~

"Após todos saírem, eu levantei e fui ver sobre o que falavam, Castiel ficaria aqui comigo e eu sorri feito boba com sua atitude, ele e meu pai não se desgrudavam mais. Voltei para a cama e de repente meu celular tocou, era número desconhecido."

–Oi... Quem fala? - perguntei e um riso incorrigível riu, eu soube muito bem de quem se tratava.

"Me afastei do celular, olhando para os lados, suspirei voltando a encarar o celular."

– O que você quer? - perguntei e podia jurar que ele sorria do outro lado da linha.

– Eu só queria dizer que lamento...

–... Como soube? - perguntei séria.

– Ora Mel, não seja tola! - disse Josh. - Acha mesmo que foi um acidente?

– O que você tem haver com isso...?

– Eu tirei o que você mais amava nesse mundo, é melhor ficar bem longe de Castiel ou ele será o próximo... - ele disse e desligou, eu segurei o celular com força, e uma lágrima ou outra caia de meus olhos.

~ FlashBack Off ~

–... Eu sinto muito Castiel... - disse deitando sobre a cama e fechando os olhos com força.

P.o.v. Jessy

~ Algumas horas atrás ~

"As coisas tinham ficado fora do controle, eu sei o que tinha que fazer, mas eu confesso que aquilo era arriscado."

"Só havia nós três na casa, era óbvio que não demorariam muito para descobrirem a verdade e eu não esperaria isso acontecer."

"Arrumei minhas coisas após a saída de Castiel e comecei a preparar o que levaria ou não. Peguei o carro de seus pais e sai, pretendia sair do país."

...

"Não demorou muito para Castiel ligar e me dizer o que havia acontecido, ela havia mesmo perdido o bebê."

"Aconselhei ele, disse que ficaria na casa de uma amiga enquanto ele não voltasse, no final de tudo, eu seria obrigada a deixar Castiel."

"Depois de algumas horas sua mãe me ligou e eu atendi."

–... Você está bem? Vai ficar aonde...

–... Na verdade eu estou indo embora... - disse e minha tinha gritou do outro lado do celular.

– Você não pode fazer isso... Sua mãe vai suportar...

– Ela nunca foi minha mãe, e você nunca foi minha tia... - disse irritada. - Já faz muito tempo que eu sei que sou adotada...

–... Isso não importa...

– Claro que importa, agora não me culpo por gostar tanto do seu filho...

– Ora sua...

– Eu estou indo embora, talvez eu encontre minha irmã mais velha, aquela que causou um acidente com uma banda...

– Ela não presta, tão pouco você pelo visto... De meia volta, isso é uma ordem Jéssica!

– Eu não preciso mais obedece-la, aliás, adorei seu carro... - disse rindo e desligando o celular enquanto ouvia seus protestos.

"Segui meu caminho e lembrava-se do acidente que envolvia Vinicius, minha irmã teve mesmo a coragem de destruir todos os amigos deles. Só nunca entendi o porquê, se bem que ela sempre teve uma obsessão por ele..."

– Então era isso... - disse irritada e acelerei o carro. - Aquele idiota nunca deu bola para ela, ela precisava fazer algo... Mas fugiu do controle... - ri e liguei para Josh.

– Onde você está?

– Bem longe desse lugar... Estou a caminho do aeroporto...

– Você vai fugir? Sua incompetente... Todos vão desconfiar...

– Não me importa, eu vou estar muito longe daqui. ..

– Acha que sou idiota? - perguntou. - Eu sabia que fugiria, mas não tão rápido... Contratei um pessoal para fazer o trabalho sujo...

– Como assim? Josh? - ele havia desligado.

"Olhei pelo retrovisor e vi dois carros me perseguirem, virei numa curva fechada e os dois me fecharam cada um de um lado."

– Malditos... - disse acelerando e então olhei para frente, a rua acabava ali e mais para frente estava em reforma.

"Tentei frear, mas era tarde, o carro atravessou o lugar e após deslizar ele capotou."

...

–... Ai... - disse pondo a mão na cabeça, tentei soltar-me, mas foi inútil o cinto estava emperrado. - Desgraçado... - choraminguei tentando sair dali.

"Foi então que percebi que no lado de fora estavam os dois carros parados, não sei o que esperavam, mas eu tentei enxergar além."

"Com um pouco de dificuldade percebi então porque ainda estavam ali, o carro vazava gasolina, eu me desesperei, gritei pedindo ajuda."

"Eles se afastaram de volta para seus carros e partiram com os mesmos, me deixando sozinha ali."

– Não... Josh seu desgraçado... - me debatia tentando soltar-me, vi chamas se espalhando envolta do carro.

"Peguei meu celular com dificuldade e não tinha sinal, era o fim, o meu fim."

–... Você vai me pagar Josh... – disse com lágrimas de ódio no rosto. - Vai pagar!

"E então uma grande explosão aconteceu e tudo que eu via com dificuldade escureceu."

P.O.V. Ketlyn

https://www.youtube.com/watch?v=UmK6BkWfc1E

“Havíamos voltado após saber do ocorrido, mas estávamos distante de casa e estávamos hospedados num Hotel, eu sai do quarto, não conseguia dormir, era muitas preocupações, já era tarde, quase 5h da manhã.”

“Fui para a sacada do andar de baixo, ela era espaçosa e aberta, observava o céu, estava perfeito, não podia estar melhor, contemplado de estrelas no céu e a lua cheia estava entre uma névoa.”

“Refletia sobre minha briga com Vinicius (Capítulo 75 – Descoberta), depois daquilo nunca mais tive notícias dele, estava começando a parecer que ele nunca fez parte da minha vida.”

“Porém eu não esquecia suas palavras, eu não tinha medo, eu só me preocupava onde isso iria dar, não que não quisesse, mas poderia ser um tanto arriscado.” – suspirei.

–... Será que ele se esqueceu de mim? – perguntei encarando o céu. -... Pelo visto sim...

– Como pode achar isso? – disse alguém e eu me virei, era ele.

– Você?! – disse surpresa e um sorriso involuntário saiu de meus lábios. – O que faz aqui?

–... O mesmo que você... – disse ele sorrindo. – O mesmo que todos fazem quando vão para um hotel, acredito...

– Desde quando está aqui?

– Eu vi você vir pra cá, e bem achei que era mesmo você, então quis conferir... – disse ele se aproximando e ficando ao meu lado.

– Faz sentido... – disse e ele riu abaixando a cabeça e eu o fitei, voltando a encarar o céu escuro.

– Não deveria estar dormindo? É um pouco tarde...

– Não tenho sono, estou cheia de problemas... – disse.

–... E- Eu estou nesses problemas? – perguntou ele e eu o olhei.

– Provavelmente! – disse e ele riu.

– A Miih me contou sobre a Mel, eu sinto muito...

– Ela vai superar, assim espero... – disse apoiando minhas mãos no parapeito.

– Vamos torcer por ela... – disse ele e aproximou sua mão da minha, eu o olhei de relance.

–... É melhor eu ir... – disse e me afastei dele.

– Entendo... – disse ele e me olhou emburrado. – Podemos conversar... Qualquer hora...

– Sobre?

– Sobre nós...

– Achei que não existisse nós...

– Então comece a pensar a respeito... Boa noite... – disse ele se afastando e eu suspirei.

– Não é justo, Vinicius... – disse para que escutasse.

– Eu também senti sua falta... Não suma de novo... – disse ele rindo e seguindo em frente.

–... Espera... Podemos conversar agora? – perguntei e ele se virou sorrindo.

– Se não tiver problema, eu topo! – disse ele e eu fui até ele.

–... Podemos não falar do que aconteceu da última vez? – perguntei e ele me fitou.

– Eu ia pedir a mesma coisa... – disse ele. – Desculpe eu fui grosso com você, eu descontentei em você o que queria fazer com Jessy... Se ela faz parte do que aconteceu no meu passado, por que eu não consigo descobrir? – perguntei.

– Talvez seja melhor não saber, para seu próprio bem... – disse e ele sorriu me olhando fixamente.

–... Você se preocupa demais comigo... – disse ele e eu arqueei uma sobrancelha.

–... Nesse caso é diferente...

– Diferente como? – perguntou ele próximo de mim, seus olhos me hipnotizaram.

–... Não me olhe assim... – disse sorrindo fraco e dando um passo para trás.

–... Perdoe-me... – ele sorriu sem jeito e se afastou.

–... É só diferente! – disse dando os ombros e puxando seu braço. – Vem comigo, quero conversar com você em um lugar menos aberto...

– Não acha arriscado? – ele disse e eu o olhei com as mãos cruzadas.

– O que foi? Por que seria arriscado?

– Você está com os seus pais, sai a essa hora e ainda está de encontro com uma pessoa do sexo oposto e que ainda é mais velha que você! – disse ele e eu sorri, ele não estava errado.

–... Tá, já entendi... – disse. – Está com medo de mim, é isso? – disse debochando dele e ele negou.

– Não, jamais... – disse ele dando voltas em torno de mim. – Só acho que você ainda não confia 100% em mim... – ele se aproximou mais e eu encostei no parapeito, ficando sem saída.

“Ele se aproximou do meu rosto e lentamente foi se aproximando de mim, ele deu um maravilhoso sorriso e quando achei que ele me beijaria, ele quebrou o silêncio.”

– Buuh! – ele riu se afastando e eu o encarei séria. – Vem, vamos... Sei de um lugar que você vai gostar...

–...

– Pode confiar... – ele veio até mim tocando de leve meu queixo e piscando.

–... Me sinto 99,9% segura agora... – disse sarcasticamente.

“Ele era tão diferente fora do colégio, ele sabia muito bem dividir sua função isso era claro, se comportava como um garoto e isso me deixava sem graça grande parte das vezes.”

–... É bem eminente então sua confiança em mim... – disse ele e eu dei de ombros. – Vamos, queremos conversar ainda hoje, não?

– Tudo bem, primeiro o senhor... – disse dando ênfase na última palavra.

–... Muito engraçada... – ele sorriu, mas foi em frente, ri baixinho e algumas vezes ele olhava para trás, para ver se eu ainda o seguia, e como eu não poderia, mas o lugar parecia nunca chegar, até que perguntei.

– Onde estamos indo mesmo? – perguntei e ele parou, se virando e dando de cara comigo, pois ainda continuava, senti sua respiração suave. -... N- Não vai me responder...?

– Você ainda me ama? – perguntou ele indiferente, mas tinha uma cara esperançosa no rosto, ele havia mudado de assunto.

–... Que tipo de p- pergunta é essa? – disse desviando meus olhos dos seus.

–... Fui muito espontâneo? – perguntou ele e eu neguei com a cabeça.

–... Você sumiu... – disse de repente. – É assim que quer recomeçar? Perguntando se ainda te amo...?

– Prefiro ser objetivo, eu ainda tenho alguma chance com você? – perguntou ele e eu o encarei. – T- Tenho? – ele segurou minha mão e eu o observei.

–... Não sei ao certo o que te dizer...

– Que tal o que eu quero ouvir? – sugeriu ele e eu sorri, ele soltou-me.

–... E o que você quer ouvir? – perguntei um pouco indecisa. – Sinceramente eu não sei faz muito tempo...

– E, no entanto está bem na sua frente... – disse ele e eu corei.

“Seu rosto estava meio franzido, mas seus lábios se movimentavam, como se tivesse falado demais, ele me olhou com os cantos dos olhos e então nossos olhos se encontraram, eu involuntariamente dei um passo para frente, ficando cara a cara com ele.”

–... Fui espontâneo novamente, não fui? – perguntou ele e eu me perdi em seus olhos, em completo êxtase.

–... Eu gosto disso... – sorri e ele me olhou indiferente talvez confuso. – Mas sua clareza pode ser fatal para a sua carreira...

– Era sobre isso que queira conversar com você, eu me demiti! – disse ele e eu me surpreendi.

– Sinto muito, a culpa é minha... – disse o fitando.

– Fique tranquila... – disse ele erguendo meu rosto. -... Eu que me demiti, agora que o professor permanente voltou, eu já não preciso continuar lá... Afinal você também não vai continuar lá...

–... Então você nunca pretendeu dar aula de música?

–... Não... Isso lhe incomoda...? – perguntou ele e eu neguei, ainda reparando que sua mão permanecia em meu rosto.

–... Eu posso te perguntar uma coisa? – perguntei e ele assentiu. – Por que se arrisca tanto querendo justamente a mim?

–... Eu não gosto de esconder o que eu sinto por você... Além de ser errado, não é justo com qualquer outra pessoa...

– E por quê?

–... Porque eu não poderia ficar com alguém sendo que sei o que sinto por você, eu não me perdoaria por fazer isso com outra pessoa... A iludir a tal ponto... – disse ele abaixando sua mão e dando um curto sorriso.

–... Entendi... – disse meio sem graça.

– Eu posso te perguntar uma coisa agora? – perguntou ele e eu receosa assenti. – Por que não respondeu minha pergunta?

–... Eu... – o fitei fechando os olhos com forças.

– Você me ama? – perguntou ele e então eu abri os olhos, quando ergui o rosto nossos lábios se encontraram, senti o cheiro do seu perfume, eu suspirei.

–... Eu vejo você e meu coração acelera, percebo o quando eu gosto de você... O quanto eu amo você... – disse olhando para cima onde seus olhos se encontravam. – Mas...

–... M- Mas? – perguntou ele e eu suspirei me afastando.

–... Mas também paro e percebo o quão são errados esses sentimentos... – disse e dei meia volta. -... É melhor terminarmos outro dia essa conversa...

– Espere! – ele me segurou e me puxou até ele com avidez, dei de encontro com seus olhos que me prendiam ali, imóvel, esperando que continuasse. -... Você então acha um erro me amar?

–... Eu não disse isso...

– Não foi preciso... – disse ele me olhando e sorrindo fraco. – Eu só quero deixar claro que nunca foi um erro pra mim querer você... Eu aprendi a lidar com meus sentimentos...

–... E acha que eu não sei lidar com os meus? – perguntei meio enojada. – Você não sabe como admiti pra mim mesmo que eu nunca deixaria de te amar, mas eu sei que o certo a fazer...

–... Certo? – ele perguntou e me empurrou um pouco até eu encostar na parede, seus olhos verdes começavam a perder o encanto. – Eu sempre fiz o que achei certo... E no final estava errado... Cansei de me deixarem levar pela razão e não pela emoção...

–... O que vai fazer comigo? – perguntei erguendo a cabeça.

– Fala como se eu te tivesse trazido pra cá sem seu consentimento...

– Eu não... – me calei e parei para olha-lo, seu olhar de “perdedor” me fez me sentir horrível, ele liberou uma de suas mãos para me deixar passar.

– Pode ir... – ele estremeceu, pondo a mesma mão na cabeça, com ar de desgaste e cansaço.

– Vinicius... – o chamei, mas ele me fitara após liberar-me de seus braços.

– Está livre, já pode ir... – disse ele e eu o olhei meio desorientada, eu havia falado algo fora do comum.

“Continuei ali e aos poucos ele se virou e me viu, resmungando se afastou de mim e deu meia volta.”

– Por favor, espera! – disse e ele continuou andando. – Não fuja de mim... – bufei e ele olhou para trás, eu me surpreendi, ele começou a vir em minha direção.

– Fugir de você? – perguntou ele. – A última coisa que preciso fazer é isso...

– Por que diz isso?

– Você não precisa de mim pra isso...

– Eu não fujo de você! – disse irritada.

– Tem razão, só foge dos seus sentimentos... – disse ele e eu me calei.

–... Poderia ser mais claro? – perguntei o olhando e ele se aproximou de imediato e colou nossos lábios.

“Ele me puxou pela cintura e selou nossos lábios, tentei me conter, mas eu não resistia correspondi e joguei meus braços, envolvendo seu pescoço, ele me olhava pelos cantos dos olhos e me beijava com prazer.”

“O olhei e o puxei para mais perto de mim, a fim de colar nossos corpos, o joguei com intensidade na parede e o beijei ferozmente tentando aprofundar aquilo, não era uma garotinha e gostaria que ele entendesse isso, todos meus sentimentos por ele eram verdadeiros e intensos.”

“Mas ele me impedia de fazer qualquer movimento, afastando nossos corpos e diminuindo a profundidade do beijo, eu me irritava com aquilo, seus fortes braços só o que faziam era me bloquear.”

– O que está tentando fazer? – perguntou ele e eu o encarei séria.

– Achei que me amasse...

– E amo... Mas não sou desse tipo...

– Que tipo? – perguntei o encarando.

– Do tipo que só se aproveita... – disse ele se afastando. – Eu amo você, mas eu te respeito mais que tudo... Não me precisa provar desse jeito...

–... Você não ia ir? – perguntei meio sem graça e ele assentiu.

– Eu gosto da sua imprudência... – disse ele. – Mas não quero me aproveitar dela, é errado... – ele se afastou e eu suspirei.

– Vinicius... – o chamei.

– Podemos fazer coisas juntas? – perguntei e ele levemente assentiu. – Coisas que pessoas normais fazem? – perguntei novamente e ele riu assentindo.

– Onde quer chegar? – perguntou.

–... Tem algum problema se você for comigo no baile? – perguntei receosa e ele me olhou negando. – Jura?

– Sim... Mas na escola, você não terá problemas?

– Disseram que eu podia levar quem eu quiser... – disse. – Eu quero mais que ninguém levar você...

– E seus pais?

– Podemos resolver uma coisa de cada vez... – disse sorrindo e ele assentiu.

– Ket... Me desculpe por...

– Tudo bem... Se fosse Josh... – ele me beijou e depois de alguns minutos nos afastamos.

–... Eu lembrei que não resisto por muito tempo... – disse ele e eu sorri. – Mas eu tenho que admitir que fui imprudente em não achar que isso pode ser arriscado... Para você...

– P- Para mim? – perguntei agora confusa e lembrei do que ele falara no nosso último encontro. – Eu não ligo para as pessoas...

– Não é isso... – disse ele. – Só tenho medo de amar demais você...

– Por que diz isso?

–... Eu demorei demais para encontrar alguém como você e não quero te perder... Não a culpo por querer ficar longe...

– Não vai me perder... Sabe por quê? – disse o encarando.

– Não...

–... Ninguém se livra de mim tão fácil... – selei nossos lábios e ele sorriu envolvendo-me em sues braços.

P.O.V. Castiel

“Sai do quarto em que a Mel estava e bati a porta com força, bufei irritado, eu era patético, ela não sentia mais nada por mim e eu estava tentando não acreditar...”

– M- Mas não faz sentido... Nós nos amamos, eu sou completamente apaixonado por ela, nunca deixei isso mais claro... – olhei ao redor e tirei do bolso uma caixinha que dentro continha uma aliança, abri-a. –... Completamente apaixonado... – fitei a caixa, fechando-a, meus planos de pedi-la em casamento também haviam sido destruídos.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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