Capitulo 78 - Acidente

"Do fundo do coração, lhe quero comigo eternamente. Te amo, para sempre, para sempre... Desculpe-me por, alguns momentos, duvidar dos seus sentimentos..."

P.o.v. Melissa

"Havia passado uma semana desde que eu fora na casa de Castiel, ele não fora na escola desde então e eu estava com saudades dele."

"Mesmo que fosse só pela sua presença, para mim fazia falta, tudo bem que a escola passaria por reformas para o Baile de Formatura."

"Mas ainda sim tínhamos a obrigação de ajudar, e eu iria graças a Rosalya, mas eu não tinha certeza com quem iria ir."

– Mel? - perguntou Miih balançando suas mãos perto do meu rosto para chamar minha atenção. - Terra chamando...

– Ãhn... - sorri. - Estava pensando...

–... No Castiel? - ela disse séria. - Você sabe que fez muito mal indo até à casa dele e mentindo...

– Eu não tinha certeza... - suspirei.

– Okay... Mas quando você perguntou para Josh ele negou tudo assim e você acreditou? Assim tão fácil...

– Eu não queria que fosse de Castiel, mas se é assim não posso mudar... E dessa vez ele realmente parecia surpreso.

– Como pode dizer isso? Você ama Castiel...

– É... E olha o que eu ganhei por causa disso! - falei ríspida e ela suspirou.

"Miih sabia agora e ela não concordava com o que eu havia feito. Sim eu havia ido até Josh e ele disse que só me beijou."

"Não tinha passado disso, ele disse que nunca poderia fazer isso comigo da maneira como eu estava e jurei que era verdade, então no fim..."

"Essa criança era de Castiel... Eu sei que estava sendo injusta dizendo que preferia que não fosse dele, mas ele não fora justo comigo."

"Certo, era tudo apenas por vingança? Não duvidaria muito."

–... Olha não estou querendo dizer que o que ele fez está certo... Mas você vai esconder uma coisa muito séria dele... - disse ela.

– Eu sei... Sabe como ele está?

– Não, Ketlyn não tem falado comigo... E Castiel não atende nenhuma das minhas ligações... - disse ela. - E você?

– Eu não tentei falar com ele depois daquilo...

– Deveria...

– Não... Não dessa vez! - disse e resmunguei.

–... É o baile que está te incomodando, não é?

–... Falta menos que duas semanas... Estou meio insegura! - suspirei. - A notícia já se espalhou... Não sei se algum garoto...

– Posso te emprestar o Nath...

– Não, vocês vão juntos... São perfeitos... Além do mais vocês deram sorte de minha mãe não ter ido para meu apartamento semana passada...

–... - ela corou.

– Não me disse nada... Fui informada pela Rosa...

– Eu fui pega de surpresa... - disse ela sorrindo fraco e eu assenti.

– Não é segredo para ninguém que você não era... - ela tampou minha boca.

– Qual é, o Nathan está ali no sofá fica quieta... - sussurrou ela.

"Estávamos no meu apê com alguns amigos assistindo um filme, eu e Miih tínhamos combinado de fazer a pipoca."

"Por isso estávamos na minha mini cozinha, algumas garotas também estavam como a Rosa e a Kim."

– Há, como se ele não soubesse... - Rosa disse e nós rimos.

–... Mesmo assim... - disse Miih. -... Foi especial!

– Claro que isso foi com minha ajuda... - disse Rosa sorrindo. - Mas ele consegue ser romântico sozinho... Ele é um pedaço de mau caminho de qualquer modo...

– Rosa! - disse Miih rindo, mas toda vermelha.

– Vocês são terríveis... - disse e elas me olharam.

– Tá, falou a garota grávida! - revirou os olhos Rosa rindo, se isso viesse de Ambre eu ficaria com raiva.

"Mas se tratava de Rosa, e ela sabia a hora certa de fazer piadas..."

– Ei Kim e aquele tal de Adam... - perguntou Rosa e nós a olhamos. - Vocês tinham ficado de se conhecer...

– Ele é demais... Falando nisso eu fiquei de me encontrar com ele, se importam?

– E ai já rolou alguns amassos? - perguntou Miih e Kim sorriu.

– Não... Vocês são terríveis... Com licença... - ela disse saindo e nós nos olhamos.

–... Qual é, mesmo que ela não vai contar nada? - perguntou Rosa.

– Vai ver ela não mentiu...

– Tá na cara que ela tá a fim dele e isso porque eu nem ao menos o conheço...

– Vamos esperar e ver o que acontecesse... - disse Miih e nós então assentimos.

"A panela começou a transbordar de pipoca e isso fez nós rirmos, os garotos vieram nos ajudar e então decidimos assistir o filme."

“A campainha tocou e eu fui abrir, eu não acreditei no que via...”

P.o.v. Kim

"Sai do apartamento da Mel e encontrei Adam não muito longe dali, fingi de desentendida."

–... Adam o que faz aqui? - perguntei e ele sorriu.

– Nós íamos sair, não?

– Sim... Claro que sim... - que idiota.

– Algum problema?

– Eu tenho que começar a comprar um vestido para o baile escolar... - disse.

– Ah, que pena! - disse ele e eu o cumprimentei. - Podemos ir agora e eu te ajudo...

– Desculpe, eu não queria que atrapalhasse nosso encontro... - disse e ele sorriu.

– Encontro... Isso não vai nos atrapalhar... - sorriu. -... Tranquilo! - disse ele e eu suspirei, ele era lindo, mais velho e... - Tudo bem?

– Ãhn... Sim, melhor impossível. - resmunguei por usar essas palavras.

– Você é a melhor! - ele disse e parei de caminhar, depois o alcancei.

– C- Como? - perguntei.

– Nada... - sorriu ele.

– E ai vai fazer o que hoje? - perguntei e ele me olhou.

– O que nós vamos fazer você quis dizer... - ele sorriu e eu o encarei.

– Adam não precisa vir comigo...

–... Vou te ajudar com o vestido, assim terminamos mais rápido e eu posso ficar com você! - disse ele e eu sorri.

– Certo, acho que tem uma loja bem ali...

– Certo, tudo bem pra você se formoso na minha casa em seguida? - perguntou ele e eu então me surpreendi.

–...

– Desculpe, não quis...

–... Claro! - disse e ele sorriu.

– Você é mesmo demais! - ele disse tocando na minha mão.

–... O que está... - tentei dizer e ele sorriu.

–... Ahn... Toca aqui! - ele disse tornando seu aperto de mão em um punho fechado, fiz o mesmo.

– Você é um pouco tapado ou burro mesmo... - disse rindo.

– Por quê?

–... Aí Deus, ajude-me... - disse e nós rimos.

"Nos olhamos e não desviei daqueles lindos olhos, ele fez o mesmo. Comecei a me aproximar dele involuntariamente e percebi que ele fazia o mesmo. Quando nossas bocas pretendiam se encostar..."

– Kim... Não achei que ainda estivesse aqui! - disse Dajan e eu o encarei.

–... É nem eu. - disse séria me afastando de Adam.

– Quem é o cara?

–... - bufei. - Este é Adam, um amigo. - disse erguendo à mão e Adam bateu à mesma na minha.

–... Fala aí... - disse Adam erguendo à mão e obteve um famoso "vaco".

– Esse ser indesejável se chama Dajan... Acredite não perca seu tempo com ele... - disse.

– Você ainda vai comigo no baile... Me aguarde! - disse ele.

– Tem razão eu vou, mas não será com você... - disse sorrindo e Dajan se retirou irritado.

–... Qual é o lance? - perguntou.

–... É complicado demais para você entender... - disse dando ênfase em você. -... É besteira, vem!

– Ei! - ele me chamou e segurou minha mão.

– O que foi...? - perguntei surpresa.

– Com quem vai se não é com ele? - sorriu.

– Eu ainda não sei...

–... Se não achar ninguém, eu sempre estou disponível! - ele piscou para mim e apertou meu queixo, sorri assentindo.

– Obrigada... Eu adoraria ir com você...

"Ele sorriu e continuamos a caminhar, separados um do outro."

–... Ei vocês dois... Isso é tipo... "Coisa de adolescente?" - perguntou sorrindo e eu ri.

–... É, é tipo isso! - disse e ele ficou ao meu lado.

– Sei lá como vocês conseguem...?

– Como assim? - perguntei rindo.

– Esse lance de garota... Vocês são boas em superar... Tá meio na cara que tiveram um lance... - disse ele e eu o olhei.

– Não é tão simples como parece... E sim, nós tivemos um "lance". - disse sorrindo.

– Eu imagino... Mas você é diferente, você tem isso... - ele deu uma batida na cabeça com o dedo. - Ãhn você namora?

– Não... - disse. - Achei que havia dito isso já.

– E disse, eu só gosto de ouvir! - disse e ele me olhou.

– Não tira onda!

– Eu não tô "tirando onda". - disse ele. - Eu só gosto de saber que posso tê-la para mim... - o olhei. -... Como amigos...

– Amigos... Isso...

–... Quem eu tô tentando enganar... - ele suspirou.

– O que disse? - disse surpresa.

–... Olha eu posso te dar um conselho? - perguntou ele e eu assenti.

– Sim... Desembucha... - disse e ele me parou, segurando meu braço.

– Se quer esquecê-lo, vê-lo livre do seu caminho... Procure alguém da sua altura... - disse ele. - Sério ele é muito alto... - riu e eu sorri.

– Obrigada... Por se preocupar... - disse e eu ri.

– Eu não me incômodo... Sabe o que eu aconselharia para você fazer? – perguntou ele e eu neguei. – Só deixaria a coisa toda “rolar”...

“Ele se aproximou um pouco mais, seus olhos me encararam de uma maneira que me fez ficar enfeitiçada.”

–... Eu adoro o jeito como você se expressa... – sorri.

–... Gosto de deixar meus pensamentos fluírem... – disse ele piscando e eu arqueei uma sobrancelha.

– E o que seus pensamentos desejam agora? – perguntei sorrindo.

– Você! – disse ele e eu recuei.

– Espera... Eu?– perguntei e ele me olhou.

–... Quanto mais conheço você, mais eu quero ter você... – ele suspirou. – Eu sei que você me vê como amigo... Mas eu não queria mentir pra você...

– Gosta de mim...? – perguntei surpresa.

– Sim... Eu vou entender se não quiser mais me ver, mas quando Viktor me falou de você... Foi puro interesse, mas quando te conheci melhor vi que você era diferente... Eu me apaixonei...

–... Isso foi uma... Declaração? – perguntei e ele sorriu.

– Pode apostar... – ele me soltou.

–... Eu não achei que... Mas fico feliz que sinta o mesmo que eu... – sorri o olhando.

– Então você também gosta de mim? – ele perguntou e eu assenti. – Eu poderia pular agora de alegria... – ri.

– Vem... – o puxei para a loja, adentramos e ele me parou, me encostando na parede.

– Só isso? Eu gosto de você e você gosta de mim... Acabou...? – perguntou ele e eu ri, puxei pela sua nuca e fiz ele se aproximar do meu rosto, o beijei e o afastei depois, ele sorriu massageando os lábios.

– Posso procurar meu vestido agora? – perguntei.

– O que você quiser... – sorriu ele maliciosamente e eu ri.

“Bem agora teria um longo trabalho pela frente, escolher o vestido do Baile de Formatura seria uma missão ultra-mega-difícil.”

P.O.V. Ketlyn

“Castiel ultimamente estava muito mal, ele havia recusado a ideia de ir para o centro de reabilitação, e não podíamos obriga-lo, mas meu pai queria trazer alguém aqui já que ele não iria sair de lá.”

“Ele tem mudado muito, mal sai do quarto e antes ouvia pelo menos os solos de sua guitarra quando estava nervoso, agora nem isso, se você se aproximava de sua porta não ouvia sinal de vida.”

“Não podia ter certeza se ele poderia melhorar, ele mudara muito e posso jurar que quase não dorme pelo seu estado, raramente sai só quando precisa de algo como bebida ou cigarro, algo que não encontrara mais em casa.”

“Nem ao menos ia a escola, e eu sabia exatamente porque, mesmo que ele já tivesse passado, por sorte talvez, mas ele deveria comparecer a formatura ou ao baile de formatura, era importante para nossos pais...”

“Então vi ele saindo em direção á porta, o chamei e ele não me deu ouvidos, fui até onde ele estava.”

– Onde pensa que vai? – perguntei.

– Sair! – disse ele e eu bufei.

– Não vai comprar nada... ?

– Não, vou na casa da Mel- Melissa.. – disse ele com ódio ao falar seu nome.

– Vai contar que foi mentira o que Jessy te contou? Que você se lembrou que não havia acontecido nada entre vocês... E que Jessy havia confirmado no fim das contas... – disse sorrindo.

– Não... Não importa mais... O que tínhamos já acabou... – disse ele e eu o fitei.

– Então?

– Miih me convidou para um cineminha na casa que também é dela... Ela me infernizou a semana toda, e ela não tem culpa... – disse ele.

– Espera... Está indo pela Miih, não pela Mel?

– Qual é o problema? – perguntou sério.

– Vai causar uma tremenda confusão... – disse e ele sorriu. – É isso que você quer... Não acredito...

– Me deixe... – ele bufou.

– E você vai assim? – perguntei.

– Qual é o problema?

–... Nada faça o que quiser... – disse e ele resmungou.

– Muito obrigada... – ele me empurrou e saiu pela porta, olhei pela janela, quem ele queria enganar, não iria esquecê-la e indo até lá só o faria se sentir pior.

–... Mel... Você não podia ter feito isso com meu irmão... – suspirei.

P.O.V. Melissa

“Não pode ser era ele...”

– O que faz aqui, Castiel? – perguntei segurando a porta e o analisando.

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– A Miih me convidou... Esqueci que você mora aqui também... – ele resmungou com o cigarro na boca. – Agora chama ela...

“Fechei á porta com força e á olhei, ela se levantou e sorriu.”

– Eu achei que não se importaria... – disse ela.

–... Claro... É lógico que me importo... Você fez de propósito...

– Juro que não, vai abre... Você não queria saber como ele estava, bem ele está ali...

“Resmunguei e fui até a porta, a abri novamente, ele me analisou e bufou.”

– Você é surda ou o que? Saia da minha frente antes que por coincidência eu te machuque... – disse ele atravessando a porta e eu fechei-a.

“Ele sentou no sofá, exatamente onde eu estava, deixando eu sem lugar.”

– Ora seu... – tentei dizer, mas Nath se levantou e pediu para que eu me sentasse, infelizmente era ao lado do idiota do Castiel.

– Você chegou atrasado... – disse Miih e eu á olhei furiosa.

– Desculpe, tive que passar no mercado, acabaram meus preciosos... – ele balançou o cigarro e o apagou.

– Por que convidaram esse idiota...? – resmunguei e ele bufou.

– Eu já estou acostumado...

– Porque veio assim...? – perguntei e ele deu de ombros.

– Ninguém me disse que eu tinha que por uma bola na barriga... – ele sorriu e eu o encarei.

– O que quer dizer? – perguntei irritada.

– Que você está ridícula... – disse ele.

– Seu...

– Ei Mel, por favor, não se estresse... – disse Rosalya.

– Mal da pra notar Castiel, não seja maldoso... – disse Violette e ele deu de ombros.

– Então deve ser gordura mesmo... Ou gases... – respondeu ele e eu me levantei cansada.

– Já chega, ou você sai ou eu saio. – disse e ele se levantou.

–... Quer que eu abra á porta? – perguntou ele rindo e eu olhei para Miih.

– Era por isso que ele não devia estar aqui... Não tente me ajudar... – disse saindo pela porta e cruzando o corredor.

“Bufei, nervosa.”

–... Ei, espere! - disse alguém e eu olhei para trás e era Castiel que estava ao meu lado.

– Você pediu para eu ficar longe, e uma semana depois esta aqui na minha casa... Castiel você nunca foi sínico, não comece agora... - disse séria.

–... Eu sei que vir aqui foi um erro... - disse ele irritado, mas logo abaixou a voz. - Só queria saber se estava bem...

– Estava até você chegar... - disse e ele começou a andar, o acompanhei.

– Olha não foi minha melhor semana também... O que? Acha que é fácil para mim ver você grávida de outro... E pior que isso não posso te culpar... - disse ele com os punhos fechados.

"Ele socou a parede e eu fechei os olhos, depois os abri lentamente e ele me encarava."

– Não sabe como quero te odiar... - disse ele ríspido.

– E o que te impede? - perguntei séria, cruzando os braços.

–... É patético, mas eu não posso odiar quem eu amo... - suspirou ele. - Me odeio por não poder te odiar...

– Você é um mentiroso... Se me amasse não teria ficado com Jessy! - disse o empurrando e ele recuou tentando se controlar.

"Meu toque em sua pele me fez arrepiar, me fez lembrar de tudo que havíamos passados, o olhei."

– O que? Vai negar? Foi exatamente o que aconteceu... - disse e senti meus olhos umedecerem.

"Ele me encarou sério, sua expressão não tinha emoção, parecia querer dizer algo, mas fosse o que fosse não era importante."

– Não sei o que vi em você... Tenho pena de mim e de você porque nossas vidas foram estragadas graças ao outro... - disse e senti uma lágrima escorrer lentamente do meu rosto.

"Ele me encarou e se aproximou, limpando meu rosto com o canto da sua mão."

– Eu sei que sou um cretino... E que eu nunca mereceria você, mas eu não quero ver você sofrer por mim...

– Quer dar um de santo agora? - perguntei sorrindo fraco, o afastei e tentei sair dali, mas ele impediu como sempre fazia.

"Mas dessa vez ele me fez sentar sobre algumas escadas de madeira que levava para um novo andar."

"Continuando em pé me olhou pelas grandes e as segurou, não pude deixar de olha-lo, nossas cabeças passavam pela grade."

"Mas ele não fez a passagem inteira, deixou uma pequena distância entre nossos rostos."

– Olha eu não sou nenhum santo... Sei que te julguei e tudo... Sinto... Sinto muito... - ele disse desviando sua atenção de mim.

"Segurei minha mão no corrimão e ele á percorreu com os olhos, colocou sua mão por cima, eu o olhei séria."

– Não vou voltar para os seus braços! - disse e ele assentiu.

– Não aconteceu nada entre eu e Jessy... - disse ele e eu ri.

– Mesmo? E eu não estou grávida... Perai eu estou... - disse alterada. - Idiota...

"Levantei e fui descer as escadas, mas escorreguei e tive certeza que ia cair, mas Castiel me segurou, antes que eu caísse."

– Cuidado! - disse ele próximo ao rosto dela. - Não quero que nada aconteça a você ou ao bebê...

–... Se importa? – perguntei surpresa.

– É claro... Sou seu amigo, se esse filho é seu, eu não poderia deixar de me importar... - sorriu ele fraco e me olhou profundamente.

"Ele deu uma pequena aproximada e senti que ia fazer algo, mas então suspirou e deu uns passos para trás, me deixando só."

– Espere! - disse e ele me olhou com os cantos dos olhos.

"Corri para seus braços e envolvi minhas mãos em seu pescoço, o abraçando."

–... Obrigada... – disse quase querendo contar pra ele, se fosse verdade o que dizia então... Eu deveria contar, mas não disse nada.

– Não por isso... - ele me afastou e sorriu fraco. - Cuide-se e cuide ainda mais dessa criança...

"Sorri e ele se afastou de mim."

– Agora faça o favor de não se vangloriar tanto... - ele disse e desceu algumas escadas após a minha.

– Como é...? – perguntei séria e um pouco irritada.

– Diga á eles que eu não pude ficar... – disse ele e sumiu entre as escadas.

"Olhei ele descer e então fiz o mesmo, tentando ir atrás dele."

"Vi ele saindo do apartamento e o segui, tentando o parar, ele me olhou pelo canto dos olhos e sorriu."

– Boa sorte, mamãe! - sorriu ele sarcasticamente e tive vontade de contar tudo.

"De que se eu fosse à "mamãe" ele seria o "papai", só ele... Então talvez ele repensasse suas palavras.” - pensei alterada.

– Eu gostaria de te agradecer... – disse e ele sorriu de lado, debochando.

–... Pelo o que? – ele respondeu sorrindo amargamente.

–... Eu quero acreditar que... – tentei encara-lo, mas não sei, não conseguia.

–... Por não ter dormido com ela? – perguntou ele e eu estremeci. - Porque eu tinha certeza que podia fazer isso, só não fiz, pois... Perdi a consciência... – disse ele e eu o olhei surpresa.

– Por que está dizendo isso para mim? Já disse que acredito em você, então por que não pode me deixar em paz... Pare... – disse sentindo mais uma lágrima escorrer.

– Para que não pense que não pensei na hipótese... Todo o tempo, tudo... Eu e você... Não pense que tudo voltou a girar em torno de você... – ele disse apontando o dedo para mim, seu rosto mostrava sua raiva, era evidente.

–... Eu não te entendo... – disse perplexa. – O que está tentando provar? – me aproximei um pouco dele.

– Não preciso provar nada... – ele disse se afastando.

–... O que?! – observei sua reação. - Com certeza você precisa... O que é? Está precisando provar alguma coisa para mim... Ou é para você?

– Você não sabe de nada...

– Sei que você não está bem... – disse irritada por ele mentir para mim, por tentar ser mais forte que eu.

–... Como eu disse... Você não sabe de nada! – disse ele ríspido indo até uma calçada, que ficava entre uma rua e outra, corri até ele, o olhei preocupada.

– Por que te dói tanto dizer a verdade? – perguntei e me surpreendi por minha pergunta.

– Você não sabe nada sobre mim... – disse ele se afastando, mas eu o segurei, impedindo de seguir seu caminho antes que o sinal fechasse.

– Não finja que não significou nada... – murmurei inquieta. – Que não valeu de nada... Porque eu te conheço tão bem com a palma da minha mão... E não estou sendo convencida, mas eu sei que você ainda me ama...

– Não diga besteiras...

–... Porque eu também te amo... – disse respirando fundo e o olhando. – Pode me dizer que não vai mais me amar, mas não pode me dizer que nunca me amou... Que não me ama...

–... – ele me olhou surpreso e se aproximou de mim. –... Você quase me fez chorar... – disse e deu um sorriso gostoso no rosto, ele se divertia com aquilo, realmente se divertia.

“Ele se virou e eu suspirei.”

–... Tenho que te contar uma coisa... – disse e ele continuou parado ali, no meio da rua. – Eu menti sobre uma coisa...

– Não me importa... – disse ele.

– Me escuta... – disse o virando, e fazendo ele me encarar, seus olhos latejavam de ódio, estavam tão vermelhos que eu me afastei num único passo, pude perceber eu sair da calçada e cruzar a rua.

“Quando olhei para o lado direito percebi que um carro estava a menos de 8 metros da minha direção, meus pés não se moveram e meus olhos ficaram fixos no carro, eu então fechei os dois com força.”

– Cuidado...

“Ouvi Castiel murmurar e senti um leve empurrão para trás, abri meus olhos e percebi que estava na calçada próxima ao meu apartamento, olhei rápido para onde estava e vi que Castiel estava no chão.”

“Foi então que percebi que ele havia me jogado para trás rapidamente e com muita força, vi que o carro parara mais ainda assim havia o atingido, pessoas estavam em cima dele e uma mulher havia ligado para a ambulância.”

“Levantei-me e corri em sua direção, vi ele ali parado e inconsciente, e lembrei que era pra ter sido eu, comecei a chorar desesperadamente ao seu lado.”

“Vi em seu peito a antiga cicatriz do tiro que levara daquela vez que salvamos Lys e Maggie, a antiga bala perfurada próxima do seu peito... E agora era isso... Tudo por tentar me proteger, por tentar me salvar...” – senti uma nova lágrima se formar.

“Por que isso tinha que acontecer? Eu havia perdido Castiel...?” – fechei meus olhos e segurei sua mão.

– Por favor, Castiel... Não desista de mim... – disse entre os soluços. – Você não pode me deixar... Eu te amo e acredito que ele ou ela também... – olhei para minha barriga e sorri fraco, voltei á olha-lo e entristeci. - Por favor, Castiel... N- Não morra...