A Love Unraveled escrita por Penumbra
Notas iniciais do capítulo
Oie meus e minhas cupcakes, desculpe o atraso, estarei postando de 15 em 15 dias, e tentarei não atrasar mais para se pudermos entrarmos numa 3 temporada de A Love Unraveled ^^
Capitulo 55 – Aproximação
Noite Anterior...
“Vinicius e eu fomos a um restaurante, ficava bem longe, fora de City Love, e isso me agradou... Um pouco.”
“Parecia que desde que havia voltado para cá, todos ou melhor tudo tinha que se opor contra mim, e isso era muito irritante... E pra piorar agora ainda tinha um problema maior... Josh.”
“Vinicius havia explicado que já havia viajado uma vez pra cá, mas não havia ficado nessa cidade... Finalmente chegamos ao lugar, o restaurante estava vazio, e quando digo vazio era vazio mesmo.”
“Ele havia dito algo como...”
– Ninguém vem aqui há essa hora...
“Seu jeito sombrio ao falar me deu calafrios, para ser sincera o seu jeito comum de falar já me assustava, ele era tão misterioso e isso me deixava fascinada e muito curiosa...”
“... Enfim o lugar era lindo, na verdade não era só o lugar que era lindo...”
–... Faz um tempo que você não fala nada, está tudo bem? – ele falou, destruindo meus pensamentos e a minha narração, deixando o silêncio para trás.
– Er... Como? – perguntei.
“Eu havia entendido, mas como ele podia falar alguma coisa de mim já que ele mesmo não havia dito nem ao menos uma palavra desde nossa chegada.”
– Você nem encostou na comida. – ele disse nem ao menos me encarando, mexia no seu celular. – Achei que estivesse com fome. – ele agora me olhava com o canto dos olhos, sua sobrancelha arqueada me fez rir.
– Bem... Eu estou. – disse, encarei a comida, a minha fome havia sumido junto com o meu amor por Josh, mas eu peguei o hambúrguer e mordi um pedaço.
– Que bom que preferiu comer. – ele deu um sorriso fraco e voltou a mexer no celular, ele pareceu se importar comigo.
“Percebi até então que ele me observava comer, e não pedira nada até o momento.”
– Ãhn... E você não vai comer? – perguntei bebericando um pouco de coca diet.
– Não, eu estou satisfeito. – ele dizia enquanto analisava o local com o canto de seus olhos.
“Ele eram verdes, e era simplesmente encantador... O olhar.”
–... Como queira não sabe o que está perdendo. – disse e um sorriso saiu dos seus lábios... Não que eu estivesse olhando para eles...
– Hei! – ele chamou e uma garçonete apareceu. – Me traga o mesmo que a garota.
“Garota?!” – pensei irritada.
“A garçonete sorriu, não sei o que ela ainda esperava, mas percebi que Vinicius nem se dera conta de que ela ainda estava ali.”
– Hã... Vini-... – tentei dizer, mas ele me cortou.
– Eu acho que é só isso. – ele olhou para a garçonete que depois de longos minutos saiu. – O que dizia?
– Nada. – disse séria. -... Espera, foi impressão minha ou ela – disse me referindo á garçonete. – esperava algo a mais. – pus ênfase em “a mais”.
– Jura? Eu nem percebi. – ele disse ainda me observando comer.
– E no entanto não foi nada difícil de perceber que ela queria algo de você. – disse.
– Como? – ele perguntou sorrindo.
– Só estou dizendo que ou você é cego ou é ingênuo demais. – disse e ele revirou os olhos.
– Talvez ela só esperasse por uma resposta. – ele ainda me cercava com aqueles olhos, e isso começou a me incomodar.
– O- Óbvio que era uma r- resposta... – disse tentando não encarar aqueles olhos.
– Ãhn... Me desculpe! – ele me fitou e seus olhos como se fossem piscas-piscas, piscou diversas vezes, ele olhou para seu celular.
“Quando ele disse aquilo foi como se ele soubesse que eu estava me sentindo incomodada com aqueles olhares.”
–... É que eu não pude deixar de notar seus brilhantes olhos verdes, são como esmeraldas. – ele disse meio sem graça, mas sua expressão estava séria.
– O- Obrigada! – disse e o silêncio rondou ali.
– Aqui está o seu pedido. – disse a garçonete chegando e quebrando o silêncio, e pela primeira vez não fiquei incomodada por ela ter aparecido.
– Ah obrigada. – ele disse e a garçonete voltou a encara-lo, é eu elogiar... – Eu já lhe agradeci. – ele disse também incomodado.
“Ela se curvou e saiu, nos deixando em paz.”
– Já chega! – disse o encarando e ele fez o mesmo, logo quando ia abocanhar seu sanduiche.
– Ãhn... Você quer um pedaço ou quer que eu peça outro? – ele me dirigiu um olhar de “me deixe comer em paz”.
– Qual é a dessa garçonete, ela não para de te olhar, e não é só ela... Qualquer um que passa te olha e fica paralisado. – bufei. – Você nem é tudo isso.
“Ops! Saiu um pouco mais do que devia.”
–... – ele arqueou uma sobrancelha. – Hum... – ele logo sorriu, enquanto dava sua primeira mordida no hambúrguer.
– Ei, não me olhe com essa cara. – disse. – Só estou dizendo que... – o olhei e não consegui terminar.
– Que...? – ele se aproximou um pouco de mim, seu rosto não havia expressão alguma, qual era a desse cara? E o que ele estava fazendo comigo.
–... Quem é você? – deixei de lado o que ia falar.
–... – ele sorriu debochadamente. – Vinicius... Vinicius Prates. – ele disse e o encarei confusa.
– Tá, e...? – bufei.
– Isso não te diz... Ãhn, nada? – agora ele me olhava confuso.
– Deveria? – o encarei.
– Me diz você, faz tanta questão de saber quem eu sou? – ele indagou e eu quase engasguei.
– Você está me deixando mais confusa ainda, quer saber esquece o que eu te perguntei.
–... Como queira. – ele disse do mesmo modo que eu, isso me fez sorrir.
“Me passou pela cabeça que ele deveria ter uns 4 ou v5 anos a mais que eu, não sei porquê...”
– Está tudo bem, Ket? – ele me olhou e eu o olhei surpresa.
– Espera do que me chamou? – eu o olhei.
– Eu? Eu não disse nada. – ele sorriu.
–... Já podemos ir! – disse encarando o chão e lembrando da realidade que me esperava ao sair por aquela porta.
– Certo! Eu só vou pagar a conta. – ele disse e me olhou.
– O que foi?
– Será que pode esperar lá fora, só vai levar 2 minutos. – ele disse e eu estranhei, mas enfim sai daquele lugar.
...
“Ele finalmente apareceu e depois subimos em sua moto, até que infelizmente chegamos na minha casa, entrei e ele ficou sobe o lado de fora dela.”
– Obrigada mesmo por... Você sabe... Tudo isso. Foi bom esquecer dos meus problemas, e de um em especial principalmente.. – disse.
– Sem problemas, você também me fez um favor, eu tinha que me distrair um pouco também, obrigada... Sem falar que você é uma ótima companhia. – ele disse passando a mão na minha cabeça.
–... Você não quer entrar... Sei lá, para tomar uma água, um suco ou um refrigerante?
–... Eu... – ele olhou para trás.
– Me desculpe, pelo visto você já tem seus planos, me desculpa mesmo. Boa noite. – disse sem graça, porque eu estava agindo daquele jeito?
– Não é isso, é que... Eu nem sei por onde começar. – ele deu um sorriso fraco. – Eu só acho que chegou a hora de enfrentar os meus problemas de frente, por mais que eu tente não posso evita-los, entende?
–... Sim, entendo. – disse um pouco irritada por ele conseguir encarar seus problemas, uma coisa que eu não conseguia. – Bem... Boa noite, e claro Boa sorte. – sorri fraco fechando a porta.
– Ãhn... Igualmente.
“Fiquei em dúvida se ele falará igualmente, por eu ter lhe desejado Boa noite ou Boa sorte... Ou para ambos.”
“Fui até o sofá e me joguei sobre ele.”
– Voltamos à estaca zero. – pensei.
“Sentia-me como se faltasse alguma coisa, mas essa coisa não era bem uma coisa, e muito menos era Josh, porque dele eu queria distância, mas mesmo assim me sentia incompleta, como se me faltasse um motivo para estar aqui...”
– Ding Dong. – a campainha tocou.
“Levantei-me desanimada, me perguntava quem poderia ser...”
– É... O-Oi de novo, será que o convite ainda está de pé? – ele perguntou e eu abri a porta para que ele entrasse.
– Ãhn... Claro que está. – disse e ele me olhou sério. – Mas agora falando sério o que te fez mudar de ideia? – perguntei e apontei para o sofá, para o mesmo se sentar.
–... É que certas garotas gostam de me encher. – ele disse se sentando, parecia furioso, mesmo assim ergui minha sobrancelha. – Eu não quis me referir a você.
– Tudo bem. – disse sorrindo. – Eu vou trazer alguma coisa para bebermos.
–... Eu te ajudo. – disse ele se levantando.
– Eu me viro. – disse.
– Faço questão. – ele disse e revirei os olhos, o que o fez rir, seguimos para a cozinha.
...
– Então o que essa garota te fez? – perguntei enquanto colocava Coca-Cola em dois copos sobre o balcão. -... Desculpe não é da minha conta.
– Não tudo bem... Ela é só uma amiga... Pelo menos eu achei que era. – ele disse meio confuso.
– Parece que ela já foi outra coisa para você. – disse automaticamente. -... Desculpa, mas é o que parece.
– Tudo bem, as coisas já estavam meio óbvias, ela é que nunca se deu conta de quanto eu queria ela de volta. – sorriu ele fraco.
– Okay... – disse incomodada com aquela história, de algum modo ela me atingiu. - Mas enfim, o que ela te fez?
– Bem ela... Ela mentiu pra mim, sobre uma coisa muito importante. – ele disse relutante enquanto sentava-se na cadeira, do outro lado do balcão.
–... Deve ser muito importante o que ela escondeu então... – disse olhando para ele. – Quer dizer, deve ter se decepcionado muito.
– Sim... Mas isso não importa... E esse Josh o que ele vai fazer vai ser tão grave assim?
“Havia contado uma parte da história, mas não o quê Josh pretendia fazer, eu não queria envolver ninguém nisso. Quando ele disse seu nome, senti tamanho ódio que o copo que estava em minha mão quebrou.”
– Ai. – disse no mesmo momento, colocando o outro copo no balcão.
– Você está bem? – ele perguntou já ao meu lado.
– Estou ótima, melhor só se jogar sal. – disse o encarando.
– Perguntas absurdas, tolerância zero. – ele disse e me segurei para não rir. – Assim é muito melhor... – ele disse e acho que ele falava do meu modo de encarar as coisas. – Onde tem um Kit de Primeiros Socorros?
– Acho que tem um, aqui embaixo. – disse apontando para debaixo do balcão, ele então o pegou e colocou sobre o mesmo.
– Obrigada! – disse e abri o Kit.
– Eu posso resolver. – disse ele e eu fiz uma careta, o que não o convenceu a deixar eu mesma resolver o pequeno incidente. – Esse corte foi feio.
– Já viu por acaso um corte bonito? – o olhei séria e ele me olhou com os cantos dos olhos, sorrindo... Como costumava fazer.
“Ele pegou uma pinça e pegou com delicadeza minha mão.”
– O que você vai fazer? – perguntei.
– Vou arrumar sua sobrancelha. O que acha que eu vou fazer? Claro que vou tirar os cacos que estão ai. – ele disse e eu me calei, que pergunta idiota, não?!
–... Ai. – disse.
– Seria bom se você parasse de se mexer. – ele resmungou e me olhou parando de fazer o que fazia. – Assim vai ser impossível. – ele disse sério, mas um sorriso debochado saia de seu rosto.
– Okay... Vai logo com isso. – disse e fiquei quieta.
“Percebi que ele não continuará com o curativo, ele havia parado, e segurava minha mão com delicadeza, ele deu uma olhada para mim e depois soltou-a rapidamente.”
– Desculpe! – ele disse estranho e enfaixou rapidamente minha mão.
–... Obrigada... Será que pode soltar minha mão agora? – perguntei e ele olhou para sua mão que encostava a minha.
–... Me desculpe... - ele disse e se afastou.
– Tudo bem... – foi bom enquanto durou.
– Acho que é melhor eu ir, estou te atrapalhando e já é tarde, você precisa dormir.
– Hunf! Não preciso não, e pode parar de me tratar como se eu fosse uma criança... Quer saber você já vai tarde.
– Okay, não está mais aqui quem falou, e quanto ao que você falou acho isso uma grande irônia. – ele disse caminhando até a sala e abrindo a porta, eu o segui.
– Espera, como assim? – disse, ele estava do lado de fora da casa, e eu estava dentro, ele sorriu.
– Esquece. – ele disse seguindo até sua moto, o segui, ele estava sobre sua moto dando partida.
– Ei, não me deixe falando sozinha. – disse desligando a moto, fazendo ela parar de acelerar, ele me encarou ainda na moto.
– O que acha que está fazendo? – ele me olhou e isso me deixou confusa.
–... Olha... Q- Quer parar de me olhar assim... – disse e ele arqueou uma sobrancelha, o que definitivamente não me ajudou muito. – O que você acha que está fazendo?
– Como? – ele perguntou.
– Eu não sei o que estava pensando, quando pensei em confiar em um... Estranho. – disse e dei meia volta, mas senti um braço me puxar.
“Fiquei de frente sobre ele, seu rosto estava a poucas distâncias do meu.”
–... Me solta. – disse não o encarando.
– Espera, eu só disse aquilo por que...
– Por que...? – o olhei.
–... Você disse há um tempo atrás que precisava da minha ajuda, e agora você simplesmente me dispensa... Nem se importa. – ele disse olhando bem nos meus olhos.
–... Eu não te obriguei. – disse séria.
– Por que está tão irritada, eu já estou de saída. – ele disse sério.
– O que está esperando então? – perguntei e ele me soltou.
– Mil desculpas por tentar te ajudar. – ele disse e saiu em velocidade.
– E quem disse que eu preciso da sua ajuda? – gritei e não obtive resposta, uma lágrima escorreu sobre meu rosto e eu a limpei.
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