Eu e Annabeth estávamos no meu apartamento no Upper East, sozinhos. Minha mãe e Paul haviam viajado. Ou seja, era uma ótima oportunidade para namorar. No momento, Annabeth encontrava-se em minha cama.
Você deve estar pensando: Ahá, eles estavam fazendo coisas feias na ausência dos pais! Mas isso não aconteceu... Só nos beijávamos. E que beijos! Meu corpo parecia aceso, eu estava pegando fogo. Mas tinha de me controlar, não podia passar dos limites com Annabeth, o meu medo de perdê-la era grande demais.
Hoje ela estava dificultando o meu trabalho, beijava-me com luxúria e voracidade, parecia querer algo mais... Ou seria eu? Eu queria algo mais, com certeza, mas jamais forçaria para que acontecesse.
Depois de explorar meu abdômen com suas mãos macias, enchendo-me de calafrios, Annabeth suspirou e e fuzilou-me com os olhos.
– O que foi? - Cometi o erro de perguntar.
– Nada. - Sua resposta foi seca, o que me preocupou "O que eu tinha feito de errado dessa vez?" pensei.
Continuei encarando minha namorada até que ela revirou os olhos irritada.
– Percy, você me ama? - Ela indagou.
– Mas que pergunta é essa, Annabeth? É claro que eu te amo! - Respondi exasperado.
– Então o problema é outro... Não se sente atraído por mim?
– O quê? Eu me sinto muito atraído por você!
– Então explique-me, Cabeça de Alga: Por que está tão hesitante? - Ela olhou em meus olhos, exigindo uma explicação.
– Hesitante?
– Não se faça de tonto! Estamos aqui, sozinhos, no seu quarto, agarrados... E você nem tentou encostar nos meus peitos!
– Espera um minuto... - Demorei algum tempo para entender aonde ela queria chegar, se é que entendi. - Isso tudo é porque eu não tentei tocar nos seus peitos?
Ela cruzou os braços, não daria a resposta. Minha namorada tinha essa mania de querer que eu adivinhasse o que ela pensava.
Essa conversa sobre peitos me fez desviar os olhos para eles, o decote de Annabeth não era vulgar, mas deixava à mostra a curva de seus seios brancos e rosados, volumosos mas não exagerados, antes escondidos por um casaco que ela mesma tirara. O desejo inundou meus olhos.
– Eles não são bons o suficiente para você? Eu não sou boa para você? - Minha namorada continuou.
– Annabeth, não seja boba! É claro que você é! Seus peitos, eles são... São...
– Ah, espera, já sei. É porque você nunca tocou em peitos antes? - Seu tom mudou. Parecia um pouco envergonhada.
– É claro que já toquei em peitos. - Respondi sem pensar. Era verdade. Eu e Rachel nunca dormíramos juntos, mas nós tivemos os nossos momentos.
– Ah, é? - Ela estava bufando de raiva, meu comentário a enfurecera e a enchera de ciúmes.
– Eu ainda não entendi. Você quer que eu encoste nos seus peitos?
– Mas é claro que não, Cabeça de Alga! Quem você pensa que eu sou? Começamos a namorar há dois meses!
– É, agora eu me perdi totalmente.
– Eu quero que você tente, Percy. É muito diferente.
– Ah, então tudo bem. Eu posso fazer isso...
– Agora eu não quero mais! Você já estragou tudo falando o quanto é experiente na arte de encostar em peitos! Parece que só os meus não são interessantes para você!
Levantei-me depressa, já estressado. Eu sabia que não deveria ficar, pois Annabeth estava na TPM, isso era quase certo. No entanto, não consegui me controlar.
– Mas que droga, Annabeth! - Gritei. - Acha que não tenho vontade de tocar nos seus peitos? Acha que eu não tenho vontade de fazer muito mais que isso? Eu tenho motivos para estar hesitante! Não quero passar dos limites e te perder! Não toco nos seus peitos porque eles são importantes demais! Não posso estragar tudo! Você entendeu? SEUS PEITOS SÃO IMPORTANTES PARA MIM.
Com esse último grito, percebi que minha namorada me olhava com olhos arregalados, surpresa. Deixei minha respiração voltar ao normal e sussurrei:
– Você é importante para mim.
– Acho que isso é fofo. - Ela respondeu depois de refletir. - Estranho, mas fofo. Sinto muito, Cabeça de Alga. Acho que pirei.
– Um pouco. - Falei, ainda emburrado.
– Venha, vamos assistir a um filme. - Annabeth estendeu a mão.
– Tudo bem - Cedi.

O resto do dia passou bem, a discussão sobre seios, praticamente esquecida. Enquanto assistíamos ao filme, eu e Annabeth voltamos a nos beijar. Inconscientemente, minha mão deslizou para seu seio esquerdo, recebendo um tapa por isso. No entanto, pude ver o sorrisinho tentando se esconder em seus lábios.
Minha namorada era muito confusa, mas eu a amava mesmo assim.