Capítulo 8 – Nostra Itália

No PDV Anterior Da Nessie...

 Sem esperar mais nada eu sai correndo pela floresta, mal podia esperar pra ver o Jake, contar para ele tudo que tinha acontecido, eu estava quase atravessando para o lado dos quileutes quando vi três vultos vindos em minha direção, eu não podia imaginar quem podia estar ali àquela hora, eram vampiros eu podia sentir, eles se aproximavam de mim cada vez mais rápido, logo pode ver seus rostos, e de repente uma lembrança invadiu minha mente, uma clareira enorme, cheia de vampiros, e ao longe os três rostos familiares, quando a lembrança se foi pude vê-los, agora mais próximos de mim e como se um raio tivesse me acertado eu perdi todos os meus sentidos, e então desmaiei.

Ponto De Vista De Renesmee.

Acordei em um lugar estranho, não sabia onde estava, era um quarto gigante, com as paredes num tom de roxo amedrontador, os móveis rústicos eram bem cuidados, lindos, tudo ali era lindo, mas não pude apreciar a beleza, afinal, onde eu estava? Por que ali com certeza não era o quarto de Jacob.

Como uma rajada de vento, todas as lembranças vieram à tona, a floresta, os três vampiros... Volturi era o nome que eu procurava. A campina da primeira vez que os vi, sentada nas costas de Jake, mamãe preocupada ao meu lado, eles haviam feito mal a minha família no passado, mas não tinham acabado ainda, eles queriam vingança, eu pude sentir, e então a pior de todas as lembranças, a dor da falta de sentidos, tudo o que aconteceu na floresta, eu não pude ver de onde surgia a falta de sentidos e a dor, elas simplesmente apareceram e depois, não vi nem senti mais nada, e agora... Eu estou aqui, nesse lugar, sem meus pais, minha família, sem Jacob.

 Duas batidas na porta tiraram-me de meus devaneios.

- Renesmee? Eu posso entrar? Você não está ocupada certo?- Uma voz aveludada e angelical, completamente segura e tentando ser normal, como se quisesse fazer eu me sentir em casa, o que nunca daria certo, o amor não estava presente em seu tom de voz, eu não respondi nada, seria melhor manter-me calada o quanto pudesse afinal quem nunca ouviu “Tudo o que você disser poderá ser usado contra você no tribunal” (¬¬’). Bom, em alguns casos talvez funcione.

- Renesmee, eu sei que você está aí, eu posso entrar, querida?-ela perguntou mais uma vez, dessa vez ela parecia mais impaciente, como se estivesse com pressa. Novamente eu não respondi.

- Renesmee, eu vou ser obrigada a entrar sem a sua permição querida, vamos, deixe-me entrar.

- Pode entrar. – Disse, percebendo que uma greve de silêncio não seria o bastante para parar uma vampira.

Ela rapidamente entrou, devia estar acostumada com aquele lugar, uma linda prisão para “hóspedes”, afinal, só havia um modo de sair, pela pequena e única porta, não existiam janelas, a escuridão só não era completa, pois um pequeno abajur que ficava ao lado da cama onde eu estava.

- Então, o que achou de suas acomodações Renesmee? – Ela falou, tentando ser legal, alguém deveria tê-la mandado fazer aquilo. – Aro esforçou-se bastante para agradá-la, você vai ficar aqui no meu quarto... No meu antigo quarto, quero dizer.

- É tudo muito bonito aqui, Aro está de parabéns por tudo isso. – Respondi um pouco confusa, afinal, quem era aquela vampira, o que ela queria comigo?

- Oh, desculpe-me pela indelicadeza, meu nome é Jane Volturi, vim aqui buscá-la, Aro deseja falar com você, tome, coloque esse vestido – Ela jogou um vestido azul safira em minhas mãos, era de seda, parecia ser antigo também, mas isso não tirava sua beleza, ele acabava antes do joelho, tinha as alças finas e era aberto nas costas.

- Claro, vou colocá-lo. - Falei pegando o vestido, ela andou até a porta e virou encarando-me.

- Avise-me quando estiver pronta, eu irei levá-la até Aro.

Estava de novo sozinha no imenso quarto, rapidamente coloquei o vestido e escovei meus cabelos com uma das escovas que estava na enorme penteadeira em uma das paredes do quarto.

- Já estou pronta, Jane, podemos ir. – Falei, sabia que ela poderia ouvir que vampiro, não poderia?

- Ótimo. - Ela falou entrando no quarto – Podemos ir então. Siga-me.

Ela me levou para fora do quarto, entramos em um corredor bastante extenso, com várias portas e outros corredores, passamos por várias salas onde havia vários vampiros, que desviavam o olhar, ou fingiam que não estávamos presentes. Todos os lugares por onde passávamos eram iluminados apenas pela luz de pequenas lâmpadas e luminárias que ficavam penduradas ou pregadas nas paredes, eu tinha a sensação de que estávamos subindo até que entramos em um corredor com janelas abertas onde a luz solar estava livre para entrar, no final do corredor havia uma grande porta de madeira esculpida, maior que todas por onde havíamos passado.

- Chegamos – Jane falou com certa admiração, era impressionante.

A sala era imensa, três vampiros estavam sentados em um lugar mais alto que o resto da sala, como um palco, os três sentavam-se em cadeiras enormes de mogno e veludo vermelho, nós chegávamos cada vez mais perto deles e quando finalmente paramos o vampiro que estava sentado na cadeira do meio pelo que me lembre era o Aro, se levantou e se aproximou de nós.

- Que prazer tê-la em nossa humilde casa Renesmee querida. – Aro falou, eu juro para vocês, ele é muuuuuuito estranho. – Como você já deve saber, eu sou Aro, e aqueles são meus irmãos, Marcus (o de aparência mais velha, sentado do lado direito) e Caius, (o loiro, menos pior que os outros dois, sentado do lado esquerdo).

Aro parecia o único dos irmãos que expressava suas opiniões ou ao menos o único que falava com outras pessoas.

- Então querida, o que você achou de suas acomodações, tentei providenciar o melhor quarto para você.

- É realmente muito bonito. – Respondi, tentando não ser mal-educada, mesmo ele merecendo.

- Jane, por favor, peça a Gianna para mostrar nossa cidade, para Renesmee. – Aro virou-se para Jane e ela obedeceu, como se ele fosse algum tipo de mestre para ela.

- Claro Aro. Vamos Renesmee.

- Mais tarde, quando você voltar nós conversaremos mais, querida. – Aro falou cada minuto que eu ficava a mais com ele, eu percebia melhor sua loucura.

Jane e eu estávamos de novo em um corredor, dessa vez seguimos até uma recepção estranha onde uma humana, isso mesmo humana, de cabelos negros e olhos verdes, e um tanto quanto sorridente para o lugar, estava sentada em uma mesa, cheia de papéis e anotações.

[N/A: Vamos fingir que a Gianna é adolescente]

- Gianna, Aro a mandou mostrar a cidade para Renesmee – Jane parecia uma gerente, gerente não, algo superior aos outros, pelo menos em relação a aquela humana.

- Claro, vamos Renesmee, hoje você vai conhecer Volterra. – Gianna respondeu ainda sorridente, pelo menos ela seria uma companhia melhor que os vampiros europeus estranhos.

- Não se prolongue Gianna, volte antes das sete, Aro a quer aqui para o jantar. – Jane falou olhando sugestivamente para Gianna, saberia ela que está no meio de dezenas de vampiros com sede do sangue dela? Seria ela o jantar? Não, uma coisa daquela seria desumana... Bom não seria um grande mal praticado, ninguém ali era humano. Ninguém ali era humano, a não ser aquela pobre moça.

Saímos eu e Gianna daquele castelo, sim, era literalmente um castelo, enorme, Gianna disse-me que havia a parte superior do castelo onde havia luz-solar e o subsolo era lá onde eu estava, naquele quarto, o quarto de Jane era sim no subsolo. Então era este o motivo de não haver luz

- Vamos andando, ou pegaremos um taxi até a praça? – Gianna perguntou a mim, com uma preocupação desnecessária para algo tão banal.

- O que você preferir Gianna.

- Ótimo, vamos de taxi, quando voltarmos viremos a pé assim você vai poder conhecer tudo por aqui, não é uma grande cidade sabe, mas é bastante segura, bom, exceto pela parte de existirem vários e exemplares vampiros, mas todos eles são proibidos a matar pessoas da cidade.

- Então você sabe o que eles são? – Perguntei atordoada, como poderia alguém concordar com isso?

- Mas, é claro, pretendo me unir a eles quando me transformarem, eles prometeram sabe. – Eu fiquei de boca aberta, como ela podia, queria perder a vida para virar uma deles, talvez ela não tivesse outra escolha, afinal humanos não podiam saber do grande segredo. – E você, não parece ser uma vampira, não tem os olhos como os deles.

- Na verdade, eu não sou uma vampira, sou meio-vampira, meio-humana, é uma longa história.

- Bem, nós temos tempo não é mesmo? Eu não sabia que isso era possível.

- Na verdade, eu não sou a única é raro acontecer, mas há vários outros meio-vampiros, meu pai era vampiro e minha mãe humana quando eu nasci, depois que me tiraram de dentro dela, eles a transformaram e ela conseguiu sobreviver, mas agora eu  não posso saber como ela está, esses vampiros me seqüestraram. E não são todos os vampiros tem olhos vermelhos, os olhos de meus pais são dourados, uma marca do que eles são: vegetarianos, não matam nem se alimentam de humanos.

- E isso é possível?

- Sim, eles não se sentem saciados, mas é possível sobreviver.

Gianna e eu conversamos bastante, nos tornamos amigas, se é que essa é uma definição que existe aqui, Volterra era linda, tirando o fato dos vampiros, tudo era muito limpo e bem feito, a arquitetura antiga deixava a cidade mais bela ainda, e acho que Gianna e eu vimos tudo o que era possível ver na cidade, então voltamos para o castelo dos Volturi, Gianna havia me falado que os Volturi dariam um jantar em minha homenagem essa noite e até ela havia sido convidada, o que não acontecia sempre, já que Gianna era apenas um objeto no castelo pelo que pude perceber.

Eu fui levada até o quarto, pelo irmão de Jane, Alec, um dos vampiros responsáveis pela minha segurança. Em cima de minha cama havia um vestido longo vermelho, e luvas da mesma cor em cima dele havia um bilhete de Aro.

Querida Renesmee,

   Este vestido foi feito especialmente para você, espero que tenha gostado, fiz de tudo para estar perfeito para você. Se arrume, do melhor modo que puder, depois de pronta, apenas fale e Alec irá acompanhá-la até o salão onde será o jantar.

                        Aro

Depois de ler o bilhete, fui tomar banho, no grande banheiro de Jane, lavei meus cabelos e depois os sequei, prendendo-os em um rabo, coloquei o vestido e as luvas então chamei Alec, no mesmo instante ele apareceu, já com outra roupa, ele não disse nada, apenas fez um gesto para que eu o seguisse, e foi isso que fiz, até que fui guiada até um grande salão, com vários vampiros e a mais bela decoração que já vi na vida...

** Fim Do Capítulo 8 **