Somewhere In My Broken Heart escrita por MaahReis


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

enjoy (:



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3° capitulo

O som de algo vindo do meu inconsciente era distante. Eu não conseguia identificá-lo. Mas ele parecia aumentar a cada instante, e frustrar o meu cansaço gostoso.

Eu ainda estava naquele ambiente preto e branco, com milhares de imagens abstratas para todos os lados. No entanto, agora, no meio de todas aquelas imagens havia um ponto de luz que realmente incomodava-me. Acompanhada por um som, altíssimo, irritando-me profundamente.

Minhas pálpebras foram lentamente se erguendo, enquanto eu sentia as vistas doerem com os raios de sol que ultrapassavam o fino pano da cortina verde clara. Era hora de acordar.

Bati a mão pesadamente no pequeno botão que desativava a canção – choo choo do arctic monkeys – que me despertava todos os dias.

Eu amava aquela banda... Exceto quando ela despertava-me.

Larguei-me novamente na cama cobrindo a cabeça com o edredom, enquanto eu ouvia batidas altas na minha porta.

-Cinco minutos para acordar mocinha.- era a minha mãe, que felicidade! Tentei ignorar o que ela me dizia, eu não queria levantar para ir ao colégio. O cansaço do dia anterior havia multiplicado-se hoje, fazendo com que a cama me convidasse intimamente para deitar-me nela.

Apertei os olhos firmemente concentrado-me em voltar ao mesmo ambiente de imagens estranhas que me proporcionavam um sono gostoso, porém fora em vão.

-Três minutos Mariana, e estou falando sério. Te esperarei na mesa do café da manhã, e que esteja devidamente uniformizada ao em encontrar.- minha mãe e as suas pressões diárias para que eu acordasse.

Suspirei pesadamente fungando várias vezes seguidas, fingindo um choro infantil. Afastei o cobertor e fui arrumar-me.

Em poucos minutos fiz toda a minha higiene matinal e tomei o meu café com a minha mãe.

O meu pai não estava presente e eu preferi não perguntar onde ele deveria estar nesse instante. Eu sabia o quanto o plantão exigia dele, porém os seus sumiços haviam virado freqüentes demais para a minha cabeça compreender.

-Estou saindo em alguns minutos, se quiser eu posso te dar uma carona.- minha mãe disse apanhando o seu prato da mesa e levando-o até a pia.

-Não precisa mãe, eu prefiro ir andando.- ela assentiu enquanto eu tomava a minha mochila nas mãos, colocando-a em seguida nos ombros. Apanhei o meu fichário, prendendo-o no vão interno do meu braço direito, prensando-o contra o meu peito, e abri a porta.

Sai de casa - não antes de dar um beijo estalado nas bochechas da minha mãe - e ganhei a larga rua que me levava até o colégio.

Eu dava passadas lentas, procurando pisar apenas nos intervalos que haviam entre um asfalto e outro, e contando debilmente a quantidades de carros vermelhos que passavam.

Não demorei a chegar ao colégio.

Adentrei o grande prédio, esquivando-me das milhares de pessoas que andavam na minha contra-mão. Com sorte pude chegar ao meu armário depressa.

Fui colocando algumas coisas e tirando outras daquele cubículo metálico amontoado de livros e papeis por todos os lados.

Senti alguém tocar-me o lado esquerdo do ombro e sorri, pressentindo que fosse Soka. No entanto desfiz o sorriso ao lembrar-me de que ela só regressaria ao colégio dentro de uma semana.

Virei-me rapidamente, e cerrei os olhos logo que as minhas vistas captaram quem viria a ser.

-Hum, oi?- perguntei desconfiada. Eu não sabia o seu nome. Ele estava com um bastão em mãos, e um boné engraçado, acompanhado por um conjunto de camisa e calça de cor branca, listradas verticalmente. Logo identifiquei aquele uniforme: time de baseball do colégio.

Ao certo já devia está super perdido em alguma matéria - mesmo na primeira semana de aula - e precisasse de reforços extras.

-Oi.- ele sorriu, e eu reparei no quanto o seu rosto iluminava-se apenas com aquele simples sorriso. Não pude deixar de sorrir de volta. Ele era bem bonito se vocês querem saber. Os olhos tinham um tom verde esmeralda, os cabelos eram bastante negros. E, acredito eu, fossem bem mais belos se o boné não os tivesse escondendo. Eu o reparei batendo o bastão no chão, seguidas vezes, enquanto olhava-me. - Mariana o seu nome certo? Eu me chamo...

-Mike você vai se atrasar para o treino. - olhei sob os seus ombros, um garoto igualmente uniformizado havia o interrompido. Ele virou-se para trás, fazendo um sinal com as mãos para o outro garoto, que fez uma careta antes de dar as costas e sair pela outra extremidade do prédio.

-Me desculpa, eu tenho que ir. - ele coçou a nuca e apertou os lábios. –Podemos nos falar no intervalo?

-Eu... Acho que... Esta bem. - ele deu um largo sorriso e assentiu, antes de seguir pelo mesmo local que o seu companheiro acabara de sair.

Franzi a testa tentando entender aquele garoto estranho, porém acabei dando de ombros. Virei-me novamente, pondo um dos livros no meu armário. Os arrumei em fileiras, e logo depois os meus olhos deslizaram, visualizando uma foto colada à porta do armário. Sorri involuntariamente. Nela estávamos eu e os garotos, todos ainda muito pequenos sorrindo com os rostos pintados de coelhinho. Dougie era o menor de todos, não passava de um toquinho no meio dos outros.

Harry era o único que não participava da foto, já que o garoto havia mudado-se há alguns anos atrás. Passei o polegar levemente sob aquele pequeno objeto retangular que trazia tantas recordações, e suspirei pesadamente.

Afastei-me da foto aos poucos e fechei o meu armário, virando-me para ir à aula de biologia que seria o meu primeiro horário.

-O que o Mike Petterson queria com você?- por pouco eu não pulara. Mais será possível que ele não pode sequer uma vez ser normal e chegar como gente?

-Danny, que mania de aparecer assim do nada. - eu disse emburrada enquanto ele ria baixinho.

-Você não me respondeu Mari, o que o Petterson queria?

-Eu não sei na verdade. - E eu não sabia mesmo, mas também não estava muito interessada em descobrir. Danny olhou-me de forma duvidosa. –Sério, um amigo dele o chamou antes que ele pudesse dizer qualquer coisa. - dei de ombros e comecei a caminhar pelo corredor sendo seguida por Daniel. -A propósito, de onde você o conhece?- ele riu sacudindo a cabeça despreocupadamente.

-Quem não conhece baixinha? – eu não o conheço na verdade, algum problema em não reconhecer todos os rostos que pairam sobre o solo Britânico? –Ele é um mito no baseball, o cara é simplesmente um gênio. Eu nunca vi alguém rebater como ele. - Danny dizia cheio de entusiasmo, eu não via nada demais nisso. –Além do mais, ele toca guitarra como ninguém, o garoto é um prodígio.

O olhei pelo canto dos olhos e sorri, enquanto aproximava-nos da sala de aula lecionada pela Senhorita Sprount.

-Está entregue. - ele disse assim que estávamos prontamente localizados na entrada da classe.

-Danny, você não acha que temos que parar com esse costume de você me levar nas minhas aulas todos os dias?- perguntei enquanto ele olhava-me de forma incomodada franzindo a testa.

-Não, eu não acho. Eu gosto de te acompanhar, algum problema?

-Nenhum. - dei de ombros tentando parecer indiferente. A verdade é que eu não estava. Não, de forma alguma eu estava indiferente. Eu poderia dizia que estava feliz com o fato dele se preocupar comigo e... Ato de irmandade Mariana. Isso! Irmandade, apenas carinho de irmão. Claro, o que mais poderia ser?

Sorri para ele e acenei um pequeno adeus, enquanto entrava na sala. Não precisava virar-me para saber que Daniel estaria me observando até que eu me acomodasse na carteira.

Sentei em uma das carteiras do lado esquerdo da sala, bem ao fundo.

Acreditem, na Inglaterra as coisas são tão tipicamente diferentes do resto do mundo, que até mesmo em uma classe, o barulho se acumula muitíssimo mais na frente. O que é geralmente estranho de se ver.

Além do mais, ao meu lado havia apenas uma garota. E pelo que eu me lembrava, ela muitas vezes esquecia-se de pronunciar uma sílaba se quer.

Na verdade, não me lembro de já ter ouvido a sua voz. Claro, se é que ela sabia falar.

O pouco que eu sabia sobre ela era que se chamava Carolina Vasconcelos. E limitava-se a isso.

Bem, sempre tinham certas lendas.  Muitas histórias, que na minha opinião não passavam de mitos inventados por pessoas que deviam estar entediadas o bastante de suas próprias vidas, para viver a vida alheia.

Alguns diziam que ela havia parado de falar, após uma tarde de ação de graças, em que voltava para casa com os pais.

A neve era forte, e o pára-brisa do carro emperrara, fazendo com que o pai perdesse a visão total da estrada. Eles estavam próximos a um cruzamento altamente perigoso, e o caminhão que vinha na contramão não tivera tempo de parar. Todos no carro haviam morrido, exceto ela.

Outra versão era a de que a mãe havia tido um parto complicadíssimo, e ela acabara não resistindo. O Senhor Vasconcelos não compreendia como havia acontecido aquilo com a pessoa que tanto amava. Então, ingeriu tantos comprimidos de tarja preta quanto pôde, até ter uma parada cardíaca e morrer em seguida. Dizem que ela cresceu com esse peso, e por isso castigava-se não falando com ninguém.

Eram histórias diferentes, mas sempre com o mesmo desfecho. Em ambas, os pais haviam morrido, e isso viria a ser o ponto de partida para a sua falta de lábia, se é que vocês me entendem.

Mas sabe o mais estranho de tudo? Quanto menos eu entendia sobre a história daquela garota, mais a minha curiosidade crescia. E se existia uma coisa de que eu sabia perfeitamente, era que eu ainda desvendaria aquela história.


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Notas finais do capítulo

Hey pessoas, tudo bom com vocês?Comigo tudo beleza na calabresa. (eu andei lendo demais a gossip boys HAHAHA')E essa noite de sábado huh? Só eu sou um jovem idosa que passo finais de semana em casa, na internet, e lendo/escrevendo (esse último quase nada, ultimamente) sem parar? Espero que não. Hoje o meu sedentarismo se baseia em não fazer nada, MESMO! E fazer nada é maravilhoso no final das contas. Porque eu tou dizendo isso alias? Nem eu sei.Sabe aqueles dias em que você lembra de uma música do passado, mas por acaso você esquece o nome do cantor/banda e o título da música? Foi exatamente o que houve comigo. Felizmente eu achei o que eu procurava. A música da minha infância: Unwell - Matchbox Twenty, quem quiser ouvir:http://www.youtube.com/watch?v=v1IVm3VYyMU*Sobre o capítulo:E então, eu acho que ele foi bem pequeno comparado aos outros, sim? Mas apareceram personagem importantes para a história. Vão dizer que não se apaixonaram pelo Petterson? Eu digo que ele é simplesmente fofo. Infelizmente a Caca (sim, a Caca que eu digo, é a Carolina Vasconcelos original HAHAHA') é totalmente e completamente pirada pelo Mike. Ou seja, eu crio o cara, o seu físico e sua personalidade, e as pessoas tem a audácia de tirá-lo de mim. HAHAHAHAHAHAH chuuupa Mariana.Mas falando na Carolina Vasconcelos, a estranha. Me baseei na original. Porque acreditem, a original é totalmente estranha. A diferença? Fala demais! Fazer o que? Nem sempre podemos nos basear completamente na realidade, e se fosse para colocá-la como a linguaruda original que é a Caca, ela tomarida conta da história. Juro que não tou mentindo... '-' or no. HSUAHSHAUSUAHUSHUAHSUHS te amo Cakis.*sobre a música do despertador SHUAHSUAHSUH :Se chama choo choo, é uma música da banda Arctic Monkeys como citei no capítulo, e na realidade seria um susto acordar com ela, apesar de ser uma música f*** (minha opinião) e de eu ser completamente e loucamente maluca pelo A.M. Para quem quiser ouvir (e espero eu, que enlouquecem com ela, como eu enlouqueço escutando):http://www.youtube.com/watch?v=Tyv0Sm7uedwAcho que é isso certo? Uma N/A. grande? Nem um pouco. HSUAHSUAHSUH acontece que me empolgo escrevendo pra vocês (: E que tal responderem a tia huh? Eu ficaria feliz.Sem mais!xx, peas.Maah



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