Somewhere In My Broken Heart escrita por MaahReis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oioioi
Sou uma tia nova aqui, então ninguém está familiarizado comigo certo? Eu sou a Mariana (equemperguntou) ou Maah, ou Mari, tanto faz.
É a minha primeira fic sendo postada aqui, e eu estou MUITO nervosa, estou com medo, e com muito receio da recepção de vocês.
Só quero pedir galera, para vocês comentarem ok? Sem comentários eu de verdade paro de postar (Mariana-a-chata hahaha).
Digam o que acham, me chinguem, dêem opiniões, sugestões, críticas construtivas (or no) mas se expressem ok? Eu REALMENTE preciso saber o que se passa na cabecinha de vocês. Não fiquem de BBB apenas lendo, sem comentar. Vamos ser todos amiguinhos felizes, coloridos e gays *---* HSUAHUSHAUHSUAHUSHUAHSUHAUS

enjoy.



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A minha história começa há exatamente oito anos atrás, quando eu não passava de uma garotinha com pouco mais de sete anos de idade. Minha família, era a típica família tradicional de comercial de margarina, e estou literalmente falando.

Mamãe era professora de uma universidade renomada no estado, e estava sempre presa no seu mundinho de provas e pranchetas, calculando minimamente todos os esquemas de aulas semanais. O meu pai era um cirurgião contemplado, e diretor geral do hospital mais caro da cidade. E era por conta disso que nós tínhamos todo aquele luxo. Porém ele sempre procurou nos manter com os pés bem fincados no chão, lembrando-nos a todo o momento que o material não era o mais importante.

Mas é do meu irmão que eu preciso mais contar. Ele era a perfeição, não poderia descrevê-lo em outras palavras. Um orgulho para os meus pais, tirava as melhores notas, era o capitão do time de futebol Americano no colégio em que estudava, sempre atencioso e educado com todos, além de ser incrivelmente lindo. Esse era Aaron, o cara perfeito demais para quem se tem 18 anos de idade.

Enquanto a maioria dos garotos curtiam suas vidas de futilidades, ele era tranqüilo e otimista.

Lembro-me de que ele passava muito, muito tempo comigo. Contava-me as melhores histórias de piratas com direito a princesas e fadas encantadas. E eu sonhava com toda aquela fantasia.

Entretanto, nem sempre Aaron podia se fazer presente para ser a minha companhia. Por isso eu engatinhava pelo parapeito do prédio, para a janela da casa vizinha, que toda a noite permanecia aberta para que eu pudesse entrar. Hoje consigo enxergar o quão eu conseguia ser inconseqüente naquela época; com sete anos de idade muitas crianças hoje em dia saberiam do perigo em se debruçar sobre uma janela, mais que isso, caminhar pela borda do prédio do lado de fora. No entanto, eu não tinha medo. Olhava lá de cima todos aqueles milhares de carros enfileirados na pista, e as luzes da cidade cintilando em pequenos cubículos de janelas vizinhas. A altura fazia o vento ficar como tornado, balançando minha pequena camisola da tinkerbell sem qualquer esforço.

Eu adentrava a janela, e me deparava com a Senhora Clusman sentada na sua habitual cadeira de balanço, com Fifi, a sua gata branca de manchas pretas sentada sob seu colo. Incrivelmente ela mantinha a mesma posição todos os dias, como um filme manipulado pelo botão pause.

Ir à casa da Senhora Clusman era algo que eu adorava. Ela mantinha uma devasta coleção de bonecas de porcelana sob a sua estante de madeira escura. Todas com vestidos de vários séculos passados, de todos os tamanhos e tipos. Aquilo me fascinava. E o mais legal era que a Senhora Clusman deixava-me pôr nome em suas bonecas.

Eu não compreendia muito, mas a senhora Clusman achava que eu era algum tipo de anjo que Deus havia lhe enviado para que ela não se sentisse tão sozinha. E toda noite ela preparava uma xícara de chocolate quente pra mim. Era o melhor.

Porém eu não estava tão feliz. O por quê? Bem, acontece que eu havia descoberto que a senhora Clusman iria se mudar para Canberra. Ela me contara que o filho único era uma pessoa amarga e ambiciosa, e que pretendia mandá-la para um lugar onde se encontravam pessoas idosas, e logo depois se esbanjaria da sua fortuna, com mulheres diversas e baladas caras. Mas ela me prometera que uma das suas bonecas ficaria comigo, e isso me deixara contentemente aliviada. Não pelo presente em si, mas por eu saber que aquela boneca sempre traria a lembrança da senhora Clusman comigo.

Eu passava tempo demais com a senhora Clusman, às vezes até mesmo, mais do que com o próprio Aaron... Ela contava-me da sua infância feliz, ao lado das suas irmãs quase da mesma idade que a sua. Era absurdo pensar no quanto as pessoas podiam ser más. Como alguém em sã consciência poderia ignorar a doçura marcante da senhora Clusman? Eu nunca entendi!

 

Uma noite, despedi-me mais rápido do que o habitual dela, com medo de que papai saísse cedo do plantão e não me encontrasse na cama.

Na semana que se passou, eu não mais vi a senhora Clusman, e fiquei completamente abalada ao saber que ela já havia partido... Assim mesmo, acabei indo mais uma vez na janela da casa vizinha, arriscando-me como sempre. E no cantinho do chão como prometido, estava a boneca. A mais linda da sua coleção.

“Faça bom proveito do presente, e lembre-se: todas as bonecas têm vida. Mas é como um passe de mágica, e antes de serem descobertas por olhos humanos, a magia se quebra. Sentirei saudades. Com amor, Senhora Clusman”. Era o que dizia o bilhete ao lado da boneca.

Naquela noite adormeci abraçada a Clusmelita. Sim, a nomeei dessa forma; era uma homenagem remota à senhora Clusman, tão bondosa e risonha... Aquilo me confortava.

Após isso, a semana passou-se lentamente. Aaron não tinha muito tempo pra ficar comigo. Agora ele estava namorando uma garota do clube de musica do colégio, o que era muito estranho de se ver, com toda aquela hipocrisia de casais pop’s que sempre pareceu existir, ele realmente não se importava com isso.

E foi exatamente uma semana depois da mudança da senhora Clusman que aconteceu. Aaron chegara em casa com uma novidade. Ele pretendia largar o colegial para se mudar com Anna - a sua namorada - para a Virginia. Um ato bem precipitado para um namoro tão jovial.

É claro que os meus pais não concordaram, e pela primeira vez eles pareciam se decepcionar profundamente com Aaron.

Os gritos ecoavam pela casa assustando-me, e acabei me encolhendo no cantinho da sala de estar. Aaron veio até mim, depositando um beijo na minha testa enquanto apalpava os meus cabelos, em ato de despedida, e então eu chorei. Aquilo parecia um adeus, e não o até logo casual que ele desejava-me todas as tardes.

Subi para o meu quarto enquanto os gritos lá embaixo continuavam, e resolvi ir à antiga casa da senhora Clusman. Não fazia aquilo há algum tempo, mas eu sabia que lá sempre seria o meu refúgio.

Peguei a boneca que ela me dera, sobre a prateleira amarrotada de desenhos, e caminhei até o parapeito do prédio pelo lado de fora, me segurando à parede. Pela primeira vez eu sentia medo, mas eu não iria desistir. Olhei pra frente andando pé-à-pé, receosa por qualquer passo em falso, até chegar à extremidade oeste, e então pulei a janela que estava aberta como de costume.

O estranho é que o lugar onde antes não tinha móveis estava repleto deles, com as paredes que antes eram amarelas pintadas num tom azul turquesa, e vários aviões numa escrivaninha. Quando olhei para o teto, percebi a tonalidade escura, por onde se estendiam desenhos de estrelas e cometas, e vários planetas com o sistema solar inteiro. Parecia um teto feito da via Láctea.

Foi ai que eu percebi não estar sozinha, e pela primeira vez eu o vi. Ele observava-me da cama, tão assustado quanto eu estava por vê-lo.

- Você é algum tipo de fantasma?- ele quebrara o silêncio, se sentando e encarando-me com os olhos cuidadosos e assombrados.

- Não, eu... Eu não sei.- me encolhi no cantinho do quarto, deslizando pela parede até tocar o chão, abracei as minhas pernas e comecei a chorar.

Ele era maior do que eu achei que fosse, aparentava ter pelo menos dez anos.

Vi quando ele num simples movimento afastou as cobertas e começou a aproximar-se vagarosamente até mim.

Eu senti o seu polegar na minha bochecha quente numa tentativa de que as lágrimas fossem secadas, enquanto engasgava-me com os soluços que saiam do meu peito. Eu realmente não estava legal.

- Não chora.- ele disse carinhosamente, e me puxou para que eu ficasse de pé. – Vem para minha cama, aqui esta fazendo frio.

Levantei-me, o acompanhando até a pequena cama de solteira em formato de nave espacial, timidamente. Acredito que se naquele momento eu não estivesse tão assustada e em prantos, eu olharia toda a diversidade daquele quarto com um misto de curiosidade e admiração. Era lindo, com certeza todo o garoto um dia havia sonhado com um quarto daqueles.

Ele me deu passagem para que eu me deitasse no canto, encostando-me a parede, e logo depois deitou-se ao meu lado.

Ficou observando minha expressão triste, e não disse uma só palavra, apenas me abraçou, mexendo nos meus cabelos com os seus dedos longos. Não tive reação para aquele gesto de carinho repentino, então fiquei quietinha sentindo aquele contato gostoso que vinha das suas mãos.

As minhas pálpebras logo começaram a pesar, e as imagens daquele quarto, e do garotinho de olhos azuis viraram apenas um borrão às minhas vistas, que já se faziam turvas pelas lágrimas. Não demorou muito até que eu apagasse completamente em um sono profundo.

 

Ali começava a minha crise de abstinência se vocês querem saber. E não, essa história não tem nada de fofinha como os contos de fadas em que os príncipes apareciam montados em um lindo cavalo branco.

A verdade é que, se fosse realmente para classificar o meu príncipe, ele seria um girino no meu conto, e com toda a certeza estaria montado em um jegue.

Agora estou aqui, a apenas uma semana do meu aniversário de 17 anos, vivendo como uma típica adolescente sem escrúpulos e revoltada com tudo, numa irritante aula de história no meu penúltimo ano no colegial, rabiscando no meu caderno e pensando na minha vida, antes e após Daniel.

Sim, esse é o seu nome!

Eu juro que não sei ao certo quando diabos eu comecei a gostar do meu melhor amigo, e toda a vez que me pego pensando na grande cilada - que eu prefiro defini-la como burrice - em que o meu coração havia caído tão tolamente, eu me amaldiçôo. Talvez as minhas atitudes tenham feito isso, já que eu não dava brechas para os garotos que tentavam manter um contato altamente terraquiano comigo, se eu chegasse a sonhar com o fato de que um deles estivesse pensando em algo a mais do que a amizade.

A verdade é que poucas vezes eu havia ficado com garotos. Agora vocês devem pensar:
Que garota idiota e encalhada do cacete.

Pois é! Encalhada eu sou – por opção – idiota eu também sou, mas eu acredito que isso seja genética. Afinal olha de que família eu vim? Como eu havia dito, o Aaron fugiu de casa pra viver um caso de aventura amorosa precipitado demais. Deixou que os hormônios juvenis tomassem conta dele e se mudou pra qualquer canto do mundo completamente longe da vista dos meus pais.

Meses depois, do que ficamos sabendo? Que ele engravidara Anna e agora tinha que trabalhar como louco para sustentar o futuro bebe. Isso não é ser idiota? Pois no meu mundo isso é ser muitíssimo idiota, e me desculpe quem pensa o contrário...

 

Por que o tempo demora tanto a passar quando se tem uma aula chata? Droga, droga, droga, mil vezes droga. Eu odeio história, o Egito e tudo relacionado a essa matéria que é tão... Velha! Arggg.

Eu nunca vou aparecer em nenhum desses livros como a garota estúpida que começou a gostar do melhor amigo mesmo. Então para mim essa é uma matéria bem vaga. Não passam de histórias inúteis sem conteúdo algum, além de serem velhas. Ao menos se eu fizesse história às pessoas iriam se emocionar, e talvez até sentissem aquele sentimento repugnante. A pena.

É, eu odeio sentir pena, e odeio que sintam pena de mim também. Talvez esse seja o motivo que faz com que eu guarde tão profundamente os meus sentimentos pelo Danny. Eu abominaria os olhares das pessoas sob mim com piedade, enquanto elas proferiam falsamente:

‘Pobrezinha, foi rejeitada aos dezessete anos pelo amigo que é assediado por noventa por cento da população feminina do colégio.’

Isso é a ultima coisa que quero na minha vidinha inútil, juro.

Barulho, gritaria, confusão... O sinal tocou, e o que era para ser extremamente animador para mim, por incrível que pareça fora decepcionante.

Agora era a hora do intervalo. A hora que eu teria de me sentar com Danny, Harry, Tom e Dougie. Eu podia ter a opção de me sentar com as minhas amigas, como a grande maioria de garotas normais do universo, se eu as tivesse, é claro. Mas esse era somente mais um fato da grande ‘bosta’ que chamo de vida. Eu ando cercada de garotos para todos os lados em grande parte do meu tempo. Não que eu não goste, eu os amo e digo de coração. Todos eles são como meus irmãos, em exceção de um, é claro, que acabou por se tornou mais do que isso. O irônico é que praticamente todas as garotas fúteis ou não do colégio gostariam de estar na minha pele, só pra passar ao menos um dia com eles. Elas não me entendem, nunca entenderão, por que elas simplesmente não vivem o que eu vivo dia após dia.

É simplesmente sufocante não ter com quem eu dividir as minhas angústias. Eu acho que ao longo dos meus quase dezessete anos eu não conheço o que é uma festa de pijamas, ou segredos compartilhados, ou ouvir falar de garotos e também falar deles sem medo.

É claro que eu já pude contar milhares de vezes com meus amigos, e eu realmente não tenho do que reclamar sobre isso, mas o fato é que:

Falar de assuntos delicados – lê-se sexo, namoros e rolos - com os garotos era constrangedor pra mim.

Eu sabia lá no fundo que eles nunca iriam me julgar, mas por favor, me entendam... Garotos são levados por impulsos, eles transam e pegam quantas garotas querem e quando querem. Assim, tudo bem prático e normal. Mais no MEU mundo as coisas não funcionam dessa forma. Pode parecer piegas e ridiculamente brega, mais eu tento ainda ser uma menina culta quando os assuntos passam a ser... Picantes, se é que vocês me entendem. Sim, eu sou uma garota antiquada, e não me envergonho nem um pouco disso.

 

Olhei ao meu redor e percebi que estava sozinha. Todos da sala já haviam saído para o tão glorioso recreio, uma desgraça para mim.

Forcei o meu corpo a se arrastar, mesmo que vagarosamente até os jardins dos fundos. Poucos iam até lá, e era esse o motivo que fazia-me ir até aquele ponto quase deserto do colégio. Eu precisava de um tempo pra mim, um tempo pra ouvir o meu eu. Precisava refletir, e por na minha cabeça o quão errada eu estava ao achar que gostava do Danny. No fundo eu sabia que não faria grandes diferenças. Era um fato, mesmo eu tentando ou não driblar esses sentimentos do meu coração.

Sentei-me na raiz de uma das antigas árvores que ali se faziam presentes e suspirei.

- Merda de escola, merda de mundo, merda de vida. – A minha idéia era amaldiçoar o máximo de coisas que fosse possível naquele momento, talvez isso fizesse o meu corpo relaxar.

- Não sabia que você estava assim tão desgostosa com tudo.- houve uma risada rouca e eu não precisava de dicas pra saber quem era. Que inferno, eu atraiu, só pode!

- Oi Danny.- respondi a contragosto e suspirei. Droga, ele percebera.

Característica um de Daniel Jones: não deixa passar um mínimo detalhe. Broxante demais pra mim.

- Se não quiser falar comigo, eu me mando, sem problemas Mari...- ele disse fazendo aquela cara de cachorro que quer doce mais não pode ganhar.

- Danny, você pode se sentar aqui se você quiser.- ‘não senta, não senta.Por favor, Danny’ era o que a minha consciência dizia. Mas eu estava me esforçando para ser educada.

- Já que você insiste.- ele respondeu com aquele sorriso de ponta a ponta enquanto sentava-se ao meu lado. O sorriso mais sincero que eu conhecia.

Característica dois de Daniel Jones: Nunca se sabe quando ele vai dar um dos seus sorrisos ou gargalhadas que só fazem com que a gente não resista a ele. Deprimente.

Olhei para os meus pés, procurando não encará-lo. Ele iria ler nos meus olhos o que estava acontecendo. O Danny tem esse dom, e eu não queria ser descoberta.

Mesmo com a cabeça baixa eu sabia que ele estava observando-me silenciosamente, prestando atenção nos meus movimentos – mesmo que eu não fizesse movimento algum – ele iria reparar até mesmo no arfar do meu peito, por culpa da respiração.

- Mari, por que você não se juntou a nós? Digo, você sabe da fama desses jardins, eles são quase desertos, e nós vivemos em um mundo cão. Existem pessoas más até mesmo em um ambiente familiar como o colégio. Alguém poderia ter feito algum mal pra você.

Característica três de Daniel Jones: Fala demais. Noiado demais. Da idéias demais. Repeli-me demais. E sabe o mais irritante disso tudo? Ele sempre esta certo.

- Todo aquele formigueiro humano estava me dando dor de cabeça Danny, eu precisava de um lugar calmo.- respondi abraçando as minhas pernas, e encostando o queixo nos joelhos. Ele me observou por um instante e ergueu umas das mãos para passá-las nos meus cabelos. ‘Não faz isso’ minha mente gritava, mais ele parecia não ouvir. E as carícias passaram dos cabelos para o rosto. Ele me olhou com aqueles grandes olhos azuis, brilhantes como diamantes perdidos e o que eu fiz? Fiquei com o olhar preso o encarando, apenas por tempo suficiente de me tocar que havia caído naquele contato hipnótico, e desviar a vista para os meus pés.

Característica quatro de Daniel Jones: Ele consegue manipular a sua mente com uma simples mirada.  

- Mari –a voz dele era profundamente rouca, e eu pisquei os olhos tentando prestar o mínimo de atenção ao que ele dizia. – Tenho algo para te dar.

- Algo? Para mim?- ele apenas assentiu. O observei com a testa levemente franzida. O Danny não costumava me dar presentes assim, fora de hora. Os presentes se limitavam a datas comemorativas, como o natal e os meus aniversários, e para o último, faltava ainda uma semana.

Eu o vi pondo a mão em um dos bolsos da calça e de lá retirar algo metálico, um cordão prateado. Ele segurou o cordão preso apenas pelo dedo médio, deixando que o pingente ficasse solto no ar, bem na minha vista.

Arregalei os olhos assustada, ao perceber o que viria a ser o pingente. Uma palheta. Não uma palheta qualquer, era a favorita do Danny, a que ele havia suado tanto para conseguir, em uma sessão de autógrafos de um dos antigos integrantes do Led Zepellin.

Fique encarando aquele objeto na minha frente, enquanto o cordão era balançado pela leve corrente de vento. Daniel olhava-me profundamente e eu sabia, mesmo sem levantar o olhar pra encará-lo. Eu apenas observava o presente que ele acabara de me dar, sem reação alguma.

- Danny, eu... Eu. Não Danny.- minha saiu num tom angustiado. Ele estava fazendo demais por mim, eu não merecia tanto, eu sei que não. – Você e eu sabemos o quanto isso aqui representa para você, o quanto é importante.

- Isso daqui não é nada comparado ao que você significa para mim.- ele deu ênfase à palavra ‘você’. -Eu quero te dar, eu quero que você fique com isso e sempre se lembre de mim, baixinha.

Sorri ao ouvir do que ele me chamara; aquele era o apelido que ele costumava usar comigo. Eu era a baixinha e ele intimamente era o meu sapinho. O porque eu o apelidei dessa forma? Simples: Acontece que ele ainda não havia encontrado a sua princesa para evoluir de um girino para um príncipe.

Daniel ajoelhou-se, passando por atrás de mim, e levemente afastou os meus cabelos para o lado para que a corrente fosse posta no meu pescoço. Senti os seus dedos quentes roçarem na minha nuca, e me concentrei para que um arrepio não percorresse toda a extensão do meu corpo. Houve um pequeno cintilar do feche, e Danny virou-se para me olhar nos olhos.

- Agora toda vez que eu observar essa corrente no seu pescoço, eu vou me lembrar do porque você faz parte da minha vida.- foi o que ele falou antes de beijar a minha bochecha e se levantar, caminhando até a porta em formato de arco do grande prédio, onde em minutos os corredores estariam aglomerados de adolescentes sedentos por chegarem em casa.


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Notas finais do capítulo

Bom, esse é o primeiro capitulo (: gostaram? Espero que sim hein?
Ahh sim, quero agradecer as pessoinhas que sempre me dão forças para eu escrever: Soka, Caca paquerinha, Bruna, Zorro... enfim tem muita gente, desculpem os que não citei certo? (: Vocês são tão importantes quanto.
Gente, quero indicar uma fic aqui do site, pode? Nem sei, mas eu sou ousada e vou indicar assim mesmo HAHA'. Ela se chama:
"O dia em que joe jonas perdeu as calças"
Só aviso aos que não sabem levar as coisas na brincadeira para que não leiam ok? É uma fic de comédia... Um humor negro. Escrita pela minha paquerinha (:
Acho que é isso. Eu sei, eu falo demais.

enjoy, peas
.Maah xx



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