Tempo Perdido escrita por brokenrose
Notas iniciais do capítulo
Minnaaaa, desculpa a demora pra postar e_e Infelizmente tava cheia de coisa pra fazer e pá... Espero que (se tiver algum leitor ai) continuem acompanhando a história da Melody!
Desde o dia do incidente do relógio, o relógio parecia ter evaporado. Não escutei mais badaladas nem nada do estilo. E a porta estava sempre trancada.
Sim, é besta, mas a comunicação naquele inferno era por cartas vigiadas (na faculdade integrada ao colégio haviam alguns traficantes). Tive que ser rápida e direta.
"Celine, dia livre, na lanchonete."
Celine é realmente certinha e inteligente, mas parece que gosta das pessoas erradas. Tipo eu.
Enfim o dia livre! O único dia por mês que poderíamos sair, visitar a família ou as redondezas. Como eu nem tinha família, peguei minha bike e fui para a melhor lanchonete daquele lugar: Old Rocket Burger, à umas três quadras dali.
Celine já estava lá, acenando pra mim com seus amigáveis olhos cor-de-mel, um belo sorriso, e seus cabelos ruivos ao vento.
– Dy, que saudade! - ela me abraçou e nós entramos. Cada uma pediu um salgado e um refri.
– Precisa falar comigo?
– Você vai me achar louca, mas vou te contar mesmo assim.
E eu expliquei tudo; o corredor, o relógio, meu pai. Ela me olhou como se tudo fosse fascinante e maluco.
– Dy, você bebeu?
– NÃO! Eu juro que é verdade!
Ela segurou minha mão - Eu juro que quero acreditar. Juro também que vou te apoiar sempre. São tempos difíceis, deve ser uma crise de saudade...
Irritei-me com Celine, mas ela era meu único apoio. Eu sou burra também, ninguém acredita numa história dessas sem mais nem menos.
– Ok Cel, tô ligada.
– Conta comigo - ela me abraçou assim que me viu abatida.
– Tenho que ir - falei, pagando a conta - Terminar uns deveres e pá.
– Sinto saudades de te ver todo dia... - ela disse e depois partiu - Até o próximo DL! - ela gritou e acenou.
Montei na bike e voltei pro colégio. Até uma voz me incomodar.
– Oi "Não te interessa"!
– Quem foi o... - nem terminei de falar e dei um soco na barriga do indivíduo.
– Aiiiiiiiiiiiiii! ... - ele caiu no chão
– É só você, o fantasma da ópera loiro. - ajudei o rapaz daquela noite se levantar e o acompanhei até metade do caminho. Senti-me estranha quando ele se apoiou em mim. Presenças corporais não são muito meu estilo.
– Obrigado - ele se recompôs - Isso não foi sarcástico. Ah, sim, tais chorando ainda? Não viu a família no dia "livre-se-quem-puder-apesar-de-terem-inspetores-pra-todo-lado"?
– Sério ...? Tá, não me importo com os inspetores. E NÃO visitei minha família.
Ele me seguiu até o dormitório feminino (nesse dia era misto) às 18h em ponto.
Quando repentinamente, escuto o relógio badalando.
Segurei no pulso do menino que eu nem ao menos sabia o nome e corri até a porta, desviando dos casais quase se comendo com os olhos. Ele não entendia nada.
Empurrei-o porta adentro.
– Impossível! Está badalando! - ele constatou, surpreso.
– Toque o relógio!
Ele obedeceu e tocou no 12º badalo. Tudo ficou branco e nem consegui ver a cena direito.
– Não é... possível... - ele balbuciou ao final, com as mãos tremendo, pálido, sentado em frente ao relógio.
Aproximei-me dele e segurei sua mão. Ele me encarou, e aproveitei para olhar bem fundo nos seus olhos, como se quisesse descobrir cada segredo de sua alma.
– Meu nome é Melody Sheron, e meu pai foi assassinado.
– Meu nome é Andrew Phillips... E eu não matei meu melhor amigo.
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