Love And Death escrita por Baabe


Capítulo 9
Um dia de descobertas


Notas iniciais do capítulo

O que eu tenho pra falar deste capitulo é que ele é fofo demais *-*
mais uma vez a música tema tem tudo a ve.
Espero que gostem amores...

Boa Leitura!



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    Aerosmith - I don´t want to miss a thing

Eu não quero perder um sorriso
Eu não quero perder um beijo
Bom, eu só quero ficar com você
Aqui com você, apenas assim
Eu só quero te abraçar forte,
sentir seu coração perto do meu
E ficar aqui neste momento
Por todo resto dos tempos




 Cléo acordou com o sol que entrava pela janela, batendo em seu rosto. Ela tratou de levantar e fechar as cortinas para voltar a dormir, mas, algo impedia que ela caísse no sono novamente. Levantou, tomou um bom banho, colocou o vestido florido e curto que marcava bem seu corpo escultural. Depois de se arrumar, tomou café da manhã na companhia de sua mãe e foi passear pelos jardins do campo.

 Bill havia acordado cedo, era seu dia de folga já que na manhã seguinte ele viajaria para a França com os meninos para fazer um show de divulgação do novo Cd. Viu que Melissa ainda dormia, e decidiu não desperta-la. Levantou, fez sua higiene matinal, tomou seu café da manhã, pegou as chaves do carro e saiu. De principio, saiu sem destino, mas logo depois sabia muito bem para onde ele queria ir. Tinha vontade de ver Cléo de novo, ele não sabia por que, só sabia que precisava vê-la, então seguiu em direção ao campo. O que ele não havia percebido era que um paparazzi que fazia plantão na porta do apartamento dos Kaulitz, o havia seguido.

 Chegando ao Spa Medicinal foi surpreendido por Dulce:

- Bill Kaulitz? Mas o que faz aqui? – ela perguntava com certo espanto e surpresa.

- Olá Sr.ª Dulce, eu sei que eu não deveria estar aqui, mas, eu preciso ver a Cléo.

- Bom, já que você faz questão em vê-la, tudo bem. - Dulce sorria receptiva.

- Obrigado. Eu fiquei sabendo que Cléo tem pouco tempo de vida. Eu não sabia disso. Eu estava pensando, podia ajudá-la a encontrar um doador, se nós divulgássemos mais a historia dela para a mídia, talvez encontrássemos alguém, não sei.

- Ora Bill, não é fácil assim. Cléo depende da morte de outra pessoa que tenha coração compatível ao dela para viver. Não vamos transformar isto em uma espécie de campanha, por favor. E tem mais, a imagem dela já foi exposta demais com a sua visita aqui anteontem. Eu sei que estava de acordo com isso, mas, não quero mais exposições da imagem dela.

- Eu entendo, só estava tentando ajudar. – Bill disse desanimado.

- Bom tudo bem, agradeço sua preocupação. Cléo está dando voltas pelo jardim, deve estar sentada numa arvore a beira do rio ou qualquer coisa assim, vá procurá-la!

 Bill saiu em busca de Cléo pelo vasto jardim, foi quando a encontrou sentada embaixo de uma arvore grande repousando. O vento batia de leve nos cabelos de Cléo e ela parecia respirar profundamente aquela brisa gostosa.

- Cléo. – Bill disse se aproximando.

- Bill? Que surpresa! – ela levantou rapidamente.

- Oi, eu vim te ver de novo. - ele estava sem graça.

- Nossa que bom, estou surpresa. – Cléo sorria transbordando de felicidade.

- É eu também estou surpreso por eu mesmo estar aqui, mas... Sabe o que é? Amanhã nós iremos para a França fazer um show de divulgação e eu não sei quanto tempo vou passar viajando daqui pra frente então decidi vir aqui me despedir de você.

- Despedir de mim? Ah claro, me esqueci que posso morrer a qualquer momento.

- Ora, não fale assim. – Bill disse acariciando o rosto dela.

- Não tudo bem, eu estou bem, estou vivendo e aproveitando tudo ao máximo aqui e esperando um doador.

- Mas não vamos lembrar disso, por favor, hoje eu posso ficar aqui com você até a hora que eu quiser. – ele abriu um largo sorriso.

- Até a hora que você quiser? Ahahaha.

- É e pode apostar que eu não vou querer ir embora tão cedo assim. – ele sorriu com uma carinha de “safado”.

 Bill sentou-se do lado de Cléo embaixo da grande arvore carregada de flores amarelas. Um rio corria a frente deles e a paz reinava absoluta. Os dois passaram horas falando sobre suas vidas, seus gostos. A cada momento se conheciam mais e mais. Cléo contava de suas aventuras para conseguir chegar perto do Tokio Hotel, e isso fazia Bill rir. Bill contava suas aventuras com a banda, suas viagens inesquecíveis e a trapalhadas de seu irmão. Assunto não faltava naquele momento. Os dois mal perceberam que há poucos metros dali um fotografo registrava tudo.

- Bill, agora vou te fazer uma pergunta bem pessoal, posso?

- Hmm pode, pode sim.

- É verdade que vai ficar noivo? – ela perguntou sem graça.

- Esse povo fala demais, eles realmente não têm o que fazer, esse povo fala demais MESMO.

- Você não respondeu minha pergunta. – Cléo falou num tom de brincadeira, mas séria ao mesmo tempo.

- Bem, nós estávamos pensando em ficar noivos mesmo, mas ainda tenho minhas duvidas, Melissa já mora comigo, então é como se já estivéssemos casados, acho que nem há uma necessidade de casamento, acho que estamos bem do jeito que estamos.

- Ah entendi.

- E você Cléo, não namora?

- Eu? É... Eu namorava, mas não deu muito certo. Eu não gostava dele. Gostava, mas não o suficiente para um namoro. Sabe, eu considero o namoro já um compromisso muito sério, um namoro pode resultar em um noivado, que se torna um casamento. Mas pra isso tem que haver uma entrega completa. Eu acho que nunca entreguei o meu coração completamente a ninguém.

- Quer saber de uma coisa Cléo? Eu também não. Queria achar alguém para entregar meu coração- Bill dizia olhando para o nada.

- E sua namorada?

- Pra falar a verdade, não a amo mais, talvez nunca tenha amado.

- Você ainda é novo Bill, tem muito que viver, ira encontrar a sua cara metade, candidatas não faltam. – Cléo disse sem graça.

- Espero que você seja uma dessas candidatas então. – ele sorriu. Os dois se olharam profundamente por alguns instantes, mas este clímax foi logo interrompido porque Cléo disparou a falar de outra coisa.

 As horas foram passando sem que eles percebessem. Bill gostava de ver o movimento dos lábios de Cléo cada vez que ela falava, ele mantinha o olhar fixo nos olhos dela, ouvia com atenção a voz doce da garota. Cléo às vezes ria sem graça, mal acreditava que estava conversando tão intimamente com seu maior ídolo, que para ela parecia a pessoa mais difícil de chegar perto.

 De repente começou a chover. Os dois pensaram correr rapidamente em direção ao casarão para não se molharem, mas mudaram de idéia.

- Quer saber, não vou fugir da chuva hoje. – Cléo disse olhando para o céu.

- É eu também não, venha comigo! – Bill disse puxando Cléo pela mão.

 Os dois caminharam pela chuva, sem preocupação alguma. Correram, brincaram, riram. Bill às vezes parava para observar Cléo, ele adorava ver o jeito que a garota sorria o jeito que ela aproveitava aquele momento. Enquanto Cléo rodava com os braços abertos, e que a chuva ia caindo sobre seu corpo, colando seu vestido ainda mais nele e o deixando mais a mostra, Bill ia aos poucos reparando em cada detalhe na garota, e ia percebendo que ela era mais linda do que aparentava. Cléo ao perceber que Bill a observava com certa admiração, tratou de dar-lhe um abraço para demonstrar que o carinho era recíproco. Eles rodaram abraçados pela chuva felizes como duas crianças. Até que se olharam profundamente, seus rostos foram se aproximando, os dois já não podiam evitar e nem tinham forças mais para isso, seus lábios finalmente se tocaram e a chuva que caia lentamente tornava aquilo mais gostoso e apaixonante. Beijaram-se por um longo tempo. Aquele foi um beijo de descoberta, a descoberta de um amor que ia surgindo forte. Depois do beijo os dois sorriram com seus rostos aproximados, seus corpos molhados estavam colados um ao outro e não sentiam frio, sentiam apenas o calor que vinha de dentro.

 O fotografo que se escondia embaixo de uma arvore para se proteger da chuva, registrava cada momento com muita empolgação. Sentia que tinha uma grande matéria nas mãos. Já satisfeito com aquilo, decidiu ir embora para revelar rapidamente as fotos.

 Bill ficou com Cléo até anoitecer. Apesar da chuva o céu estava estrelado e os dois estavam deitados na grama de mãos dadas contemplando as estrelas.

- Uma estrela cadente! – Cléo disse apontando para o céu.

- Então faça um pedido Cléo!

- Já fiz!

- Também já fiz o meu, o que pediu?

- Pedi para viver Bill, quero viver. - Cléo disse se encolhendo nos braços dele.

- Também pedi para você viver Cléo. - Ele disse enquanto acariciava o rosto da garota.

- O que você sente quando está comigo Bill? Por que você está demonstrando tanto amor por mim?

- Quando eu estou com você eu me sinto apenas completo, como se não me faltasse mais nada. Eu não sei explicar, só sinto que preciso cuidar de você, te salvar, não posso deixar você ir embora assim...não posso.

 Os olhos de Cléo foram se enchendo de lágrimas. Ela queria viver apenas para ter muitos momentos daquele com Bill.

- Eu te agradeço Bill por me falar isso, quando eu estou com você me sinto tão bem, como se não houvesse doença nenhuma, como se eu não tivesse os meus dias contados e...

Bill a interrompeu a beijando-a nos lábios.

- De agora em diante não falaremos mais de doença alguma, me prometa que vai tirar tudo isso de sua cabeça. - Bill disse enxugando as lagrimas dos olhos dela.

- Eu prometo Bill.

Beijaram-se novamente, desta vez lentamente como se tivessem todo tempo do mundo.

 O vocalista do Tokio Hotel teria que viajar cedo no dia seguinte. Levou Cléo até o casarão para depois seguir viagem de volta para a cidade. Ao chegar a casa foram surpreendidos por Dulce e uma enfermeira chamada Susili.

- Cléo, onde você estava minha filha? Você está encharcada, alias vocês dois estão, sabe que não pode tomar chuva, está doente, será que você se esqueceu disso? – Dulce dizia furiosa enquanto puxava Cléo pelo braço com força pra dentro da casa.

- Sra. Dulce, a culpa foi minha, me desculpe. – Bill falava na tentativa de amenizar um pouco a situação.

- Ora Bill, para que veio aqui? Para piorar o estado de saúde de minha filha? Será que não pensou nisso nenhum momento? Vá embora agora! Não tem mais o que fazer? Logo você que é tão cheio de responsabilidades.

- Me desculpe mesmo, mas eu posso garantir que ela está bem.

- O que você sabe sobre minha filha? Nada. Agradeço sua preocupação, mas não era para você estar aqui, vá embora, por favor, e não volte mais! – Dulce disse batendo a porta na cara dele.

 Bill foi se afastando sem jeito, ele nem teve tempo de se despedir direito de Cléo porque enquanto Dulce o atacava, a enfermeira Susili havia levado a garota rapidamente para tomar um banho quente.

 Durante a viajem de volta para a cidade, os pensamentos de Bill gritavam.


Bill

Que vontade louca foi essa de ir visitar Cléo que eu tive hoje? Meu Deus estou sentindo algo tão forte por ela, como pode isso? Tão rápido assim. Parece que nos conectamos por um laço mágico. Será que ela ficará mal por causa da chuva que tomamos hoje?Ah hoje, sem dúvidas foi um dos melhores dias da minha vida. Será que vou voltar a vê-la? Será que tenho que esquece-la como a mãe dela disse, e seguir a minha vida? A única coisa que tenho certeza, é que estou começando a me encantar por ela, e sei também que posso de alguma forma, impedir que ela morra.

Ao chegar em casa, Bill notou Melissa preocupada e furiosa, ao abrir a porta ela já veio em sua direção:

- Posso saber onde você estava Bill? Liguei o dia inteiro para você e você nada de atender esse celular. Está todo encharcado. Onde foi?

- Fui ver a Cléo, a “menina doente” como você diz, fui lá a pedido de David, ele queria que eu fosse visitá-la mais uma vez para render mais reportagens e publicidade, enfim... Fui lá contra a minha vontade, mas estou bem Melissa, não precisa me perguntar mais nada, agora vou tomar um banho, licença. – Bill disse dirigindo-se a suíte do casal.

 Claro que Bill havia mentido para Melissa, na verdade ele foi ver Cléo por vontade própria.

- Ah de novo você indo visitar aquela garota? Mas o que o David quer afinal? Já não está bom esse tanto de matérias que essa menina já rendeu?

- É, mas hoje foi a ultima visita. Já arrumou as malas para a viagem de amanhã? – ele desconversou.

- Ah, já sim meu amor, estão prontinhas, ah França, adoro a França, espero que nós tenhamos um tempinho para passear por lá né? – Melissa disse enquanto se aproximava de Bill para beijá-lo. Bill retribuiu o beijo com certa frieza, naquela hora a imagem de Cléo veio em sua cabeça, ele então afastou Melissa dele.

- O que foi Bill? Nunca me beijou com tanta frieza assim.

- Ah me desculpe, é que estou cansado hoje, só isso. E meu irmão onde está?

- Ele saiu de novo com aquela menina fácil que passou a noite aqui ontem. Saiu ele, o caso novo dele, o Georg e a namorada de Georg. Faltamos só nós dois amor, mas você sumiu né, ficou fazendo companhia para a garotinha, por falar nela, quando que ela vai morrer?

- Ora Melissa. Que jeito foi esse de fazer essa pergunta? Parece que está falando de uma planta. – Bill disse meio indignado com a frieza de Melissa.

- Ah quer saber de uma coisa, pra mim já tanto faz ok?! Não a conheço mesmo, e outra, ela tirou você hoje de mim, então estou brava, entenda meu lado.

 Bill entrou no chuveiro sem dar muita atenção a Melissa, ele já não se importava tanto com as coisas que ela falava. Só uma coisa o preocupava naquele instante, a saúde de Cléo.


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Notas finais do capítulo

Será que Melissa estava começando a ficar desconfiada? O que será que vai acontecer depois que as fotos de Bill e Cléo em momentos intimos forem divulgadas para todo mundo?
Tudo isso e mais no próximo capitulo.