Love And Death escrita por Baabe


Capítulo 23
Nas batidas do meu coração


Notas iniciais do capítulo

Demorei pra postar esse cap. por causa dessa correria de final de ano, acho que vcs me entendem né?
fiz esse cap. hj a tarde na maior pressa do mundo nao sei se fico do jeito que eu queria mas, ele nao deixa de ser fofo, e bem romantico *-*

Eu escrevi ouvindo uma musica instrumental do "Titanic" que por sinal é um filme que eu adoro, é engraçado que muita gnt sente vergonha de admitir que gosta de Titanic mas, fala sério né? É um filme incrivel, com uma história de amor linda e foi justamente uma cena dele que me inspirou a escrever esse cap. então, ouçam a musiquinha meus amores, ela da uma emoção a mais, fica lindo *-*
Ah espero que gostem, e chorem, imaginem absolutamente tudo.

Boa Leitura!



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Celine Dion – My Heart Will Go On

 Perto, longe, onde quer que você esteja 

Eu acredito que meu coração vai continuar... 
Mais uma vez você abre a porta 
E você está aqui no meu coração 
E meu coração vai continuar e continuar... 

O amor pode nos tocar uma vez 
E durar por toda a vida 
E nunca ir embora até nós partirmos

Amor foi quando eu te amei 
Uma vez de verdade, eu segurei você 
Nessa vida nós sempre continuaremos... 

 Nós ficaremos para sempre desse jeito    

Você está salvo em meu coração   

E meu coração continuará e continuará... 

 

 

Ouçam a musiquinha: http://www.youtube.com/watch?v=oyrD4uP4DNQ

 

Cléo acordou em um lugar que parecia já ter estado antes. Um campo verde com um riacho e árvores carregadas de flores amarelas. Ao abrir os olhos, notou Bill a contemplando com um sorriso leve e sereno.

- Bill! – ela o abraçou forte.

- Oi meu amor. – ele retribuiu ao abraço calorosamente.

- Ah que bom que você está aqui comigo, eu tive um sonho horrível... – ela dizia tremula o apertando cada vez mais.

- Quer me contar o seu sonho? – ele alisou de leve os cabelos dela.

- Sonhei que você havia morrido. Foi um sonho confuso, tinha um acidente de carro e também o som de sirenes, muitas vozes e choros e o Tom ao meu lado dizendo para eu ser forte... Pareceu- me tão real. Fiquei tão assustada... - ela se encolhia nos braços dele buscando amparo.

- Shiu, vem cá! – ele a consolou em seu colo a trazendo cada vez mais para perto. - E se eu te dissesse que isso não foi um sonho Cléo? - Bill disse baixo com o olhar profundo e abatido.

- Não com certeza não foi um sonho, foi um pesadelo isso sim. Mas o importante é que já despertei e que eu estou no melhor lugar do mundo, nos seus braços...

- Cléo olha para mim agora, presta atenção no que eu vou te dizer. - ele a segurou firme fixando seu olhar no dela.

- O que foi Bill? - ela o encarava confusa.

- Eu te amo. - os olhos dele apertaram-se e as lágrimas escorreram leves e quentes por seu rosto angelical.

- Eu sei meu amor, eu sei... - Cléo apertou os olhos para chorar também enquanto acariciava afobadamente Bill com os lábios - Eu também te amo, pensei que não daria tempo de te dizer isso... De dizer que eu acredito no seu amor e que é esse amor que me mantém viva.

- Eu te amo tanto que fui capaz de dar minha vida a você. - ele segurou Cléo pelas mãos, estas encontravam-se tremulas e frias. - Minha garota, nem acredito que deu tempo de te encontrar, eu pensei que nunca fosse saber o que é amar alguém de verdade. - ele sorria encantadoramente em meio as lágrimas. - Você me fez a pessoa mais feliz deste mundo, mesmo que por pouco tempo...

- Então me deixa continuar te fazendo feliz Bill, me deixa provar a cada dia o quanto eu te amo, me deixa continuar sendo a sua vida, e pode ter certeza que eu também serei a sua...

- Cléo... - ele sorriu triste - Só há uma maneira de você provar que me ama agora.

- Qual maneira?

- Não rejeitando o meu coração e vivendo o maior tempo possível Cléo, até onde você aguentar.

- Eu rejeitar o seu coração? Nunca meu amor, eu não seria capaz... - ela sorria chorosa.

- Cléo você não está entendendo, eu não sei da onde eu vou tirar forças agora para te mostrar isso, mas, eu vou precisar fazer. Me desculpa amor...

Bill trouxe Cléo para junto dele e deu dois passos para trás com ela em seus braços, logo uma pequena cratera esfumaçada se abriu no chão e dentro desta Cléo viu a si mesma adormecida em uma cama de Hospital ligada a vários aparelhos, e mais ao lado viu uma sepultura preta e elegante com o nome de Bill Kaulitz fixado em letras douradas.

- Oh Meu Deus o que é isso? - ela tapou a boca com as mãos, fechou os olhos rapidamente para não ver mais nada, estava completamente assustada com a cena. Bill a abraçou novamente, ele a acariciava e a acalmava, sentia o coração dele bater forte dentro do peito dela. Ele apenas respirou fundo para começar a contar tudo a ela.

- Você piorou depois que eu e Tom fomos visitá-la. Logo em seguida você entrou em coma e, justamente no mesmo dia eu... Eu sofri um acidente de carro. - Enquanto Bill falava Cléo gritava em meio ao choro. Bill segurava a cabeça dela contra o peito dele. - Ambos fomos encaminhados para o mesmo Hospital, ambos em estado de coma...

- Não, não pode ser, isso não é verdade, não é verdade... - Cléo gritava enquanto ia deslizando pelo corpo de Bill até finalmente cair no chão.

- Eu estou conseguindo neste exato momento sentir toda dor que você sente, eu sinto seu coração apertando-se cada vez mais agonizante e isso me faz sentir tão vivo você me faz sentir vivo Cléo e é assim que eu permanecerei dentro de você.

- Bill, quer dizer que você... Você morreu? - ela mantinha-se de joelhos no chão enquanto Bill de pé acenava que sim com a cabeça. - Por que eu não morro também? Diga que eu vou morrer também, por favor!

- Ah Cléo? É isso mesmo que você quer? - Bill se sentou ao lado dela, encostou a cabeça da garota em seu peito e a amparou. - Me dói tanto te ver assim. Você consegue sentir seu coração batendo? - ele repousou as mãos no peito dela.

- Sim. Está doendo muito, e está tão acelerado que eu chego a escutá-lo. Você é a única pessoa capaz de deixá-lo assim, como se ele pertencesse a você e não a mim.

- É porque esse coração batendo ai dentro de ti é meu. Quando eu morri, doei-o a você.

- Você o que? - Cléo ergueu a cabeça lançando-o um olhar surpreso. Depois colocou as mãos sobre a mão de Bill que estava em seu peito. - Oh Meu Deus isso não pode ser verdade, nada disso é verdade, eu ainda estou sonhando, acorda Cléo, acorda pelo amor de Deus! - ela chorava no colo de Bill.

- Se você acordar agora, eu irei desaparecer.

- Não isso não, fica comigo, fica comigo Bill! - ela implorava ofegante em meio aos braços dele.

- Eu, de certa forma, sempre estive onde você esteve eu te procurei nos meus sonhos e depois que te encontrei, te levei no meu pensamento. - ele fechava os olhos para senti-la com mais amor. - E tem mais uma coisa... Esse coração que está batendo dentro de mim, ele... Ele é seu Cléo. Eu pedi para implantá-lo em meu peito. - Bill sentiu Cléo subindo de leve pelo seu corpo até a cabeça de ambos ficarem alinhadas. A feição dela era de surpresa, ela o fitava estática, com o rosto encharcado de lágrimas.

 - Co... Como assim? - ela gaguejou tremula.

- Nós trocamos nossos corações. Eu não suportaria a idéia de ser enterrado sem um coração, então eu levei o seu comigo para te eternizar em mim, para te carregar pelo infinito, para que cada vez que eu feche meus olhos eu te enxergue em meu interior, para que cada vez que eu toque em meu peito eu sinta só a ti, para que a cada lado que eu olhe eu te veja sorrindo para mim, para apenas ter a esperança de te encontrar quem sabe um dia para podermos finalmente destrocar os nossos corações... Esta foi a maneira que eu encontrei para nos eternizarmos e para que apesar da distancia que se firmará entre nós, permanecermos juntos para todo sempre.

Cléo não conseguiu dizer nada a ele, apenas o encarou boquiaberta por longos segundos. Como uma pessoa podia ser tão maravilhosa e apaixonada assim? Bill realmente a deixou sem ação. As palavras dele nunca a tocaram tanto, nunca a fizeram ter tanta certeza do quão verdadeiro era aquele amor que ele exalava e dedicava a ela e do quanto ela era sortuda por alguém como ele ter dado a própria vida por ela.

- Bill eu... Eu não vou saber viver num mundo onde você não exista. Então eu quero dizer aqui, onde quer que nós estejamos eu quero que Deus me ouça e respeite a minha escolha... Eu quero morrer, nunca desejei tanto a morte como desejo agora. Entre amor e morte, eu fico com a morte visando apenas ter o seu amor.

- Cléo, olha só o que acontece cada vez que você fala isso.

Bill a conduziu novamente para a cratera que encontrava-se no chão. Cléo viu-se novamente na cama de Hospital com alguns médicos a sua volta. Ela não podia ouvir nada apenas percebeu uma grande movimentação em volta dela.

- O que está acontecendo comigo lá embaixo Bill?

- Você está rejeitando o meu coração Cléo, é isso. Eu morri por ti, por amor a ti, se você optar pela morte abdicará de todo meu amor, você não pode fazer isso meu amor, volte para sua vida, lembre-se que eu sempre estarei com você Cléo, apenas viva tendo a certeza de que você sempre estará comigo também. - ele apelava a ela com o olhar.

- Não, você pode me pedir tudo Bill, qualquer coisa, menos para ficar longe de você, menos isso. - ela o abraçou quase saltando em seu colo, Bill apenas a apertou o mais forte que pode.

- Você acha que é fácil para mim te dizer para ir embora e viver sua vida? Não é fácil Cléo, não tem nada dentro de mim querendo que você parta, acontece que nós não temos escolha meu amor, o destino quis assim e só tem um jeito de nós nos reencontrarmos outra vez, só um jeito.

- Que jeito? Diga-me qualquer coisa que eu possa fazer pra te ter de volta comigo que eu faço.

- Você vai acordar desse coma, vai sair linda deste Hospital, vai entrar na faculdade, vai conhecer um cara legal, vai se apaixonar de novo, vai ter filhos... - Bill sentia seu coração despedaçar ao pronunciar aquelas palavras e toda essa dor era refletida nas lágrimas que escorriam dele. - Vai ser uma mãe maravilhosa, vai ser uma esposa maravilhosa... Depois você vai envelhecer saudável, e morrer naturalmente com a sensação de ter vivido intensamente sem que nada nunca tivesse te faltado, mas quando você for fazer tudo isso, faça pensando em mim.

- Vou continuar vivendo por você, como sempre foi... - ela beijou a mão suave de Bill a molhando com algumas lágrimas.

- E eu vou ficar aqui, te esperando o tempo que for preciso. Lembre-se que eu vou estar em cada batida do seu coração.

- Eu vou cuidar muito bem do seu coração meu amor. - ela sorriu de leve em meio as lágrimas.

- Agora vá! Quanto mais cedo voltar a sua vida, mais cedo nos reencontraremos. - Bill foi afastando o corpo de Cléo aos poucos do dele, ver a imagem dela sumindo a sua frente era desesperador, era como abandonar a pessoa que você mais almejava ter, era como abrir mão de tudo que você mais lutou para conquistar.

- Até mais meu amor, eu te amo... - ela ia chorando com os braços esticados, seus pés davam passos involuntários para trás, ela não conseguia ter controle algum sobre eles.

- Espere!- Bill correu em direção a ela pegando-a no colo e a beijando o mais apaixonadamente que podia. Seus lábios quentes encaixaram-se perfeitamente, a respiração forte demonstrava o desejo de permanecerem unidos, os braços e pernas entrelaçados formavam um só. - Quero ficar com a lembrança do seu gosto comigo. - ele disse com a testa encostada na dela enquanto as doloridas lágrimas inundavam seu rosto.

Cléo respirou fundo, agarrou a cabeça de Bill e começou a beijá-lo intensamente. Mas o momento de despedida foi sendo interrompido por uma voz que chamava por ela, esta voz foi ficando cada vez mais forte. Cléo já não sentia mais os lábios de Bill, já não podia sentir a presença de seu amado, o som das batidas de seu coração foram sumindo em meio a uma névoa branca que se formou a frente dos dois. Acordou novamente em um lugar que parecia já ter estado antes. Desta vez, tratava-se do Hospital. Ao abrir os olhos, notou sua mãe a encarando.

- Bom dia flor do dia! – Dulce abria um largo sorriso emocionado à filha.

- Mamãe, onde Bill foi? Ele estava aqui até agora. – Cléo perguntava meio zonza.

- Ele não está aqui agora filha, fique quietinha, você não pode falar muito, ainda está se recuperando. - Dulce apertava os olhos para chorar diante da emoção em ver a filha despertada para a vida depois de duas semanas de coma.

Cléo notou que estava ligada a vários aparelhos. Sentia-se muito fraca e seu coração doía muito.

- Mãe, eu não morri? – ela perguntava ainda sonolenta.

- Não filha, você não morreu e nem irá morrer. - a mãe da garota chorava cada vez mais acariciando o rosto da filha.

- Por que eu não morri? Eu me curei? - sua voz saia rouca e baixa.

- Não, mas... - Dulce respirou fundo para continuar a frase - Surgiu um doador de última hora.

Naquele mesmo instante Cléo lembrou-se de tudo que Bill havia lhe dito, um breve filme foi reproduzido a frente dela, as cenas de algo que ela acreditava ter sido um sonho realmente havia acontecido.

- Então é verdade mesmo? Não foi um sonho... - ela respirava ofegante enquanto chorava.

- Cléo? O que se passa? Por que chora meu amor? - Dulce não entendia a reação da filha.

- Bill, ele é o doador não é? Ele morreu para me salvar... Não é isso mãe? - Cléo lançava um olhar aflito a sua mãe, um olhar que parecia implorar para que nada daquilo fosse verdade.

 

Dulce

 

Permaneci estática ao ouvir aquilo de Cléo. Como minha filha podia saber de tudo aquilo se estava em coma profundo? Confesso que me assustei um pouco e na hora senti uma vontade de chorar incontrolável. Como confirmar aquele fato tão doloroso a Cléo? Como dizer a ela que a pessoa que ela mais amava nesta vida havia morrido? Até que ponto minha filha seria forte para aguentar o baque daquela noticia? Eu não disse nada, não foi preciso, deixei apenas que as minhas lágrimas acompanhassem as que escorriam do rosto dela. Por sorte minha um médico adentrou ao quarto, ele perguntou o que estava havendo e notou uma pequena alteração nos batimentos de Cléo. Gentilmente ele pediu para que eu me retirasse de lá e foi o que eu fiz. Eu segui pelo corredor buscando respostas e imaginando a dor da minha filha ao mesmo tempo em que ia agradecendo a Deus por ter posto Bill Kaulitz em nossas vidas. Naquele momento eu soube que tudo que eu fiz havia valido a pena e que por ela eu teria feito muito mais, assim como Bill fez.

 

Bill

Senti apenas minha vida me abandonando por inteiro quando Cléo desapareceu completamente a minha frente. Depois que me vi sem ela naquele lugar onde me encontrava, senti uma paz estranha, não sabia ao certo porque estava em paz se ao mesmo tempo estava tomado de uma dor sem fim. Eu era a única alma que ainda permanecia inundada de amor. Notei dois homens vestidos de branco vindo em minha direção:

- Você é muito especial. - um deles disse a mim.

- Nenhum de nós aqui carrega sentimento algum dentro de nós, mas o amor que você carrega dentro de ti é eterno. - o outro homem manifestou-se.

- Você morreu, mas, duas partes de você ainda vivem... Uma é o seu irmão idêntico, e outra é seu coração que ainda bate no peito da garota que você ama.

- Por isso você ainda não está inteiramente aqui. Nós não o enxergamos por inteiro.

- O que isso significa? - eu perguntei sem entender nada.

- Significa que a sua vida não acabou ainda, significa que você nascerá novamente.

- Você renascerá da mesma vida que deixou na Terra.

- Eu, eu ficarei aqui esperando pela Cléo, não vou a lugar algum sem ela. - eu disse determinadamente.

- Quem disse que você ficará sem ela? - um dos homens sorriu para mim.

- Você é parte dela meu rapaz, e ela é uma parte sua.

- Nós te daremos duas opções, você terá que escolher uma delas.

- A partir de agora você poderá decidir o rumo que a vida da Cléo tomará. Venha conosco, há muitas coisas que você precisa saber.

 

Eu os segui sem medo, eu precisava entender o que aconteceria comigo e com Cléo daqui para frente. Como eu daqui poderia interferir no destino dela? O que significava "Você renascerá da mesma vida que deixou na Terra." ? Tantas perguntas me angustiavam e eu encontraria em breve respostas a todas elas.

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Quais serão essas escolhas que Bill terá que fazer?
Finalmente Cléo despertava de seu coma, como seria sua vida daqui pra frente?
Coisas estão para acontecer, não percam o próximo cap.