A Culpa é Minha e das Metáforas escrita por Larissa Waters Mayhem


Capítulo 2
Capítulo 2 - O Velho Noel


Notas iniciais do capítulo

Obrigado pela a paciência gafanhotos



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Depois disso, Hazel entrou em sua casa, fiquei a vendo entrar, e quando fechou a porta, senti que realmente estou meio que apaixonado ( meio literalmente, pois eu não tenho uma perna e tal ). Liguei a chave, e fui para a casa. Dirigindo “Tranquilamente” (do meu jeito) Apreciava a paisagem urbana. Quando vejo uma figura familiar parada em um bar gritando:

‘’Eu não sou mais do que um mero cego nojento e repugnante!”

Dái que deduzi: Cabelos loiros e lisos, óculos fundo de garrafa, sentado no chão com uma garrafa na mão, conversando com a parede: Isaac. Estacionei o carro em frente ao bar. Saí do carro e gritei:

– Melhor levar esse doido para um sanatório! – Isaac levantou-se, levantou a garrafa e disse:

– Vamos brindar meus caros, com um amigo desses, certamente não precisamos de inimigos! – no momento todos do bar ficaram em silêncio, olhando para Isaac, uns seguravam a risada, outros simplesmente riam descaradamente.

Fui até Isaac, sentei ao seu lado, o mesmo estava chorando. Segurava uma garrafa de cerveja na mão.

– Cara, quer ficar bêbado, fique com estilo, beba um Whisky ou uma Vodka... – disse para tentar alegrá-lo.

– Olhe Gus, eu já disse para você quantas vezes amo amava a Monica? – perguntou Isaac.

– Bem, tirando as ultimas quatrocentas vezes... Acho que não. – respondi.

Isaac, tomou um gole de cerveja, e disse:

– Quando à conheci, certamente era a minha alma gêmea, ela era simpática, adorável, temos uma química incrível, quando a vejo sinto vontade de beijá-la...

– Certo, certo, corte essa parte. – cortei Isaac.

– Enfim, eu achava que mesmo depois de extrair os meus olhos, ela ficaria ao meu lado. Mas aí eu estava pensando, QUE TIPO DE MULHER FICARIA COM UM CARA QUE NEM AO MENOS POSSA VÊ-LA?

Fiquei em silêncio por um minuto. Eu sou da seguinte opinião:

– Se ela realmente o ama meu caro, vai passar todas as barreiras ao seu lado.

Isaac tomou mais um gole da cerveja:

– Gus! Eu juro, que se você não gosta-se da Hazel Grace, eu a roubaria de você!

Olhei para ele e gargalhei.

– Você não é nem louco! Bem chega de álcool por hoje! – disse tirando a cerveja da mão de Isaac.

– Qual é Gus! – disse ele.

– Você está prestes a extrair um olho, quer aproveitar e ficar sem fígado?

– Só você mesmo Gus! – respondeu Isaac sorrindo.

– Sabe o que eu acho? – disse Isaac se levantando-se

– Não faço idéia. respondo

– Acho que as nossas vidas dariam um bom livro!

Eu dei risada, três jovens que tiveram câncer, um alejado, outro cego e outra com câncer na tiróide! Fala sério.

– É Sério Gus! Iria ser espetacular.

– Bom então senhor maneiro, temos que ir.

– Isso é culpa das estrelas! – gritou Isaac. – ISSO É CULPA DAS ESTRELAS! – Isaac saiu correndo para o meio da rua, havia cones interditando a entrada de um posto policial local que estavam reformando a calçada. Isaac começou a chutar os cones, chutou todos. Bom, e o que eu fiz? Fiquei vendo aqui, como um bom amigo, decidi deixar Isaac descontar sua fúria nos cones da policia. Só não contava com um policial que saiu de dentro do posto gritando:

– VANDALOS! VANDALOS JUVENIS! – Ele era velho e barbudo, era tipo Gandalf do Senhor dos anéis, com um cassetete na mão foi em direção de Isaac.

– Ai vovô! É por acaso dia das bruxas? – disse Isaac. – Legal a fantasia.

– Diga mais uma palavra vândalo juvenil, que eu vou fazer você ver o sol quadrado! – o vovô policial disse apontando o cassetete para Isaac. Eu não resisti e gargalhei muito alto, que acabou chamando a atenção do vovô Gandalf, que veio correndo na minha direção, que parecia que ia me bater com aquela coisa.

– ISAAC, CORRE! – disse quando comecei a correr do papai Noel.

Isaac saiu correndo, correu tão rápido que eu o perdi de vista.

– Não adianta correr garoto. – disse o velho. Se aproximando.

Sabe, correr com uma só perna, enquanto a prótese se remexia para todos os lados, enquanto um velho tipo Gandalf corre atrás de você em um passo lesma, não é pra todo mundo.

Depois de alguns minutos tentando despistar o velho grudento, vi uma luz florescente de leve, a luz foi se aproximando, e mais e mais, quando vi uma aparição horrenda; um garoto magro, com cabelos loiros caídos sobre o rosto, óculos fundo de garrafa e segurando uma espada Jedi? Por acaso foi eu que bebi?

– SAAAAAI, SAI DE PERTO DO MEU AMIGO VELHO BABÃO! – disse Isaac apontando a espada para o velho.

– Calma ai Luke Skywalker. – eu disse gargalhando. O velho gelou e não disse nenhuma palavra.

– Agora você vai embora e vai dos deixar em paz. – disse Isaac.

O velho sorrio e disse:

– Vocês são doidos. – Após isso ele virou-se e foi embora.

Isaac olhou pra mim, e eu olhei pra ele. E nós caímos nos risos

– Você viu a cara dele? – disse.

– Vi! Nossa cara. – dissa Isaac se sentando no paralelepípedo.

– Cara, você foi até a sua casa buscar a espada?

– Fui...

– NA NA NA, NA NA NA, NA, NA, NA, Hey Jude! – Isaac começou a cantar tão alto, que se bobiar George Harrison o escutaria.

– Calma, calma, Isaac. Não adianta John Lennon não quer saber das sua voz ligeiramente desafinata desafinadas. – disse o empurrando para o carro.

– Isso é culpa das estrelas...

– Não culpe as estrelas por algo tão trágico, meu caro, o único culpado, somos nós mesmos.

**

– Gus! Gus acorde!

Acordei vendo o rosto da minha mãe, sorrindo.

– O que foi mãe? – disse me sentando.

– Hora de acordar! – disse entusiasmada.

– Sério? Nem reparei.

– Augustus Waters, não gosto desse sarcasmo, ouviu?

– Ta certo. – disse – Pega a minha prótese ali. – disse para mamãe, a prótese estava encostada no armário.

Minha mãe aproveitou e pegou umas roupas também.

– Quer ajuda para se trocar?

– Ta brincando né? – disse sorrindo. Eu não preciso de ajuda, tudo bem, sou um sem perna infeliz, mas eu ainda consigo me vestir.

– Ta, o café está na mesa, eu e seu pai vamos sair. – disse ela beijando a minha testa. – Tchau querido.

– Tchau mãe... TCHAU GRANDE HOMEM! – gritei para o meu pai.

– TCHAU CAMPEÃO! – respondeu ele da sala.

Mamãe saiu do porão, e eu fui me trocar. Foi na hora que eu lembrei que, precisava ir a uma livraria urgente comprar Uma Aflição Imperial. Troquei-me e nem ao menos tomei café, já eram dez horas, eu precisava ler esse livro.

Fui até a livraria, que estava vazia, entrei e logo me dei de cara com aquele velho policial da noite anterior.

– Vândalo Juvenil! – disse ele sorrindo, o que achei estranho, esse mago Merlin não me parecia muito amistoso na noite anterior.

– Olha, desculpe pelos cones e ...

– Não foi nada, eu nem era policial mesmo. – interrompeu-me .

– Mas então por que você...

– Sem mas perguntas meu rapaz, vamos entrar, acho que tenho algo que queira. – Mas poxa vida, aquele papai Noel só me interrompia, como ele sabe o que eu quero? Ele é tipo um guru ancião?

Entrei na livraria que se chamava, Noel Center, nossa que coincidência, não? O velho foi até uma prateleira e pegou um livro, o escondeu atrás das costas e disse sorrindo.

– Meu rapaz, adivinhe o que é.

– Hmmm, um livro? – disse tirando um sarro. Ele sorriu e me estendeu o livro, peguei-o e logo vi que era...

Uma aflição Imperial?!– Meu Deus, eu estava começando a me assustar, esse velho era o que, um dos fantasmas de Scrooge? Me dar lições em como eu preciso acreditar em Magos? Quando voltei a olhar para ele, ele havia sumido. Eu arregalei os olhos.

– Ai meu deus! – disse totalmente assustado. – Bom isso deve ter sido uma alucinação.

Peguei vinte dólares no meu bolso, fui até a caixa e o paguei. Quando sai daquele livraria, comecei a martelar aquele velhinho na minha mente... O que era ele? Então liguei para o Isaac, que atendeu com a voz sonolenta.

– Eaí cara. – disse

– E essa voz de sono? Levante-se viva a vida!

– Muito engraçado Gus, o que foi?

Eu respirei fundo, eu creio que se contar isso Isaac com certeza vai me achar um cara maluco.

– Eu vi o velhinho de ontem... Aqui, agora. Só que ele desapareceu de repente, meu chapa, bom, acha que eu estou maluco?

– Isso é sério cara? – disse ele em um tom surpreso. – Ontem quando cheguei em casa, liguei a TV, não sei por que razão coloquei no canal dezenove e simplesmente eu vi ele no lugar do ancora.

– Isaac, você estava bêbado. – disse.

– Então como você viu? Como posso saber se você não bebeu e está vendo coisas? – disse ele.

– Certo, meu chapa, vou desligar, tenho que ser um livro chamado Uma Aflição Imperial pela Hazel Grace.

– Ta certo, bom vou ir ver a Monica, sabe... Aproveitar meu olho...

Desliguei, nem mesmo queria saber se ele já se reconciliou com a Monica, os dois sempre brigavam, mas depois um engolia o outro, se é que você me entende... É meu caro, o amor jovem é algo que nem a mente mais sensata consegue desvendar.

**

Cheguei em casa e meu pais ainda não haviam chegado, me deitei no sofá e comecei a devorar o livro.


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Notas finais do capítulo

Acabei o capítulo! Finalmente!