A Mais Bela Tulipa escrita por MegamiAtena, Shaka Psico


Capítulo 3
Capítulo 3 - Lembranças e um novo começo...


Notas iniciais do capítulo

Pessoal quando tempo, como passaram o natal e a virada do ano? Esperamos que tem passado bem. Bom sabemos que o capitulo demorou, afinal o tempo da postagens de nós duas diminuiu e isso acabou afetando a demora para sair o capitulo...

Meninas e Meninos aqui vai o terceiro capitulo para vocês. Esperamos que gostem!



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Apenas um beijo...

Eu agradeço... Mas você é muito mais jovial do que eu. –sorri com aquelas palavras, animando mais o rosto do lilás. Com todas aquelas caricias e lábios encostados, perigosamente. Apreciei aquele momento saudoso.

Aqueloutro parecia querer meus lábios, e esse é um momento sério para o meu egoísmo, degustar a parte carnuda. Rocei levemente meus lábios no dele, apertando contra mim.

Por um momento beijá-lo, eu estaria lembrando-me de como era beijar o meu querido Atla? Hmm... Não queria, apenas quero que seja diferente. Um beijo super diferente e com um gosto especial, mas realmente eles são idênticos. Ah que perfeito, esse desenho é meu...

Conquisto a boca do lemuriano com os meus lábios, todavia minha língua sai à procura da dele, encontrando facilmente. Meus braços envolviam a cintura dele, carinhosamente.

Um gosto, doce... Começo a explorar cada canto do acesso. Aproveitei-me para deslizar meus dedos pelos cabelos macios do jovem estudante...

Era apenas um beijo, cheiro de sentimento. O que ? Como assim? Ele é apenas meu amigo, por que estou fazendo isso? Eu não sei... Eu apenas estou gostando dessa osculação.

Minha alma está sendo alimentada com o sentimento que faltava...

Depois de seu atrevimento, refletiu... Quando pensou em fugir, sentiu-se abraçado... Ele correspondia ao beijo...

Sentia-o invadir-lhe os lábios, acariciar-lhe com a língua vasculhando cada canto... Não sabia muito bem o que fazer, apenas deixava-o guiar...

Seu corpo se arrepiava, seu rosto esquentava e pensou desvanecer quando o moreno o segurou pelo cabelo... Entregara-se por completo a seus braços... Era a melhor sensação que já havia sentido... Seu corpo se aquecia... Era tudo novo, diferente, bom...

Aquele gosto doce, os braços fortes o envolvendo... Seu cheiro viril... Mágico... Perfeito... Não queria que esse momento acabasse...

Após longos minutos de um beijo terno e suave, sentiu-se separado do objeto de seu desejo e gemeu suavemente em protesto. Deparou-se com aqueles olhos que lhe desnudavam intensos... Envergonhou-se e tentou esquivar-se... A situação era realmente constrangedora... Virou o rosto, fitando o chão, apertando as mãos uma contra a outra.

Pensou em levantar-se, mas tampouco teve coragem. Talvez devesse quebrar o silêncio, mas não sabia muito bem o que dizer.

– Ah Reg... Bem... – Os sentimentos eram intensos, mas as palavras não saíam... Uma explosão de intensidade no seu interior lhe gritava alto... Deixou uma lágrima escapar...

Um ósculo perfeito, delicioso e ousado. As caricias suaves e meigas, apenas aproveitando do momento. Realmente eu me aproveitei dessa situação.

Meu atrevimento estava muito elevado, minhas mãos passeavam pelos longos cabelos lilases, amando. Minha língua explorava todos os cantos da boca rosada e brincava de forma flexível com a língua dele.

Unicamente usufruir de tudo aquilo...

Não demorei muito para largar os lábios do jovem lemuriano, mas eu precisava, pois meu interior estava muito quente, ardendo como fogo. Talvez a ousadia tivesse ficado fora do controle.

Suspirei e fiquei admirando-o cada pedaço do rosto, não pronunciei nenhuma palavra, apenas permaneci em silencio quando o vi virar o rosto, envergonhado. Sorri com aquela expressão, adorável e fofa. Ah... Que lindo. O Atla fazia muito isso.

Mexi as pernas e olhei para o céu azul, sendo coberto por algumas nuvens.

Talvez devêssemos ir para um local fechado, uma tempestade está para vir. – respondi afobado... Voltei a olhá-lo, observando as lágrimas caírem sobre o pequeno rosto alvo. – Hey, o que houve Mu? Não fique assim. Perdoe-me pelo o que eu fiz. – toquei levemente no rosto dele, limpando as lágrimas teimosas. - Eu deveria ter me controlado, para não te assustar. – terminava de limpar as lágrimas dele e abraçava-o levemente.

Corou violentamente com a reação do outro. Ele parecia tão... Tão descontraído. Talvez devesse ficar também. Balançou levemente a cabeça e cessou com o pranto quando se sentiu abraçado por ele. Retribuiu o gesto carinhoso, aninhando-se em seu peito.

– Tudo bem, está tudo bem. – Fechou os olhos e relaxou no calor gostoso e acolhedor que ele lhe proporcionava. Mais alguns minutos e adormeceria como criança naquele aconchego. Era bom estar assim, junto a ele.

Um estrondo forte o fez estremecer em seus braços fortes e quando deu por si, sentiu grossas e pesadas gotas frias caírem por seu corpo. Assustou-se levantando de imediato e olhando para os lados, percebeu não haver abrigo próximo... Apenas uma árvore... Não era o esconderijo mais seguro num dia de chuva, principalmente com raios e trovões, mas não havia alternativa. O banco onde estavam sentados era de metal, mais perigoso ainda.

– Venha, vamos sair daqui. – Pegou sua mochila e puxou a mão do rapaz de olhos azuis fazendo-o acompanhar-lhe.

Apesar do incômodo das agressivas gotas contra sua pele, a sensação da água era refrescante e gostosa. De alguma maneira trazia alívio e redenção à alma.

Encostou-se em um jasmineiro, aquele das flores branquinhas bem pequenas e cheirosas. Sim, era época de seu florescer.

Acomodou a mochila num galho bem protegido da chuva pela folhagem. Viu-o de frente para si, mirando-o enternecido. Ele parecia hipnotizado e aqueles olhos tão azuis brilhavam mais que nunca. Segurou suas mãos suavemente retribuindo aquele olhar. Havia algo no ar, que parecia magnetiza-los.

O cheiro suave do jasmim se mesclava com o odor de terra fresca e outras flores do parque. O vento soprava forte e úmido, tocando o rosto de maneira refrescante e as gotas pesadas ensopavam os cabelos, as roupas... Acariciavam os rostos.

Fechou os olhos momentaneamente, aspirando profundamente. Sentia-se renovado, refeito. Seus medos, dúvidas e inseguranças eram lavados junto com sua alma. Era uma sensação única e translúcida.

Abrindo vagarosamente as embriagantes orbes verdes, soltou todo o ar que se prendia. Pelas mãos o aproximou de si. Tocou seu rosto levemente, sorrindo abertamente enquanto tragava aquele olhar forte e resoluto para si.

– Reg, eu não sei porque, mas você é tudo que eu quero agora... – Deu passo á frente e o beijou apaixonadamente, enlaçando seu pescoço, levantando os pés ligeiramente para alcança-lo melhor. Nada mais importava naquele momento.

Logo foi correspondido, perdendo-se completamente naquele ato de amor único. As bocas e línguas entrelaçadas num ritmo perfeito e sincrônico. Acariciava os cabelos revoltos e molhados, aspirava seu cheiro amadeirado misturado ao jasmim doce e delicado... E assim permaneceu até a alma estar complemente saciada daquele calor que tanto o completava...

Um abraço confortante era somente que precisávamos, algumas pequenas caricias também. Observei os lábios abrirem lentamente para responder-me. Sorri ao vê-lo aconchegando sobre meu peito.

As nuvens passavam rápidas, carregadas com a água que estava já molhando uma parte daquele local, vários ruídos assustadores invadiam nossos ouvidos, olhei para o local em buscar de um cenário que tivesse algo para fugir da chuva, mas não deu muito certo, quando vi o jovem de cabelos lavandas havia me puxado para o outro lado do parque onde havia uma árvore, não muito grande, porém era onde poderíamos fugir das agressivas gotas por um tempo.

Gostava da chuva, aquele tempo...Era ótimo para pensar sobre o passado, ou talvez o sobre o futuro que estava por vir, deixei as gotas tocarem em minhas mãos, tranquilizando-me.

Estava simplesmente apaixonado por tudo aquilo, na verdade eu queria entrar debaixo daquela chuva e apenas sentir o prazer daquilo.

O cheiro daquelas flores junto com a essência da chuva fazia tudo ficar agradável como sempre, passei a olhar o menor novamente, com um olhar meigo e felino.

Sentir aquelas delicadas mãos tocarem as minhas de um modo afável e confortante... Suspirei com aquilo e apenas abri um sorriso.

Um sentimento que estava sentido agora, totalmente acolhedor, queria poder ter aquele lemuriano em meus braços e poder acariciá-lo todas as manhãs, tarde e noites. Poder ensinar muitas coisas da vida... Não que eu fosse velho o suficiente, mas eu tinha aquele desejo...

Respirei fundo ao sentir as mãos alvas passarem pelo meu rosto suavemente e cuidadoso. Como era gostoso aquilo, segurei de leve as mãos dele e depositei um beijo nelas, arrebatador.

Eu... Desejo você perto de mim... Sempre. – disse antes que ele de me beijar, segurei na cintura delicado, onde eu pude fazê-lo tem um apoio em mim naquele momento. Beijei, aproveitando e explorando novamente cada canto da boca do menor.

Completando-se, acariciando o rosto e pescoço do jovem com muita ternura para que eu não pudesse machucá-lo. Aspiramos diversos cheiros deliciosos, exalando o local onde estávamos. Várias gotas batiam sobre nós, fazendo a água escorrer sobre nossos rostos e invadir o beijo.

Passamos um bom tempo debaixo daquela chuva nos beijando, carinhos e muito mais,porém estava ficando frio e muito escuro. Paramos o encontro dos lábios por um tempo e passamos a trocar os olhares. – Precisamos ir para casa, estamos ensopados... Desse jeito ficaremos doentes.– disse quebrando o silencio...

Foi mágico... Mas uma hora teria que voltar à realidade! O beijo acabou, a chuva cessou e o frio começava a penetrar sua pele. Tremeu.

–Eu... Eu preciso ir pra faculdade ainda, não posso faltar... Mas vamos nos ver de novo? Quero ficar perto... – O abraçou novamente. Seu coração já não mais lhe pertencia, mas sim àquele homem que mal conhecia. Parecia loucura, mas não podia nem queria mais negar.

Tinha que partir, mas não queria soltá-lo. Continuou agarrado a ele como se disso dependesse sua vida. Ah, a paixão... Faz a todos perder o controle e a razão. Com ele não era diferente. O gosto dos lábios, o cheiro viril, os olhos marcantes... Seu corpo reagia intensamente na presença de seu pequeno rei...

Mas não houve jeito, tinha que focar nos estudos, afinal fora pra isso que deixara sua terra natal! Sua obrigação era dar orgulho a seu povo e desmistificar os perigos da cidade... Não é porque Atla tinha se acidentado e falecido que o mesmo aconteceria com ele.

Separou-se, fitando-o nos olhos e dando um ultimo selinho. Abriu a mochila e de lá tirou papel e caneta anotando seu telefone e entregou ao outro, um tanto tímido.

– Não sei o que está sentindo, mas eu queria muito te ver de novo, sentir seu calor, seus beijos! Até mais! – Virou-se pronto para partir... Tinha medo de que ele não reagisse como esperado...

As roupas estavam totalmente molhadas, e mergulhei o pensamento daquele inicio de noite sobre o que poderia iniciar-se naquele instante...

Mas... – senti os braços do menor, entrelaçar-me com um gesto tão meigo. – Claro que sim... Iremos nos ver sempre. –respondi com um tom suave, como se fosse uma bela melodia. Não sabia o eu que estava falando, mas realmente, aquele jovem conseguia me prender... De um jeito tão confortável. Nem Atla conseguia fazer isso.

Não conseguia deixá-lo partir, mas se eu não deixasse,perderia a aula na faculdade... Mas ele está todo molhado, na verdade nós dois estamos. Precisamos nos trocar, quer dizer... Ele precisa ir mais rápido que eu. Afinal eu ainda posso ficar mais um pouco aqui, já que não tenho nada para fazer... Talvez. Estou confuso.

Na verdade estou um pouco assustado, porque foi assim que o meu querido Atla se foi. Era um dia de chuva e ele precisava ir embora, mas não tivemos muito contato naquele dia. Efetivamente tínhamos brigado algumas horas antes, brigamos feio. Aquela altura eu não poderia ter feito nada, apenas pude olhar tudo na minha frente...

Ah, não... Não quero deixá-lo ir sozinho. Preciso fazer alguma coisa... E rápido... O vi anotando seu telefone delicadamente e decidi abri meus lábios antes de vê-lo ir.

Espere... Será que eu poderia te levar? –segurei no papel que o lilás havia me entregado, apertei e guardei junto da carteira que estava em meu bolso. Aguardei a rápida resposta, estava torcendo para que fosse sim...

– Eu... Não quero incomodar... Mas seria um prazer... É aqui pertinho, vamos a pé que é melhor... – Estava corado, porém seu coração saltitava de alegria ao ver que era correspondido em seus sentimentos.

Preferiu ficar em silêncio, porque simplesmente não sabia o que dizer... Ao caminhar sentiu que ele pegou sua mão e corou imediatamente. A faculdade não ficava a muitas quadras dali, então tratou de apressar o passo para chegar logo... Estava extremamente envergonhado.

Mas seu coração sentiu-se orgulhoso por ele segurar sua mão, querer acompanha-lo até a universidade. Sentia-se querido.

Ao aproximarem-se avistou ao longe um rapaz moreno que os olhava de maneira indiscreta. Aquilo o incomodou... Mas antes que pudesse dizer qualquer coisa ao pequeno rei, o mesmo aproximou-se e abordou o homem de olhos azuis.

– Reg, você por aqui cara! Mas esse seu namorado... Estive longe, me disseram que o Atla tinha morrido, mas esse rapaz só pode ser ele, apesar de que o cabelo é maior e...

Sem dúvida aquele homem parecia bem íntimo de Regulus, tanto quanto indiscreto. Seu coração estremeceu por completo. Então era isso... Esse encanto repentino... Ele havia conhecido o Atla, namorado com ele.

Sempre foram parecidos... Inclusive na vila todos comentavam sua semelhança... Era isso... Ele não gostava de si, mas da lembrança do Atla... Soltou-se de sua mão e o fitou com espanto e tristeza.

– Então é isso! Você não gosta de mim... Essa tristeza nos seus olhos... É a morte dele... Você se aproximou de mim por causa dele... Eu sou só o substituto de uma lembrança... Você é... É... – Não consegui dizer. Olhou o rapaz desconhecido que parecia assustado e seu pequeno Rei, que parecia em estado de choque.

Saiu correndo antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, pois não queria que visse suas lágrimas. Trancou-se no banheiro da faculdade e deixou toda aquela dor, aquela decepção escorrer por seus olhos, chorando baixinho, para que ninguém percebesse sua presença.

A vida trazia surpresas e da mesma maneira que a alegria veio arrebatadora, a tristeza destruía seus sonhos e seu coração. Era terrível saber que havia sido enganado daquela forma... Que ela havia brincado com seus sentimentos.

Nunca em sua vida odiara ninguém como a Atla agora... Mesmo sem vida mantinha consigo o coração daquele por quem se apaixonara...

Tentou acalmar-se durante as aulas e ao chegar à noite em casa, pensou que estava sendo injusto com a alma de Atla, afinal ele havia perdido a vida... Não tinha culpa de nada.

Por mais que sua cabeça desse voltas e voltas, estava tão exausto que adormeceu e conseguiu bom descanso durante à noite. Na manhã seguinte foi normalmente à seu trabalho, permanecendo mais que o necessário, para descontar a saída antecipada do dia anterior. Foi direto à faculdade...

Pensava em suas tulipas, que ficariam sem cuidados, mas não queria correr o risco de se encontrar com ele... Não queria vê-lo... Nunca mais... Por mais que seu coração não entendesse isso...


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Notas finais do capítulo

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