Jogo da Morte escrita por Aryaah Niss


Capítulo 9
9º Dia


Notas iniciais do capítulo

Liss medrosa...
Tudo bem, tem um motivo para todos ficarem assim, inclusive Castiel.
Espero que gostem!



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Acho que nunca dormi tão bem em toda a vida, estava quente, mas algo vibrando em meu bolso me acordou. Abri os olhos em êxtase e olhei ao redor. Uma grande quantidade de luz veio em meu rosto, cegando-me. Depois de um tempo, meus olhos foram se acostumando com a claridade e foi nesse instante que vejo um azul límpido e profundo acima de mim.
Liss estava ali, ao meu lado, deitada em meu ombro com seus braços ao meu redor, em um sono profundo.
Peguei rapidamente o celular de meu bolso para ver que horas eram e quem estava ligando, antes que ela acordasse, mas já era tarde, aquelas grandes orbes negras e cintilantes estavam me observando com um sorriso doce.
– Fala Lysandre – pronunciei sonolento depois de olhar quem era no visor do telefone.
– Onde você e Liss estão? – perguntou com a voz irritada – Estou ligando desde cedo para vocês, e ninguém me atende.
– Desculpe, acabei dormindo demais – olho para a menina ao meu lado, encarando-me curiosamente.
– Não me diga!? – disse tentando imitar a ironia de Liss, e deu certo – Mas onde está Liss?
– Está aqui do meu lado – informo.
– Você está levando-a para o mau caminho. As crianças sabem que horas são? – perguntou ainda com uma voz estressada. Reviro os olhos, mas antes de responder, ele o faz automaticamente. – São 09h11min.
– Ele quer falar com você – tirei o telefone do ouvido, deixando meu amigo falando sozinho, enquanto passava-o para a baixinha. Lysandre não conseguia brigar com ela, e quanto a mim era algo rotineiro.
– Alô? – falou um pouco incerta – Foi mal, Ly, mas não vai dar para chegar para as últimas aulas, então nos vemos depois.
Olhei-a de boca aberta, como ela conseguia fazer Lysandre se acalmar tão facilmente? Ela continuou proclamando algumas palavras e finalizou: – Nós levaremos. Então nos vemos na hora da saída, te encontramos na sua casa. Beijinhos – falou carinhosamente e desligou.
– Como... – eu tentei formular a frase certa. – você conseguiu isso?
– O que? – perguntou inocentemente.
– Nada... – Resolvi deixar para perguntar essas técnicas depois.
Beijei a testa de Liss, que se virou e ficou por cima de mim, acariciando meu cabelo com uma mão e se equilibrando com a outra, ela chegou perto beijando meu pescoço. Respirei fundo e empurrei-a, ficando por cima dela, puxando seu rosto para um beijo feroz, vindo inesperadamente.
E ali ficamos olhando o mar e... namorando. Quando vimos o relógio, já eram 10h19min. Liss puxou-me uma última vez para um beijo, dessa vez mais doce e menos "quente", e comentou:
– Melhor irmos, estou começando a ficar com fome.
Levantamos e seguimos em direção à minha casa, por algum motivo o carro do meu pai estava na garagem, isso significava que ele tinha chegado. Entramos em casa, estávamos um pouco sujos de areia, e seguimos para o meu quarto.
Antes de chegar ao quarto, meu pai surge da porta que vinha antes da minha, analisando-nos de cima a baixo, com feição preocupada.
– Bom dia, tio! ­– desejou a baixinha receosa, notando a feição do meu pai.
– Aconteceu alguma coisa? – perguntei sem receios.
– Não, nada. Apenas alguns problemas no trabalho, mas nada de mais. – Provavelmente era alguma coisa relacionada ao chefe do meu pai, que era pai do Dake, um colega de classe. Eu até me dava bem com ele, éramos famosos entre as garotas, mas não era assim tão ligado a ele. – E vocês, crianças, de onde vieram? – perguntou mirando nossas roupas amassadas e cheias de areia, e não eram nossos uniformes.
– Nós estávamos em uma aula ao ar livre, de... – parei tentando inventar uma desculpa, mas fui interrompido por Liss, que tomou a iniciativa.
– Era uma pequena excursão para a praia. Era um trabalho de campo, de geografia, referindo-se às rochas, e de biologia na área da ecologia – falou completando o pequeno discurso improvisado, mas que, por incrível que pareça, ele acreditou.
– Que bom... – comentou sem ânimo e sem notar muito que dizia – Comprei comida japonesa, está lá na cozinha.
Meu pai voltou para dentro de seu quarto e deixou a passagem para que entrássemos no meu.
– Que aconteceu com o tio Damian? – perguntou curiosa.
– Sei lá. Deixe-o, deve estar passando por problemas no trabalho – citei pegando uma roupa e indo em direção ao banheiro.
Depois de ambos prontos, já eram 12h44min e nem café da manhã tínhamos tomado. Fomos até a cozinha comer a comida que meu pai havia trazido e, logo em seguida, fomos até a porta gritando um tchau ao meu distante pai e seguindo em direção à casa que ficava a duas quadras da minha.
Toquei a campainha do duplex verde água à nossa frente e Armin atendeu a porta e nos encarou contrariado. Liss retribuiu o olhar desconfiada e incerta, o garoto a nossa frente apenas nos deu passagem para que entrássemos.
– Que olhar foi esse de agora? – Liss se pronunciou, olhando Armin fechar a porta.
– Eu disse para vocês jogarem o quanto antes, e vocês fizeram o que? Eu não faço ideia, mas jogar é que não foi – falou em um tom irritado.
– Esquecemos, desculpe... – pronunciou Liss com seus olhinhos pidões.
– Tudo bem – Armin falou, acalmando-se.
– Mas se quando matamos alguém no jogo, ela morre... – falou a nanica. – Como vamos jogar?
– Fazendo as missões secundárias e fugindo de quem tenta te matar – disse simplesmente – Trouxeram os computadores?
– Aqui está – colocamos os nossos notebooks em cima da mesa, junto de dois outros, um que provavelmente era de Lysandre e outro de Armin.
– Certo. Agora vocês têm que logar suas contas e jogar um pouco, para que nada aconteça com vocês – citando isso, vi em seu rosto que ele sabia de algo que estava omitindo, olhei para Liss que já estava digitando sua senha.
– Tem mais uma coisa...
– Você descobriu algo mais? – perguntei já sabendo a resposta.
A loira ao meu lado tirou sua atenção das teclas e focou-a na resposta de Armin.
– Aqui está – ele trouxe para próximo os papéis largados em cima do sofá e entregou-os a mim.
– "Game Over! O jogador 6667 acaba de ser desclassificado por falta de assistência ao jogo. Boa sorte, jogador 6667, na sua batalha final! Jogo da Morte" – estremeci. Olhei para o computador e logo digitei a senha, iniciando o jogo.
– Entendeu o porquê da pressa? – Liss assentiu e eu voltei minha atenção às missões à minha frente.
– Esse era o email do Carl.
Todos se entreolharam, e voltaram a seus computadores, eu e Liss jogando, Lysandre fazendo pesquisas no site do jogo e Armin entrando nos emails alheios, não que eu me importasse com que ele quebre regras, até porque, eu mesmo já cansei de hackear alguns.
– Castiel me ajude, não consigo me mover, ele usou alguma armadilha comigo... – Liss me chamou desesperada, o que não era normal ela se preocupar tanto com isso, mas nesse caso até eu me desesperei, e fui até onde a personagem dela estava.
– Esse número, 4151...
– Estou chegando! – eu parecia mais alarmado que a própria Alice.
Levei meu personagem até encontrá-los, usei todos os meus recursos para separá-los sem machucar o adversário dela, não queria que uma pessoa inocente morresse por causa de um jogo, apesar de saber que fui culpado por outras mortes, mesmo sem saber que era isso que causava a súbita morte dessas pessoas. Agora que sei, tento ser cuidadoso.
– Foge!
– E você? – citou preocupada.
– Vai! – gritei.
– Eu vou só distraí-lo e já chego a você!
– Vou logar para ajudá-los – citou Armin, digitando algo rapidamente.
Em um piscar de olhos ele estava atrás de mim e jogou o jogador 4151 para o mais distante de nós.
– É o Nathaniel! – anunciou alto o hacker – Temos que correr e despistá-lo.
E foi o que fizemos. Depois de estarmos seguros, nos desconectamos daquele mundo de massacres e assassinatos e fomos comer algo enquanto pensávamos em um plano para não precisar matar ninguém e não morrer, claro.
– Temos que alertar aos outros – avisou Liss de súbito.
– Amanhã faremos isso, hoje é melhor descansarmos – comentou Lysandre, seguindo em direção à escada – Liss, você pode dormir no quarto de hóspedes, agora Armin e Castiel têm a opção de um ficar na cama debaixo do meu bi cama e o outro no sofá, podem tirar a sorte ou se matem ai para decidir.
– Não precisa... – pronunciou timidamente a baixinha, já próxima a escada, mais rubra que meu cabelo – A cama do quarto de hóspedes é de casal, se Castiel quiser, pode dormir comigo.
– Se você quiser... – os olhos bicolores de meu amigo vagaram de Liss para mim e vice versa, até começar a entender as coisas, dando mais atenção às minhas trocas de olhares entre nós – Se já se decidiram, Armin pode ficar na cama de baixo.
E ambos seguiram o caminho até o quarto de meu amigo, deixando-nos para trás. Mirando-nos fixamente até eu pegar as nossas mochilas que estavam postas sobre o sofá e me aproximar dela.
Subimos até nosso quarto, fechei a porta e descarreguei as mochilas no chão ao lado dela. Liss estava próxima a cama, quando a surpreendi, beijando seu pescoço por trás, que logo se arrepiou. Seguro sua cintura, levando minhas mãos por debaixo de sua blusa, e subindo cada vez mais até chegar ao seu sutiã. Ela se adianta virando-se para mim e levantando minha blusa tirando-a logo em seguida. Com as minhas mãos na barra de sua blusa, rapidamente a puxo por sobre sua cabeça, jogando-a ao chão e empurrando a pequena para trás, de encontro com a cama. Liss me puxa para outro beijo, enquanto suas pequenas mãozinhas passeavam por minhas costas nuas. Desço minhas mãos até o zíper de sua calça abrindo-o e agilmente o tiro, fixando meus olhos em seu corpo seminu abaixo de mim. Ela segue o caminho de minhas costas, descendo e chegando à barra de minha calça abrindo o zíper, tiro-o rapidamente e...


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Notas finais do capítulo

Pobrezinhos dos meninos, Lysandre e Armin, segurando vela ;P
No próximo capítulo entrará mais um no time dos castiçais, quer dizer, no time de investigações. xD
Enfim... Espero que tenham gostado e reviews são sempre bem vindas ;)
Beijinhos, até o próximo!



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