Jogo da Morte escrita por Aryaah Niss


Capítulo 12
12ºDia


Notas iniciais do capítulo

Mil Desculpas!

Andei desaparecida do Nyaah por motivos particulares, mas estou tentando colocar tudo em dia para não atrasar mais JM!
Tentarei não atrasar, não prometo postar todos os dias, infelizmente não tenho essa disponibilidade de tempo, e nem tamanha criatividade hehe..
Agradecimentos especiais às recomendações da Harumi Kuronuma e da MecAllah, obrigada meninas!
Bom Capítulo!



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Despertamos pela manhã com o som do celular de Liss ao meu lado, ela o pegou e desligou o despertador, que tocava para indicar que devíamos levantar e nos preparar para a aula que começava daqui a uma hora. Senti ela tocar meu rosto, e sussurrar em meus ouvidos:
– Hora de acordar, Cas... – Ela alertou docemente, mas com uma pontinha de tristeza em sua voz.
– Eu sei, estou acordado. – Resmunguei sonolento.
Abri apenas um olho, observando-a levantar-se e seguir para o banheiro levando o uniforme. Levanto em seguida, indo em direção a minha mochila, para pegar minha roupa. Assim que ela sai do banheiro, já pronta e com o uniforme impecável mas personalizado típico de uma vice representante rebelde, sigo para a porta de onde ela saiu, desejando-lhe bom dia e beijando-a, entro no banheiro tomo um banho rápido e me arrumo em um segundo saindo do banheiro e indo me juntar à Liss e Lysandre na cozinha.
– Bom dia! – Desejou meu amigo.
– Bom dia! – Respondi.
– Preparados para o plano de hoje? – Ele perguntou, mordendo sua torrada. – Não esqueceram suas listas certo?!
– Claro. – Falamos eu e Liss ao mesmo tempo.
Fomos em direção a garagem, eu vou até Martha e Liss acompanha Lysandre até seu carro, paro perplexo com o capacete azul nas mãos olhando-a levemente irritado.
– Vai com Lysandre? – Pergunto revoltado.
– É que, sabe... – Ela demora a falar, o que me deixa mais irritado e provavelmente deveria estar vermelho nesse momento. – Ah... Deixa para lá.
E segue ao meu lado puxando o capacete de minhas mãos, desistindo de ir de carona com meu amigo, que logo da uma risada revirando suas orbes bicolores como uma criança entediada de nossa discussão.
Ao chegar no colégio fomos procurar nossos amigos, mas encontramos apenas Nathaniel que estava vindo até nós com sua lista de nomes nas mãos.
– Já falei com a Melody e ela já me ajudou a alertar a Bia sobre o jogo, vamos a aula já vai começar. – Ele citou, indo em direção à nossa sala de aula.
Nós entramos, e fomos para nossos lugares, mas não deixamos de nos comunicar por causa da aula chata de história. Enquanto Faraize explicava alguma coisa sobre revoluções, eu e Liss trocávamos mensagens de texto conversando acompanhados por Nathaniel e Lysandre. O plano era simples, mas precisávamos esperar até o intervalo para alertar a lista enorme que cada um tinha em mãos.
– Senhor Writer, poderia explicar à classe sobre os motivos dessa revolução? – Faraize estava mesmo empenhado em me irritar hoje, nem sei de qual revolução estávamos falando. – Então, senhorita Ross, vejo que também está muito atenta à aula, diga-me.
– Então, os motivos... Foram que a classe operária não estava satisfeita com sua... situação e ... – Ótimo, eu fui tentar dar uma de bonzinho para a Liss não se ferrar e quem se fode sou eu, bendita hora que eu resolvi abrir minha boca.
– Muito bem, senhor Writer... – Acertei? – ... se nós estivéssemos na aula de Revolução Industrial e não na de Revolução Russa.
Todos riram, até eu, que me safei com alguma frase sarcástica que fez o professor se irritar mais ainda, de qualquer forma eu sempre conseguia um jeito de escapar das broncas, não me preocupava muito com isso, principalmente pelo fato de estarmos envolvidos em uma série de assassinatos e não tava nem ai para a escola nesse momento.
E o sinal tocou, por sorte antes de Faraize fazer qualquer discurso sobre atenção na aula e provas chegando, blábláblá...
Seguimos para nossa tarefa no intervalo, até agora não havia visto Armin, que matou as primeiras aulas, sortudo. Fui procurar Íris, ela me ajudaria à alertar o resto do grupo e ela mesma tomaria mais cuidado.
– Nossa, Castiel, por que tanta urgência. – Falou a ruiva ao meu lado, reclamando do aperto em seu braço. A solto e viro-me de frente, esclarecendo parte da história.
– Armin e Lysandre já devem ter te alertado de algo em relação ao jogo. – Os olhos verdes da menina me fitaram, analisando-me.
– Falaram algo sobre mortes, mas achei que era brincadeira deles, sei lá. – Disse sincera.
– Mais não é, e você deve tomar cuidado para não matar ninguém no jogo e muito menos ser morta, escutou? – Proferi quase perdendo o fôlego até sentir alguém me agarrar pelas costas.
– Obrigada! – Agradeceu Liss, referindo-se a pequena ajuda na aula de história. – Oi, Íris.
Liss e Íris se davam bem, mas uma tinha ciúme da outra, era uma relação engraçada, elas conversavam numa boa até... eu chegar e elas começavam a implicar uma com a outra. Não era como Rosa e Liss que tinham uma amizade imensa, mas também, não eram inimigas mortais como Ambre e a baixinha, mas elas se suportavam.
– E aí, Liss, a muito tempo não conversamos. – Disse com sinceridade.
– Verdade, temos que nos encontrar mais vezes. – Falou a baixinha sem sarcasmo na voz. – Cas, já explicou sobre o jogo?
– Estava fazendo isso. – Ao terminar de falar, Liss toma a dianteira e começa a explicar tudo à Íris, que começa a se assustar com o que Liss despeja para ela.
– Entendeu a gravidade, Íris? – Prosseguiu a baixinha.
– Eu... – A ruiva não conseguia expressar sua incredulidade. – Acho que sim, mas isso é muito surreal.
– É... – Falamos em uníssono.
Depois de algum tempo tentando acalmar nossa amiga ruiva, e explicar o que ela deveria fazer, seguimos para a aula, até escutarmos a voz da diretora novamente nos chamando para a quadra. Mais um discurso nos esperava.
Íamos em direção à quadra quando um vulto moreno não identificado corre em nossa direção, puxo Liss para o outro lado, para escapar do esbarrão que ganharíamos do ser, até ele parar na nossa frente ofegante.
– Onde ela está? – Armin estava ofegando, provavelmente cansado de tanto correr.
– Aconteceu alguma coisa? Você não estava nas primeiras aulas. – Alice o olhava curiosa.
– Ambre? – Ele perguntou entregando-nos uma folha.
– "Game Over! O jogador 2036 acaba de matar você. Boa sorte, jogador 5051, na sua batalha final! Jogo da Morte" – Li.
– Quem é o jogador 5051? – Perguntou a loira perplexa.
– Ambre. – Armin e eu dissemos em uníssono.
– Temos que encontrá-la. – Saímos em disparada, pelos corredores que já estavam vazios, todos já deveriam estar na quadra aguardando o discurso da diretora.
Eu e Liss abrimos a porta da sala de informática e avistamos alguém, vestindo um casaco preto comprido em frente da janela aberta. O barulho da porta chamou a atenção da pessoa que virou-se rapidamente, o capuz não deixou visível seu rosto por completo, a única coisa que conseguíamos observar era um sorriso sádico nos lábios dele e uns fiapos do cabelo loiro que o capuz não escondia. Dava para notar ser um homem, era alto e forte, mas não sabíamos quem era.
Ele se volta para a janela e pula dela, Liss dá um grito e corre até o local para tentar ajudá-lo, afinal, estávamos no segundo andar, mas quando chegamos na mesma, não havia resquícios do homem, não havia nada. Nos viramos para trás, deparando-nos com Armin de olhos arregalados mirando o chão, seguimos seu olhar e encontramos umas gotas vermelhas respingadas ao chão, seguimos as gotas até o fim da sala, atrás das mesas, Liss vira-se rapidamente tentando não olhar a cabeça loira no chão inerte, sobre uma poça bem maior de sangue, seus olhos turquesa, agora sem vida fitava-nos sem expressão, seu rosto machucado e com cortes profundos, que antes eram belos e esnobes agora causavam arrepios.
– Eu não queria isso de verdade... – Liss falou em um sussurro sufocado.
– Não foi culpa sua. – Falei encarando-os.
Saímos da sala em direção a quadra correndo, para alertar algum professor ou segurança. Chegamos lá e subimos ao mini palco improvisado em frente às arquibancadas sem nos importar com os olhares nos seguindo. Fomos até a diretora, sendo impedidos por Boris e Faraize que já andava implicantemente de olho em nós.
– Além de chegarem atrasados ao discurso da diretora, ainda interrompem? – Senti certa irritação na voz do professor de história.
Passei pelos dois, deixando Liss e Armin para trás presos pelos professores que não conseguiram me segurar, chego à diretora que me olhava em reprovação, logo disparo ao ouvido dela sussurrando o que aconteceu na sala de informática.
–... e Ambre está morta. – Finalizo. A senhorinha a minha frente empalideceu, estava dura à minha frente e por um longo tempo sem fala.
Ela vai até o corpo docente e proclama algumas palavras não deixando os alunos escutarem, e chamando alguns seguranças. Faraize e Boris já estavam juntos dos outros professores, a diretora chega ao microfone.
– Peço-lhes que aguardem alguns minutos aqui, por motivos de problemas internos, e logo em seguida vocês serão liberados para irem direto às suas casas, obrigada pela atenção. – E segue para fora da quadra, seguida por alguns seguranças e professores.
Não se passou muito tempo para que Boris viesse chamar a mim, Liss, Armin e Nathaniel, que com uma cara duvidosa nos segue para onde um grupo de policiais estavam, bem distante da quadra onde se encontravam os alunos.
Quando chegamos, Gisele, nossa professora de biologia chega com lágrimas nos olhos e preocupação marcado em seu rosto, à Nathaniel desejando pêsames. O loiro olha sem entender para a gente, buscando uma resposta para aquilo, mas não precisou dizer nada, da sala de informática saia uma maca com um corpo sob um lençol branco, que não deixava a figura abaixo visível, a não ser os cabelos loiros manchados de sangue que deu a resposta que o garoto estava procurando.
Nathaniel correu em direção à irmã que jazia na maca, tinha desespero no olhar.
Nesse momento, antes de nós três chegarmos até o garoto desesperado, dois policiais postam-se a nossa frente, parando-nos. Um era alto, forte, loiro com os cabelos compridos até os ombros, parecia jovem demais para ser da polícia,me lembrou um pouco o garoto o qual vimos na sala de informática, a outra parecia mais velha, era morena com cabelos curtos na altura dos ombros, olhos de mesma cor que seus cabelos.
– Olá, vocês foram os alunos que encontraram o corpo da aluna Ambre Morrisey, poderíamos pegar seus depoimentos. Deixe-me apresentar, sou o agente da polícia especial Devan Murray e essa é minha companheira Vixen Prescott. – Proferiu o loiro que me parecia muito novo para o cargo, estava desconfiado daquele pequeno fator.
– Você é um agente da polícia especial? – A baixinha pensou o mesmo que eu naquele instante. – Não é muito novo para isso? – Os agentes a nossa frente puseram-se a rir discretamente.
– É o que dizem, mas o agente Murray é muito bom, e se formou antes que o normal, essa criança é um pequeno gênio, não deveriam desconfiar tanto, pequenina. – Tomou a frente a mulher que até então estava em silêncio.
– De qualquer forma, eles são da polícia, deveríamos confiar neles certo?! – Armin proferiu, e fomos andando atrás dos dois policiais.
– Ele lembra o garoto que estava na sala de informática agora a pouco, não confio nem um pouco nele. – Liss pensava o mesmo que eu, Armin não estava na hora em que o garoto apareceu, ou melhor, desapareceu, por isso não sabe a semelhança.
– Vamos ficar de olho nesse garoto, também acho ele muito parecido com o cara da sala de informática. – Sussurrei de volta. Armin olhava-nos, sabendo que havia perdido algo, mas assim que acabássemos o pequeno depoimento, iríamos nos reunir para falar sobre isso.
Chegamos até a sala da diretora que estava vazia, Agente Devan e Agente Vixen sentaram-se do lado em que a diretora se sentava e nós três puxamos as cadeiras sentando à frente deles.
– Então, o que estavam fazendo na hora em que encontraram a senhorita Morrisey? – Perguntou o loiro olhando umas folhas de papel, enquanto a mulher anotava em outro.
– Estávamos, indo para a quadra, mas me lembrei que tinha esquecido algo por lá, Liss e Castiel me acompanharam. – Proferiu Armin seguro de si. Sabíamos que era mentira, e sabíamos mais ainda que não poderíamos contar que nós estávamos investigando os assassinato se sabíamos que Ambre estava em perigo. Apesar de saber que devíamos contar à polícia, não confiávamos no agente à nossa frente.
E assim, o depoimento seguiu, com mais perguntas e mais mentiras da nossa parte, apesar que por um segundo, notei na expressão do garoto a minha frente que ele não estava acreditando muito em nossas mentiras, mas seguiu nosso jogo como se nada tivesse acontecido, e nós entramos no jogo dele. Seja lá o que for, nós iríamos descobrir e eu estava seguro que muito em breve encontraríamos respostas.
Fomos para casa de Lysandre novamente, o local já estava virando a sede de nossos planos, só espero que esses planos nos levem à alguma resposta. Nath dormiu em casa, passou com os pais, mas confirmou sua ida em nossa pequena excursão investigativa, imagino que agora, mais do que tudo, ele queira desmascarar os assassinos de Ambre.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Esse era basicamente o capítulo mais esperados, pelo que deu para perceber pelas reviews que me mandaram sobre a doce e esnobe Ambre!
Enfim...
Comentários são bem vindos sempre e me ajudam a voltar a escrever quando minha criatividade falha, e claro, ajudam-me a saber o caminho pelo qual tomar ^.^
Beijinhos estalados!
Até o



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