Jogo da Morte escrita por Aryaah Niss


Capítulo 11
11º Dia


Notas iniciais do capítulo

Um milhão de perdões, sei que dessa vez bati recorde de demora ao postar, mas a fic para o desafio de férias ocupou todo o meu tempo, e eu com certeza não sei como consegui essa proeza de escrever 'Sonhos do Passado' em um mês, ela tem a mesma quantidade de palavras que teriam seis capítulos de JM.
Enfim, espero que se divirtam com o décimo primeiro capítulo!



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Ótimo, mais um domingo nostalgicamente incômodo começa, ontem já havíamos terminado de planejar toda a nossa "excursão", hoje tínhamos mais um enterro para presenciar, o de Rosa. Diferentemente de Charlotte, era muito próxima de todos do nosso grupo, principalmente Liss, eram inseparáveis antes de a nossa amiga engrenar em um namoro com Leigh e Liss ficar no meu pé desde então.
Passamos pelos grandes portões prateados com detalhes de anjos em toda sua extensão, até chegar onde seria a futura lápide de Rosalya, era toda em mármore, decorada com um singelo anjo tocando uma harpa, com olhos vazios, porém calmos.
Rosa jazia em seu caixão aberto, atrás, um padre rezava por sua alma, Leigh estava ao lado dos pais da menina, levemente em choque e com os olhos de quem deveria ter chorado a noite inteira e sem conseguir dormir, olhos cansados e vazios, diria até sem esperança. A menina adormecida continuava linda, com uma diferença apenas, sua cor de pele que estava mais pálida e sem vida, se misturando com seus longos cabelos brancos.
Era triste olhar, uma menina que há alguns dias andava saltitante pelos cantos, chamando meu amigo como Ly-fofo a procura do "love love", que seria o apelido de Leigh. Seria uma visão que nunca mais voltaria a se repetir, talvez se realmente existir o céu, quem sabe não voltamos a vê-la.
Alice e Lysandre, sem contar com Leigh, eram os que mais estavam sentindo falta da menina. Olhá-los era o mesmo que ver dois zumbis, sem forças ou energia. Também gostava dela, tinha um jeito positivo, que muitas vezes lembrava o de Liss, talvez por isso que se davam tão bem.
–... E além de tudo, tinha um enorme coração, alegre e... – A voz da mulher de cabelos tão grisalhos como o de Rosa, estava trêmula, de seus olhos nasciam lágrimas infinitas. O homem alto e moreno ao seu lado amparava-a todo o tempo, completando as palavras de sua mulher, que saiam fracas e sem vida.
Após o discurso dos pais, Leigh falou algumas poucas palavras, de como ela era importante e não saberia como ia fazer para viver sem aquele sorriso contagiante.
No fim, todos colocamos nossas flores sobre o caixão já fechado e aos poucos, todo ele foi coberto por uma grossa camada de terra.
Seguimos em direção à saída daquele lugar, enfim, para seguir à casa de Nathaniel, novamente não hesitei em deixar claro que não estava nem um pouco no clima de ir a casa daquele cara, mas não poderia discutir, a partir do momento que tinha ido no carro de Lysandre, por insistência de Liss que não queria ir na Martha.
Acabamos indo parar naquela casa novamente, e por pior e mais incômodo que fosse todos entramos naquele lugar.
– Por que estamos aqui novamente? – Perguntei carrancudo.
– Porque precisamos dos papéis que estão aqui, com as fichas dos alunos que são prováveis jogadores e dos... – Liss não terminou, mas entendi que se referia aos jogadores que haviam morrido.
– E se você pensar um pouquinho, como representante do conselho estudantil, eu tenho as cópias das fichas, é claro. – Disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
Ao adentrarmos a imensa casa, a mesma senhorinha da última vez, só que com um ar mais cansado e deprimido, veio nos cumprimentar, falando em um tom simpático e com um de seus sorrisos amigáveis de sempre.
– Olá, meninos. – Falou a senhora Maísa. – Que bom que chegaram. Daqui a pouco o almoço será servido.
– Obrigada, dona Mai. – Agradeceu o loiro.
Fomos até o quarto relativamente grande, com as paredes verdes, o qual já estivemos antes, e avistamos uma figura, alta e loira, utilizando-se do computador aberto em uma janela bem conhecida.
– O que você faz no meu quarto? – Perguntou histérico, dando um pequeno ataque.
– Nath... – Ambre se assustou. – Eu... Desculpe, meu computador está quebrado e...
Ela parou de repente, olhando o grupo que estava atrás do irmão, e nesse mesmo instante suas bochechas começaram a escarnecer de vergonha misturada à raiva.
– Você está jogando o que eu estou pensando que está? – Armin perguntou sério.
– Não, não estou jogando nada, só estava... – Ela tentou fechar a página, mas Nathaniel a impediu segurando-a.
– Me diz que você não começou a jogar. – Pediu o irmão.
– Só um pouco, é que as meninas falavam desse jogo e eu pensei que poderia me distrair dos últimos acontecimentos. – Ela proferiu começando a chorar.
– Certo, temos que alertá-la também, igual fizemos com Melody, Íris, Ken e Alexy naquele dia. – Armin citou, olhando Lysandre.
– Quando vocês alertaram os meninos? – Perguntou a baixinha.
– Sexta, enquanto vocês estavam se divertindo, sabe-se lá onde, a ponto de perderem a hora da aula. – Lysandre falou inexpressivo – Tratamos de alertar as pessoas que sabíamos que jogavam, mas nem imaginávamos que Ambre ia resolver jogar também.
– Ambre, você tem noção de como suas amigas morreram? – Perguntou Armin delicadamente.
– O que? Por que essa pergunta?
– Porque você acaba de entrar em um mundo, pelo qual não poderá sair. – Armin citou misterioso.
– O que você está tentando dizer no meio dessas charadas sem sentido? – Perguntou ríspida.
– Ele está dizendo que, Li, Charlotte e até mesmo Rosa, morreram por causa do "Jogo da Morte" e que todos que jogam, estão correndo o risco de acabar como elas. – Proferiu Nathaniel.
– Até parece que isso é verdade, você quer que eu saia do seu quarto para deixá-los em paz, mas não precisava inventar historinhas para que eu saia, eu sairia de qualquer forma. Até porque, não aguentaria ficar no mesmo ambiente que certas pessoas. – Anunciou alto e esnobe, mirando Liss de cima a baixo com certo asco.
– Acredite, não é brincadeira. Mas se não quiser acreditar, ninguém sentirá a sua falta. – Retrucou minha loirinha respondona.
Ambre foi saindo do quarto, mas não sem antes esbarrar propositalmente em Liss, que por impulso rebateu o empurrão, fazendo a loira rival cambalear para o outro lado. Xingando baixo e saindo definitivamente do quarto.
Ri da expressão da menina de olhos turquesa, que olhou para mim, vendo-me pela primeira vez um pouco distante do restante do grupo, logo a me ver corou e saiu correndo em direção ao seu quarto, meio trêmula de raiva, vergonha, ódio e seja lá mais o que tiver dentro daquela cabecinha cruel e irresponsável de criança mimada.
– É, acho que temos que prestar atenção nas ações da sua irmã, ela pode correr um risco maior jogando sozinha. – Proclamou Armin.
– Sério que agora teremos que interpretar babás de crianças mimadas?! – Liss disse perplexa.
– Tudo bem, eu ficarei de olho nela. – O irmão de Ambre citou ignorando o comentário de Liss.
– Por mim, não faria falta. – A baixinha estava com a língua afiada hoje, mas já imaginava que fosse para esconder a tristeza que sentia pela morte de Rosa, todos já esperavam alguma reação de Liss, só não imaginava que fosse ela de mau-humor, que era uma coisa quase que impossível, justamente por ela ser tão alegra e animada, só ficava irritada comigo por pura implicância de ambos os lados.
Depois de ignorarmos os momentos irritadiços da baixinha, começamos a vasculhar as fichas escolares dos jogadores, o que foi um trabalho em vão, já que nada de importante foi encontrado ali, a não ser o email de um ou outro estudante para Armin verificar se jogava ou não.
Agora que sabíamos que Ambre jogava, qualquer um poderia, então todo cuidado era pouco nessa situação.
Verificamos todas as fichas, minuciosamente, não deixando passar nenhum detalhe, em seguida o hacker foi para seu canto de pesquisas com seu computador e investigou cada email detalhadamente, e por fim encontramos mais alguns nomes que jogavam, e teríamos que avisar a esses tudo o que havíamos avisado a Ambre, e rezar para que acreditassem.
Já estávamos com tudo em ordem para amanhã botarmos o plano "salve-se quem puder" em prática, para quem não entendeu o porquê do nome, quem criou foi a criança do grupo, Liss, é claro.
Preveniríamos essa pequena imensa lista de nomes de alunos, havíamos dividido a gigantesca lista em quatro repartições grandes. Cada um ficou com as pessoas que tinham mais chances e credibilidade e socializavam mais. O que resultou na minha lista conter metade das garotas que eram apaixonadas por mim e que eu queria distância.
Voltamos à casa de Lysandre, dessa vez apenas eu, Liss e o próprio Lysandre, Armin ficou em sua casa, na companhia de Alexy, Nathaniel também permaneceu em sua casa tentando convencer Ambre sobre a causa das mortes de suas amigas.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo tecnicamente seria um dos mais esperados,
já estamos na metade da fic, e agora a ação provavelmente vai aumentar um pouquinho!
Mandem reviews, isso me motiva a não demorar, as vezes travo em um ponto que alguns comentários me ajudam a prosseguir!
Ah! E vejam o que acharam da capa nova de JM ^_^
Obrigada pelo carinho e pela paciência!
Até mais ;3



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