Ato 3. O Fim

A notícia da morte de Draco Malfoy, chegou no início da lua de mel de Ronald e Hermione. Fora Ronald que avistou a coruja negra, mas ela só entregara a carta, com envelope também negro, e com emblema da sonserina para Hermione. Ela leu a carta enfrente ao seu marido, que ficou vermelho, ao ver a declaração de outro homem, ainda mais de Draco Malfoy, mas a apertou carinhosamente em seus braços, quando ela chorou. Assustada e surpresa. A confirmação da morte veio, meia hora depois da carta. Ele estava morto!

Dois dias mais tarde...

Em um cemitério pequeno, de Londres. O sepultamento acontecia, silencioso, sem lágrimas. Sem ninguém. Apenas o ataude de madeira envernizado, nenhuma flor, nenhum adeus.

Hermione segurou firme as mãos do marido, o amava mais ainda por ele ter aceitado ir com ela, ela não poderia fazer aquilo sozinha, estava com medo! Medo?! Tão irônico, esse medo.

Aproximou-se e viu o rosto mortalmente pálido dentro do caixão. Ele estava com o mesmo ar arrogante que sempre teve. Mesmo morto, ela poderia odiá-lo. Ou amá-lo. Pela primeira vez viu através dele. Viu o menino carente, que crescera sem amor e do lado das trevas. Engoliu em seco, e sentiu Rony pigarrear, sentiu Harry chegar a sua direita, mas não conseguia desprender os olhos daquela visão. Rony colocara em sua mãos as flores que compraram no caminho, e ela escolhera com carinho. Harry pediu a Rony que a deixassem sozinha um pouco. E ele saiu relutante.

Hermione o olhou. Estava sozinha com ele. Só os dois. Ela sentiu vontade de tocá-lo, mas não adiantava mais, se pudesse o colocaria no colo, e diria que tudo se ajeitaria, que ele ainda tinha ma chance de viver, mas era inútil, e todos sabiam, não existia mais nada!...

O caixão foi fechado... e ela ali, sozinha com ele. Agora separados por uma distância maior que o ódio: a morte.

***

Muitos anos depois...

***

Hermione andou com passos vacilantes até o túmulo, de granito. Caminhar estava a cada dia mais dificil. Mas ela nunca deixaria de ir ali. Nunca. Não o deixaria sozinho jamais!

Hugo, estava de mãos dadas com sua esposa, e disse:

_Não entendo, porque mamãe sempre insiste em vir aqui, anos após anos, é uma vida, visitando essa túmulo, apenas pedra. Trazendo flores, como se isso fosse enfeitar a vida do pobre que esta enterrado ali. Que ela faça isso ao tumulo de meu pai, eu entendo, mas continuar fazendo isso...

_Hugo, ela sempre fez isso enquanto seu papai era vivo, não fazia?

_Sempre, e papai a apoiava, algumas vezes, ele apelava, mas cedia, e até a acompanhava algumas vezes.

_Então... ela não faz isso no túmulo de seu pai?

_Sim, só não faz todos os dias porque ela não aguenta mais, a idade já esta avançada. - ele sorriu vendo a velha de cabelos brancos se aproximar devagar e com um sorriso satisfeita.

_Vamos, mamãe.

_Hugo Weasley, não tente entender, eu jurei que não o deixaria sozinho, e não farei isso, enquanto eu viver!

_Tudo bem... meu pai, me ensinou o quanto a senhora era teimosa desde de menina, não é agora, com 95 anos, que vou tentar mudá-la.

Hermione sorriu.

_Bom mesmo, menino... bom mesmo.