Darkness escrita por Felipe Alves


Capítulo 23
God of War Resurge.


Notas iniciais do capítulo

Roubei o bordão do Cook de Skins, mas foi necessário :v



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Eu definitivamente fui abandonado. Já deve ter se passado mais de um mês e nenhum sinal de qualquer pessoa, fora Lúcifer. Se bem que ele não é exatamente uma pessoa...
Tudo que sei, é que eu estou amarrado no salão principal dos anjos, por correntes sagradas ou qualquer coisa do tipo. Eu estou sendo punido, em nome de todos meus amigos que ainda não foram encontrados por “se rebelar contra o único e definitivo deus”, segundo Lúcifer.
Eu não sinto fome, não sinto sono, mas me sinto mais sensível, como se todo meu poder estivesse se esvaindo. E para completar, tenho a presença da forma mais repugnante perto de mim, durante todo o tempo.
Eu tentei ficar prateado, ou seja lá o que eu tenha feito aquela vez, mas não deu certo, e as correntes se aprofundaram ainda mais dentro dos meu pulsos, esmagando veias e fazendo poças de sangue. Com o tempo, eu me regenero, porém, a cada vez, parece que eu fico mais fraco, o que eu acho ser coisa dessas correntes, que contém símbolos estranhos.
Nada me resta agora. Perdi tudo e todos, ninguém tem poder para vir me ajudar, nem eu tenho poder para Me ajudar, realmente, eu não sirvo para nada.

...

Eu não sei mais que dia é, e realmente não me importo. Hoje é mais um dia de tortura, como qualquer outro. Algumas igrejas diziam que o inferno era viver a sua vida, era algumas pessoas a sua volta, era tudo e nada. Aposto que elas nunca foram acorrentadas e quase mortas diversas vezes por Lúcifer.
Um esqueleto veio chamar Lúcifer e ele se retirou da sala, me deixando sozinho.
Alguns segundos depois, cansado e com a corrente presa nos pulsos, eu tento me levantar, e as correntes do chão me puxam, fazendo-me estralar um perna no chão. Mais sangue. Eu desisto de qualquer futura tentativa e abaixo a cabeça, desejando a morte, que é muito melhor que isso.
Lúcifer volta, pesando forte e rindo alto, como se tivesse feito um jogo perfeito no Pac-Man de fliperama. E ele não volta sozinho.
Atrás dele, presa sobre correntes, em uma túnica preta, está Lua, cheia de cortes e com manchas de sangue. Lúcifer a puxa pelas correntes até a minha frente, e eu consigo sentir um ódio crescendo dentro de mim, como eu nunca senti na minha vida.
– Desgraçado... – Murmuro, tentando me levantar e caindo novamente, sem forças.
– Diga a ele sobre as informações, vadiazinha. – Grita Lúcifer para Lua, que olha para mim e começa a falar em meio as lágrimas.
– Dante... – Ela engasga e Lúcifer a levanta com força, forçando-a a olhar para mim. – Eles estão vindo...
– Quem?! ­– Pergunto, chorando e puxando as correntes, que cravam ainda mais dentro de mim.
– Todos... Todos eles... – Ela gagueja e Lúcifer joga ela no chão violentamente, depois o bastão aparece em suas mãos e ele a espanca na minha frente. Sangue voando, poças de lágrimas, o vermelho único e cheio de sofrimento dominando o salão, e eu não aguento o ódio dentro de mim, explodindo ele no meu punho direito e puxando ele para longe da corrente. Um buraco se manifestou onde a corrente deveria estar, um buraco realmente grande, que traumatizaria pessoas normais com facilidade. Eu direciono minha mão a da Lua e a seguro, tentando puxar para longe de Lúcifer, mas não tenho forças para tal coisa.
Em um último suspiro, ouço ela dizer, quase sem voz “eu te amo”. Lúcifer joga o bastão para o lado, abrindo sua palma da mão bem à frente do rosto de Lua, e com uma explosão de chamas e trevas, o corpo de Lua some da minha frente, restando apenas um pedaço de túnica negra.
– O lugar de Lua não é aqui, sinto muito – Disse Lúcifer, sorrindo ironicamente para mim.
Ela se foi... Meu amor... Se foi.
Não consigo assimilar as coisas, mas do que sei é de fazer as correntes queimarem até sumirem, meu pulso voltará ao normal e com todo meu ódio eu me jogo na direção de Lúcifer, quebrando o piso, deslocando alguns dos meus ossos e fazendo Lúcifer ficar realmente bravo. Ele me joga para o alto com força e monstruosidade, e quando me dou conta, estou com as asas abertas e em cima da construção dos anjos. Meu corpo começa a usar o meu ódio como fonte de energia, me dando mais força e raiva. Olho para meu corpo, que agora tem uma aparência mais prateada, como uma estátua e observo Lúcifer subir, com um exército de anjos, todos enfileirados, um atrás de outro, e Lúcifer, na frente de todos.
Com um estralar de dos, TUDO que os anjos construíram virou apenas uma parte sólida e reta, com sangue espalhado por várias partes. Lúcifer apenas ergue uma sobrancelha e meu corpo cai até o piso reto, provocando cortes, mas nada que o ódio não cure. Ele e o exército param a minha frente, enquanto eu, estou sozinho.
– Garoto, você sabe como conseguiu essa cor nova de pele? – Lúcifer pergunta a mim, que permaneço quieto e imóvel. – Isso é a junção de poder demoníaco e angelical em um só corpo. Isso é a verdadeira besta. Isso é o verdadeiro “Satanás”! Está ouvindo isso, Deus estupido?! Que se foda você e essas merdas de monstros que você cria para te ajudar! Eu vou fazer todos vocês pagarem. Todos. Vocês...
Como sombras, atrás de mim, formas e mais formas foram aparecendo, ganhando brilho e logo pude reconhece-los. Lobos, vampiros, Híbridos, anjos. Todos juntos. Todos atrás de mim. Até Jace estava entre eles. Ele sorria para mim, como se estivesse realmente voltado ao normal. Fran, Alice, Wren, Todos estavam ali, até aqueles que eu considerei inimigos no começo. Todos esperando um único comando para atacar. Quando volto meu olhar para frente, posso perceber que agora, nossos números estão iguais.
– Todos vocês vão pagar caro. Eu posso perdoa-los, apenas se rendam e serão perdoados. Vocês podem viver se ficarem do meu lado, vocês pode....
– Cale essa boca, anjinho revoltado! – Cass aparece ao meu lado, segurando duas espadas angelicais de nível máximo. Ele sorria para mim e fixa seu olhar em Lúcifer, esperando também por uma ordem de ataque.
Redireciono meu olhar a Lúcifer.
– Eu acho que você não sabe o que eu sou. – Começo. – Eu tive uma vida de merda, segredos e mais segredos. Sei que nunca serei um nada, sou só uma peso morto e eu não me importo. Eu nunca tive porra nenhuma, nunca me senti realmente bem e tudo que eu tinha apenas vai sumindo. Eu não presto pra porra nenhuma, parceiro. Eu não ligo para o que você é, o que fez ou o que quer fazer, não ligo se vou morrer e nem me importo comigo mesmo. Então, coloque na sua cabeça que você matou a pessoa que eu amo, e eu... EU SOU SEU PIOR PESADELO!
Com um grito de guerra, parto para cima de Lúcifer, ouvindo o som de passos quebrando o piso e de espadas sendo brandidas. A Guerra começou. E eu não vou parar, mesmo que esteja morto.


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Notas finais do capítulo

Reta final, ta acabando O/ (Ouviu um Amém?)