As Peripécias de um Astronauta Solitário escrita por Luqui


Capítulo 3
III - Espetáculo com um fim desastroso.




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A floresta tinha se tornado um lugar, aparentemente, mais agradável do que quando eu estava sem Pan. Ele havia me mostrado algumas belezas que Ikelu poderia proporcionar, como águas cristalinas, uma ave enorme e colorida, e uma das três luas, que no momento era Ukae, a mais brilhante, que passava pelo céu ao longo do dia.

Estava tão distraído, observando uma cachoeira que jorrava de uma montanha enorme ao longe, que só reparei que ele havia parado quando trombei com a sua mochila.

– Cuidado, mestre. Faça silêncio ou vamos assustar eles e perder o espetáculo - advertiu-me.

Aproximei-me e parei ao seu lado, observando um campo de flores, em diversas cores, que começaram a piscar em um padrão tão bem cronometrado, que parecia um show de fogos de artifício. Era tão lindo, que fiquei com os olhos arregalados e de queixo caído, até que as flores parassem de piscar e ficarem todas com a mesma cor, um branco, mas tão branco que parecia estar brilhando. Não, pera, estava mesmo brilhando, e também crescendo, e crescendo, parecendo uma bolha gigante.

Pan me puxou pra trás de um tronco de árvore no ultimo segundo antes daquele troço explodir em milhões de pedaços. Meio atordoado pelo barulho, levantei e perguntei:

– Mas o que foi isso?

– Não acredito! NÃO ACREDITO! Foram eles, eu sei que foram, MALDITOS! - gritou com lágrimas nos olhos, observando o que restara do incrível espetáculo.

Quem eram eles? O que aconteceu? Eu não faço ideia, porém ver Pan chorando com raiva, me fez ficar irritado com aquelas pessoas, independente de quem sejam.

– O que houve, amigo? Quem fez o quê? - tentei retirar alguma informação dele.

– São mensageiros iguais a você, porém, do mal. Eles querem pegar a flor, e você tem que proteger ela, é claro. Eles acabaram com o espetáculo das Leaimes e vão pagar por isso!

Pan estava mesmo com raiva, estava com uma cor diferente daquele seu moreno tropical, decidi não perguntar mais nada.

– Vamos, temos que continuar. - Disse Pan, com raiva e tristeza nos olhos.

Continuamos andando, mato a dentro até o anoitecer. Subimos nas árvores, que com certeza eram os lugares menos perigosos para estar enquanto se dorme. Olhando para a lua que brilhava no céu e ao silêncio da floresta, seria perfeito para dormir logo e bem, tirando o fato de uma coisa. Não parava de pensar no que ocorreu hoje. Principalmente nos culpados de tudo isso.

Como seriam esse tais mensageiros do mal? O rosto, os truques e coisas assim, eu não sei. E ficaria para depois, pois a única coisa que sabia no momento é que um barco com velas e voando estava passando por perto e só lembro de um pigmeu moreno e bigodudo voando em cima de mim.


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Notas finais do capítulo

Era um espetáculo bonito, uma pena. ;-;



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