Como Se Houvesse Ninguém Ao Redor escrita por Rindo com Big Time Rush


Capítulo 4
Queridinha


Notas iniciais do capítulo

Dica de música; Paparazzi (Lady Gaga)



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Já era meu terceiro dia na Califórnia, e durante os dois primeiros tive a oportunidade de conhecer vizinhos novos e rever minha melhor amiga. Ainda com baba no rosto notei que já era meio dia de uma quarta-feira, levantei da cama e andei até a janela, o sol não estava tão forte quando o dia anterior.

Depois de um almoço da manhã preparado pela nova secretária, Marta, que eu não conhecia até às doze e meia quando uma mulher bateu na minha porta e se apresentou como “a moça que seu pai contratou para as tarefas domésticas.” Ela já era uma senhora, e tinha uma pele morena devido a sua decência uruguaia; como ela me contou logo que sentei para conhecê-la.

Perto das três da tarde, sai de casa por causa de uma necessidade tremenda de sair daquele lugar apertado. Meu vizinho Kendall estava na porta da sua casa com um violão nas mãos; procurei pelos amigos, mas ele estava sozinho, corri até a casa vizinha e ainda perto do muro, gritei:

– ENTÃO QUER DIZER QUE MEU VIZINHO TOCA VIOLÃO! – minha voz saiu grossa e estranha então me aproximei e sentei ao lado dele.

– Tenho uma banda. É praticamente necessário saber tocar algum instrumento, ajuda a compor; - e novamente aquelas covinhas.

– Sua vida deve ser bem movimentada – olhei para grama sem coragem suficiente de olhar nos olhos do garoto sentado ao meu lado – para não ficar tão humilhada assim, eu fiz sim aulas de violão e compus algumas músicas, mas só foi isso! depois cuidei de manter meu histórico escolar perfeito!

– Adoraria ouvir alguma de suas composições – seus dedos tocavam as cordas do instrumento suavemente.

– São horríveis, fui inventar de querer ser Taylor Swift, mas não passei de uma compositora frustrada, com músicas que não fazem sentido algum.

– Minha primeira música era uma mistura de Homem-Aranha e arco-íris, pior que isso tenho certeza que não é.

– Homem- Aranha?

– Não falei? – seu rosto tinha uma expressão duvidosa – eu sou o Homem-Aranha!

Sua mão enorme estava estendida na minha frente, apertei entrando na cena.

– Mais um daqueles bocós que pensam que são super-heróis?

– Ei, eu não sou bocó! – ele riu – quando eu estiver pendurado nas minhas teias ao redor de alguma cidade vou te mandar um tchau.

– Claro que você vai!

Ficamos rindo sem falar nada por alguns segundos, até que um carro cinza parou na frente da casa de Kendall e um homem de bigode, com uma roupa bem moderna saiu de dentro.

– Falando de Bocós, Olá Dan – o rapaz que havia acabado de chegar já estava praticamente ao nosso lado.

– Kendizzle meu amigo, você nunca vai aprender que inveja não é uma coisa muito boa – ele tinha uma voz fina – e educação sempre é importante, por que não me apresenta para a visita?

Dan puxou minha mão e tascou um beijo barulhento e grudento na parte superior.

– Rose este é Dan – Kendall falou quase que automaticamente - Dan essa é Rose.

Olhei para o amigo de Kendall e sorri, apesar de conhecê-lo a apenas alguns míseros minutos, senti que ele era uma pessoa definitivamente agradável.

– Odeio ter que te atrapalhar, mas mandaram avisar que o show no parque de diversões teve que ser antecipado para a próxima segunda-feira, ou seja, hoje a noite vai ter ensaio.

Sentindo a indireta levantei rapidamente e como uma bela desculpa disse que também tinha que ir devido a um compromisso, só que eu não tinha, meus primeiros dias da nova temperada na Califórnia estavam sendo os mais tediosos possíveis. Quando cheguei em casa em cima da mesa tinha um bilhete de Marta que já havia ido embora, afirmando que meu jantar estava guardado no micro-ondas.

Minha sala de estar estava um caos total, separei alguns dvd’s pelo o chão para decidir qual ia salvar minha noite, liguei a TV e uma mulher loira apareceu, já era o programa de fofocas que passava as oito horas. Em rápidos comentários a apresentadora discutia a respeito das celebridades com dois companheiros que dividiam a cena. Voltei meu rosto para a capas de dvd’s, naquele momento eu estava em dúvida entre a escolha perfeita e missão madrinha de casamento; até que ouvi alguém falar meu nome, olhei para os lados mas não tinha ninguém casa, virei minha cabeça para TV e lá estava uma foto minha enquanto eu almoçava ontem no restaurante, “Parece que a filha mais velha do famoso produtor Peter Book esta de volta a cidade” falava a jornalista do centro “ não deve ser muito legal ser filha da mãe traída” que porra é essa? Eles estavam caçoando da minha mãe? E como eu não tinha percebido como meu cabelo estava horrível naquele dia? Aquela era eu colocando lasanha na boca? “Ninguém tem um pente para doar, vamos, as linhas já estão ligadas, a filha do Peter Book não tem pente em casa”, agora era o rapaz que estava falando “Ou vi falar que ela vai cursar direito na universidade da Califórnia” a moça de cabelo preto ainda estava rindo da piada com o meu cabelo “parece que a queridinha do papai não vai querer seguir carreira” e então a matéria terminou. Guardei os dvd’s, meu humor passou de um razoável bom para um incrível péssimo.


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