– Ele é perfeito – Maxon disse

– E é tão pequenininho

– Aqui está – a enfermeira disse, se aproximando com o bebê.

– Oi você – eu disse pegando ele no colo – obrigada por ter saído

Maxon e a enfermeira riram. Ele era a coisa mais linda que eu já tinha visto. Tinha os cabelinhos em um tom entre o ruivo e o loiro. O nariz e a boca iguais aos de Maxon. Um bochechão gostoso, igual ao que Gerad tinha quando nasceu, então imagino que isso ele puxou a mim. Mas tirando isso, era a cara de Maxon. Ele abriu os olhos e olhou para cima, piscando devagar.

– Olha Maxon, ele esta olhando para mim – eu disse sorrindo – oi meu amor.

– Ele já tem um nome? – a enfermeira perguntou

– Ainda não – eu disse

– Tudo bem – ela disse sorrindo - Vou chamar alguém para levar vocês para o quarto

Maxon estava sentado de frente para mim e o bebê. Se aproximou para beijar minha testa, mas não era o que eu queria. Levantei o rosto rapidamente, ficando cara a cara com Maxon. A princípio ele se assustou e recuou, mas depois sorriu de lado e se aproximou devagar, me dando um beijo terno.

Fui levada para um quarto grande e aconchegante na ala hospitalar, onde eu ficaria por pelo menos um dia, em observação. O quarto estava todo cheio de balões e com uma faixa escrito “É um menino”. Olhei em volta, ainda deitada na maca e sorri.

– Quando fizeram isso? – perguntei procurando Maxon

– Não tenho ideia – ele respondeu

Me colocaram na cama, que era reclinável. Maxon começou a mexer na bolsa que tínhamos separado para quando o bebê nascesse e de lá tirou sua câmera. Não pude deixar de achar graça. Ele tirou fotos durante toda a gravidez, como eu não esperava que ele colocasse a câmera dentro da bolsa?

Tirou a primeira foto do nosso bebê nos meus braços. Eu estava acabada, mas como eu estava feliz com uma fotografia. Colocou a câmera na cama e eu entreguei o bebê para ele. Maxon pegou com cuidado, todo sem jeito, mas conseguiu. Não podia deixar aquilo passar, me apressei e tirei uma foto deles. Maxon riu e eu tirei outra foto.

– Podemos entrar? – Amberly perguntou, abrindo a porta devagar.

– Claro, entrem – eu respondi, colocando a câmera na mesa de cabeceira

– É um menino – Maxon disse, virando para os pais.

– Posso? – Amberly perguntou, estendendo os braços.

Maxon entregou nosso filho para ela, que pegou com muito mais jeito que nós dois juntos.

– Ele é lindo – ela disse, embrulhando o bebê em seus braços.

Ficamos em silencio alguns minutos, e Amberly passou o bebê para Clarkson

– Você está bem filha? – Amberly perguntou, passando a mão em meu cabelo

– Sim, é só que – respondi limpando as lagrimas que desciam por conta própria – não consigo para de chorar.

– O médico disse que é normal – Maxon disse – você só esta cansada

– Já tem um nome? – Clarkson perguntou

– Ainda não – eu disse

– Quando fomos escolher o nome do nosso, seria Noah – Amberly disse – Mas acabamos ficando com Maxon.

Eu e Maxon nos olhamos, e ali tivemos certeza do nome. Clarkson entregou o bebê para mim. Eu olhei para ele sorrindo.

– Noah. Me parece certo, já que ele é a cara do pai – eu disse enquanto Maxon passava os dedos delicadamente nos cabelinhos dele – Noah Schreave.

– Noah Singer Schreave – Maxon disse

Olhei para ele sorrindo, feliz por ele ter colocado o nome da minha família no nosso filho, o que não era comum.

– Noah Singer Schreave? – Clarkson perguntou, nos fazendo olhar apreensivos para ele – Nome forte. Digno de um futuro rei.

Senti um certo alivio. A enfermeira pegou Noah e levou para ficar na incubadora. Eu queria ficar o dia inteiro com ele no colo, mas de fato eu precisava dormir. Quando ficamos apenas nós quatro, eu me recostei no ombro de Maxon e apaguei.

Quando acordei, Maxon estava sentado na poltrona, cochilando. Tentei chama-lo, mas ele dormia pesado como sempre. Peguei o cobertor, fiz uma bola com ele e joguei em Maxon para tentar chamar a atenção dele. Mas ele se limitou a se embrulhar com ele. Peguei o travesseiro e joguei. Maxon pegou e colocou o travesseiro em baixo da cabeça.

Bufei e comecei a tentar levantar. Estava morrendo de vontade de ir ao banheiro. A enfermeira entrou na hora e me ajudou, rindo ao ver Maxon dormindo pesado.

– Isso é normal? – perguntei apontando para Maxon

– Já vi muito isso – a enfermeira respondeu

– Bom, obrigada pela ajuda – eu disse, deitando novamente – e o Noah?

– Daqui a pouco eu trago para a primeira amamentação.

– Quanto tempo eu dormi?

– Só duas horinhas. Mas estamos no meio da madrugada. Deite ai, que eu vou arrumar outro travesseiro e cobertor. E já trago o Noah.

Quando a enfermeira chegou com ele, Maxon acordou. Olhou para o travesseiro e coberta que estava com ele de cenho franzido e levantou para ver o bebe. Amamentar pela primeira vez foi estranho, mas um estranho bom. Quando acabamos, entregamos Noah e dormimos outra vez, mas dessa vez, pedi para Maxon deitar ali comigo.

Acordei na manha seguinte, com batidas na porta.

– Entre – eu disse coçando os olhos

– Filha? – Minha mãe disse entrando

– Mãe! Ah! Você esta aqui! – eu disse me ajeitando na cama

– Todos viemos – Meu pai disse entrando em seguida, segurando a porta para May e Gerad.

– Maxon, acorde! – eu disse balançando Maxon

– Shh querida! – ele gruniu

– Minha família está aqui

– Shh!

– Que príncipe – May disse, fazendo todos rirem

Maxon continuou dormindo, deitado ao meu lado, enquanto eu contava como foi o parto. Meus pais disseram que estavam assistindo o jornal e logo perceberam que eu não estava bem. Que quando eu gritei pela primeira vez, eles gritaram lá. Levantaram correndo e fizeram as malas. Incrível, como Maxon só acorda quando a enfermeira chega com Noah. Ele abriu os olhos exatamente quando a porta abriu. Cumprimentou a todos na sala com um sorriso cansado.

A enfermeira entregou meu filho para minha mãe, que estava toda boba, chamando ele de principezinho.todos esqueceram que eu e Maxon estávamos no quarto e ficaram em volta do meu filho.

– Dormiu bem? – perguntei a Maxon, sorrindo

– Porque você não me avisou que tínhamos visita?

– Quem disse que eu não avisei? Você fez shh para mim!

– Mentira.

– Aham, claro.

– Já comeu?

– Ainda não

– Vou buscar algo para comermos então

Maxon deu um beijo na minha testa e saiu, me deixando a sós, com meus pais. Minha mãe entregou Noah para meu pai e sentou de frente para mim na cama. Enquanto conversávamos, a porta do quarto se abriu. Era Amberly e Clarkson. Eles cumprimentaram minha família e se aproximaram de mim.

– America, olhe isso – Amberly disse estendendo uma roupinha de menino.

– É linda – eu exclamei, pegando da mão dela

– Maxon usava isso quando o apresentamos publicamente – Clarkson disse

– Noah poderá usar a mesma?

– Se você quiser – Amberly respondeu

A roupinha era linda. Era uma macacão branco, de tecido leve e macio. Era simples, mas muito bonitinha. Eu olhava para a roupa, ainda não acreditando nos últimos acontecimentos. Noah começou a chorar, e meu pai logo correu para entrega-lo para mim. Maxon entrou no quarto, deu um beijo na testa da mãe e sentou ao meu lado na cama, olhando todo bobo para Noah.

– Nosso almoço já vem – ele disse segurando a mãozinha de nosso filho.

Noah apertou o dedo de Maxon, olhando fixamente para ele, com aqueles olhos azuis lindos, fazendo ele exclamar de felicidade. Amberly pegou a câmera que estava no criado mudo e tirou uma foto nesse exato momento.

Nosso almoço chegou, e todos saíram para almoçar também. Enquanto eu amamentava Noah, Maxon comia. Depois ele ficou com Noah no colo enquanto eu comia.

O dia passou, com meus pais e irmãos passando as vezes para me ver. Dormimos, e pela manha, ouvimos batidas na porta. Maxon levantou e foi abrir. Sorriu e pediu para que entrasse. Fui surpreendida por Nicoletta, Daphne, Aspen e Paul entrando.

– Toc toc! – Nicoletta disse entrando e sorrindo

– Mentira! Vocês estão aqui! – eu disse sentando na cama

– Obvio! – Daphne disse – precisávamos conhecer essa criança, que nasceu na melhor hora possível.

– Ele ainda não voltou – Maxon disse – mas já esta na hora.

– Um menino primo? – Paul perguntou, passando o braço sobre o ombro de Maxon

– E muito bonito por sinal – Maxon respondeu sorrindo

– Me diz que é ruivinho – Nicoltta disse, cruzando os dedos

Antes que eu respondesse, a enfermeira entrou com Noah no colo. Ela me entregou e saiu, enquanto todos se aproximavam. Aspen estava um passo atrás de todos, mas ele sorria. Conversamos enquanto eu amamentava. Daphne e Nicoletta estavam cheias de novidade.

– Meri? – Aspen finalmente disse

– Oi

– Eu vou partir em breve – ele disse

– Como assim? Vai para onde? – perguntei, com a voz estridente

– Itália

– Serio? Vocês.. vocês vão?

– Ainda não temos uma data. Mas sim.

Olhei de Aspen para Nicoletta sorrindo. Estava triste com a partida dele, mas feliz porque eles iam ficar juntos. Depois olhei para Daphne e Paul, que estavam do outro lado abraçados.

– Eles casam primeiro – Paul respondeu antes que eu perguntasse

– Isso é incrível – disse – parabéns a todos!

– Mas só casaremos, quando vocês três já puderem viajar – Aspen disse

– Queremos que você e Maxon sejam padrinhos – Nicoletta disse – Daphne e Paul já confirmaram.

– Eu digo o mesmo – Daphne disse – Faço questão de vocês quatro no meu casamento.

– Eu vou explodir de felicidade gente, serio – eu disse, enquanto Maxon me abraçava.

Com Noah já alimentado, Nicoletta e Daphne quiseram segura-lo um pouco. Fiquei assistindo meus amigos brincando com meu filho. Abracei Maxon com força. Ele retribuiu o abraço. Olhei para cima no mesmo instante que Maxon ia beijar minha cabeça, fazendo com que ele beijasse meu nariz. Rimos da situação e depois nos beijamos. Maxon segurou meu rosto, enquanto eu envolvia sua cintura num abraço forte. Parecia uma eternidade desde a ultima vez que nos beijamos intensamente, como agora. O beijo foi se aprofundando e Maxon mordiscava meu lábio.

– Ô vocês dois! – Daphne nos repreendeu – Tem uma criança no recinto!

Rimos durante o beijo, parando na mesma hora. Viramos para eles, sem graça. Nos deixaram sozinhos com nosso filho e logo depois o medico me liberou, mas ainda de repouso. Fomos para o salão das mulheres, levando Noah dentro do carrinho. Todos estavam lá e ficaram muito felizes com nossa chegada.

Passamos o dia planejando o quartinho do bebê, e sempre tendo alguém olhando ele. Como sempre, eu dormi do nada. Estávamos sentados no sofá. Deitei com a cabeça no colo de Maxon, o que fez ele ficar passando a mão no meu cabelo. Dormi rapidinho. Acordei apressada, quando Noah começou a chorar. Ele tem um choro alto e potente, não dá para não acordar. Maxon me levou para nosso quarto e lá nos finalmente tomamos banho, estávamos tão ansioso com as visitas, que acabamos esquecendo que eu precisava descansar muito. Descemos para o almoço, que foi uma bagunça, mesa cheia.

– Como eu gosto de ver esse castelo cheio – disse para Maxon

– Mas já esta querendo mais filhos? – ele perguntou rindo

– Não quis dizer isso – disse entediada

– Eu sei. Eu também gosto dessa bagunça

– Não que seja ruim ficarmos só nos quatro, mas quando ta cheio

– Eu sei, é diferente

– É

Sorrimos uma para o outro e Maxon se inclinou para me beijar.

– Ah! De novo? – Aspen disse, fazendo todos pararem de falar e olharem para nós.

Fiquei vermelha na hora. Acabamos de comer e voltamos para o salão das mulheres. Saímos de lá, já com o quartinho todo planejado. Fui para o quarto, coloquei Noah no berço e fiquei assistindo ele dormir.

– Ele é lindo – Maxon disse parando atrás d mim

– Eu disse que seria a sua cara – falei, me virando para olha-lo

Maxon não perdeu tempo e me beijou. Envolvi seu pescoço com meus braços enquanto Maxon me envolvia com seus braços.

– Me sinto o homem mais sortudo do mundo – ele disse parando o beijo

Sorri e puxei ele de volta.

– Vamos nos arrumar para o jantar

– Eu acho melhor ficarmos no quarto, você não pode ficar andando o tempo todo.

– Então tá – eu disse indo para a cama – mas você também fica

– Não considerei a ideia de ficar longe de vocês – Maxon disse, deitando ao meu lado.

Ele ficou olhando para o teto alguns segundos e depois levantou.

– Aconteceu algo? – perguntei

– É difícil ficar muito perto de você e não poder te agarrar

– Digo o mesmo – disse rindo – Mas você precisa ser forte, preciso de você aqui. Me acostumei a dormir agarradinha a você.

– Vou pedir para trazerem nossa janta, já volto e deixo você me agarrar – Maxon disse piscando.

– Então não demore

Olha o Noah ai zenti :3