War Z - interativa escrita por Gio Boni


Capítulo 4
Lua Minguante - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capitulo,e o proximo vai sair mais rapido do que geralmente posto.
=D



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Dia: 17 de Fevereiro de 2015

Localização: Acampamento a 60km de Atlanta

Horário: 09:30 A.M

Emma segurou um bocejo longo e observou o acampamento, como se quisesse comprovar que tudo estava bem. E realmente estava. Um curvar de lábios foi a única ação que viera da loira. Muito parecido com um sorriso, não um sorriso alegre, e sim algo amargo,cheio de cóleras. Cóleras das lembranças que possuía dos momentos que vivera nesses um ano.Em suas mãos,uma caneca fumegante de chá de ervas. Chá esse que,segundo sua mãe sempre dizia,acalmava-lhe e lhe dava paciência.

A mulher queria um pouco daquelas duas virtudes. Calma para poder resolver as situações não tão inusitadas que o grupo sofria, e paciência com a ignorância de certos indivíduos que ali se instalaram. Aliás, se ela pudesse aloprar sem por em risco a vida de sua irmã e de seu filho, ate a vida de Jeoffrey,faria isso com o maior gosto e então tomaria a liderança do comboio.

Em certos momentos,pegava-se imaginando – sentia-se culpada por alegrar-se naquele pensamento – uma horda vindo direto para aquele grupo e devorando aqueles velhos e egocêntricos senhores,que pensavam possuir autoridade,graças as suas armas e suas antigas vidas no mais alto patamar das riquezas. Empresários. Advogados famosos. Sim,haviam muitos deles naquele grupo.

Bebericou de seu chá,voltando-se para trás e vendo que agora uma vã estava pronta para partir,em busca de alimentos. Ate se voluntariaria,porem tinha medo de algo acontecer as pessoas que ela amava. Sabia que a sua presença na coleta não seria tão importante, então deveria ficar ali, vigiando as fronteiras criadas a alguns dias com a cerca de arame farpado.

– Mãe. Olha o que eu achei. – Agora sim sorria amavelmente para a figura pequena parada a sua frente,com uma pedra mediana e de coloração esbranquiçada.

– Olhe isso. – Apontou para a pedra,com entusiasmo na voz e nos olhos brilhantes. – Que coisa linda. Aonde achou?

– Ali. – O garoto apontou para um morro de terra próximo a ela. – Tem varias coisas ali.Toma. – Ele colocou a pedra sobre a mão livre da mulher. – É para a senhora,mamãe.

– Ah querido,obrigado. – Agradeceu gentilmente,beijando a bochecha do garoto e então vendo-o se afastar,ate o morro de terra,aonde se encontravam outras crianças e Lauryn,que tomara a responsabilidade de “babá”.

Então levantou-se,segurando a pedra e a caneca. Serviria-se de mais chá e então começaria a sua ronda pelas proximidades. Claro,porque seria uma tola em achar que uma simples cerca de arame farpado seguraria uma horda. Balançou a cabeça e cambaleou ate a cozinha feita por uma lona,um quadrado jeito de tijolos e uma grade por cima. Uma mesa de caixa de frutas com temperos vencidos e coisas que ainda prestavam depois de um ano.

Serviu-se como queria e então observou os homens do lado de fora da cerca,almejando conseguir uma arma tão poderosa quanto aquelas.

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Localização: Conveniência a alguns km de Atlanta.

Horário: 11:58 A.M

Brian Eldeman revirava uma mochila lotada de latas vazias,e quando percebeu que sua água acabara,jogou as latas no chão causando um grande barulho e chutou-as,enfurecido. Estavam dentro da conveniência,parcialmente vazia. E embora houvesse um pouco de comida que desse para ele e sua nova companheira de viagem,a água simplesmente não estava nos refrigeradores,muito menos na dispensa. Claro que outros sobreviventes teriam passado por ali e levado toda a água,mas o Eldeman jurava que quando passara ali pela ultima vez,a alguns dias,escondera algumas garrafas,porque sabia que se ficasse consigo,acabaria mais rápido.

Sentada próxima a porta, olhando para fora com curiosidade,Mari hesitava em pegar a sua mochila e oferecer uma garrafa de água para o homem,que descobrira se chamar Brian. Estavam juntos há poucos dias, mas ele era muito estranho. Suas mãos pequenas batiam uma na outra, em sinal de nervosismo. Não gostava de julgar pessoas antecipadamente, mas após ter encontrado o comboio anterior, confiara demais naquele pessoal. Um bando de aproveitadores e egoístas. Ela suspirou e então, perguntando-se se ainda estaria viva se Brian não tivesse aparecido,retirou a garrafa e chacoalhou-a com a sua mão direita.

O negro voltou sua atenção para a garota e sua garrafa.Com passos pesados e nem um pouco lerdos,arrancou a garrafa rudemente das mãos da garota em bebeu todo o conteúdo em um só gole. Mari percebeu que talvez Brian estivesse sem água a alguns dias e chegou a sentir pena do Eldeman.

– Droga. – Ele praguejou ao perceber que bebera tudo.

– Não se preocupe. – Mari murmurou. – Tenho um bom numero de garrafas de água e alguns atuns enlatados.

– Se é assim...- Brian comentou e então sentou-se ao lado da garota.

– O senhor não acha que é melhor sairmos de perto da cidade? – Mari questionou,retirando de seu bolso um pacote de M&M’S. Abriu-o e ofereceu a Brian,que concordou e esticou a mão,com a palma para cima. Mari despejou alguns M&M’S e então, pegando alguns para si mesma, guardou o pacotinho no bolso.

– Já tentei.- Brian confessou,franzindo a testa e cerrando os dentes. – Como resultado ficamos sem comida e tivemos que voltar, e no final fui deixado para trás porque não quis entrar em Atlanta.

– Será que esse pessoal que o deixou está vivo?

O Eldeman jogou uma boa quantidade dos M&M’S na boca e mastigou-os lentamente, enquanto negava com a cabeça.

– Espero que fiquemos bem. – Mari voltou a falar. – Pensei que estaria sozinha assim que fugi do ataque daqueles bichos lá.

– Bichos? – Brian riu de leve, contagiando Mari a sorrir de leve. – Você os chama de bichos?

– São bichos. – Confirmou Mari,ainda sorridente. – Uma mistura de Panda, leão,preguiça e urso.

– Como? – O Eldeman achou hilária a comparação que a garotinha fazia dos mordedores com os animais. – Por quê? Comparado aos mordedores, eu ate moraria com um urso.

– Olhe....- Mari ergueu a mão. – Pandas comem o dia inteiro, leões gostam de carne, principalmente carne fresca,preguiças andam devagar e ursos fazem aqueles sons.

– É rugir,os ursos rugem. – Explicou o negro.

– Ah, tanto faz. Mas minha comparação de certo modo esta certa. – A garotinha confirmou com a cabeça, orgulhosa de si mesma.

Brian não sabia, mas talvez Mari estivesse agindo como uma criança depois de um ano e estivesse adorando isso. Então sorriu, prometendo a si mesmo que tomaria conta dela. Levantou-se do chão, apoiando-se com sua mão direita, contra a parede. Pegou a mochila no chão e seguiu para as prateleiras quase vazias. Suas mãos varreram os produtos comestíveis da prateleira para a mochila,e assim foi feito nas outras duas prateleiras a frente. Saltou sobre o corpo de um mordedor morto, talvez outro comboio tenha passado por ali e o matado, e seguiu para a dispensa. Antes de desaparecer pela porta, virou-se.

– Fique ai, se precisar de algo,me chame – Pediu e desceu as escadas que o levariam para a dispensa.

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Localização: Saída de Atlanta

Horário: 12:02 A.M

Em meio a solidão da,que fora um dia tão movimentada,cidade de Atlanta,um furgão dirigia em meio as avenidas,afim de sair da cidade. O motorista,usando um óculos escuros,cantarolava All together Now,The Beatles. Suas mãos batiam sobre o volante, fazendo algumas curvas extremamente perigosas em meio as encruzilhadas e ruas lotadas de carros abandonados. Sorria abertamente, com o ar condicionado ligado e os latidos insuportáveis do cachorro sentado atrás, junto do garoto que encontrar e seu sobrinho.

Elliot,agarrado ao cinto de segurança,temia por sua vida. Talvez fosse mais fácil sobreviver lá fora, numa cidade lotada de infectados,do que em um automóvel com rodas com aquele homem,que segundo Hector,se chamava Adam. Pelota latia com o focinho para fora do carro, parecia mais calma e confiante dentro do carro. E Hector,o sobrinho de Adam,o motorista,dormia no banco de trás do de Elliot.

Adam deu mais algumas batidas no volante,ate constatar que estavam próximos da saída da cidade. Era só seguir pela aquela avenida e pronto,chegaria a BR e estaria livre de Atlanta. Sorriu de lado e virou-se para trás.

– Estamos quase partindo. – E Elliot aliviou-se ao interpretar a frase do homem. Sorriu para sua cadela e deixou-se tombar a cabeça para a janela fechada do seu lado,só para fechar os olhos.

Um som alto referente ao freio do carro foi-se ouvido pelos dois garotos do banco de trás. Pelota latiu enfurecida, e Elliot abriu os olhos, assustado. Adam estava pálido, mortificado com o que via. Logo à frente. Bem na saída da cidade, e na entrada da BR, a lotação de carros não deixariam o furgão se quer passar dali.

– Mas que porra...! – Sussurrou Hector, ainda sonolento, chamando a atenção de Elliot.– Tio?

– Daremos a volta. – Adam disse, cerrando os dentes.

– Mas tio, não há como...

– Daremos a volta. – Exclamou o mais velho, enfurecido.


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Notas finais do capítulo

Sabe de uma coisa,não vou mais mendingar rewiens. Porque sei que,mesmo que mandem os rewiens,alguns personagens vão morrer. Mas se realmente gosta dessa história,mande os rewiens criatura,isso não faz seu dedo cair,e se cair posso costurar. U.U
Beijinhos Sweet's.



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