New Boy escrita por Cereja e Cupcake


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Oie gente,olha eu aqui de novo, não demorei não é? Vim aqui com mais um capítulo para fazer vocês chorarem, por que particularmente eu quase chorei, foi bem difícil terminar esse capítulo com os olhos marejados e uma música triste de fundo, mas eu consegui. Amei os comentários do capítulo passado vocês são uns lindos^^ Ainda estou esperando uma recomendação, será que esse capítulo vai merecer uma? Bem, espero que gostem, beijos da Cereja *-*
Boa Leitura !!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/434459/chapter/33

Sabe aqueles momentos em que você simplesmente se sente vazia? Que nada mais faz seu sorriso aparecer, que a vida se torna triste, fria e sem alegria. Que o simples cantos dos pássaros se torna algo banal e feliz de mais para sua dor interior.

Eu me sentia assim, fria, vazia, como se minha vida fosse um nada. A chuva caía lá fora, e com ela ia toda a minha felicidade, meus planos, meus pais. Nada mais me fazia feliz, eu tinha os perdidos, estava sozinha.

A dor tinha sido tão grande, que tinha me feito desmaiar. Acordei no quarto de Sasuke desejando que aquilo fosse um pesadelo, que tudo fosse mentira, mas não era. Tudo tinha sido real, eu os tinha perdidos.

As lágrimas que eu chorava não aliviavam a dor de ter perdido duas partes de mim, as partes mais valiosas, as partes que eu desejava ter para sempre comigo. Os gritos de desespero não me faziam acordar daquele pesadelo, não tiravam o sentimento de vazio.

Eles não iriam me ver na faculdade, não iriam dar-me o diploma, não iriam me ver casada, não iriam ver meus filhos e não iriam voltar para casa.

Nunca mais eu iria ouvi-lo me chamar de cerejinha, nunca mais eu iria sentir seus abraços, seus beijos em minha testa, sua palavras duras e doces, nunca mais eu iria vê-lo.

Ela não iria dizer-me o quanto me amava, o quanto queria passar mais tempo comigo, não mais. Não iria dar-me um beijo de Boa noite, um abraço quando eu me sentisse mal. Não iria perguntar se eu já tinha comido e me dar broncas por não alimentar-me direito, ou pedir para ajudá-la com o jantar, nada disso iria acontecer, nunca mais, eu nunca mais a veria.

Eu não conseguia me imaginar sem eles, e agora eu os tinha perdido para sempre. Eu poderia ter abraçado mais, beijado mais, brincado mais, sorrido mais, mais nada disso era possível.

O ar parecia sufocante para mim, de repente, tudo parecia causar-me tristeza. Não avia motivos para sorrir, eu não os veria mais.

A dor que eu sentia era agoniante, parecia que quanto mais eu chorasse, quanto mais eu gritasse, não passava, ela só aumentava, para lembrar-me que eu iria sentir-me assim até o meu ultimo sopro de vida.

Todo esse tempo eu os tinha protegidos, mas não tinha sido o suficiente, os levaram de mim, e com eles levaram uma grande parte minha, levaram meus sorrisos, meus sonhos, minha felicidade, minha vida.

Senti fortes braços me puxarem para um corpo quente, fazendo-me aconchegar em seu peito, fechei os olhos com força apertando aquele corpo quente, tentando me proteger da dor que eu sentia.

– Eles se foram Sasuke... Para sempre. – sussurrei entre soluços.

– Eles iriam me levar para almoçar hoje... Levaram-me para escola e iriam me buscar... Estava tudo tão perfeito. – lágrimas e mais lágrimas escorriam pelo meu rosto.

– Eles tinham te aceitado. – disse chorando o olhando. – Queriam ficar mais tempo comigo, queriam ser mais presentes. – disse chorando.

– Por que a vida tem que ser tão cruel?! Por que os tiraram de mim?! Por quê?! – gritei enquanto chorava compulsivamente. – Faz essa dor parar Sasuke... Por favor! Ah! – Gritei sentindo a dor aumentar.

A dor da saudade era insuportável, deixava-me sem ar. A cada soluço eu sentia mais a dor aumentar, mais a falta de ar aumentar, eu queria morrer.

Eu queria morrer, não queria imaginar minha vida sem eles, não queria ficar sozinha.

Eu queria voltar para casa, mas não teria ninguém lá, ninguém estaria me esperando para o jantar, ninguém perguntaria como tinha sido meu dia.

O que eu mais temia tinha acontecido, eu tinha perdido as pessoas mais importantes da minha vida, as pessoas que cuidavam de mim quando eu era um simples bebê, que zelavam meu sono, que me alimentavam que me ninavam que me amavam que me protegiam.

Eu tinha perdido meus pais, meus melhores amigos, meus primeiros amores, meus primeiros amigos, meus protetores, meus heróis.

– Eu tinha tanto medo de perdê-los. – lágrimas escorriam por meu rosto. – O que eu mais temia aconteceu, eu os perdi, e nem pude me despedir. – o apertei mais.

Eu não pude dizer um Eu te amo, pela ultima vez, não pude dar um último abraço, um último beijo, não pude me despedir deles.

Mesmo eu não querendo admitir, ontem e hoje tinham sido na nossa despedida, eles tinham aceitado Sasuke, e tínhamos feito às pazes, estava tudo tão perfeito.

– Eu me arrependo de ter brigado com eles, das duras palavras que disse a meu pai, como eu queria voltar no tempo e aproveitar todos aqueles dias com eles, mostrando o meu amor por eles. – Soluçava enquanto mais lágrimas escorriam por meu rosto.

Eu os amava tanto, eles sempre foram a minha força para continuar, e agora eu não os tinha mais. Meu coração parecia ter sido arrancado do peito, parecia ter sido esmagado.

– Não vai ter ninguém em casa quando eu voltar... Ninguém que diga “Boa noite filha, como foi seu dia?” Ninguém vai estar lá... Ninguém. – murmurei soluçando.

Eu não conseguiria ser forte agora, eu não conseguia ver um futuro sem eles, eu não conseguia me imaginar sem eles, eu não conseguia me imaginar seguindo em frente, era muito doloroso. Não poderia simplesmente superar, não dessa vez.

– Quando eu tinha seis anos, minha mãe me perguntou do que eu tinha medo, eu a olhei nos olhos enquanto falava que meu único medo era perdê-los, ela me abraçou e disse que isso nunca iria acontecer... Ela mentiu – murmurei chorando. – Eles me deixaram...

Eu estava sozinha, estava sozinha com a minha dor. Tudo que eu conseguia ver era uma escuridão sem fim, tudo que eu sentia era um frio terrível, e a dor em meu peito, que parecia não ter fim. Ela nunca pararia, sempre estaria lá, para mostrar que eu não os tinha mais.

A realidade era cruel, eu não os tinha mais, meus gritos de dor aumentavam, minhas lágrimas escorriam pelo meu rosto como a chuva caía lá fora, o ar parecia sufocante, era tudo tão assustador para mim, eu estava perdendo o controle, estava mergulhando na escuridão, por que sem eles era só isso que eu conseguia enxergar... Escuridão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem, comentem!!! Beijos da Cereja *-*