A Feiticeira escrita por rkaoril


Capítulo 28
Metamorfose ambulante


Notas iniciais do capítulo

"Eu prefiro seeeeer
essa metamorfose ambulante
do que ter aquela velha opinião formada sobre tuuuudo
Sobre o que é o amoooooor
sobre ser que sooooooou
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"

Sei lá não descreve exatamente os poderes dela mais tem a ver com a personalidade da Suzana

ela é tipo, a única filha de Afrodite que não precisa de homem nenhum e é a única que tem uma profecia de amor.

Eu adogo ela



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XXVIII

SUZANA

SUZANA ESTAVA APAVORADA, mesmo assim ela prosseguiu com o plano. Brandiu contracorrente enquanto Sabrina apagava o sinalizador, e então olhou para seu pai.
– Me desculpe – ela disse – eu tenho que fazer isso.
– Eu não vou me perdoar se você morrer por minha causa. – Suzana sorriu tristemente.
– Eu passei um ano pensando que você estava morto. Se te deixar aqui, eu não vou poder me perdoar. – ela se agachou e o abraçou, sentindo as lágrimas vindo para seus olhos.
– Eu estou orgulhoso de você – ele disse – você sempre foi a melhor filha que eu poderia pedir. Agora além de querida, linda e educada, você também é corajosa e forte. Estou muito orgulhoso. – Suzana sorriu, e então beijou o curativo em sua testa.
– Eu te amo.
– Eu também te amo.

Suzana olhou para Sabrina, que assentiu tristemente e foi até o pai de Suzana para dar apoio a ele. Suzana então caminhou até a porta e a fechou, adentrando o corredor. Ela ouviu outro sibilo, então empunhou Contracorrente e olhou ao redor. Nada.
– Quem está aí?!

Do outro lado, de um corredor escuro, veio um dos monstros mais feios que Suzana já tinha visto. Ela não havia pesquisado sobre monstros na mitologia grega, como Sabrina, mas teve que admitir que esse monstro era bem memorável.

Campe era uma mulher até que bonita, se você tirasse os braços e pernas de dragão e os cabelos de serpente. Seus olhos brilhavam vermelhos, como sangue, e ela sibilou segurando duas cimitarras que pingavam algo verde – provavelmente veneno.
Filha de Afrodite – queixou-se Campe – você vai morrer.
– Por que você está aqui?! – gritou Suzana, enquanto Campe se aproximava arrastando o rabo enorme de dragão – Quem te comanda? – Campe sorriu mostrando os caninos enormes.
A Feiticeira, é claro. Tenho mais do que milhares de razões para lutar contra o Olimpo. E tudo o que ela me pediu era para vigiar esses dois mortais inúteis!

Suzana sentiu as mãos tremerem. Ela começou a realmente odiar a Feiticeira.
– Você – disse Suzana, se colocando em postura de combate – vai morrer.

Campe sorriu, e então avançou. Suzana teve certeza de que escolhera as palavras erradas. Talvez “me vencer” fosse mais provável de se tornar realidade.

Campe era incrivelmente pesada, forte e rápida para uma mulher com corpo de dragão. Suzana teve que escapar por debaixo de suas pernas quando ela avançou, não havia nenhum outro caminho.

Ela quase foi esmagada. Quando conseguiu rolar para longe, o rabo de Campe ricocheteou em sua cabeça, mandando ela mais longe do que planejava. Ela rolou até quase cair do corredor, em direção da represa de água. Contracorrente infelizmente não teve a mesma sorte, ela realmente caiu na represa.

Suzana sabia que voltaria para seu bolço, mas até aquilo acontecer ela estaria desarmada.

Campe sorriu novamente, e Suzana levantou, ainda um pouco tonta pelo golpe. Do canto do olho, ela viu Sabrina saindo de fininho às costas de campe com os pais, então decidiu que teria que usar um de seus truques.

Sua mãe dissera que era uma metamorfose ambulante como ela, então ela decidiu que usaria isso ao seu favor. Gostaria de ter alguma dica de alguém especializado, mas não havia opção, o máximo que tinha era a lembrança de quando pulou três metros.

Lembrava-se de ver o ciclope avançar na direção de Elizabeth e pensar – se eu fosse tão forte ou alta como eles, eu poderia salvá-la. Quando ela pulou, suas pernas pareciam as mais fortes do mundo e impulsionaram ela na direção do ciclope. Ela abriu os braços e olhou para Campe, que sibilava e corria em sua direção de novo. Ela pensou que amaria se fosse forte o bastante para acabar com campe, também se fosse esperta para usar essa força.

Lembrou-se de um jogo que Elizabeth gostava, Super Mario 64. No jogo, Mario pegava o dragão-tartaruga Browser pela calda e o girava até arremessá-lo na direção das bombas. Suzana já sabia o que fazer.

Quando Campe avançou, ela se jogou no chão e deu uma cambalhota por baixo de suas pernas, saindo de lá antes que Campe pudesse esmaga-la. Quando Campe decidiu ricochetear ela com o rabo de novo, Suzana interceptou o rabo no ar, o segurando com força.

Aparentemente muita força. Quando tocou o rabo de Campe ela arfou e tentou se livrar, e as escamas em seus dedos se contraíram para dentro como se ela estivesse o esmagando.

Suzana flexionou os joelhos e puxou Campe com toda a força, apenas para girá-la no corredor e a mandar para dentro da represa. Campe tentou parar no ar, largando as cimitarras envenenadas no processo, mas apenas caiu por lá, até que colapsou contra a água e se diluiu em pó dourado.

Do outro lado da represa Sabrina gritava para ela.
– Foi incrível! – ela gritou. Suzana deu um pulo.
– UHULL! – ela gritou de volta, então atravessou o corredor até o ponto onde Sabrina estava. Elas se abraçaram, deram alguns pulinhos e choraram. Do outro lado do corredor, o pai de Sabrina ria e o de Suzana se apoiava em uma parede com um olhar impressionado.
– Aquilo foi de mais! – disse o pai de Suzana. Ela sorriu e o abraçou.
– Agora, vamos sair daqui.

Suzana apoiou seu pai nela mesma e elas tentaram ir por onde tinham saído. De alguma forma, não era o mesmo corredor de pedras cinza. Sabrina supôs que era entraram pela porta errada, mas quando tentaram voltar a porta era uma parede sólida.
– Mas o que... – se perguntou Suzana, e então Sabrina arregalou os olhos e socou a parede.
– Droga! – ela xingou – Estamos no labirinto!


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