Loucuras na Adolescencia escrita por Naty Valdez


Capítulo 29
Capitulo 29 - Vingança


Notas iniciais do capítulo

Olá peoples! Olha quem voltou a ser só Valdez? Hahahaha’ Alguém pode me dizer quantos meses fiquei casada com o Waters? Não lembro! Enfim, eu achei que meu nome estava muito grande! Mas...
WATERS EU AINDA TE AMO, SUA COISA LINDA ♥
Enfim, peoples, eu não demorei tanto assim, Okay? Ainda estou em um prazo de uma vez por semana! Aliás, eu tenho que falar uma coisa com vocês, mas eu vou falar lá em baixo!
Bem, quero agradecer as divas que comentaram! LINDAS! Vocês gostam de uma pegação, em? kakakakaka’ Mas eu ainda achei que tinha pouco reviews! Poxa, de 230 leitores que eu tenho, só catorze comentam? Credo!
Enfim, meninas, obrigada *----*
Eu espero que gostem desse, Okay?



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Produção

— Vamos, Thalia! Já era pra você ter preparado isso! — disse Annabeth — Francamente, com um mês de preparação, os convites deveriam estar, pelo menos, prontos! — Annabeth jogou um travesseiro na cabeça da Thalia, que a ignorou completamente — Thalia! — outra travesseirada.

Annabeth já estava perdendo a paciência! Achou que quando recebera a mensagem de Thalia, a mesma queria companhia pra ver um filme, conversar, falar sobre sua festa, mas não. A punk ficou o tempo todo sentada na cadeira da escrivaninha olhando pra janela, como se, de repente, alguém fosse aparecer ali.

— Terra para Thalia! — disse Annabeth, com voz de ET — Alo, cambio. Thalia responda.

Annabeth ficou sem resposta.

— Que saco, Thalia! — Annabeth tacou outro travesseiro nela.

— Ai, Annabeth, enfia esse travesseiro na... Fronha! — disse Thalia, tacando outro travesseiro em Annabeth.

— Gente, o bicho falou! Aleluia! Agora quer me responder por que você ainda não preparou os convites da sua festa?

— Ah... Talvez porque eu estava pensando em mandar um recadinho pelo celular ou algo do gênero. Nada especial.

— Poupe-me, Grace. Eu sei que você nunca faria isso nem que fosse pra vir aqui tomar uma coca. Isso é tão nada você.

— Que exagero!

— Não, não, é serio. Thalia, você está bem? Não está! Me diz logo o que está acontecendo. E nem tente negar, okay?

— Você podia me conhecer só um pouquinho menos assim? — Thalia apertou o dedo indicador e o polegar.

— Não creio que isso possa acontecer.

Conte pra ela, Thalia, a mesma pensou, você tem que desabafar! Se não pra ela, pra quem?

— Okay, Annabeth, você venceu. — Thalia sentou-se em sua cama junto com Annabeth — É o Nico. — ela sentou de uma vez e muito rápido, baixando a cabeça em seguida.

— O que tem ele? — Annabeth tentou parecer séria, mas ela já sabia o que estava por vir. Afinal, Nico havia contado a ela e ao Luke o que acontecera no dia anterior.

Thalia contou toda a sua versão da historia e, vindo da boca dela, parecia muito mais inacreditável pra Annabeth. Então a casa pegou mesmo fogo ontem, não é?

— Caramba, Thalia — Annabeth segurou o riso — Então as coisas já estão quentes entre vocês dois.

Thalia fuzilou-a com os olhos.

— Annabeth, não ria. A coisa é seria! Eu acho que ele está gostando de mim, entende? E eu não quero isso. Não quero que...

— Mas e quanto à pergunta dele?

— Eu não sei. Eu o evitei hoje o dia inteiro só pra não ter que responder aquela pergunta.

— Por quê? Quer então que está realmente gostando dele? — Annabeth estava um pouquinho esperançosa demais para o gosto de Thalia.

— É... — Porque a voz tem que tremer logo agora?, pensou Thalia — Não, não. Acho que não.

— Acha?

— É, acho — Thalia suspirou.

Annabeth se aproximou da amiga e pôs a mão em seu ombro.

— Thalia, eu sei que não é isso o que sente. Você sabe sim a resposta para a tal promessa que tem que pagar a ele. Pode ser positiva... Ou negativa. Não sei, isso cabe a você dizer. Mas eu quero que você saiba o que eu penso sobre o assunto. Eu aprovo muito o Nico, okay? E isso, acredite, já é metade do caminho andado, por que eu não deixo você ficar com qualquer um não, okay?

Thalia sorriu e Annabeth continuou.

— Talvez, Thalia, isso faça bem a você. Você está sozinha desde o Luke. E digo mais, ele já superou você. Sinto muito. Mas é hora de você seguir em frente. E tem um gato aí, batendo na sua porta. Nem precisa perguntar a ele isso, já está na cara. Dele, pelo menos. Talvez ele não tenha confessado, mas é apenas uma questão de tempo.

Thalia abaixou o olhar. Ele, de fato, já havia imaginado isso, mas era uma loucura tão grande que ela não conseguia acreditar. Ela lhe dera algum motivo pra isso? Alguma vez lhe deu esperança de alguma coisa? Não.

— Vamos, Thalia, fale alguma coisa. Fale comigo, diga o que sente. Não seja tão fechada. Volta a ser como você era... Por favor. Está na hora de você viver de novo.

As palavras doces de Annabeth invadiram sua mente. Ela precisava mudar. Ela queria mudar. Mas não é tão fácil quanto parece. É muito, muito mais difícil.

Thalia se segurou pra não chorar.

— Eu vou falar a verdade pra ele — ela disse — Assim que der. Está bem?

Annabeth sorriu sem mostrar os dentes.

— É assim que se fala.

Alguém bate na porta e entra logo em seguida.

— Thalia, deu horário — disse Jason, com voz desanimada — Você sabe com ela é.

Jason deu um tchauzinho a Annabeth e fechou a porta atrás de si.

— Hora de que? — questionou Annabeth, confusa.

— De você ir.

Annabeth fez uma cara esquisita e Thalia riu.

— Foi mal, Annie. Mas é serio. Ainda estou de castigo, lembra? Hera lembra com certeza.

Annabeth bufou.

— Não sei quem não gosta mais de quem: se é eu ou se é ela. Provavelmente, nós empatamos. Enfim, acho que é melhor eu ir, né?

Annabeth abraçou Thalia, se despediu e foi embora, deixando uma punk pensativa jogada na cama, obrigando-se a criar coragem para, pelo menos, mandar uma mensagem a alguém.

***

No dia seguinte, na escola, Leo estava começando a se convencer de uma coisa: o grupo de atividades certamente não era o lugar dele.

Não porque ele não conseguisse fazer tudo o que eles conseguiam. Falando a verdade, mais da metade das coisas ele conseguia fazer de olhos fechados. Mas em sua primeira tentativa, na terça feira, ele desistiu. Não porque não conseguia, não por causa da preguiça, até mesmo nem por causa de Calipso, que vivia olhando pra ele como se quisesse vê-lo morto, por outra coisa. Por causa de outra coisa. Uma pessoa se for pra especificar.

Na terça feira, foi quando Calipso o puxou pela primeira vez. Ele estava em seu horário vago antes do almoço, terminando uma atividade de matemática que valia dez pontos. Leo sempre fora muito bom em matemática, coisa que ele aprendera com seu pai e sua mãe. Enfim, enquanto rabiscava em sua folha de atividades, encostado no armário, Calipso se materializou em sua frente magicamente.

Mais uma vez, Leo se indignou com a beleza de Calipso. Seus cabelos castanhos claros estavam soltos dessa vez. Tinham uma aparência sedosa, e desciam lisos na raiz, ondulando-se nas pontas, parando na curva da cintura. Envolvendo a testa e passando pelos cabelos, estava uma fitinha preta. Ela usava jeans surrados, e uma camiseta cor de pêssego, que tinha um desenho de um tabuleiro de xadrez com apenas o rei. Em seu rosto, seus lábios rosados brilhavam com um leve gloss. Seus olhos amendoados, puros, eram tão sedutores quanto Leo se lembrava.

E isso o deixava completamente irritado.

Como uma garota tão chata podia ser tão bonita? Ele já vira esse tipo de coisa em Reyna, mas ela não era como Calipso. Reyna era linda, de fato, mas era muito artificial. Calipso era tão natural quanto um jardim florido na primavera.

E tinha seu cheiro. Um cheiro tão bom quanto o de canela. Bem, era de fato cheiro de canela, e só havia uma pessoa além de Calipso que possuía esse cheiro: Hazel. Há quanto tempo não se falavam? Quanto tempo não tinham aquela conversa louca entre amigos que só os dois tinham? Ou melhor, há quanto Leo não pensava nela? E por quê?

Talvez fosse o jeito intrigante de Calipso que fazia Leo pensar o tempo todo o porquê de ela ser assim. Isso afastava Hazel de sua cabeça. Mas agora ela estava de volta, em uma comparação louca com Calipso. Porque Calipso o fizera esquecer por uns dias dela? O que ela tinha de tão especial? Bem, algo totalmente oculto. Então porque em uma coisinha simples como o cheiro de canela o fez pensar de novo nela?

Leo chegou a uma plena conclusão: ele não pensava em Hazel quando estava com Calipso porque elas não tinham nada em comum. Nem na aparência, nem no intelecto. Hazel tinha pele de chocolate. Calipso era branca como leite. Hazel era legal e calma. Calipso era antipática e agressiva. Não tinham nada em comum, por isso Leo se esquecia dela. Com esse micro fato de aparência, Leo percebeu que ainda estava frágil em relação aos seus sentimentos por Hazel, mas que foi esquecida por um curto tempo, por causa de uma garota totalmente diferente dela. Faz sentido.

— Valdez? Acorda! — Calipso deu um tapa na testa dele.

— O que?! — Leo pôs mão involuntariamente na testa.

— Quer parar de me olhar como se eu fosse um estra terrestre que veio te abduzir, por favor? — ela tentava segurar o riso, porque, provavelmente, a cara que Leo devia estar fazendo devia ser ridícula (E, cá entre nós, era sim) — Hoje começa o seus testes pra que grupo vai ficar.

— Eu sei — Leo guardou as folhas no armário e o fechou. Virou-se para Calipso — Eu só estava querendo ver a sua cara de irritada. Já disse que você fica bonita assim?

Ela revirou os olhos, deu-lhe as costas e saiu andando. Claro que ele conseguiu irrita-la novamente, mas olhando-a daquele ângulo, Leo viu um vislumbre de um largo sorriso em seu rosto. De repente, ele sentiu-se feliz por isso.

— Aonde vamos? — ele perguntou quando a acompanhou.

— Reunião no auditório com o grupo de debate — Calipso informou.

— Debate? — Leo disse, surpreso. Debate não era o seu forte, mas ele sabia algumas coisinhas. Só ficou emocionado por ser a sua primeira tentativa. — Eu amo debate.

Calipso revirou os olhos, nada impressionada.

— Talvez lá você não quebre os trabalhos de verão das pessoas — ela disse.

Leo sentiu-se culpado na mesma hora. Tinha esquecido completamente da promessa de ajuda-la a consertar o seu trabalho do Parthenon, já que Leo quebrara o ultimo. Foi sem querer, é claro, mas Leo sabia que era por isso que Calipso não gostava dele. Ele era um desastre magrelo ambulante.

— Sobre isso... — ele tentou falar com voz de culpa, pra ver se Calipso amolecia — Eu prometi que te ajudaria a consertar. Então, se quiser a minha ajuda, eu estou a sua disposição, madame.

— Há — Calipso abriu um sorriso sarcástico — Imagino que ajuda você vai me dar.

Assim, seguiram em silencio. No auditório, meia dúzia de adolescentes estavam envolta de uma mesa redonda que, sinceramente, parecia a audiência de um tribunal. De longe, Leo pode escutar o que eles debatiam. Era um assunto interessante, completamente chamativo, na qual todos participavam e que Leo adorou na hora: o assunto era “Leo, o novato”.

A mesa estava posta no centro do palco do auditório. Leo imaginou que aquele deveria ser o lugar em que ensaiava o grupo de teatro. Na conversa, uma voz fina e conhecida disse:

— Minha opinião é que ele será muito útil para nós. Eu acho que ele tem cara de bonitinho... Quero dizer, ele tem cara de inteligente. Talvez entre nesse grupo.

Quem mais podia ser além de Drew?

— O que você acha, Frank?

Quando Leo ouviu esse nome, quase caiu pra trás. Encolhido, sem sucesso em uma das cadeiras do grupo de debate, estava Frank Zhang, o responsável pelo afastamento de Hazel e Leo. Leo sentiu raiva na hora. E, se aquele lugar era frequentado por Frank, Leo não queria nem por os pés.

— Eu... — ele começou a dizer — Eu acho que, bem, podemos fazer um teste com ele. Se ele for bom mesmo, pode continuar conosco. Se não, há mais grupos por aí.

Leo percebeu que sua voz era hesitante. Chegava até a tremer um pouco. O que levou Leo a pensar que: porque um debatente estaria nervoso com o fato de dar a sua opinião? Isso é estranho!

Mesmo assim, Leo já havia decidido que ali ele não ficaria. Quando Calipso o pôs sentado a mesa e ele encarou Frank diretamente pela primeira vez, ele se sentiu irritado na hora. Então, ao invés de dar tudo o que sabia no debate, só falou burrada, o que fez Calipso descarta-lo desse tópico e passar pro outro.

Mas ele continuou com isso o resto da semana. Em todos os grupos, bancou um idiota. Até que chegou sexta-feira. E, após uma fracassada tentativa de colocar Leo no grupo de teatro, Calipso se estressou.

— Chega, Valdez! Eu simplesmente não aguento mais! É impossível que você seja tão simplesmente inútil assim, poxa!

— Lamento te decepcionar, Flor do Dia, mas eu simplesmente não sirvo pra nenhum desses grupos. Sinceramente, não gosto de nenhum deles.

— Você disse que amava debate.

— Acho que a essa altura do campeonato você já percebeu o nível absoluto do meu sarcasmo, certo?

Ele suspirou irritada.

— Okay, então seu caso já não é mais pra mim.

Com isso, Calipso o puxou até a diretoria da escola. O Sr. D, como sempre, estava esparramado em sua cadeira, lendo revistas, o que levou Leo pensar que: se ele é o diretor, não deveria estar trabalhando?

— Sr. D — Calipso foi dizendo — Eu me recuso totalmente a continuar passeando por aí com esse energúmeno que nem se esforça em tentar parecer que está interessado com alguma coisa. É revoltante, Sr. D!

— Seu drama emocional é tocante, Srta. Pattson — o Sr. D tirou a revista do rosto — Que pena que eu não sou muito de me emocionar com isso.

— Na verdade, é Peterson, diretor — Calipso disse.

— Tanto faz — o Sr. D se levantou — Quanto ao assunto do Sr. Maltez, eu simplesmente não tenho nada a ver com isso. Ele está sob suas mãos. Se ele não sabe de nada, trate de ensina-lo. Se chegar ao final do semestre, e ele não adquirir nenhum conhecimento sobre nada, ambos serão castigados.

— O QUE?! — Calipso brandiu.

— Exatamente o que ouviu. Sabe, Srta. Madson, a senhorita vem reclamando todos os dias sobre a minha incompetência a respeito de levar gente nova para o grupo de atividades extras. E agora que eu consigo colocar um lá dentro, senhorita reclama? Eu sinto muito, nem tanto assim, mas ou você o integra nesse grupo, ou a senhorita será castigada junto com ele!

Calipso bufou.

— Sr. D — Leo interveio — Ela não tem nada a ver com a minha incapacidade. Isso não é, tipo, uma acusação injusta da sua parte?

— Ninguém te deu o direito de opinar, Sr. Maltez. Sua situação já está crítica o bastante. E eu já dei minha palavra. Podem sair.

Foi o que eles fizeram. Calipso encarava Leo com fúria nos olhos.

— Está satisfeito? — ela esbravejou — Conseguiu o que você queria? Agora só porque você é um tremendo burro, eu vou ser castigada! O que eu fiz pra você, em? Me fala! — ela segurou a abertura da blusa de frio de Leo.

— Ei, calma aí, flor do dia! — disse Leo.

— Não me chame assim! — ela sacudiu-o

— Certo, desculpe. — Leo ergueu as mãos em rendição — Eu acho que tem uma solução pra isso.

Ele achava que o que estava pensando era uma solução. De jeito nenhum ele gostaria de entrar para o grupo de atividades, sabendo que Frank Zhang fazia parte dele. Mas, mesmo assim, ele sabia que não poderia ficar sem entrar naquele lugar. Ou ele entrava, ou teria de repetir o ano. E também, Calipso poderia ser castigada por culpa dele. Mesmo ela o odiando, Leo não queria que ela se desse mal por contar de seus problemas pessoais.

— Tá, que solução?

— Você pode me dar... Aulas particulares. Tipo, do que você sabe. Podemos nos aprofundar nos assuntos que eu for melhor, e ai logo, logo eu estarei no grupo. Eu vou passar de ano, e você não sofrerá castigo nenhum. Ambos ganhamos alguma coisa. O único empecilho é que vou ter que te aturar mais tempo do que eu queria.

— Há, há, há, que engraçado — Calipso soltou a blusa de Leo — Mas isso pode até funcionar.

— Vai funcionar. E, bem, você terá a honra de passar mais tempo comigo do que qualquer outra garota passou — a não ser Hazel, ele pensou — Não é maravilhoso?

— Completamente aterrorizante.

— Engraçadinha.

— É sério.

— Eu sei, hilário.

— Está bem. Mas digamos que, caso eu aceite a solução, porque eu inda não aceitei, quando eu te ajudaria? Tipo, aqui na escola? Em que horário?

— Qualquer lugar, qualquer hora, contando que a gente não fique no horário dos outros grupos.

— Por quê?

— É, por que... Bem, tipo, você tem que estar coordenando tudo, e, bem, posso atrapalhar você novamente, entende? Tenho certeza de que não quer isso.

— É, com certeza. Tudo bem, eu aceito. Contanto que seja em total sigilo.

— Por...? Ah, esquece. Eu não quero saber — embora a curiosidade a respeito desse sigilo o estivesse corroendo por dentro. — Aceito esse termo.

— Okay, Valdez. Eu vou te ajudar.

— Começamos na segunda? — ele lhe estendeu a mão.

— Segunda. — Calipso aceitou sua mão, com um leve sorriso no rosto.

Como ela pode ser tão bonita?, pensou Leo, indignado.

Depois disso, Leo seguiu para um lado e Calipso, pra o outro.

De trás das colunas, a qual Leo e Calipso estavam próximos, uma garota sai com um sorriso maléfico no rosto. Seus olhos eram verdes e seus cabelos, vermelhos como sangue.

— Sigilo, é? — disse Rachel — Acho que está quase na sua hora, Leo Valdez.

***

Naquela tarde, Thalia chamou Nico em sua casa, disposta a lhe contar toda a verdade. Estava confiante, segura, destemida e tinha todo o seu discurso praticamente ensaiado.

A verdade, era que ela sempre se intrigava quando o assunto era Nico di Angelo. O garoto sempre a olhava de um jeito estranho, curioso. E desde que ele a beijara pela primeira vez, uma coisa estranha acontecia com ela, ela sentia sua pele formigar ao seu toque, sua mente as vezes se embaralhava com aquele sorriso, dizia coisas sem pensar e ficava o tempo todo pensando nele. Ela só se lembrava desse acontecimento com uma pessoa: Luke, o cara que ela pensava que fosse o amor de sua vida. O cara que ela chegara a ser ingênua o bastante para acreditar que passaria a vida com ele.

Como estava enganada.

Agora Nico a fazia sentir as mesmas sensações. Agora ela também diria o que sente a ele, como fez com Luke. Será que daria certo? Ou será que aconteceria a mesma coisa? Não!, ela disse a si mesma, eu não vou fraquejar! Ei que Nico é diferente! Ele é diferente.

Assim, Thalia levantou-se de sua cama. Como ocorreu durante toda a semana, ela estava trancada no quarto de castigo. Ela ligou pra Nico e o pediu que viesse com o seu pai, para que pudessem conversar tranquilamente, enquanto Hera, Zeus e o próprio Hades conversavam. Ele disse que tentaria, mas não garantiu nada.

Enquanto esperava a chegada dele, Thalia escutou o barulho de sua porta se abrindo. Levou a mão involuntariamente aos cabelos e passou o dedo por eles, dando meio eu uma penteada. Mas não era Nico na porta.

Era Hera.

— Aproveitando o seu ultimo dia com o castigo? — ela provocou.

Thalia não se deu o trabalho de responder.

— Que bom. — Hera deu de ombros. — Só vim te avisar que estamos com visitas.

— Que visitas?

— Meus pais estão aqui. — Hera entrou no quarto e fechou a porta — E eu quero que você se comporte como uma garota decente e educada. Não quero que você envergonhe o seu pai perto dos meus. Se você fazer isso, eu te mando para um internato na Suíça e de lá você não sai tão cedo. Estamos entendidas, mocinha?

Thalia assentiu.

— Que bom que você entendeu. — disse Hera — E você não vai descer. Vai ficar aqui no seu quarto, e só vai descer quando for chamada. Deixe que seu irmão Jason cuide de meus pais como eles merecem. Depois do que você fez sábado, minha querida, eu não arriscar em deixar você solta por aí. Jason sim é um filho de Zeus. É educado, bonito, simpático, muito ao contrario de você. — Hera torceu o nariz olhando pra Thalia — Então, deixe com ele. Nem ouse em descer desse quarto sem ser chamada.

Hera abriu a porta, passou por ela e saiu do quarto.

Thalia desatou a chorar. Como essa mulher poderia ser tão cruel? Isso não é coisa de se dizer a um adolescente! Melhor, não é coisa de se dizer a ninguém. Envergonhar Zeus? Não parecer ser filha dele? Era cruel!

Ela sentiu muita raiva de Hera nesse momento. Se ela não fosse mulher de seu pai, ela já teria voado no pescoço dela.

Thalia limitou-se a deitar na cama e chorar. Chegar até aos soluços. Ela quase rasgou seus travesseiros tentando descontar a raiva em alguma coisa.

Alguém bate a porta.

Thalia, posso entrar? — era Nico.

Thalia não podia mais ver Nico agora. Estava desconcertada demais pra dizer qualquer coisa pra ele agora. Estava com tanta raiva que acabaria descontando nele.

Thalia? — Nico insistiu.

— Vá embora, Nico! — Thalia disse, a voz embargada. — Eu não quero falar com você.

Você está chorando?

— Não, não estou. Vá embora! Eu não posso falar com você.

A porta se abre e se fecha. Thalia olha pra cima; Nico anda até ela na cama.

— Eu disse pra você ir embora! — Thalia estoura, levantando-se.

— Não vou embora sabendo que você está chorando — Nico ficou de frente pra ela — O que aconteceu?

— Nada — Thalia limpou as lágrimas do rosto — Não aconteceu nada.

Nico abriu um sorriso.

— Quer parar de bancar a durona pro meu lado? Você não vai achar uma desculpa convincente por estar chorando, Thalia. Me conte o que aconteceu.

— Não tenho nada pra contar.

Nico suspirou.

— Pode me dizer então porque me chamou aqui?

— NÃO, NÃO POSSO! VÁ EMBORA DAQUI, DI ANGELO! EU NÃO QUERO QUE VOCÊ FIQUE AQUI, ENTÃO VÁ EMBORA!

— Thalia, se acalma. — Nico disse, em tom de advertência — Se acalma e me conte o que ouve! Eu não vou te julgar nem nada, apenas me conte.

— Não, não, não — Thalia pôs a mão nas fontes enquanto murmurava.

Ela não queria contar nada a Nico daquele jeito. Queria falar com calma. Mas Hera a deixou tão estressada, que ela se esqueceu que era Nico quem estava falando com ela. Lágrimas desciam pelos seus olhos. Nico a observava preocupado.

Thalia percebeu que não ia aguentar vê-lo assim sempre que ela tivesse uma briga com Hera, o que ocorria sempre. Mas ela não pensou na possibilidade de ele entender, nem em nada positivo. Não conseguia raciocinar. Hera, naquele dia, conseguira deixa-la mais perturbada que o normal.

Então, quando disse alguma coisa, o que falou a faria se arrepender por um bom tempo.

— Sabe pra que eu te chamei aqui, di Angelo? Pra dizer o quanto você é insignificante pra mim! Eu não gosto de você. Não gosto quando você me beija. Odeio, praticamente. É repugnante. E eu queria deixar bem claro que eu não quero que isso continue! Chega, entendeu?

— Eu não acredito — Nico disse depois de um tempo. — Não acredito em nada. Eu conheço você, Thalia. Não é isso o que você pensa. Você sente o mesmo que eu.

— Ah, é? E o que você sente?

— Fale você primeiro.

— Eu te odeio, te odeio, te odeio. Sai-a do meu quarto agora, se não vou chamar o meu pai pra te tirar daqui.

Nico arregalou os olhos. Estava abismado. Se Thalia estava ameaçando fazer alguém fazer alo por ela, isso significava que ela falava sério. Muito sério. Mas Nico não se mexeu.

Thalia, percebendo isso, andou até a porta e a abriu.

— Saia — ela disse, e abriu a porta pra ele.

Seria impressão de Thalia ou os olhos dele estavam praticamente marejando? Seja o que for, ela manteve-se firme, mesmo não sabendo exatamente porque estava se mantendo firme. Nico deu um passo à frente. Thalia escutou vozes no corredor. Alguém estava vindo.

Ah, a Thalia é uma garotinha muito antissocial, sabe? Não gosta de ficar no meio das pessoas, mãe. — dizia a voz de Hera — Mas nós podemos ir vê-la. Deve estar fazendo alguma coisa importante no seu quarto. Zeus tem filhos únicos!

O que Thalia fez a seguir, foi pelo desejo de vingança que, de repente, a tomou.

Quando ela viu que os familiares de Hera viriam direto para o seu quarto, ela decidiu que era a hora de se vingar de Hera.

Thalia impediu que Nico passasse pela porta. Depois, ela tirou sua blusa, ficou só de sutiã — sim, vocês não leram errado — e pulou em Nico, fazendo-o recuar até sua cama. Depois disso, ela começou a beija-lo ferozmente. Ele parecia estar tentando hesitar, mas se dissera a verdade ao dizer que sentia o mesmo que ela, ele não iria larga-la.

Thalia pegou as mãos de Nico e colocou em suas costas. E continuaram se beijando. Até que, finalmente, Hera aparece na porta do quarto junto com seus pais.

— Thalia?!


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Notas finais do capítulo

SUSPENSE! Confirmado: Thalia Grace tem sérios problemas psíquicos! Kkkkkk’
Bem, gente, o que eu queria falar é o seguinte: sua tia Naty agora-apenas-Valdez está estudando pra uma prova muito importante no dia 30 de novembro. “E pra que é esse prova, Naty?” Bem, essa prova é pra ingressar em uma escola técnica que trabalha junto com o Ensino Médio. “Idae, Naty?” E daí que a Naty precisa muito passar nessa prova pra ser alguém na vida! “E o que isso tem a ver com a gente, Naty?” É que, é o seguinte: a tia Naty pode chegar a atrasar as fics porque estará muito ocupada estudando pra essa prova que vai cobrar matérias do 6º ao 9º ano, então vai ficar muito puxado. “Mas você já não atrasava, coisa tonta?” É, mas agora eu tenho um motivo. E, tipo, eu não quero abandonar a fic! Nem essa e nem minhas outras duas! Mas vou fazer de tudo pra postar pelo menos duas vezes ao mês! Tá bem? Então, tipo, vai ser pouquíssimo tempo, porque, depois que eu fazer a prova, já vou estar de férias! E, se eu passar, as aulas só começam em abril! Tipo, DÁ PRA TERMINAR A FIC! Não chorem kkkkkk’ Enfim, é isso! Estamos combinadas?
CARA, QUEM COMPROU O SAGUE DO OLIMPO? EU COMPREI, GENTE, AGORA Ó FALTA CHEGAR PRA MIM LEEEEEEEEEEEEER! Kkkkkk’
Pela parte da Naty é só! Agora é a vez de vocês! Comentem, favoritem e recomendem! (Faz tempo que alguém recomenda!) Beijos ♥