A hospedeira 3 - Sucessão escrita por Everlak


Capítulo 19
Runnig away


Notas iniciais do capítulo

OIIII!!!
Eu sei que vocês estão querendo me matar pelo sumiço!!
Eu lamento muito, mais tarde explico meus motivos babes! Eu amo vocês viu?
BOA LEITURA!



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– Não. Não venham para casa! Eles estão chegando aqui.

– E então o que fazemos? – Pergunto olhando angustiada para Brody.

– Estaremos de volta às cavernas.

Eu tento processar o que Jamie está dizendo mas me recuso a acreditar o que quer dizer.

– E você? E as meninas? – Brody me olhava de soslaio mas eu estava nervosa de mais para retribuir o olhar.

– Não se preocupe connosco. Dê o celular para Brody.

– Mas ele está conduzindo! – Reclamo.

– Zoe, não é altura para isso. – Jamie me censura e eu passo o celular.

Brody se limita a escutar o que Jamie fala e eu tento me espremer para perto do meu namorado para tentar escutar mas ele me afasta com uma mão.

– Certo – Brody pronuncia enquanto mexe no GPS do seu carro – Sim, eu entendi tudo direito.

Brody desliga o celular e eu espero que ele me passe as informações dadas por Jamie mas ele mantêm-se calado. Eu cruzo os braços sobre o peito e ele acompanha meu gesto enquanto mantém um olho na estrada. O fantasma de um sorriso aparece em seus lábios mas não passa disso.

– Então é isso? Você não vai dizer-me nada?

– Não por agora. – Ele diz e me olha por uma fração de segundo.

Seu olhar calou todas as reclamações que ia fazer. Ele estava nervoso, como nunca o tinha visto. Então notei tardiamente nas suas mãos agarradas mais que suficiente no volante, os nós dos seus sobressaindo da pele de uma maneira excessiva, ele estava se agarrando para impedir-se de tremer. Numa tentativa de o acalmar, me aproximei e beijei seu ombro demoradamente, inalando seu cheiro tão peculiar.

Eu senti seu corpo relaxar suavemente mas não totalmente. Mas numa situação destas era normal todos estarmos tensos. Com os tremores controlados ele tirou a mão direita do volante e passou o braço pelos meus ombros, me aconchegando a si.

Nós estávamos já na periferia da cidade, saindo em direção à autoestrada deserta. Não entramos na entrada principal da via, evitando encontrar almas a impedir a passagem. Então só entramos vários quilómetros à frente e livre de almas, felizmente.

Brody tirou o braço dos meus ombros momentaneamente para ligar o GPS. Ele não o ligara ainda, o que eu tinha achado estranho. Provavelmente foram instruções de Jamie. O embalar do andamento do carro e a noite escura lá fora me fizeram cair num sono turbulento. Ora adormecida, ora acordada, ou no meio-termo, se é que isso é possível. Eu me sentia no mundo dos sonhos mas podia sentir cada movimento de Brody, os sons que nos rodeavam. Cansada desta situação, decidi ficar totalmente desperta, e certificar-me discretamente que Brody ainda estava desperto o suficiente para conduzir. Eu queria passar meus dedos pelo seu cabelo mas decidi que isso poderia adormece-lo com facilidade. Eu peguei o celular que estava esquecido no tablier e tentei checar se tinha alguma chamada perdida ou mensagens. Não tinha nada, porém, como não havia rede nesse trecho de estrada, eles podiam muito bem estar ligando e eu não conseguir ver as chamadas.

– Alguma coisa? – Brody perguntou.

– Sem rede. – Falei abanando o celular como se assim pudesse obrigar a rede voltar.

No momento seguinte, eu senti um mal-estar repentino, uma sensação esquisita. Olhei para a estrada à nossa frente e agarrei o braço de Brody.

– Pare o carro! – Falei mais alto do que era necessário.

– Zoe?

– Brody, pare o carro, por favor. – Pedi com a voz mais controlada.

No meio da escuridão, dois vultos parecem ganhar forma, bem no meio da estrada. Brody nota o mesmo e começa a abrandar, mas sua posição mostra que ele não está confiante em parar o carro. Um outro veículo está na estrada. Um audi A1 branco. Eu prendo a respiração ao ver Riley para fazer sinal para pararmos.

– É Riley. – Brody fala e sua expressão se endurece.

Eu saio do carro e apenas quando o faço, Riley parece notar quem eu sou. Ele arregala os olhos por um momento mas depressa se recompõe.

– Nós precisamos de ajuda. – Ele fala com a mão na cabeça. – Meu carro avariou e não tem rede aqui. Vocês são os primeiros que encontro em horas!

– Está de sacanagem né? – Brody riu desgostoso. – Eu devia era quebrar você!

Brody faz menção de avançar mas eu o aperto contra mim, e ele se detém, pelo menos por agora. Eu não o que fazer. Com certeza eu não queria dar qualquer tipo de ajuda a Riley. Mas também não conseguia abandonar quem quer que fosse desse jeito. Então eu percebi uma coisa.

– Espera, nós? – Interroguei.

Como se eu tivesse chamado por ela, Kimberly sai de dentro do carro de Riley, seu rosto banhado em lágrimas. Ela estava com medo.

– Ah fantástico! – Ironiza Brody. – Quem mais está aí dentro? Almas?

Com a simples palavra, Kimberly estremeceu e caiu num pranto.

– Brody, agora não é o momento. – Digo em tom de súplica.

Sim, ela era uma cadela vadia. Sim, Riley merecia uns bons socos. Mas essa não era a hora.

– Como vocês vieram parar aqui? – Perguntei a Riley, mas evitando o contato visual.

– Quando tudo começou dando errado, minha mãe me ligou e me mandou seguir as instruções que ela havia escondido numa parte secreta do porta-luvas.

– Sua mãe? – Eu enruguei a testa pensando – Ah droga!

– O que foi Zoe? – Brody me afastou ligeiramente para poder ver meu rosto.

– Eles estão indo para o mesmo sítio que nós. – Desabafei.

– Nem pensar! – Brody recusou.

– Eu não estou dizendo que eu quero que eles venham. – Corrigi. – Eu estou dizendo que a mãe dele mandou-o para a caverna. Sua mãe é Lacey certo?

– Como você sabe isso? – Riley questionou na defensiva.

– Ela fazia parte da comunidade de minha mãe. – Falei rapidamente sem entrar em muitos detalhes. Eu ignorei Riley e olhei para Brody – Escute, você sabe melhor que ninguém como esses dois me machucaram mas não os podemos abandonar aqui.

Brody bufou vencido, sabendo que eu tinha razão, ainda que não gostasse da ideia.

– Tudo bem. – Ele decidiu por fim. Então ele olhou direto para Riley – Mas não pense que está tudo esquecido.

Riley assentiu desconfortável e Kim apenas enxugou as lágrimas. Eu pensava que pessoas sem coração não choravam. Pelos vistos, estava errada. Mas eu não iria sentir compaixão por nenhum daqueles dois. Não. Eu só não queria ter o peso na consciência se algum infeliz acaso acontecesse por eu ter sido egoísta e os ter deixado largados ao próprio destino. Fiz sinal para eles virem para o carro e eles obedeceram de bom grado. Kim foi pegar suas coisas ao carro de Riley e logo correu para nos apanhar.

Estávamos já todos prestes a entrar no carro, quando Brody impediu Riley.

– Só mais uma coisa. – Brody falou calmamente para logo acertar seu punho no rosto de Riley. – Agora pode entrar no meu carro.

Eu queria repreender meu namorado por tal comportamento infantil mas eu simplesmente sorri bobamente para ele.


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Notas finais do capítulo

MUHAHAHAHAH
Vocês imaginam esses quatro e Jamie presos numa caverna????? Eu tenho dificuldade em imaginar ahahaahahah
E esse soco? Na verdade, achei pouco mas o destino de Riley está traçado, não se preocupem hehehe
BEIJOS FOFOS!!!!