À Procura da Salvação escrita por Natalia Escritora
Notas iniciais do capítulo
Aqui vai mais um capítulo da minha história. Fiquei um tempo sem escrever, por causa das provas, mas agora estou de férias e irei escrever com mais frequência ;)
As aulas foram normais, infelizmente interrompidas por um senhor ensanguentado que acabara de chegar. Ao sinal do intervalo de almoço, devorei rapidamente a macarronada com um frio molho de tomate. Em seguida, peguei minha mochila e corri até o banheiro.
Eu sabia que lá, teria privacidade, pois se havia um lugar da escola, em que o país inimigo tentava entrar, esse lugar era o banheiro. As vezes, eram os próprios soldados do nosso país, que tentavam entrar e ver se alguém os enfrentava, para manda-lo para a guerra. A parede, estava, pichada, e deixava bem a mostra, as milhares de camadas de cimento que foram colocadas para reconstruí-la. A maioria das portas dos boxes, estavam quebradas, alguns vasos, foram partidos ao meio, e jorravam água. O chão estava alagado, e o piso, de mármore, me fazia perder o equilíbrio.
Nenhum aluno ia lá, por pura precaução, já que ninguém queria ser mandado para a guerra. Então, eu sabia que lá, teria sossego .Entrei num box, de porta arrombada e vaso quebrado. Ouvia-se o constante barulho de fracas bombas batendo a todo instante na parede, pessoas gritando e aspadas, adagas ou oque quer que fossem, se encontrando freneticamente.
Retirei o caderno da mochila e a joguei no canto. Me sentei no que restara do sanitário e comecei a folhear. Aquilo, definitivamente deveria ser um diário. As páginas repletas de linhas coloridas, e adesivos na frente. Quando pequena, eu tivera um diário, mas o governo confiscou todos, temendo que os usassem como meio de contato.
Folheei, folheei e nada. Não havia nada escrito, nenhum segredo, data, nem nome... Encontrei apenas uns rabiscos nas páginas finais, bonecos de palito, que pareciam duelar. Arranquei essas páginas e as arremessei longe. Resolvi que usaria o diário, e caso um dia, a guerra acabasse, todos saberiam como ela foi.
Peguei minha mochila e me preparava para sair, quando ouvi um barulho. Fui verificar e vi Gabe, caído no chão, com um sorriso amarelo no rosto.
– Oque faz aqui, garoto ?? - perguntei, o ajudando a levantar.
– Você almoçou depressa, eu estranhei. - ele falou, torcendo a blusa, encharcada.
– Você não devia ter vindo aqui. É perigoso para um garoto de 10 anos. Oque você viu ??
– Nada. Fiquei esperando você sair. - Ele disse, olhando fixamente para o chão.
– Vamos !! - Ordenei, o segurando.
Ela não se moveu.
– Ande !!!! - gritei me virando. Percebi que ele olhava fixamente para a perde, como se pressentisse algo. Peguei uma espada na mochila e me pus a sua frente.
– A quanto tempo você anda com isso ?? - Ele perguntou fixando os olhos na brilhante lâmina de prata.
– Cale a boca !! - Ordenei, e fui obedecida. Ele fechou os punhos, prestes a socar algo e se colocou atrás de mim. O tic tac já era ouvido. Suspirei. Não dava mais tempo de correr.
– Vai pra debaixo das pias - falei. - Se for alguma pessoa, você corre - mandei - deixe que eu a detenho - ele fez que sim com a cabeça.
Eu, sabia que aquilo era uma bomba, mas não sabia que era do próprio War. E não sabia que se enfrentasse, poderia ir para onde eu menos queria.
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Espero que tenham gostado ;)
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