Os Guardiões Dimensionais escrita por kurosaki nunes


Capítulo 10
Capitulo 10.Segredos no mundo de gelo.Parte2.




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Os Guardiões Dimensionais

Capitulo 10.Segredos no mundo de gelo.Parte2.



Ryuji terminara o seu banho,mas depois de Kaori sair daquela forma nem conseguira relaxar.O rapaz saiu dali decidido a se retratar e ao chegar na sala encontrou-se com Timothy.
-Ryuji!Saiu do banho em boa hora.-disse o líder da vila.
-Senhor Timothy?
-É que eu queria conversar um pouco com você.Afinal essa é a primeira vez que encontro com um habitante do planeta Terra.Sei que vocês vão sair amanhã bem cedo, não vai demorar nada.
-Claro...sem problemas.

Os dois sentaram-se na sala.
-Kaori já foi dormir?-perguntou ele.
-Sim já faz um tempo.-respondeu Timothy que depois perguntou bem sério.-Ryuji...Kaori tomou banho junto com você não foi?
-Sim tomou.Ma-mas não me entenda mal.-disse Ryuji começando a gesticular muito.-Ela disse que era comum neste planeta e ela ficou beeeeeemmmm afastada de mim.-e ele enfatizou muito o “bem”.-E não aconteceu nada pervertido ou...
-Há,há,há não se preocupe eu sei que você não faria isso.-respondeu o arctiniano com um sorriso.-Só é um fato um tanto curioso.
-Curioso?
-Veja bem,banho misto é natural para nós.Entretanto tomar banho com uma pessoa fora da familia não é uma prática normal,a não ser que esta seja muito chegada a mesma.E é ainda mais difícil sendo pessoas do sexo oposto.
-Sério?
-Para Kaori ter entrado junto com você,significa que ela simpatizou-se com você.
-Hã?-Ryuji fingiu não entender.
-Ela realmente gostou muito de você,isso é um fato inédito!-sorri Timothy.
-Como assim ela gostou de mim?-disse o rapaz levemente corado.-E depois nós nem nos conhecemos direito e...
-He,he,he não fique tão sem graça afinal você é um rapaz jovem e ela uma bela moça.

-O que?!Está dizendo que isso significa casamento?!-perguntou Ryuji mais corado ainda.
-Querido não brinque com o rapaz desse jeito.-disse Aisha entrando no recinto.-Desculpe Ryuji,poderia desconsiderar essa ultima frase dele?
-Então era tudo brincadeira?
-Bom a parte do casamento sim.-explicou ela.-Mas não a parte de que ela realmente se simpatizou contigo.Pode parecer estranho pra você mas nós entendemos as emoções da nossa fria sobrinha.
-Mesmo assim...-respondeu Ryuji de forma triste.-Eu acho que estraguei tudo quando perguntei sobre a infância dela...
-Não é que você tenha estragado.É que é difícil para Kaori falar sobre esse assunto.-respondeu Timothy.
-A senhora mencionou sobrinha.Vocês são os tios dela ou é modo de dizer?
-Nós éramos os melhores amigos dos pais de Kaori.-explicou Timothy que começou a contar:
-Para dizer a verdade nós não morávamos nessa vila.Vivíamos numa cidade a cinqüenta quilômetros daqui.Cidade de Holy Snow.
-Cidade?

-Sim, não existem apenas vilas em Arctinos.
-E por que estão morando aqui?-perguntou o rapaz.
-Isso aconteceu há dez anos atrás.Kaori tinha quatro anos e meio de idade.O planeta Arctinos é um dos planetas com a maior quantidade de água desse sistema solar,ainda que seja congelada.Nós além da manipulação do gelo,aprendemos métodos para transformar todo esse gelo em água, em moradia...pode-se dizer que não viveríamos sem todo esse gelo.
-Interessante...-comentou Ryuji.
-Mas havia pessoas em nosso planeta que queriam usar desses métodos e manipulação de gelo para proveitos bélicos.-prosseguiu Timothy.-Houve um desentendimento e os lideres de nosso planeta entraram em discussão.Uma guerra era iminente e foi isso o que aconteceu.
-É meio estranho pensar em guerra num local como esse,ainda mais vendo as crianças como estavam mais cedo.-comentou Ryuji.
-Felizmente a guerra não alcançou as crianças de agora.Mas Kaori vivenciou tudo isso.Nós vivíamos em paz na nossa cidade,quando do nada fomos alvos de um ataque homicida dos oposicionistas a paz.Suas armas eram poderosas e nunca vistas antes,como se fossem vindas e um outro planeta.
-Então havia planetas de olho em Arctinos?-perguntou o rapaz.
-Sim.Sempre houve,sempre haverá.Se um planeta ou país tem muitos recursos e esses são indispensáveis para a vida com certeza se tornará alvo daqueles que não tem tais recursos.Se não for por guerra, por exploração ilegal.
O rapaz lembrou-se de seu país.Acontecia a mesma coisa por lá (na verdade acontece mesmo).
-Esses seres de outro planeta financiaram os oposicionistas desde o inicio.Nossa cidade fora dizimada por eles.Muitos dos nossos nem viram a morte chegar.E Kaori estava no meio de toda essa tragédia.

-Enquanto fugíamos nos separamos de Kaori e dos seus pais.-continuou Aisha a narrativa.-E pra piorar estava exatamente na época da pior nevasca de nosso planeta.Só conseguimos encontrar a Kaori por acaso, um mês depois escondida em uma caverna.
-Um mês?Mas como ela sobreviveu?
-Nós a encontramos em um tipo de estado de hibernação.-respondeu Timothy.-Para ela foram apenas quinze dias de angustia.Depois disso seu corpo valeu-se de um tipo de proteção natural que a protegeu de entrar em um estado de hipotermia e morrer de sede e fome pelos outros dezoito dias.Honestamente nem nós sabemos explicar como Kaori sobreviveu por que quando a encontramos já fazia quinze dias que entrávamos no período mais frio do ano e sem um traje apropriado...
-Kaori era uma menina radiante.-concluiu Aisha.-Não existia ninguém que não a conhecesse sem ficar encantado com seu belo sorriso.Entretanto depois daquele dia seu sorriso desapareceu dando lugar a expressão fria que você vê hoje.
-E os pais dela?-perguntou o guardião.
-Morreram no ataque.-explicou Aisha.-Inclusive a mãe dela estava grávida de um mês.
Ryuji teve um choque ao ouvir isso.E ele tinha a impressão de que ainda tinha mais coisa que eles não contaram.
-E como essa guerra acabou?-perguntou ele querendo ao menos ouvir boas noticias de tal fato.
-No fim de tudo o tal planeta que estava por trás da tal guerra iniciou uma ofensiva definitiva contra o nosso planeta.Estaríamos mortos se não fosse a ajuda de uma guerreira.Uma mulher poderosa que apareceu no nada.
-Mulher poderosa?
-Ao menos foi o que disseram.-respondeu Timothy.-Ela destruiu sozinha todas as hordas inimigas.E tão de repente como aparecera desapareceu.Nunca soubemos a sua verdadeira identidade ou de onde viera.Só sabemos que ela usava um tipo de armadura para lutar.
-Uma armadura...-refletiu Ryuji.-Seria uma armadura dimensional?Mas os guardiões antes de nós existiram há muitos séculos...

-Em todo o caso devemos muito a ela.-completou o homem.-Se não fosse por ela não estaríamos vivos hoje e mesmo que tivéssemos essas crianças não poderiam brincar felizes como fazem agora.
-Bom acho que já é tarde querido.-avisou Aisha.-Ryuji precisa dormir.
-Tem razão.Ryuji que tal se conversamos depois da missão?Gostaria muito de ouvir sobre seu planeta depois.
-Claro sem problemas.
-Eu vou te levar até o seu quarto.-disse Aisha.
Ryuji ficou hospedado em um quarto de visitas na casa.Ao lado do mesmo estava o quarto usado por Kaori.O jovem guardião pensava em como seriam as noites de Kaori,se ela dormia tranquilamente ou se tinha constantes pesadelos com o tal fato de seu passado.E o mais importante pensava em como pedir desculpas a jovem pela pergunta inapropriada.E foi isso que ele manteve em sua mente até dormir.

No dia seguinte...
-Ei,acorde!-dizia uma voz feminina chamando o rapaz.
-Agora não one-chan...-resmungou Ryuji que dormia na cama com o corpo virado para a direita, na direção da porta.
-Acorde Kobayashi.-chamou a voz mais uma vez.
-Kobayashi?-disse ele e assim que abriu os olhos deu de cara com Kaori a encarando.O rapaz levou um grande susto.
-Ka-Kaori!?O que você...
-Temos que ir.-avisa ela.
Pouco depois os dois jovens se despediam dos tios adotivos de Kaori.
-Tenham cuidado vocês dois.-disse Aisha.
-Kaori-nechan quando você voltar podemos brincar?-perguntou uma das crianças da vila.
-Sim eu prometo.
-Legal!-disseram elas.

Ryuji observava Kaori.Em sua mente ele pensava que a jovem mesmo em sua frieza,era muito atenciosa com as crianças.E elas não se importavam com seu jeito “Kaori de ser”.
-Vamos indo Kobayashi?-disse ela.
-S-sim.
Os dois saíram voando, com os demais se despedindo deles.Ryuji ia seguindo a jovem sem falar nada.
-O que foi Kobayashi algum problema?-perguntou Kaori estranhando seu silencio.
-Bom é que...Kaori,sobre ontem eu...queria me desculpar.
Kaori não disse nada.
-Kaori?
-Sabe...você até que fica bonitinho quando está dormindo.
-Hã?Há quanto tempo você estava me olhando?-disse ele sem entender o comentário da arctiniana.
-Em breve chegaremos no lugar.-avisou ela sem responder a sua pergunta.
-Eu não quero saber se chegaremos em breve eu...a propósito onde estamos indo?
-Para as ruínas da cidade de Holy Snow.
-Como?-pensou Ryuji.-Essa é....


Planeta Edo
Se você estivesse no planeta Edo teria a impressão de estar em uma mistura de Japão feudal com China imperial.Era essa justamente a impressão de Sayuri ao ver a civilização daquele planeta.Os edorianos tinham o conhecimento sobre outros planetas isso devido a primeira guardiã samurai,e até usavam algumas coisas que não se via no passado como eletricidade,um pouco de tecnologia,entre outras coisas.De fato havia um pouco da civilização atual.
-Então aqui é a vila de samurais onde você nasceu?-perguntou Sayuri.
-É sim,aqui eu fui criado e treinado para ser um samurai.-respondeu Daisuke.
-Puxa nem parece que esse lugar foi queimado e...ops!desculpe não era essa minha intenção.

Daisuke não deu ouvidos e simplesmente entrou na vila.As pessoas os cumprimentavam com o tradicional cumprimento japonês,e outras que cochichavam ao ver os dois jovens andando por ali.Principalmente por Sayuri.
Os dois entraram na escola do clã onde viram um senhor de seus cinquenta anos,cabelos longos grisalhos e uma barba rala treinando várias crianças nos exercícios básicos do kendô.
-Mestre Hyomaru!-chamou Daisuke.
-Hum?Assuma aqui por favor.-disse ele pedindo a uma mulher do seu lado para prosseguir o treinamento.
-Daisuke já faz um tempo.-disse se aproximando do rapaz.
-Sim senhor fico feliz em revê-lo.-respondeu ele de forma bem polida.-Permita-me apresentar esta á Sayuri Kobayashi guardiã dimensional.
-É um prazer conhece-lo.-disse a jovem.
-É sempre um prazer conhecer os amigos de Daisuke.-respondeu ele com um sorriso.

Depois virou-se para Daisuke e disse:
-E então por que veio me ver?Pela sua cara você ainda não foi visitar sua mãe,então significa que o assunto é sério.
(Daisuke não gostava de preocupar sua mãe,então evitava vê-la quando sabia que seu semblante denunciaria alguma problema.Claro que isso não dava muito certo afinal mãe é mãe.)

-Na verdade mestre...
Daisuke explica toda a situação.
-Então Haruna está viva e foi responsável pelo incêndio criminoso da vila.E ainda por cima era aluna de Onimaru.
-Sim senhor,exatamente isso.
-Hum...era o que eu temia...
-Temia?O senhor sabia disso?
-O olhar de Haruna sempre ocultou uma coisa.Algo como se uma aura negra estivesse por trás dela.Eu imaginei que os treinamentos e a companhia das pessoas ajudassem ela a ser diferente e até
ajudou quando ela o conheceu mas no fim das contas...
-Eu não fui capaz de mata-la.-confessou Daisuke.-Eu exitei desde o inicio.Dentro de mim eu pensava que ela merecia morrer pelo que fez.Mas se eu a matasse então o sacrifício de meu pai não teria sentido.O que eu faço mestre?

Sayuri estranhou ver Daisuke daquela forma.Realmente aquilo mexia e muito com ele.
-Eu não sei.
-Não sabe?Mas o senhor...
-Você quer que eu diga se você deve matá-la ou não?E se eu disser que deve vai cumprir minha ordem cegamente?E se eu disser o contrário,vai deixar que ela aterrorize mais pessoas inocentes como foi na nossa vila?
-Eu...
-Você disse que ela nasceu na Vila dos Ventos,não é?Vá até lá.Encontrará suas respostas naquela vila.
-Sim senhor.
-Se me dêem licença eu voltarei aos meus alunos.Sayuri se tiver um tempo depois porque não visita o dojo com calma?
-Sim eu farei isso.-respondeu ela.
Dizendo isso o mestre samurai voltou para a sua aula.
-E ai o que você vai fazer agora?-perguntou a jovem a Daisuke.
-Vamos a Vila dos Ventos.-respondeu ele.

Planeta Arctinos
Ruínas.Era tudo o que se via naquele lugar.Um vento gélido e ao mesmo tempo assustador corria por onde fora uma das mais belas cidades de Arctinos.Cidade que jamais fora reconstruída depois da tragédia de dez anos atrás.
Ryuji caminhava pelo local,seguindo Kaori.O rapaz observava a paisagem desolada perguntando-se sobre como deveria ter sido a cidade de Holy Snow.E o mais importante:Por que eles estavam ali?Era isso que Ryuji iria perguntar a Kaori que parou de súbito olhando algumas elevações que eram partes das ruínas de uma casa.
-Esta era a minha casa.-informou ela.
-Sua casa?
-Estávamos no meio do dia.Meu pai chegara do trabalho mais cedo e minha mãe preparava o almoço enquanto eu brincava na frente de casa.De repente algo como um disparo de energia atingiu um prédio alto naquela direção.-disse apontando para a direita onde nada era visto.
-A explosão e correria foi tudo o que aconteceu depois.-prosseguiu o triste relato.-Meus pais trataram de me pegar e fugiram tão logo a noticia de um ataque alienígena chegou aos nossos ouvidos.

Kaori andou uns três passos para a direção por onde fugira naquele dia.Em sua mente passavam-se as imagens de pessoas fugindo assustadas e ela mesmo,na inocência de sua infância, sem entender todo aquele alvoroço.Os ataques continuavam e dessa vez ainda mais perto de onde eles estavam até que uma explosão lançou os seus pais a quase dez metros de distancia.Milagrosamente Kaori conseguiu sobreviver graças a seu pai que fez-se de escudo humano para sua mãe que por sua vez protegeu a filha.
-Eu vi os meus pais no chão.Entrei em desespero.Gritei pelo nome deles e a ultima coisa que minha mãe fez antes de morrer foi apontar para a bolsa dela e dizer “fuja”.E foi o que eu fiz.Tão quanto minhas pernas podiam correr eu corri.O pavor tomou conta de mim, de tal maneira que quando eu percebi estava caída na frente de uma caverna quilômetros de distancia da cidade.

Ryuji não conseguira dizer nada.Estava perplexo.Ele não imaginava que tudo isso tivesse ocorrido com Kaori.E nem sabia o por que dela estar lhe contando isso.Mas ela continuou:
-Eu me abriguei naquela caverna.Por sorte não haviam grandes animais selvagens ali.Depois de comer o que havia nabolsa da minha mãe tive que matar alguns pequenos animais que estavam na caverna para comer.Nem me pergunte como foi preparar aquilo ao menos eu pude me valer do que estava na bolsa de minha mãe para esquentar a comida.E depois de quinze dias sem ter mais o que comer e beber eu desmaiei.Acordei vinte e cinco dias depois em um hospital em uma cidade dez quilômetros distante de Holy Snow.Nesse meio tempo o planeta já fora salvo por uma mulher misteriosa.
-Kaori eu...
-Perder alguém é inevitável em uma guerra.-prosseguiu Kaori interrompendo-o.-Eu sei muito bem que inocentes sempre serão vitimas não importa em que planeta aconteça essa tragédia.O maior problema é quando você pode salvar as pessoas mas não o faz.

-Como assim não o faz?Se refere a tal mulher?
-Não.-respondeu Kaori.-Na verdade eu sou muito grata a ela por ter nos salvo,ou hoje nem eu, nem meus tios estaríamos aqui e as crianças não teriam nascido.Eu estou me referindo a isso.
Kaori estendeu a mão para o que seria o quintal de sua casa e um brilho ofuscante irradiou-se ali abrindo o lugar.Quando Ryuji conseguiu enxergar,avistou um buraco de uns dez metros de profundidade por cinco de diâmetro.E nele estavam inúmeros cristais dimensionais.
-Esta sensação...-pensou Ryuji.-É a mesma da caverna onde a minha armadura estava...Kaori,-disse.-isso quer dizer que aqui é...
-Onde a armadura que eu uso estava enterrada.-respondeu a jovem.-Bem na frente de minha casa.

E explicou:
-Diferente de sua armadura e a de Sayuri, a minha armadura estava simplesmente enterrada na terra e não protegida em um campo dimensional.Os moradores nunca tiveram coragem para voltar a essa cidade devido a enorme tragédia que fora muito menos visitar o lugar.Um ano atrás eu finalmente criei coragem para voltar aqui.E continuei fazendo isso todos os meses.Até que um mês atrás quando cheguei neste lugar esse mesmo brilho apareceu e a armadura dimensional saiu do meio deste brilho.E logo depois ela veio até o meu corpo me tornando guardiã dimensional.
-Então você não recebeu sua armadura em meio a um ataque inimigo ou algo assim?
-Diferente de vocês três não.A armadura só veio até o meu corpo.Quando voltei para casa,todos ficaram sem entender,até que a mestra Kihoshi e Daisuke apareceram por aqui.A mestra me explicou do que se tratava e eu parti com ela para ser uma guardiã.Quase um mês depois seria a vez de encontrar sua irmã.

-É...exatamente um mês depois quando sua irmã estava em meio a uma ameaça contra a vida dela.E o mesmo fora com Daisuke e com você.Mas no meu caso não fora assim.A armadura veio até mim quando eu nem precisava dela.
Ryuji entendeu logo do que se tratava.Kaori culpava sua armadura por não ter aparecido no passado.E teve a confirmação com o que ela dissera depois em um tom frio mas que mostrava tristeza:
-Por que...por que?A armadura estava abaixo de onde a guerra acontecia.Enquanto todos morriam,ela permanecia adormecida.Por que?Por que ela não despertou?A mestra disse que a armadura assumi uma forma de acordo com quem a utiliza.Por que ela não foi até outra pessoa nem que fosse somente para aquela guerra?E se ela fora destinada apenas a mim então por que não apareceu para me ajudar?
-Eu sempre odiei essa armadura dimensional.-prosseguiu Kaori.-E no entanto ela continua me protegendo.Sinceramente não consigo entender isso.Eu só não luto sem ela por que seria idiotice mas...

-Kaori...é sabe eu não acho que a armadura não a tenha escolhido na época por não achar aquele ataque a sua cidade algo ameaçador...enfim...nós não sabemos muito sobre essas armaduras,mas deve ter existido um motivo...
-E que motivo seria esse?!Que motivo custaria a vida de meus pais?!-perguntou ela quase que revelando um pouco de suas emoções o que surpreendera a Ryuji.A jovem percebeu que havia se excedido e se recompôs.
-Perdão,não queria falar com você de forma tão grosseira.-desculpou-se ela.

-Tudo bem eu sei que não é fácil para você.-respondeu o rapaz com um sorriso.-Por hora por que não nos concentramos na missão?Depois se você quiser se abrir eu prometo escutar qualquer palavra que queria dizer.Pode até se zangar comigo umas dez vezes mais do que agora que eu vou te escutar tudo bem?
-Kobayashi eu...
-He,he,he...mais que casal mais bonitinho não acha general Kuroda?
-Sem dúvida general Iréia.-respondeu Kuroda.
-Quem está aí?!-gritou Ryuji.Logo a frente deles em meio ao que seria a estrada do local vinte seres apareceram,tendo Iréia e Kuroda vindo logo atrás.
-Esse poder dimensional...são generais do Terror?-perguntou Kaori.
-Generais Kuroda e Iréia ao seu dispor.-disse Iréia.
-Iréia?Que tipo de nome doido é esse?-estranhou Ryuji.
-Vai ver que o autor da fic estava em crise de criatividade.-respondeu Kaori.
-Como é que é?!-irritou-se Iréia.-Seus fedelhos nós mal nos apresentamos e é assim que vocês nos tratam?
-Acalme-se Iréia.-disse Kuroda.-Então temos aqui os jovens Yukimura e Kobayashi.Exatamente os que eu esperava.
-Humpf!Esses jovens insolentes!No entanto, parecem saber de nossas intenções não é Kuroda?-perguntou Iréia.
-Intenções?-estranhou Ryuji.
-Era como eu presumia.-respondeu Kaori.-O objetivo de vocês sempre foi as armaduras dimensionais.Mas elas jamais serão usadas para o mal.No entanto planejam descobrir algum segredo nos locais de repouso delas estou certa?
-Kaori como assim?

-Eles não podem ir até os locais de repouso de sua armadura e a de sua irmã por que eles não podem ser abertos a não ser por um guardião dimensional.Já no meu caso e no de Daisuke é totalmente diferente.Nossas armaduras repousam em locais visíveis ou fáceis de se localizar.Mas como enfrentar vários samurais do clã Chi-Ten seria arriscado eles preferiram...
-Vir até aqui onde seria mais fácil encontrar.-completou Kuroda.-Estou vendo que você fez sua lição de casa Yukimura.E está correta em tudo o que disse.

-Então você já desconfiava de tudo isso?-perguntou Ryuji.-E por que não me disse nada?
-Mesmo que eu te contasse isso ontem,não adiantaria de nada.Depois da catástrofe do passado esse local torna-se inacessível de tempos em tempos devido ao clima.
-Então eles sabiam que hoje era o dia certo de se chegar aqui...-concluiu o rapaz.
-Bom,já que você conseguiu explicar tudo a esse seu incomum parceiro,presumo que vão tentar nos impedir estou certo?-disse Kuroda.
-Incomum?Do que você está falando?-perguntou Ryuji.
-Que você é um mistério pra mim.Dois terráqueos incapazes de usar poderes dimensionais serem escolhidos como guardiões é algo a se considerar.E quando um deles tem os poderes tão oscilantes torna-se ainda mais intrigante.
Kuroda estendeu a mão para os vinte seres que começaram a caminhar em direção dos guardiões.
-Mas hoje eu poderei ver em primeira mão as habilidades da melhor manipuladora de arte dimensional e o mais perigoso dos guardiões.Se por um acaso vocês conseguirem vencer esses oponentes nós lhe daremos a honra de nos enfrentar o que acham?
-Honra de enfrenta-los...grande coisa!-disse Ryuji.
-Espere Kobayashi.-disse Kaori.
-Hum?
-Esses seres...não são tão fortes assim como ele quer que pensemos.
-Isso já deu pra ver!-respondeu Ryuji, mas Kaori prosseguiu:
-O objetivo deles acima de tudo é coletar dados sobre este lugar.Não sabemos se eles vão mesmo nos enfrentar como dizem.
-Fala de uma armadilha para nós?
-Provavelmente.-respondeu ela.-Vamos chame sua armadura.

Os dois evocaram suas armaduras dimensionais.
-E então o que vamos fazer?Enfrentar um general do Terror é complicado,dois então...
-Uma coisa de cada vez.-disse a jovem.-Primeiro damos um jeito nesses caras.Depois pensamos em como cuidar do tal Kuroda e da Iréia.Só tome cuidado por que não sabemos o que eles planejam.E procure não se afastar daqui.
-Beleza, vamos nessa!-respondeu Ryuji.


Começaria um novo combate.Teriam os dois guardiões chances de vitória?Confira no próximo capitulo!


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