Fall For You escrita por Laura Weiller


Capítulo 9
Capítulo 9 - Andressa POV Onn’s




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- Até quando que vocês vão ficar assim? Eu já lhes contei tudo e pedi desculpas, o que mais que querem? – Olhei para trás e Laa estava parada na escada, Érica e eu paramos a encarando.

- Entra. – Kinha abriu a porta de seu quarto e esperou nós entrarmos para depois entrar. Laa ficou encostada na escrivaninha, já com seus olhos começarem a ficar vermelhos, Kinha se sentou na cama, comigo do seu lado.

- E-eu quero pedir desculpas por não ter confiado em vocês. Eu sei que depois de tudo que passamos o mínimo que eu poderia ter feito era ter confiado nas minhas amigas. – Ela passou a manga da blusa por debaixo dos olhos, limpando umas lágrimas que teimavam em cair. - Como vocês se sentiriam se sempre fossem comparadas a seus irmão? Que cada passo que dessem fossem comparados com o deles? – Ficamos em silêncio esperando ela continuar. - Vocês não entendem, toda pessoa que se aproximava de mim era com segundas intenções, todas queriam chegar a eles. Nossa como seu irmão canta bem. Como seu irmão é bonito. Porque você não canta como ele? Apresenta-me ao Tom, eu acho que tenho chances com ele. O Bill é gay? – Ela falava sem parar andando de um lado para o outro. – Depois que eles começaram com as viagens e eu fiquei perdida. – Ela parou de frente para nós. – Antes pelo menos eu poderia chegar em casa e eles estavam lá, mais com as viagens, eu estava só. Até o Andi havia me abandonado, me deixando sozinha naquela cidade. O Andi, o mesmo que prometeu que sempre ficaria comigo. – As lágrimas voltaram a seus olhos, mas dessa vez não só aos seus.

– Meus melhores amigos, as únicas pessoas em quem eu confiava, que eu contava, haviam indo embora, Bill e Tom me deixaram sozinha. Quem iria me abraçar quando eu estivesse medo? Porque o Bill estava do outro lado do país! Quem iria me proteger dos trovões à noite? Tom estava com alguma vadia na cama! Eu estava só, e com todos me comparando a eles, eu estava cansada disso, precisava fugir, fugir de todos. – Ela parou nós fitando. Estava ofegante e de um certo modo eu conseguia compreende-la. Compreendia muito bem. Ela respirou fundo e continuou. - Quando eu vim para Paris, meu maior medo era que descobrissem a verdade e começasse tudo de novo. Eu conheci Charlie e depois de um mês contei a ele, e vieram vocês, quando descobri que gostavam de Tokio Hotel. O medo foi maior.

- Você podia ter confiado na gente. – Kinha quebrou o silêncio.

- Mas eu confio, sempre confiei. – Sua voz saia abafada pelos soluços.

- Então porque mentiu? – Eu ainda não aceitava o fato de ter sido enganada.

- Eu não menti, apenas... não contei a verdade. – Sua voz saiu em um sussurro. – Eu tive tanto medo.

- Medo de que? – Perguntei, engolindo a lágrimas.

- Vocês não fazem idéia de quantas meninas se passaram por minhas amigas só para chegar até eles. Não só a Bill e Tom, mais aos Gs, os meus pais e ao... – Sua voz falhará novamente, engoliu em seco e continuou. – Andi.

- E se não fosse por hoje nunca nós contaria! – Kinha não perguntou, ela afirmou, e Laa acenou positivamente com a cabeça.

- Provavelmente sim. – Ela completou.

- Isso significa que não confia na gente, Laura. – Minha voz saia tão fria, que até eu me assustei.

- Eu confio, mas o medo de que vocês resolvessem se aproveitar disso, o medo de que vocês resolvessem se afastar de mim foi maior. – E de algum modo essas últimas palavras me afetaram, mais do que a mentira. Ela só queria fugir, mas não tem como fugir do seu destino, do seu passado. Isso é algo que eu já tentei e nunca consegui.

- Bem, eu e a Dré conversamos muito sobre tudo o que aconteceu. – Érica disse calmamente.

- Pensamos em até mudar daqui. – Eu completei, notando a expressão de desespero em seu rosto.

- Se vocês quiserem eu não vou cobrar nada, nem impedir. – Ela abaixou os olhos, encarando seus pés, começou a mexer em suas mãos, isso me fez sorrir, sempre que ficava nervosa, mexia sem parar nelas.

 

- Mãe, Tia. – Estávamos eu e a loira na sala estudando um texto, quando ela veio da cozinha, andando devagar, olhando pra baixo e mexendo em suas mãos. - Sim. – Eu a olhei sorrindo de seu nervosismo.

- O que você fez? – Kinha perguntou também sorrindo.

- E que... Bem, eu... – Ela nos olhava e desviava o olhar encarando a tevê desligada.

- E que? – Tentei encorajá-la.

- Bem, lembra que vocês pediram para eu colocar umas roupas de molho? – Nós assentimos com a cabeça e ela continuou. – E que eu coloquei todas as blusas brancas juntas e uma minha também só que eu não vi que ela tinha um detalhe vermelho e manchou a roupa. – Ela falou tão rapidamente que eu não entendi nada.

- Manchou a roupa? – Érica pulou do sofá correndo para lavanderia, ela continuava mexendo em sua mão sem parar, e eu só conseguia rir.

 

- Eu disse que nós pensamos nisso. – Eu a corrigi, vendo um sorriso se formar em seus lábios.

- Mas ficamos muito tristes por você não ter confiado na gente. – Quando Kinha disse isso, o sorriso em seus lábios desapareceu.

- Eu já ... – Ela tentou falar mais eu a interrompi.

- Já falou, e nós entendemos, não sabemos como deve ter sido, mais imaginamos a barra que passou sem seus irmãos e sendo sempre comparada a eles.

- Então vocês me desculpam? – Uma lágrima escorreu pelo seu rosto, e um sorriso enorme se juntou a ela.

- Nos já havíamos te desculpado há muito tempo, sua dengosa. – Kinha falou isso sorrindo, ela correu em nossa direção nos abraçando, caiu nós duas na cama com o peso daquela anã sobre nós.

- Da próxima irá nos contar até se matar uma barata. – Ela acenou com a cabeça sorridente. Troquei um olhar cúmplice com Érica. - Hora da punição, mocinha. – Eu disse para ela com o meu melhor sorriso de maníaco estampado no rosto, ela me olhou assustada e em seguida para Kinha como se pedisse ajuda - mas foi em vão - começamos as duas a fazer cócegas nela até que ela gritou.

Na mesma hora que ela gritou a porta se abriu, apareceu Bill com a mão na maçaneta, Tom estava logo atrás com Charlie, eles se desequilibraram e caíram os três no chão, nos fazendo rir mais alto.

- Está, está tudo bem? – Bill disse tentando se levantar, mas os outros dois estavam por cima dele. Tom se levantou e ajudou Bill. Nos três estávamos sentadas na cama, rindo dos três.

- Bem, to vendo que está tudo acertado. – Disse Tom indo para o espelho arrumando seu boné e vendo se estava tudo em ordem, tirando que sua roupa estava toda amarrotada.

- Está sim. – Laa estava sentada no meio de nós três, sorrindo. Bill respirou fundo e passou a mão pelo cabelo tentando arrumá-lo, lançou um rápido olhar a nós e pude ver alívio em seus olhos.

 

- Laa?

- Sim? – Ela olhou pra mim, colocando seu cereal na tigela.

- Porque que o Bill não gosta de mim? – Me sentei na cadeira de frente para ela. - Da onde que você tirou isso? – Kinha perguntou.

- Não, sei o modo como ele olha para mim, parece que ele me odeia. – Passei a mão pela minha nuca.

- Bem, ele disse que ficou com bastante raiva de você. – Ela se sentou e levou uma colher cheia de cereal com leite a boca.

- Mas por quê?

- Por cauxa da noxa brigla. – Ela disse com a boca cheia, me fazendo rir, logo engoliu o cereal e continuou. – Mas na primeira fez que eu mostrei uma foto sua para ele, ele disse que você era linda. Depois ele disse que sentiu muita raiva de você, por causa de não ter deixado eu me explicar, ele disse que você foi arrogante. – Ela pegou um pouco de leite com a colher e tomou. – Depois ele me contou que veio até a cozinha e disse que nunca tinha visto pessoa mais arrogante como você. – Ela deu um pequeno sorriso. – Mais não se preocupa ele gosta de você.

- Perai, dessa vez quem não entendeu foi eu. – Érica parou de lavar a louça se sentando-se à mesa.

- É o modo dele, sempre que ele gosta de uma menina de verdade, primeiro ela a odeia. – Ela virou o restante de leite na boca. – Eu sei é uma diva doida.

Bill depois ligou – em casa – dizendo que só poderia voltar no outro dia, pelo os sorrisos, gritos e pulos que ela deu, não era só isso, deveria ter algo a mais.

- Meninas não marquem nada para amanhã à noite. – Ela colocou o telefone no gancho.

- Eu já combinei de sair com o Phil. – A loira respondeu calmamente.

- Não quero saber, amanhã vocês duas são minhas! – Ela apontou para nós duas sorrindo e subiu as escadas.

- Odeio quando ela faz isso. – Disse trocando de canal.

 

Por algum motivo hoje não teríamos aula, meu amado professor nós avisou antes de irmos para casa, Laa não teve a mesma sorte e teve que ir para a escola.

- Estou atrasada, atrasada, muito atrasada. – Ela entrou em casa, jogando sua mochila no sofá e subiu as escadas. – Hey, vocês duas, vão se arrumar agora! – A ouvi gritando lá de cima. Depois de uns vinte minutos ela apareceu com um tênis no pé e os cabelos molhados.

– Vocês ainda não estão prontas? – Perguntou assim que viu eu e Kinha deitadas no sofá com um imenso balde de pipoca em meu colo.

- Prontas para que? O Phil só vem me pegar daqui a três horas. – Érica encheu a mão de pipoca deixando cair umas pelo sofá. - E ainda temos muito que ensaiar. – Completei.

- Não. – Ela bateu o pé no chão, cruzando os braços. – Olha eu já liguei para o Phil e já disse que você tem outro compromisso, muuuiiito mais importante. – Ela apontou para Kinha e antes que eu falasse continuou. – E não vem com desculpa de que precisam ensaiar, para o banho as duas agora. – Ela falou bufando, com as mãos na cintura.

- Laa, hoje eu não vou sair de casa. – Disse calmamente, revirando os olhos.

- Olha, vamos fazer o seguinte, se vocês estiverem prontas em meia hora eu vou ficar muito feliz e depois iram me agradecer pelo o que estou fazendo pelo o resto de suas vidinhas chatas e monótonas, Ok? Vaiii vamos Por favor. – Ela choramingou, unindo as duas mãos.

- Está bem. – Disse por fim me sentindo vencida e indo em direção as escadas.

- Você não vai nós deixar em paz, né? – Kinha perguntou.

- Não. – Ela falou sorridente.

 

Bem, depois de meia hora estava nós três arrumadas, ela disse que não era nada social, que seria apenas uma festinha, descemos e chamamos um táxi.Ela deu um papel para o taxista onde estava o endereço, se recusava a responder nossas perguntas e isso estava me irritando.

- Da para dizer pra onde que a Hitler está nos sequestrando ou ta difícil? – Perguntei pela milésima vez, dessa fez ela olhou para mim sorridente.

- Abra a janela. – Respondeu, eu e Kinha imediatamente fizemos isso, e não acreditei no que via.  

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Demorei para atualizar novamente e novamente peço desculpas e novamente peço reviews.