Dessa vez não foi um sonho.

Meu corpo todo estremecia e a sensação de que a terra ainda tremia nos meus pés continuava. Meus olhos queriam se abrir mas a luz que vinha de fora impediam e frustravam as minha tentativas. O lugar era completamente claro, quando finalmente me acostumei com a claridade os bipes aumentavam o volume, virei a cabeça o mais rápido que eu conseguia e não era muito e vi uma maquina que provavelmente contava meus batimentos, ela só acelerava, nos meus braços agulhas que permitiam a entrada de um liquido incolor. Graças a dor nas costas eu não conseguia levantar.

– Dora? – falei na esperança de que os passos que escutei fossem dela. Tive a impressão que o volume dos bipes me deixaria surda

Ninguém respondeu mas eu sei que não estou sozinha.

– O que eu tô fazendo aqui?

– Eu não posso explicar, não sou o responsável por isso. –um homem que estava de costas de frente para a grande janela falou, um frio desceu a minha espinha. Eu reconheci o boné

– Eu quero sair daqui. Chama a Dora o senhor John eles vão me levar pra casa.

Voltei a biblioteca, pessoas gritando. A mulher com a criança me chamando para dentro e eu negando. Fogo e fumaça. Só pensava em achar a minha família ,”a minha família.”

Me dei conta que essas palavras saiam da minha boca automaticamente. Lutei de novo contra a luz. Como se estivesse novamente na biblioteca tropeçando e sendo apoiada por ele. Dessa vez eu não consegui abrir a boca.

– Acordou bonitinha? – um senhorinha de óculos, de branco, com os cabelos presos em um rabo de cavalo entrou segurando uma bandeja com algo que não pude identificar.

– Onde eu estou? – minha voz saiu baixa mas saiu.

– Ainda bem que não esta no céu meu amor – deu uma risada seca.

– a batida foi forte mesmo. Estamos no em Nashville.

– Atentado? – a minha voz falhou

– O que garota? . Você definitivamente não está bem, quando melhorar seus amigos vão te explicar onde e porque você esta aqui. – suas mão giravam enquanto ela falava. Antes de sair do quarto me deu um controle para regular a cama e falou para que apertasse o bipe caso precisasse de alguma coisa.

– Cadê a minha família? Ei olha pra mim, cade a minha família?

O cara de costas me ignorava completamente, além da dor agora eu sentia raiva por estar presa em cima de uma maca totalmente incapaz. – idiota.

Ele se virou, uma blusa azul escuro xadrez e calças jeans velhas. Ele só deu a volta na sala para sentar no sofá que ficava do outro lado. seus olhos permanecias escondidos em baixo do boné, mas a barba mal feita e era visível.

Sem voz, não pude segurar o choro eu soluçava . senti mais raiva por parecer venerável enquanto ele permanecia imóvel me assistindo desabar. Eu não choro. Não acordada.

Já que ele não faz nada comecei tirando os fios grudados em mim, um deles me passava soro, ele levantou e segurou meus braços. Eu comecei a forçare peguei o controle para tacar na cabeça dele mas se desbandou no chão.

– Não adianta eu não vou te soltar.

– Eu quero meu celular.

– Você não tem

– Você não sabe

–Sei mais do que você pensa – terminou me imobilizando, na minha situação não é um trabalho difícil.

– Voce é um merda.

– -Já ouvi chingamentos melhores,.

– Só não quero gastar salivo com você

– Merda ou não eu vou cuidar de você agora então fica na sua que é melhor para nós dois, ninguém gasta saliva atou nãoé – seu rosto estava a um palmo do meu. E eu cuspi na cara dele.

– soltou uma mão e enxugou o rosto depois voltou a me segurar.

– Me solta por favor – falei entre os dentes, tentei patssa confiança sem sucesso.

– Eu solto mas fica ciente que não pode fugir.

– Eu só quero embora.

– Não tem como ir embora.

– Você é o que? Do governo? Vão me prender de novo? Me levar para o reformatório novamente? Porque eu menti pra Dr. Claire? Olha eu só perdi uma seção da maldita consulta não acreditem nela aquela velha é maluca.

– Para você ainda tá forçando, ou eu não vou te soltar.

– Quem é você afinal.- ele me soltou.

– Não eu sou um Filho de Fênix e vou cuidar de você