Wake Me Up escrita por Camila Rebeca


Capítulo 29
Abrigo




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A minha presença não foi notada pela maioria do tempo, eu tentava decifrar os códigos que era dito por eles. Coisas como o nome de países e lugares. A maioria dos locais tinham nome históricos que lembram historia medievais ou coisa do gênero. Mas todas as informações entravam embaralhadas na minha cabeça mesmo que a conversa estivesse todo o tempo entre o Nick e o velho ao seu lado agora.

Países também foram citados, como se eles montassem um grande quebra-cabeça que não dava a lugar nenhum.

A única palavra que mais fazia sentido no meio de tudo é “abrigo”. Eles estão organizando grandes abrigos para guardarem pessoas como eu.

Lugares como esse para pessoas como eu.

– Ela não deve continuar aqui – o cara de cabeça branca não olhou para mim dizendo essas palavras mas todos sabiam que era par mim que elas estavam sendo dirigidas.

Mesmo que por todo o tempo eu tenha ficado em absoluto silencio e até cuidando para que a minha respiração não soasse alta ele inda se incomodava com a minha presença.

– Ela não vai atrapalhar, e além de tudo nós terminamos.

– Não terminamos, o Brasil ainda preciso ser discutido.

– O Brasil está seguro, ele é a pais mais seguro. Definitivamente é o ultimo pais onde procurariam eles. – Nick falou apontando para mim e James que estava apático no mesmo lugar que eu o encontrei quando entrei. Suas feições não demonstravam nada além de concentração na conversa deles, ele deve ser um dos motivos para a minha falta de entendimento á que a quase três palavras trocadas por eles ou a cada tom alterado na conversa eu olhava para ele, era como algo automático. A vontade de ver a sua reação é maior que o meu cuidado. Ele me pegou olhando uma única vez mas virou o rosto e continuou como estava.

Suas sobrancelhas estava erguidas com a atenção dada a conversa e por um momento ele dê escorou os ombros largos da cadeira e colocou os cotovelos em apoio no joelhos.

Foi um pouco frustrante já que ele acima de todos aqui é o único que me transmite segurança, mas agora tudo o que eu sinto é frio. A imagem da Lupina com medo na sala onde estávamos não sai da minha cabeça, junto a voz cheia de coragem da garota que me aponteou o dedo como se eu fosso o cristo a ser crucificado me jogando a culpa por algo que eu não sei.

– Leve-a. – Nick falou para James e olhou para mim- antes que Sebastian tenha um ataque e saia da sala gritando. – acho que o meu caro amigo aqui não se dá muito bem com a presença de uma bela mulher.

Nick riu sozinho da própria piada como se fosse a melhor do século enquanto os outros tentavam conter o riso, não pela piada mas pela feições vermelhas da cor de um tomate que as bochechas do tal Sebastian ganharam.

Ele apenas fechou mas a carranca sem desmentir o Nick que acabara de chama-lo de gay. Então eu deduzi que é isso. James assim fez se levantando e passando por mim, eu dividida entre segui-lo ou continua escutando a conversa deles mas pelo meu péssimo desempenho em absorver informação foi decidido que o James que explicara tudo querendo ele o não.

Dei o primeiro passo na sua direção e quase caí nós próprios pés- se pudesse enterraria a minha cara em um buraco de vergonha – me recompus e continuei andando até ele que permanecia de costas dando passos lentos até que eu chegasse a ele.

Esperei subirmos alguns degraus silenciosos para começar a perguntar, ele sempre andando a alguns degraus na minha frente fazendo com que o maldito perfume hortelã que vinha dele me deixasse meio tonta. Confesso e é difícil manter a concentração com tudo isso.

Fora o meu surto mais cedo, ele deve estar calado por algum motivo. Me perguntei se não é por esta cansado de me ter por perto, ter arriscado sua vida por Jeremy ou ter me agarrado a ele depois de m pesadelo. Pensando assim ele tem vários motivos para não fazer questão de falar comigo novamente. Mas dane-se.

Mais alguns degraus peto da saída e ponto.

– Pode falar- ele interrompe todo o meu preparo emocional psicológico parando a um degrau de diferença de mim bem na minha frente, eu cairia e desceria escada a baixo se ele não percebesse o meu susto e me segurasse antes pela cintura, descendo a escada e ficando agora em um degrau a baixo.

Seus braços fixaram a minha cintura e eu bati no seu peito com o impacto me fazendo inalar além do seu perfume o cheiro da camisa recém lavada. Cheiro de lavanda.

O tempo das mão deles me apoiando – mesmo eu estando estabilizada- e da minha cabeça no seu peito foi maior do que deveria, nem me deu conta quando se tornou um abraço com uma das suas mãos em movimento circulares nas minhas costas, nada em muito tempo me fez sentir tão aliviada, é o conforto de volta.

– Quer saber de tudo¿ - ele perguntou sem me deixar sair, não que eu quisesse mas ele apertou a mão em minha volta dizendo em silêncio para permanecer. U senti o peito dele tremer falando e se queixo se escorar na minha cabeça relaxando mais.

– Sim. – foi todo que eu consegui falar. Me surpreendi por conseguir falar. Tive a impressão que o abraço drenava as minhas forças tirando o peso das minhas costas.

– Vamos para o quarto, e você pode me fazer o que quiser comigo – opa – quer dizer, perguntar o que quiser.

Ele escondeu o sorriso e me soltou até ficarmos de mão dadas. E foi me levando em direção ao quarto.


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