– Vamos, Aubs, abra a porta... - Angel batia repetidamente na porta da casa de Aubrey, mas não havia ninguém.

Já eram 2 da madrugada, e ele já estava batendo há meia hora, mas sem resposta.

– Ela pode estar dormindo, certo? Sim, sim. - Respondeu a própria pergunta, mas sem conseguir consolo.

Decidiu ir para casa, que ficava a duas casas de distância, aguardar para falar com ela de manhã. Ele nunca vira Aubrey daquele jeito, aquilo realmente o deixou preocupado.

Abriu a porta e entrou, tomando um banho rápido, indo se deitar. Apenas isso, pois não conseguiu dormir.

6 horas depois ele continuava acordado, havia cochilado, mas logo acordou novamente. Levantou, trocou de roupa e foi de novo ver como Miss Aubrey estava. Mas antes que saísse, percebeu um envelope no chão, perto da porta.

Era bege, com o "L" da equipe Lu$h na frente. Angel reconheceu o envelope sendo de sua equipe, mas não entendeu o que estava fazendo ali. Ao virar, encontrou seu nome escrito na bela caligrafia de sua parceira.

Seu coração deu um pulo, e mais rápido ainda, Angel já tinha passado da porta.

"Angel,

Me esqueça. Vou sair da DCI, você não entenderia o por quê. Também não me procure em casa, volte para o seu apartamento no futuro porque não há chance de vencermos o Dr. Tan. Pegue o Boomie e volte. Vou ficar.

Me desculpe, mas a Equipe Lu$h acabou.

Aubrey.

A letra de Miss Aubrey estava diferente, sem as clássicas curvas nos lugares certos, porém não foi isso que chamou a atenção de Angel quando leu o bilhete pela vigésima vez, já na casa dela.

As roupas dela estavam em cima da cama de Aubrey, bagunçadas, jogadas. Seus sapatos e botas espalhados pela casa. O apartamento estava mais que desarrumado, estava um caos. Miss Aubrey jamais deixaria seu "santuário" daquele jeito, pensou Angel, principalmente suas roupas e sapatos.

– Alguma coisa aconteceu. Onde ela está, por dios? - Murmurou consigo mesmo, preocupado.

Passou as mãos no cabelo, olhando horrorizado para a bagunça. Checou as roupas, contando cada peça, percebendo que nenhuma havia sumido, ou sido levada. As duas malas brancas continuavam intactas em cima do armário, ao contrário das pequenas bolsas na penteadeira.

– Aubrey, Aubrey, Aubrey... - Entoava correndo pela casa, procurando qualquer pista da parceira.

Nada. Nem outra carta.