Instituto Gore escrita por JWHFhiiii


Capítulo 34
Perigo Público


Notas iniciais do capítulo

Pobre garotinha rica. Ou deveria dizer isso dele por ter que aguentar ela? kkkk Acho que ele pode é acabar gostando... kkkkk



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Isadora terminou seu banho, colocou seu pijama e saiu andando pensativa pela casa e incoscientemente chegou a cozinha.

Sentou-se no balcão e começou a pegar alguns biscoitos da cesta. Estavam muito bons. Quando viu alguém dizer desesperado:

– Não come isso!

– Por quê?! – Ela gritou desesperada também, lançando o biscoito longe. – Está envenedado? Eu comi veneno?!

– Por que eu iria colocar biscoitos envenenados em uma cesta na cozinha? – O garoto a olhou torto.

Então ela olhou para ele e o reconheceu como o japonês que veio pedir emprego “na cozinha” como ele dizia, ontem na sua porta.

– Ah, eu lembro de você! Já quer me envenenar? E nem começou a trabalhar aqui direito ainda... – Ela resmungou.

– Por que eu iria querer te envenenar? – Disse ele como se essa conversa fosse muito idiota.

– Tá! Então por que eu não posso comer os biscoitos?

– Por que não são para você... – Ele disse meio incerto.

Ela o olhou torto dessa vez, mas logo revirou os olhos deixando esse assunto para lá quando teve a melhor ideia do dia.

– Ah, você é bem do povo, né?

– Como assim? – Ele perguntava entendiado com a garotinha mimada, sem nem sequer olhar para ela enquanto embalava os biscoitos em um pano.

A cozinha estava vazia, já estava tarde, a maior parte dos funcionários já tinha ido para suas casas, ou os que se hospedavam nessa casa, já estavam em seus quartos por ter acabado o expediente.

– Você sabe andar de metrô não sabe?

– Haha, quem não sabe andar de metrô? – Ele riu consigo mesmo.

– Eii, não vem querer contar vantagem para cima de mim só porque você recebe só um salário por mês e... ganha bolsa do governo e... é amigo de marginais e... entende de transporte público! – Ela ia dizendo numerando nos dedos. – Até porque eu só preciso de um desses... Afinal você entende ou não?

– Mas é cada coisa que eu tenho que...

– A resposta é sim ou não!

– Claro que entendo garota.

– Ai, você está estressado hoje ein...

– Foi mal, estou fora de casa desde as seis da manhã. Então me desculpe se não tenho pasciencia para gente mimada.

– Mimada eu seria se eu tivesse roubado seus biscoitos. Porque eles são meus na verdade, você sabe.

– Então, o que você quer que eu faça? Quer que eu te ensine a andar de metrô?

– Não. Quero que você seja meu guia. Talvez eu conseguisse sozinha, mas se você está aqui, é bem melhor. Bom e eu te contratei, não é nada além do seu serviço...

– Posso imaginar o perigo de te soltarem em um lugar público...

– Sim! Além de poder ser perigoso...

– Eu temo pelos outros.

Ela ignorou.

– Ótimo. Fica com esse celular. Imagino que você não tem um.

– Não, claro que não. – Disse ele irônico aceitando o celular.

– Era meu, mas eu pedi para o meu pai um outro, ele disse que vai chegar até amanhã de manhã. Então pode ficar com esse. Viu? Você não vai conhecer pessoa melhor do que eu. – Ela levantou da cadeira alta e sua blusa larga do pijama de ursinhos ficou presa na cadeira, impedindo sua saída marcante. – Então amanhã eu te ligo quando eu precisar de você. – Disse ela concentrada em soltar sua blusa da cadeira.

Lançou um último olhar triste para os biscoitos abrindo a boca para reclamar por eles, quando decidiu que deixaria mesmo passar, com muito peso na consciência. Estavam tão gostosos!

– Tem mais no forno... – Ele finalmente resolveu dizer quando percebeu que estava com dó da cara de pedinte que ela tinha feito.

– Oba! – Isadora não pensou duas vezes para correr e subir de volta na cadeira do balcão.

Mas ele simplesmente ia em direção a saída.

– Cadê? Não está na cestinha! – Ela reclamou triste. – Você não vai colocar na cestinha?! – Gritou para o garoto um segundo antes da porta se fechar atrás dele.

Isadora riu sozinha ainda sentada na cozinha. Irrita-lo era realmente divertido.

Ela então foi dormir, não estava tão afim de biscoitos para todo esse esforço... Apesar deles serem realmente muito bons.

Só subiu pensativa em direção ao seu quarto. Ficaria sem biscoito, mas pelo menos pensava que seu plano iria funcionar.


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