Instituto Gore escrita por JWHFhiiii


Capítulo 35
Bebedeira


Notas iniciais do capítulo

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Rômulo estava sentado no tapete da sala em frente a uma mesinha, nela já podia ser visto algumas garrafas e copos vazios.

Sua cabeça estava girando muito, o que fazia parecer que mesmo sentado ele não conseguiria se impedir de tombar para o lado.

Não que ele costumasse fazer isso, até porque se na verdade ele quisesse só se embebedar, ele teria ligado para seus amigos e teria ido em algum lugar mais divertido.

Mas nem aquele pensamento, nem nada daquilo que fazia agora parecia certo. Pensava assim também quando pegou a primeira garrafa da adega ali da sala.

Sua vida não parecia certa. Se sentia mal só de lembrar ter visto sua mãe sair chorando, sendo consolada pelo encosto que arrumou. Se sentia mal pela pressão na escola e no time de Jump Contact, mas se sentia mal principalmente devido ao seu relacionamento com Emilly, que não parecia se arrumar nunca e pelo contrário, parecia só se afundar cada vez mais.

O pior de tudo era sentir que não podia fazer nada, além do que já vinha fazendo, para tentar consertar seus problemas. Se sentir sem saída era a pior sensação que já tinha passado.

Então quando foi perceber, duas garrafas já tinham ido quase que inteiramente. Sua casa enorme estava silenciosa, sua mãe estava fora, os empregados já estavam provavelmente dormindo.

Foi quando ele ouviu passos se aproximando.

Olhou para o lado e viu entre as prateleiras de um armário decorativo que limitava o espaço daquela sala, uma garota, estranhamente familiar.

Então ao mesmo tempo os dois gritaram surpresos:

– Você?!

Mia andava sonolenta e calmamente pela sala arrastando o pé pelo piso, até ver um vulto próximo ao seu lado. Felizmente o tinha identificado como uma pessoa e não um fantasma. Era Rômulo, sentado em frente a uma mesinha da sala.

O garoto se levantou sobre muito esforço e completamente cambaleante, se aproximando dela, forçando seus olhos e vista a se focarem para que ele pudesse tentar entender quem realmente ela era.

Mia percebendo o estado estranho de Rômulo se aproximou rapidamente, muito preocupada, tentando ajuda-lo, mas quando o menino desencostou do armário, com um passo em falso caiu sobre a pobre oriental.

Rômulo via o mundo todo girar ao seu redor, como se ele fosse o centro do universo. Então quando caiu em algo estranhamente muito macio, por um momento só sua própria cabeça girou enquanto fechava os olhos e um aroma suave e docinho invadia seus pulmões, trazendo uma certa calma à sua cabeça.

Virou seu rosto de lado buscando mais desse cheiro, queria muito mais dele, queria poder comê-lo... Então mordeu o braço da pequena garota espremida debaixo dele.

Mia tentava o empurrar, meio desesperada, sem saber o que fazer já que ele era tão pesado em cima dela.

Ele passou os braços ao redor dela, impedindo que ela escapasse, que aquele conforto se fosse. Então quando ele do nada, mordeu logo abaixo do seu ombro, ela se assustou, aquilo doeu, ela reclamou e lhe deu um tapa no braço.

Sua resistência a ele, durou somente até o momento em que Rômulo parecendo precisar profundamente de mais daquilo, subiu de seu ombro até seu pescoço. Buscando a pele dela tampada por aquele pijama comportado de malha que ela usava. Beijou seu pescoço, torturantemente por um tempo.

A respiração de Mia perdeu o ritmo, ela tentou se controlar até que Rômulo não resistiu mais e mordeu de levinho seu pescoço, sugando sua pele logo em seguida.

A garota não conseguiu impedir sua garganta de soltar um pequeno barulhinho naquele momento. Aquilo era tão bom, queria que ele fizesse mais, não queria que parasse nunca.

Seu coração estava disparado e por mais errado que ela soubesse que aquilo era e deixasse seu rosto queimando, ela se percebeu desejando muito que ele continuasse.

Rômulo só pensava que aquela pele era tão macia.

Ela estava completamente arrepiada, todo seu corpo, como nunca se sentiu.

Então ele entrou com o rosto entre o cabelo dela, inalando uma última vez seu perfume. Raspando assim levemente suas bochechas.

Ela fechou os olhos ansiando por mais daquelas sensações e proximidade.

Foi a última coisa que aconteceu e então o garoto apagar totalmente.

Mia ficou ali parada, embaixo dele, ainda extremamente ofegante, só tentando se acalmar para pensar no que deveria fazer depois de tudo isso.

Ela virou o rosto para ele, tentando olhar seus olhos e confirmar mesmo que ele tinha dormido, com isso seu rosto raspou no dele de novo. Estavam tão perto. Ela nunca tinha ficado tão próxima de um garoto assim antes.

Respirou fundo e o cheiro do perfume dele fez o coração da garota disparar loucamente, de novo.

Percebendo que aquilo estava totalmente fora de controle, Mia o empurrou para o lado, conseguindo finalmente sair de seu "abraço".

Foi então que ouviu a porta abrindo, lá dentro da casa. Ela pôs a mão na boca imediatamente, impedindo sua respiração e não sabendo MESMO o que fazer agora.

Pensou em se esconder, mas não queria deixar Rômulo, largado no chão da sala daquele jeito.

Ela só quis fazer um lanchinho de noite, por que aquilo teve que se complicar tanto?

Olhou para fora da sala, o mais discretamente possível e viu seu pai! Felizmente só atravessando o hall, abraçado em Maísa, seguindo escada acima.

Respirou tão aliviada nesse momento!

Cutucou Rômulo com um dedo, para ver se ele acordava ou pelo menos se estava vivo. Ele remexeu e a garota pôde confirmar que um cadáver ele não era.

Tentou então colocar um braço em baixo das pernas dele e outro em baixo de suas costas, fazendo muita força para levanta-lo e leva-lo carregado para a cama.

Porém ela tentou levanta-lo uma primeira vez e não conseguiu movê-lo nem um centímetro do chão. Olhou para cima tentando fazer ainda mais força, mas o resultado não foi nem um pouco melhor.

Ficou pensando em como poderia leva-lo para a cama.

Ele acordou um pouco com essa movimentação toda dela, ela viu seus olhos se abrirem rapidamente, então tentou puxar seu braço pelo menos para fazê-lo se sentar.

– Vamos, ajude. Tenho que te levar para o seu quarto... - Pedia a menina, fazendo força.

Ele até se sentou, ainda parecendo dormir, permanecendo de olho fechado.

Mia colocou o braço dele ao redor de seu ombro e o levantou com muita dificuldade. Ele foi andando com os pés meio tortos e parecendo se apoiar quase que inteiramente nela.

Mia abriu a porta do quarto dele com o pé e o levou até a cama.

Deixou ele lá e pensou que ele não deveria estar nada confortável dormindo assim. Jogado, torto na cama.

Ela tirou o tênis dele e pôs seu corpo reto. Pegou um cobertor e o cobriu, se certificando que ele estivesse bem, antes de se virar para ir.

Rômulo nesse momento segurou a mão dela, com mais força do que ele parecia ter naquele momento e disse algo que ela não entendeu, mas que pareceu um nome. Pareceu Emilly.

Mia tendo sua mão sendo segurada por ele, se virou para ele novamente e o olhou por um instante a mais antes de ir.

Podia vê-lo em todos os seus detalhes. Congelado naquela posição ao dormir. Reparar em cada pequena linha e expressão de seu rosto.

Tinha uma boca linda, grandes cílios, que ela não resistiu a vontade de toca-lo. Mas ele logo virou o rosto, como se sentisse um inseto pousar nele.

A menina se assustou com o movimento, pensando que ele fosse acordar. Então libertou sua mão da dele e saiu dali.


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