Após a ''Esperança'' escrita por HungerGames


Capítulo 58
Capítulo 58


Notas iniciais do capítulo

..''então eu tenho que fazer algo pra amenizar isso e ao mesmo tempo cumprir minha promessa de não abandoná-lo''...



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Pérola enrola os bracinhos em volta do meu pescoço e me olha nos olhos.
– Eu quero o papai! – ela repete com os olhos cheios de lagrimas.
– Eu sei! – eu confirmo balançando a cabeça – Mas o papai tá dodói agora – eu falo e isso ganha a atenção dela, ela me olha preocupada e assim como ele faz ela junta as sobrancelhas.
– Dodói? – ela pergunta e eu confirmo com a cabeça – Onde? – ela pergunta me olhando.
– Aqui – eu falo encostando o dedo na minha cabeça, ela me olha analisando isso então me abraça apertado, os bracinhos e o rosto encaixados no meu pescoço e começa a chorar baixinho. Meu coração se aperta de uma forma ainda mais forte que as anteriores, por que agora além do Peeta ainda tem a Pérola, eu não tenho chance de me desesperar agora, tenho que ser forte por eles dois e é isso que eu faço.
– Tem uma coisa que a gente pode fazer pra ajudar o papai! – eu falo e ela levanta o rosto do meu pescoço, as lagrimas ainda escorrendo pelo rosto dela, os olhos avermelhados – Você quer ajudar o papai? – eu pergunto mesmo sabendo a resposta.
– Quero! – ela fala baixinho.
– Então primeiro vamos enxugar essas lagrimas – eu falo e ela começa a esfregar as mãozinhas no rosto, eu ajudo – Isso, muito bom! – eu falo forçando a voz a sair mais alegre – Agora a gente vai sentar! – eu falo e com ela ainda agarrada ao meu pescoço eu me sento no chão de frente pra porta, com as pernas dobradas, eu a sento nas minhas pernas e ela se recusa a soltar meu pescoço, eu a abraço tentando acalmá-la, ela se solta do meu pescoço e eu a sento com as costas encostada na minha barriga – Vamos cantar uma música pro papai? – eu pergunto e ela vira o rosto pra mim.
– Aí ele fica bom? – ela pergunta esperançosa.
– Se você cantar muito bonito sim! – eu falo forçando um sorriso, ela se endireita e me olha mais alegre.
– Tá! – ela aceita me olhando.
– Qual musica você quer cantar? – eu pergunto deixando ela escolher, ela dá de ombros sem saber qual, então eu começo a cantar a música que canto pra ela dormir, ela fica em silêncio alguns segundos e então começa a me acompanhar, ela canta ainda mais alto que eu, então se aproxima mais de mim, deitando no meu colo mas ainda assim cantando alto a música, até que termina, ela me olha com lágrimas nos olhos de novo e vai até a porta.
– Papai? – ela chama me olhando com cara triste.
– Eu acho que ele quer mais uma música! – eu falo chamando ela pra voltar pro meu colo, ela volta, se enrosca em mim e nós cantamos mais uma música, enquanto ela enrola os dedos no meu cabelo, então um pouco antes do final da música a porta abre, ela se vira rapidamente e pula do meu colo, Peeta está em pé na porta mas quando ela vai até ele, ele se ajoelha ficando na mesma altura que ela, ela enrola os bracinhos no pescoço dele assim como fez em mim.
– Papai! – ela fala enquanto abraça ele, ele me olha enquanto a abraça e nossos olhares se encontram por alguns segundos, ela se solta dele olhando o rosto dele – Eu cantei pra você! – ela anuncia ainda com lágrimas rolando, ele sorri, enxuga as lágrimas dela enquanto segura as dele.
– Eu ouvi! – ele fala controlando a emoção – Você canta muito bem! – ele fala forçando um sorriso e se senta no chão de frente pra mim – Igual a mamãe! – ele fala e me olha com um pequeno sorriso, então Pérola segura o rosto dele, colocando as mãos em cada lado da cabeça dele, ela olha nos olhos dele.
– Dói? – ela pergunta preocupada, ele desvia o olhar pra mim e volta a olhar ela.
– Agora passou! – ele fala sorrindo tentando tranquilizar ela.
– Vai doer? – ela pergunta querendo saber se isso vai acontecer de novo e quando o meu olhar encontra o dele novamente eu sei que ele queria tanto quanto eu poder dizer que não, que nunca mais vai acontecer mas infelizmente nós não podemos dizer isso, ele me olha com o rosto cansado mas forçando a se manter confiante, ele encosta a testa dele na dela e sorri.
– Sabe o que eu quero agora? – ele pergunta pra ela – Um abraço! – ele fala antes dela responder, ela sorri e o abraça forte, quando o abraço deles termina ela solta ele e vem até a mim e me abraça assim como ela fez com ele e nada é tão bom quanto isso, sentir os bracinhos dela em volta do meu pescoço, quando ela me solta Peeta já está se colocando de pé, ela também se levanta com um pulo e quando eu vou me levantar eu fico tonta, me apoio na parede tentando ganhar apoio, Peeta segura me braço me ajudando.
– Tudo bem? – ele pergunta me olhando.
– Tá! Eu acho que fiquei muito tempo sentada – eu falo enquanto me levanto.
Pérola também vem do meu outro lado segurando minha mão, eu sorrio da tentativa dela de me ajudar a levantar mas ela se sente muito importante.
– Obrigada! Você realmente tá ficando grande! – eu falo olhando pra ela.
– Eu sou grande! – ela repete orgulhosa.
– Ah é? –eu pergunto impressionada e ela confirma – Então você nem vai querer que eu cante pra você antes de dormir e nem vai querer a boneca também né – eu pergunto esperando a reação dela, ela analisa o que eu falei me olhando meio pensativa.
– Mas você cantou pro papai e ele é grande! – ela fala depois de pensar muito, Peeta solta uma risada e eu também não consigo segurar a minha, ele a pega no colo ainda rindo.
– Além de grande ela é esperta! – ele fala enquanto coloca o rosto no pescoço dela e ela ri – Acho que você perdeu mamãe! – ele volta a me olhar sorrindo enquanto nós vamos pro quarto dela, quando entramos no quarto Peeta coloca ela no chão e ela corre até a cama se jogando nela enquanto passa as mãos na parede, ela adora a pintura que Peeta fez na parede, principalmente essa da parede da cama dela, que é a arvore com as folhas caindo, por que dá a sensação de que as folhas caem sobre a cama dela, ela sempre passa a mão pelas folhas e as vezes fica minutos concentrada nelas sorrindo.
– Tem que tomar banho antes de dormir! – eu falo parando em frente a cama dela enquanto Peeta se senta na poltrona que tem próxima a cama.
– Mas eu tomei lá no lago! – ela fala desviando o olhar da parede pra mim enquanto segura os pés no alto, outra mania dela – E na chuva! – ela lembra rindo, eu também sorrio, ela sempre tem resposta pra tudo.
– Mas assim não vale! – eu falo negando com a cabeça.
– Eu não quero tomar banho! – ela resmunga se revirando na cama.
– Não acredito! – eu falo fingindo surpresa então me sento na cama do lado dela, ela me olha esperando que eu fale algo – Minha filha é uma porquinha! – eu finjo surpresa de novo e ela nega com a cabeça, eu puxo ela pelas pernas pra mais perto de mim – Você é uma porquinha? – eu pergunto e ela ri mas nega com a cabeça – Eu acho que é! Será? – eu falo e começo a fazer cócegas nela que ri alto enquanto se contorce.
– Eu não sou porquinha! – ela fala ainda rindo quando eu paro de fazer cócegas.
– Então... Banho! – eu falo colocando ela em pé na cama, eu percebo que apenas nós duas estamos falando e me viro pra ver o Peeta, ele está sentado com um sorriso grande no rosto enquanto nos observa, quando ele me vê o olhando ele sorri ainda mais.
– Eu te amo! – ele move os lábios mas sem sair som e é impossível não sorrir de volta.
Eu volto a atenção a Pérola que está tentando tirar a blusa mas acabou se enrolando, eu a ajudo e então nós vamos pro banheiro, eu dou um banho rápido nela e coloco a roupa de dormir que pra variar é rosa, eu não sei como ela pode gostar tanto dessa cor assim, quando ela já está pronta eu a coloco na cama de novo, Peeta que tinha saído do quarto volta e vem até nós se sentando na cama do lado oposto onde eu estou.
– Cheira! – ela fala ficando se aproximando dele e oferecendo o pescoço pra ele, ele cheira e sorri.
– Nossa, que cheiro bom! – ele fala exagerando mas ela se sente satisfeita.
– A mamãe deixou eu usar o creme – ela fala sorrindo, o tal creme foi a Effie quem deu a ela e eu só a deixo usar pra sair, mas hoje ela insistiu tanto que eu deixei que ela usasse agora.
– A mamãe é bem legal né!? – ele fala piscando pra ela, ela concorda rapidamente com a cabeça enquanto me olha sorrindo, eu devolvo o sorriso.
– Agora que você já está cheirosa – eu falo enquanto puxo o lençol para as pernas dela – Hora de dormir! – ela me olha e desvia o olhar para o Peeta que concorda com a cabeça e dá um beijo na testa dela, ela faz uma cara de desaprovação.
– Minha boneca! – ela pede olhando ao redor, Peeta pega a boneca e a entrega, ela agarra a boneca se endireita na cama e me olha – Canta! – ela fala depois de alguns segundos me olhando, eu sorrio e também me endireito na cama, me sentando encostada na cama, Peeta também faz o mesmo e ficamos cada um de um lado dela. Eu começo a cantar, apenas o som da minha voz é ouvido no quarto, Pérola está agarrada a boneca enquanto Peeta acaricia os cabelos dela o que faz ela fechar os olhos já se entregando ao sono, quando eu termino a canção ela já está dormindo, Peeta me olha sorrindo e se levanta da cama lentamente, ele dá mais um beijo na testa dela, eu também me levanto puxo o lençol até a metade do corpo dela, passo as mãos no cabelo dela e também a beijo sussurrando um boa noite, antes de sair do quarto eu fecho a janela e as cortinas mas mantenho o pequeno abajur aceso por que se ela acordar de madrugada irá reclamar de estar apagado, então saio do quarto e encosto a porta, vou até o nosso quarto e Peeta está jogado na cama, eu vou até ele.
– Você também tem que tomar banho sabia? – eu falo quando me sento ao lado da cabeça dele, ele está de olhos fechados, eu passo meus dedos no cabelo dele e ele abre os olhos, ele se senta na cama ficando de frente pra mim, os dedos dele passam pelo contorno do meu rosto e antes que eu pudesse falar alguma coisa ele me aproxima nossos lábios e me beija, eu correspondo o beijo, a mãos dele na minha nuca enquanto ele aproxima ainda mais nossos corpos, ele me deita enquanto continua em cima de mim e aumenta ainda mais o beijo, quando já estamos sem ar ele para o beijo e me olha com um sorriso.
– Eu ainda tenho que tomar banho? – ele pergunta ironicamente, eu sorrio e como resposta, meus dedos se entrelaçam no cabelo dele e o puxam pra mim de novo, ainda posso sentir o sorriso dele quando nós começamos o beijo, dessa vez ainda mais intenso que o anterior e esse é um daqueles beijos que não pedem pra parar.
Quando eu acordo Peeta já não está na cama, eu levanto a cabeça e o barulho da água me mostra que ele já está tomando banho, eu volto a me deitar por que ainda tenho algumas horas a mais que ele, depois de alguns minutos ele sai do banheiro, os cabelos molhados e apenas enrolado na toalha, eu sorrio ao ver essa imagem e me aproveito da vista, ele vai até as gavetas e puxa uma camisa depois pega a calça e começa a se vestir.
– Tava bom do jeito que estava! – eu falo sorrindo, ele me olha sorrindo enquanto vem até a mim, ele sobe na cama e me olha divertido, os joelhos dele de cada lado do meu corpo.
– Eu posso resolver isso! – ele fala enquanto tira a camisa e a joga pra trás sorrindo, eu também sorrio, então ele se inclina ainda mais sobre mim, deixando nossos rostos próximos demais – Então? – ele pergunta com a sobrancelha erguida, eu subo uma mão pela barriga dele e a outra pelas costas dele, ele sorri enquanto olha pra minha mão, eu continuo subindo a mão da barriga para o peito dele, ele sorri mais ainda e me olha com expectativa, a mão que estava nas costa dele, vão até o cabelo dele, meus dedos se entrelaçam e o puxam pra mim, ele sorri grandemente e me beija, as mãos dele puxam o lençol de cima de mim mas sem parar o beijo ele coloca o lençol sobre nós dois, enquanto continua o beijo cada vez mais intenso, as mãos dele soltam o lençol e se encaixam no meu quadril me colando nele e a outra mão na minha coxa, os lábios dele escorregam pro meu pescoço , minhas mãos ainda no cabelo dele.
– Papai! – a voz gritante alegre que entra correndo pelo quarto que faz ele parar, ele vira o rosto de frente pro meu com uma cara de decepção, eu sorrio, ele cai de costas na cama ao meu lado com o braço em cima do rosto enquanto eu estou rindo dele, Pérola sobe na cama e se joga entre nós dois.
– Oi! Bom dia! – eu falo me virando para olhá-la, ela vem pra cima de mim me beijando na bochecha e eu faço o mesmo com ela, então ela se vira pro Peeta e faz o mesmo, ele sorri.
– Bom dia! – ele fala ainda deitado enquanto levanta ela no alto ela balança as pernas animada, ele a deita no nosso meio de novo – Agora você fica com a mamãe que o papai vai trabalhar! – ele anuncia enquanto se senta na cama, ela se enrola em mim de novo, enquanto olha pra ele concordando com a cabeça até por que isso não é nenhuma novidade pra ela, nós sempre fazemos assim. Ele se levanta da cama e pega a camisa dele do chão, ele vai até o banheiro e quando sai de lá já está com a camisa, ele vem até nós na cama de novo, e beija a testa da Pérola que continua enrolada em mim, ele aproxima o rosto do meu.
– Você tá me devendo! – ele fala sorrindo divertido e me dá um beijo rápido.
– A culpa não foi minha! – eu me defendo, ele sorri.
– Cuida da mamãe Pérola! – ele fala enquanto sai do quarto, ele levanta o rosto me olhando sorrindo, eu pisco pra ela e puxo ela pra mim, abraço ela enquanto rolo pela cama com ela, ela gargalha com isso, como nós ainda temos tempo, ficamos apenas deitadas enquanto ela conta as histórias que ela inventa ou apenas tenta cantar uma canção que ela esquece a metade e então a troca por outra.
– Eu to com fome! – ela anuncia se sentando na cama, eu também me sento.
– Então vamos! – eu ofereço a mão pra ela, ela ignora a mão e pula no meu colo.
– Pra uma menina grande, até que você gosta muito de colo ein! – eu falo sorrindo e como resposta ela m dá um beijo na bochecha, eu sorrio e é impossível resistir a ela, nós descemos as escadas e vamos até a cozinha, Greasy já está lá e com o café pronto.
– Pérola! Sabe o que eu fiz pra você – Greasy pergunta enquanto ela se senta na cadeira olhando pra ela curiosa, então Greasy pega um tabuleiro e coloca no meio da mesa – Bolo de laranja! – ela anuncia e Pérola abre um sorriso, esse é um dos preferidos dela.
– Eu quero, eu quero! – ela pede animada enquanto estica a mão pra Greasy, ela corta um pedaço e coloca em um prato e entrega a ela, eu estou ao lado dela e o cheiro rapidamente me atinge e quando isso acontece meu estômago se revira, eu arregalo os olhos e tento afastar essa sensação mas sem nenhum sucesso, eu me levanto e tento sair da cozinha sem nenhum anuncio, quando já sai da cozinha eu corro até o banheiro e quando chego eu vomito, quando eu acabo, lavo meu rosto e me encaro no espelho.
– O que tá acontecendo? – eu pergunto pra mim mesma no espelho. Eu só senti isso quando...
– Ah não! Não acredito! – eu penso novamente enquanto me encaro no espelho – De novo?
Eu só fiquei assim quando estava grávida!


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