Meu Dilema - Vaga aberta! escrita por Menininha Indefesa


Capítulo 6
Ajuda


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que comentaram *-*
Feliz Ano Novo ^^



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– Morian Castelville?

Todos permaneceram calados. Na verdade, a turma estava calada demais nesse dia. A curiosidade invadia o pensamento de todos. Quem seria aquele rapaz? Outro louco com certeza. Louco? Não! Deve ser outro enviado do diabo! Provavelmente era isso que passava na mente de todos, ou pelo menos era isso que sempre passava na mente das pessoas! Quer dizer, não que seus cabelos e olhos ajudassem. Heterocromia. Ele gostava do que via no espelho. Ele gostava de ser diferente. O resto do mundo não.

– Morian está a faltar?

– Sra Collins, sem querer ofende-la, mas, a senhora realmente acha que alguém liga para a presença dela? - ao mesmo tempo que a garota loira falava, uma outra rapariga apareceu na sala. Os longos cabelos brancos caiam-lhe pelas costas e o rosto não tinha qualquer expressão. A pele pálida não fazia qualquer contraste com os olhos brancos que a mesma possuía. Tudo nela tinha a mesma cor a não ser as roupas. Seus olhos alem de brancos, não refletiam qualquer sentimento. Talvez ela não sinta! Era, de facto estranho. Não havia qualquer sinal de alegria, tristeza, arrependimento, divertimento, nada!

– Posso entrar? - o espanto da turma era quase total. A menina não devia falar muito. Provavelmente não a deixavam falar muito. Nesse momento ele sentiu-se quase compreendido. A garota, que percebera chamar-se Morian, passava pelo mesmo que ele. Ela com toda a certeza não era normal. Ela era diferente, e, provavelmente foi isso que o encantou nela!

– Pode Morian, mas esse animal tem de ficar lá fora, você conhece as regras!

– Ela não vai fazer nada. É apenas uma cria.

– É a minha aula, eu decido! Não quero esse bicho dos infernos aqui! Já basta você! - pensei que ia ver uma lágrima, ou um misto de tristeza em seu rosto mas ela permaneceu sem expressão.

– Não se preocupe senhora Collins, a Suiren é apenas uma raposa do Artico, ela não precisa ser exorcitada ou coisa parecida. Mas se a senhora quiser eu posso ir à igreja com ela e fazer-lhe o que vocês fizeram comigo. - novamente não havia raiva ou ressentimento, apenas sinceridade nas palavras. Ele sentiu-se estranhamente incomodado. Nunca tentaram fazer-lhe algo parecido, seus pais nunca permitiriam tal coisa.

– Vá sentar-se! - provavelmente a professora tomou consciência do que havia dito e preferiu ficar calada. - Penso que temos um novo aluno! Apresente-se por favor!

– Meu nome é Lysandre.

[...]

– Suiren, sinto-me bem aqui a falar contigo! Eles acham-me louca, mas sabes eu não me importo. Sei que um dia vou encontrar um local onde me sinta bem e vou aprender todas aquela coisas que leio nos livros! - Morian fez uma pequena pausa, como que esperando uma resposta do pequeno animal, mesmo sabendo que este não lhe ia responder - Suiren, como é sorrir? Existem realmente todos aqueles sorrisos? Li num livro que as pessoas choram de felicidade, e de tristeza também! Lá dizia que sorrir é como voar, traz liberdade ao corpo e alegria à mente! Não acredito muito que algum dia possa realmente a vir sorrir verdadeiramente, então espero poder voar!

No meio daquele discurso que ele ouviu despropositadamente Lysandre percebeu que ela tinha sentimentos, só não sabia como demonstra-los. Na verdade, ela não sabia sentir, e ele ia ajuda-la.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? *-* (eu não tenho um par defenido sim? C: )