Dominika, com aqueles olhos verdes roubados do mar, insinuativo, promiscuo, lindos. Oh Dominika, com aquele corpo escupido pelas mais suaves mãos. Teu sorriso iluminava o dia, não, a noite! E todos os homens caiam aos teus pés, desalmados com a tua presença. Com o desejo ardendo em chamas, transbordando nos olhares que iam contra a sutileza.

Você passava, esvoaçando seu vestido e os longos cabelos pretos, roubando o ar de todos ao redor. Ah, Dominika, você seria minha, não é? Eu sei que você seria. Você foi até. Por uma noite.

Mas você já foi de todo mundo por uma noite.

Eu te amava, e você rodopiava no palco para todos que quisessem ver.

A platéia cheia de homens de todas as aparencias e classes, nada disso importava quando eles a olhavam Dominika, porque você quebrava a barreira do que devia importar. Você saltava os degraus do bordel diretamente para o coração de cada um deles. Para o meu. Para o meu peito. Para mim. Que mesmo com todos os olhares masculinos, todas as fofocas ou o que quer que fosse, estava ali. Naquela plateia masculina, sendo a única mulher que explodia ao ter ver ficando só de roupa intima.

Dominika

Dominika

Dominika

Seja minha

Largue esse palco

Venha ser minha estrela

Mas Dominika

Dominika

Dominika

Você não quer se exclusiva

Você quer ser de todo mundo

E você é.

Dominika

Dominika

Dominika

Você podia ser minha

Porque eu sei que eu era sua

Mas você era de todo mundo

E eu

eu

                             eu

e u

Só uma garota apaixonada pela mulher de todos.