Os Filhos de Um Deus escrita por Ma Black


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Eu, com certeza, vou me arrepender de ter postado essa história hoje.



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Gina tirou sua franja ruiva de cima dos jovens olhos de vinte e três anos tão marrons e brilhantes quanto amêndoas usando suas não-tão-delicadas-assim mãos de jogadora de Quadribol profissional e unhas roídas até a raiz. O vento não ajudava muito sua situação. A ventania balançava tanto seus cabelos flamejantes quanto todas as palmeiras presentes no calçadão e as ondas do mar pareciam acompanhar o ritmo do ar. A praia californiana era um local que Gina com certeza admirava.

Impaciente, a ruiva dirigiu seus olhos marejados para a barra do vestido amarelo que usava. Os olhos são o reflexo da alma e, por isso, qualquer um que por ali passasse poderia perceber a tristeza, decepção e culpa contida na alma de Gina; seus olhos refletiam isso.

Tristeza e decepção porque Maxon Swaint, seu amante de apenas um encontro, havia furado com ela em seu passeio. Tentando amenizar a dor, Gina se esforçou para se lembrar do seu rosto. Ele era muito bonito. Usava sempre óculos escuros, impedindo-a de ver a real cor de seus olhos, e seus cabelos eram negros e rebeldes, assim como os de seu Harry.

Oh, sim, Harry. Essa era a causa da sua eterna culpa. Harry Potter era seu marido. O bruxo que derrotara o maior bruxo das trevas no mundo e que possuía a cicatriz vermelha de raio em sua testa. É, esse famoso bruxo. Todos conheciam o amor que Gina e Harry Potter compartilhavam, que se formou ainda em Hogwarts e só cresceu com o passar dos anos, sendo fruto deste, James Sirius Potter, o primeiro filho deles. O garoto era a cópia fiel de Harry, embora tivesse os olhos da mãe.

Vendo ser um amor muito grande, o mundo bruxo acreditava que o auror Potter concebera a Gina a benção de lhe dar mais um filho. Mas Gina sabia que não. Albus Severus Potter, o bebê de apenas três meses, tinha os mesmos olhos verdes como esmeraldas e cabelos pretos espetados de Harry, mas Gina sabia que ele era filho de Maxon.

– Estou sendo uma tola - murmurou para seus botões e levantou-se da cadeira branca presente no calçadão californiano. - Aparatei para cá, esperando encontrar um homem que provavelmente nem se lembra de mim!

Gina sentiu o ambiente pesar e se virou, encontrando o amante olhando para ela com um sorriso nos lábios.

– Eu disse que viria, Ginny - ela sorriu à menção do apelido.

– Confesso que duvidei da sua palavra. – E se beijaram.

– Sinto algo especial por você - ele confessou, levando-a ao banco branco novamente. - Eu disse que viria, por mais que os riscos que corremos...

– Eu sei... O Harry... - ela suspirou.

– Não, não falo do bruxo. Preciso lhe contar uma coisa.

– Por favor, não agora. Morri de saudades, Max.

– Também, minha ruiva, mas é importante. Eu sei sobre o Albus.

Gina empalideceu à menção do nome do filho mais novo.

Maxon continuou:

– Eu não sou quem pensa que eu sou. O que sabe sobre mitologia grega?

– Não muita coisa.

– Você é uma bruxa e mitologia é coisa dos trouxas, entendo.

– Como você...?

– Possui uma mínima noção das coisas, não? A respeito da mitologia?

– Sim.

– A mitologia é real. Eu sou um deus. Albus é um semideus, enfim.

– Por Merlin – ela exclamou. – Espere, você está maluco.

– Olhe para a minha mão - ele mandou e a ruiva obedeceu. - E se eu fizesse surgir uma rosa aqui?

– Então é um bruxo!

– Não, Ginny, eu sou um deus.

– Um deus? Não me lembro de nenhum deus divino chamado Maxon.

– É um disfarce.

– Entendo.

– A questão é que Albus corre perigo, por conta de seu sangue. Metade bruxo, metade divino, metade mortal, metade trouxa. Não sabemos que poderes ele irá despertar! Pode ser que vire um bruxo e iniba seus poderes de semideus, ou pode acontecer o contrário. Nunca uma espécie se intercalou antes.

– Não entendo.

– Há deuses, ninfas, ciclopes, titãs, gigantes... Todas são espécies de seres mitológicos, formados pela união de outros dois seres mitológicos. Assim como os bruxos. Sua real origem é Hécate, deusa da magia. Vocês são uma espécie de seres mitológicos, porém excluídos da mitologia, por terem se desenvolvido tão... Bem. Criaram uma civilização. O poder é tão forte que alguns mortais, ou trouxas, despertam por si só a magia.

– Os sangue-ruins.

– É como vocês chamam. Acontece que depois que os bruxos evoluíram... Não houve nenhuma ligação com o mundo divino novamente. Albus foi um erro.

– Por favor, Max, vamos esquecer isso. Eu quero você por mais uma noite.

Então, na praia, escondidos pela névoa formada pelo deus, eles fizeram amor invisível para os olhares mortais.

– Oh, não. - Ele exclamou.

– O que foi?

– Albus não é o único geneticamente diferente.

– O que quer dizer?

– Que dentro da sua barriga, há outro bruxo meio-sangue. Ou melhor, outra. Tão ruiva quanto você e olhos de mesma cor.

– Como pode saber?

– Sou um deus. Sei das coisas.

– O que faremos agora, Max?

– Esperaremos. Apenas esperaremos.


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Notas finais do capítulo

Comentários, por favor *-*
Ah, leiam meu outro crossover, com Jogos Vorazes e universo alternativo: http://fanfiction.com.br/historia/384613/Aventuras_e_Desventuras_Do_Amor/