A Different Prince Caspian escrita por Nymeria


Capítulo 12
Espadas podem não ser uma boa ideia


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁÁ! Podem ficar felizes porque eu não demorei! Hahahahahahahaha. Eu tinha escrito o capítulo num dia que estava sem internet, portanto, só não postei antes porque esqueci. Aliás, já disse que esse é o penúltimo capítulo? Não? Bem, eu esqueci. Mas esse É o penúltimo.
Já estou começando a pensar na Adria a bordo do Peregrino, então acho que no capítulo que vem (último) já coloco o link com o prólogo. E eu espero não demorar, mas acho que não será possível porque tive uma ideia para um fic de Nárnia baseada no primeiro filme, olhem que legal.
Enfim, espero que gostem e aproveitem a leitura.

PS.: Ignorem o título porque eu estava sem ideias.



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Destro corria com Lúcia ainda montada em si. Dois telmarinos ainda perseguiam a garota, que olhava constantemente para trás. Em uma dessas olhadas, ela percebeu uma movimentação à esquerda. Não eram telmarinos, ela tinha certeza.

De repente, Aslam pulou à frente de Destro, fazendo o mesmo se assustar e derrubar Lúcia ao chão. Quando se virou, viu uma expressão distinta no Grande Leão, uma que só vira uma vez, e já faziam mais de 1.300 anos. Aslam pulou por cima da menina e, tão rápido quanto um leão possa ser, acabou com a ameaça telmarina.

Lúcia se levantou, e, quando viu Aslam, correu até ele, sorrindo, e o derrubando no chão em um abraço.

— Aslam! Eu sabia que era você o tempo todo. Eu sabia!

Ela sentou-se no chão, de frente para o Leão.

— Mas os outros não acreditaram em mim...

— E por que isso a impediu de vir a mim? — Aslam perguntou e o sorriso no rosto de Lúcia sumiu.

— Desculpa — ela pediu. — Eu estava com medo de vir sozinha. Mas... Por que você não se mostrou? Por que não chegou rugindo e nos salvou como da última vez?

— Nada acontece duas vezes da mesma maneira.

— E se eu tivesse vindo antes? —a menina perguntou. — Todos os que morreram... eu teria impedido?

— Nunca saberemos o que teria acontecido, Lúcia — Aslam mantinha uma expressão séria, mas logo a suavizou. — Mas o que vai acontecer é bem diferente.

— Então você vai nos ajudar? — ela perguntou, sorrindo.

— Mas é claro. E você também.

— Ah... Eu queria ter mais coragem — Lúcia murmurou.

— Se tivesse mais coragem, você seria uma leoa.

Aslam se levantou majestosamente.

— Bom, suas amigas já dormiram bastante, não é mesmo?

Lúcia sorriu, olhando em volta. Aslam rugiu, despertando as árvores.

XX

Adria parou; ela tinha uma expressão confusa.

— Está tudo bem? — perguntou Susana, acertando alguns soldados.

— É, mas... Você não ouviu isso? — a garota perguntou, pegando sua última flecha.

— Ouvi o quê?

— Hã, nada — ela respondeu, atirando a flecha em um soldado atrás de Pedro.

Adria tirou a aljava das costas e deixou-a, junto com o arco, num canto, pegando uma espada caída no chão.

— Nada mal — ela rodou a espada nas mãos, golpeando, sem querer, um telmarino que vinha pela direita. — Opa!

Quanto mais soldados eram vencidos, mais soldados apareciam.

Caspian lutava com dois soldados, mas não estava conseguindo defender e atacar os dois ao mesmo tempo. Adria golpeou um, que caiu ao chão, mas Caspian tropeçou e caiu na erosão, levando-a junto.

— Não sei se você percebeu... MAS EU JÁ CAÍ MUITO POR HOJE! — ela exclamou, se levantando.

Caspian a olhou confuso, mas sua expressão logo mudou quando o general telmarino apareceu com uma lança, pronto para ataca-lo. Mas ele não o fez. E, em seguida, uma enorme raiz surgiu da terra e o acertou, deixando-o caído e desacordado.

— Vamos lá — Adria ofereceu sua mão para Caspian, que aceitou e se levantou. — Ela conseguiu!

— O quê?!

Quando saíram da erosão, a visão que tiveram foi de árvores. Várias árvores em movimento e atacando os telmarinos. Caspian olhou para Pedro, que assentiu.

— Lúcia.

Uma das catapultas acertou uma das árvores, fazendo-a cair. Mas, para a surpresa dos telmarinos, várias raízes surgiram, destruindo as catapultas e fazendo os narnianos gritarem em aprovação.

— POR ASLAM!

Os narnianos, junto dos reis, rainha, e príncipe, correram em direção aos telmarinos.

— Eles realmente não se cansam de correr? — Adria perguntou mais para si mesma, fazendo uma careta e, logo após, seguindo os outros quatro.

Os telmarinos corriam para a base das catapultas, próximos à floresta.

— Não podemos mantê-los aqui. Vamos leva-los para o rio — um dos soldados sugeriu para Lorde Sopespian, que concordou.

— Para o Beruna! — o lorde telmarino gritou, e os soldados correram na direção do rio.

Do outro lado da floresta, no rio, uma multidão telmarina corria. Alguns soldados corriam pela ponte, outros tentavam atravessar o rio. Mas todos estancaram no lugar quando, do outro lado da ponte, surgiu uma menina, que desembainhou um punhal. Logo, um leão apareceu ao lado da menina e parou no começo da ponte, como se esperando que os telmarinos chegassem até ele.

Lorde Sopespian olhou para a menina e, em seguida, para os narnianos que os cercavam.

— Atacar!

Os telmarinos logo voltaram a correr, parando, novamente, quando ouviram o rugido ensurdecedor de Aslam.

O volume do rio começou a diminuir. Do lado direito da ponte, uma enorme onda se formava. A onda tomou a forma de um homem, um enorme homem de água. Os telmarinos que seguiam pela ponte começavam a pular para o rio, deixando apenas alguns outros e Lorde Sopespian, que via o homem de água com temor na face.

O deus do rio olhou para Aslam, como se à espera de um consentimento. E esse consentimento veio. Aslam acenou com a cabeça, e o deus-rio arrancou a ponte com estalidos e guinchos dos soldados que permaneceram. Quando apenas Lorde Sopespian continuava na ponte, o enorme homem de água a engoliu, voltando a cair como rio e correndo pelo estreito.

(...)

Os soldados telmarinos que ainda sobreviveram, ao atravessar o rio, deixavam suas armas com faunos, anões e outras criaturas que fiscalizavam as margens.

Edmundo, Caspian, Pedro, Susana e Adria vinham atravessando o rio. Quando chegaram à margem, Adria correu até Aslam, se ajoelhando à sua frente.

— Você nunca faz o que pedem, não é mesmo? — Aslam riu.

— Algumas vezes dá certo — a garota sorriu, recebendo uma espécie de “beijo de leão”.

Quando se levantou, Adria parou ao lado esquero de Aslam, enquanto Edmundo, Caspian, Pedro e Susana se ajoelhavam em uma reverência.

— Levantem-se, Reis e Rainha de Nárnia — o Grande Leão pediu e Pedro, Edmundo e Susana se levantaram. — Todos.

Caspian levantou o olhar para Aslam.

— Acho que não estou pronto.

— É por essa razão que eu sei que está.

Caspian, então, se levantou. Ele olhou para os outros três ao seu lado e, quando parou o olhar em Adria, ela piscou e mostrou o dedão, como se em aprovação. Ele sorriu, mesmo sem entender direito o gesto.

De repente, ouviram soar uma marcha fúnebre, e seis ratos surgiram carregando uma maca. Nela, estava Ripchip. Lúcia correu até a pequena maca e tirou seu elixir de cura, depositando uma gota na boca do grande rato (digo, grande em comparação aos ratos normais).

Ripchip logo recobrou os sentidos, agradecendo à Lúcia, e, ao ver Aslam parado a sua frente, pulou a maca e postou-se a fazer reverências.

— Oh, salve! Aslam! — ele exclamou. — Eu tenho a grande honra de...

Mas ele parou assim que se desequilibrou. Ele girou, olhando para as próprias costas, mas não havia sinal de sua cauda.

— Estou absolutamente perplexo — ele informou. — Peço a sua indulgência por apresentar-me de maneira tão imprópria.

Ele se voltou para Lúcia.

— Que tal mais uma gotinha?

Lúcia olhou para o frasco em sua mão e, então, para o rato.

— Acho que não serve pra isso.

— Podia tentar — insistiu Ripchip.

Aslam riu.

— Ele fica muito bem pequenino.

— Mesmo assim, Rei Poderoso — e fez outra reverência, pegando sua espada. — Eu lamento ter de me retirar, pois a cauda sempre foi a honra de um rato.

— Parece que se preocupa demais com a sua honra, amigo — Aslam comentou.

— Bom, não é só a honra — Ripchip postou-se logo a dizer. — Também ajuda muito no equilíbrio, e a escalar, e a segurar objetos...

Foram ouvidos vários sons de metal sendo desembainhado e todos olharam para os outros ratos atrás de Ripchip.

— Com licença de Vossa Majestade — disse um dos ratos, ele segurava a cauda com uma mão e, na outra, a espada. — Não queremos ostentar uma honra que é negada ao Grande Rato.

Aslam riu mais uma vez.

— Não pela sua dignidade, mas pelo amor de seu povo.

De repente, uma nova cauda cresceu em Ripchip. Os outros ratos exclamaram de surpresa e satisfação.

— Oh, vejam! Obrigado, obrigado Soberano! Eu vou sempre adora-la. A partir de hoje, vai servir para me lembrar de minha enorme humildade.

Adria riu.

— É claro que vai.

— Lúcia, onde está o caro amiguinho de que me falou tanto? — perguntou Aslam.

Todos olharam para Trumpkin, às margens do rio. O anão andou até eles, parando quase à frente de Aslam, e se ajoelhou, cravando a ponta da espada no chão de pedras calcárias.

Aslam se levantou e rugiu, assustando Trumpkin.

— Está vendo agora? — perguntou Lúcia, sorrindo.

XX

Mais tarde, Caspian, Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia passavam a cavalo cumprimentando os telmarinos e narnianos que aguardavam sua chegada pelas ruas do vilarejo próximo ao castelo.

Edmundo sorriu ao ver Adria parada no meio da multidão. Ela estava encostada na parede de uma das casas e tinha os braços cruzados. Ele queria que ela estivesse ali, ao seu lado, acenando para todas aquelas pessoas, mas, depois de fazer um escândalo dizendo que iria soca-lo se ele não a deixasse sair dali, ela preferiu apenas observar de longe. A garota sorriu levemente, enquanto acenava como todos os outros ao seu redor.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do Caspian dando uma de Percy e da Adria dando uma de Jason (cair, desmaiar.. dá tudo na mesma)? Espero que tenham gostado e digam o que acharam, beleza? ;)

Até o próximo, beijos estalados ♥